segunda-feira, 11 de julho de 2022

Superstição religiosa

"A superstição ofende mais a Deus do que o ateísmo". Denis Diderot.
 
    "7 Sextas-feiras dos milagres!" "7 Passos para a Bênção!" "Culto de Libertação!" Essas e outras inúmeras propagandas das igrejas de hoje não configuram superstição religiosa? É fato que vivemos dias trabalhosos onde houve uma banalização da graça de Deus. Tudo agora se resume nas promessas, nos rituais, nas declarações. É o ser humano que "exige" de Deus, que "coloca Deus contra à parede", que "determina". A palavra de ordem na maioria das nossas reuniões é "Receba, receba!" Vivemos dias de extrema superstição religiosa e nem nos damos conta disso.
 
    Superstição religiosa é um conjunto de crendices apoiadas na ignorância, no desconhecido e no medo. Nada tem a ver com a fé que professamos.  É bem provável que você conheça algumas pessoas que apregoam “certas verdades” baseadas em crenças infundadas ou que até mesmo utilizem amuletos e usem expressões com o fim de afastarem maus espíritos. Muitas destas pessoas agem assim por temerem aquilo que desconhecem ou ignoram, ou seja, são supersticiosas.
 
    Superstições são crenças alicerçadas sobre sentimentos irracionais, que levam as pessoas, em razão de sua credulidade excessiva, a temerem o desconhecido, sobrenatural. Quem é supersticioso acredita em presságios, encantamentos, sinais, ritos específicos e tantos outros elementos que repousam sobre a fé em coisas irracionais. A Palavra de Deus reprova vigorosamente as superstições. Atos dos Apóstolos registra um episódio em que Paulo e Barnabé, quando pelo poder de Cristo curaram a um coxo em Listra, quase foram idolatrados como Júpiter e Mercúrio pelos habitantes daquele país. Os servos de Deus protestaram com veemência contra o ato supersticioso. Hoje, o que mais se vê é as pessoas idolatrando esse ou aquele "pregador", "cantor", "profeta", etc, que faz milagres, que lê CPF, que revela a vida e que promete bênçãos materiais.
 
    No Antigo Testamento, eram proibidas as adivinhações (Levítico 19.31), a bruxaria, os augúrios a feitiçaria e magia (2 Reis 21.6). Temos de ter muito cuidado para que essas práticas não solapem nossa fé e assolem nossas igrejas.
  
    A superstição está presente em todas as religiões, novas e velhas. É nociva à fé cristã em razão de levar o indivíduo a temer coisas inócuas e depositar a fé em coisas absurdas. Quem já não viu alguém procurar se proteger com um galho de arruda, com ferradura de cavalo na porta de casa, ou usar uma figa esperando obter sucesso? Os supersticiosos estão inclinados a acreditar em tudo, menos na Palavra de Deus.
    Não seria o uso de elementos como galhinho de arruda, sal grosso e copo d’água na liturgia uma volta ao misticismo medieval, tão condenado pelos reformadores? A teologia da maldição hereditária não seria um vilipêndio à doutrina da graça e uma superstição religiosa em sua essência? Lamentavelmente, é nítida a existência de casos de superstição entre evangélicos, mas isso é resultado da ausência de orientação bíblica. Nas igrejas onde o povo recebe o ensino sistemático e sadio da Palavra de Deus raramente existe isso.
 
    As superstições, independentemente de sua origem, são nocivas à fé cristã. Crer em coisas triviais, ou nas aparentemente bíblicas, é rejeitar a fé em Deus ou acrescentar algo além dEle. Nós cremos num Deus que pode guardar-nos de todos os males. “Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia”. 2 Timóteo 1.12.
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense
A superstição ofende mais a Deus do que o ateísmo.

Fonte: https://citacoes.in/citacoes/108930-denis-diderot-a-supersticao-ofende-mais-a-deus-do-que-o-ateismo/
A superstição ofende mais a Deus do que o ateísmo.

Fonte: https://citacoes.in/citacoes/108930-denis-diderot-a-supersticao-ofende-mais-a-deus-do-que-o-ateismo/

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