quinta-feira, 27 de maio de 2021

O Ministério de Pastor

INTRODUÇÃO 
 
A dedicação do dono para com a criação de ovelhas transformou-se em uma imagem clássica do amor e providência divina de Deus aos crentes fiéis (Salmo 23.1-4; João 10.11-16). 
 
Quando o rebanho era muito grande, ou por outras circunstâncias, o dono das ovelhas recorreria aos serviços de pastores contratados. Nestas situações, o trabalho do pastor era remunerado com uma participação no rebanho (Gênesis 30.28-43; 1 Coríntios 9.7) ou em dinheiro (Zacarias 1.12; 1 Timóteo 5.18). Repassar os cuidados do trato de animais era comum entre os monarcas e hebreus ricos (l Crônicas 27.29-31; Lucas 15.14-16). As figuras de cães de raça e de pessoas assalariadas usadas como guardadores de rebanho têm conotação negativa nas páginas neotestamentárias (João 10.12; Filipenses 3.2; Apocalipse 22.15). 
 
HÁ UM SÓ PASTOR 
 
"As palavras dos sábios são como aguilhões, e as coleções de sentenças são como pregos bem-fixados; elas provêm de um único Pastor" - Eclesiastes 12.11. 
 
As relações entre Deus e o seu povo são assemelhadas às que existem entre o pastor e as suas ovelhas (Salmos 23.1; 80.1. Ezequiel 7.14). A figura do povo de Deus como um rebanho aparece várias vezes em diversos textos da Bíblia Sagrada. Nas páginas do Livro de Ezequiel (34.31) o povo temente ao Senhor recebe tal comparação e Deus é comparado como o seu Pastor: "Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois; porém eu sou o vosso Deus, diz o Senhor Deus”. 
 
O profeta brada que a justiça seria restaurada, revelando a promessa divina que Deus levantaria um pastor e que através deste pastor todos os dispersos e oprimidos receberiam justiça, assim a paz voltaria a reinar entre os israelitas. Os cristãos, ao lerem Ezequiel 34.1-31, sabem que a promessa de restauração refere-se a Jesus Cristo em sua primeira vinda, sua morte e ressureição ao terceiro dia. Passagens como Isaías 40.11 e Zacarias 13.7, apresentam o Messias como Pastor, corroboradas por textos do Novo Testamento. Jesus a Si mesmo Se chama "o bom Pastor" (João 10.11). E encontramos a afirmação que o Filho Unigênito do Pai é o Grande e o Sumo Pastor (1 Pedro 5.4; Hebreus 13.20). Sumo, significa "supremo" e "máximo". 
 
Cristo oferece a água da vida eterna, apregoa que só quem beber da água retirada da fonte que Ele oferece não voltará a ter sede (João 4.13-14). Isto é, na condição de Deus trino, só existe um pastor, que se manifesta nas figuras do Pai Eterno e do Filho Unigênito. 
 
O PASTOR APASCENTA AS OVELHAS 
 
"Como pastor, ele apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os carregará no colo; as que amamentam ele guiará mansamente" - Isaías 40.11. 
 
No Antigo Testamento, encontramos a figura do pastor como um homem proprietário de rebanho, alguém que o apascentava pessoalmente (Êxodo 34.14), confiava os cuidados aos filhos (Gênesis 31.38-40, 37.2; 1 Samuel 16.11) e filhas (Gênesis 29.9; Êxodo 2.16). O Novo Testamento atribui o termo "pastor" ao ministro que lidera uma comunidade de crentes protestantes (Hebreus 13.17; 1 Pedro 5.2; e as Escrituras como o método de alimentação às ovelhas de Cristo (1 Timóteo 4.15,16). 
 
"A liderança pastoral pode ser um dom natural, ou adquira pela experiência, por meio de uma vida dedicada a esse mister. Contudo, no âmbito espiritual, os líderes são chamados por Deus para uma missão específica, com o intuído de engrandecer o Reino de Deus.' (...) 'Ainda no âmbito espiritual, ministros líderes de ministros devem ser aqueles vocacionados para o ministério, chamados e habilitados por Deus para coordenar, influenciar seu grupo, com o objetivo de que seus liderados, com esforço, alcancem as metas desejadas" (José Wellington Bezerra da Costa. Artigo Ministro e Líderes de Ministros, Bíblia Obreiro Aprovado, página XXIII, edição 2016, CPAD). 
 
A tarefa do pastor consistia em procurar pastagens e água (Salmo 23). Muitas vezes não era fácil, exigia paciência e coragem, pois era preciso defender as ovelhas dos ataques de feras e de ladrões (Gênesis 31.40; Êxodo 2.16; 1 Samuel 17.34; João 10.12). As principais ferramentas do pastor no exercício da sua função: 
 
º Cajado: vara grossa que servia como apoio ao caminhar (Hebreus 11.21), como cassetete para defender-se (Isaías 36.6; Hebreus 11.21) e cuja ponta era curvada em semicírculo para pegar o animal pela pata (Salmo 23.2; Miqueias 7.14). No Novo Testamento, o termo "vara" se refere à autoridade de Cristo (Apocalipse 19.15) e dos salvos, a vara aos crentes se assemelha ao uso da espada do Espírito (Apocalipse 2.27; Efésios 6.16). 
 
º Funda: uma arma feita com tira estreita de couro, alargada no meio, usada para atirar pedras contra os lobos e outros predadores, girando-a sobre a cabeça e soltando uma das pontas no momento propício ao lançamento da pedra na direção pretendida (Juízes 20.16; 1 Samuel 17.40-50). 
 
O jeito afetuoso que o pastor prestava seus cuidados em favor do rebanho se evidenciava de modo eficaz ao socorrer as ovelhas fracas e enfermas do redil a ele confiado (Gênesis 33.13; Isaías 40.11). À tarde, quando o pastor recolhia o rebanho ao aprisco, obrigava as ovelhas a passar debaixo de sua vara, pela porta de entrada do aprisco. Neste retorno do grupo, cada animal ao alcance de sua mão era examinado para conferir seu bem-estar (Levítico 27.32; Jeremias 33.13; Ezequiel 20.37) e após cumprir sua missão durante o dia, o pastor continuava a vigiar o rebanho durante a noite (João 10.3). 
 
O PASTOR BUSCA AS OVELHAS 
 
"Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que encontra ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas. Eu as livrarei de todos os lugares por onde foram espalhadas no dia de nuvens e densas trevas" - Ezequiel 34.12. 
 
Ezequiel havia repetido incansavelmente que o povo de Israel se tornara impuro por causa dos seus pecados e idolatrias e que por este motivo o castigo viria sobre a nação. Após a queda de Jerusalém, o profeta mudou completamente de tom. No centro da sua mensagem o anúncio do castigo deu lugar à promessa da salvação, a informação de que viria um tempo em que Deus faria uma intervenção para transformar interiormente o seu povo e limpá-lo de todas as suas impurezas. Essa promessa, repetida uma e outra vez nos capítulos seguintes, fez renascer a esperança no ânimo dos exilados e os ajudou a vencer o desânimo, pessimismo, e desconfiança que haviam se apoderado deles (Ezequiel 33.10; 34.11-31; 37.11). 
 
A promessa de salvação suscita esperança aos cristãos. O poder purificador do sangue vertido na cruz apresenta a intenção divina da total transformação interior, que se expressa com a imagem do coração e do espírito novo. "Pois todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos vocês que foram batizados em Cristo de Cristo se revestiram. Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus" (Gálatas 3.26-28). 
 
O PASTOR PROTEGE AS OVELHAS 
 
"Assim diz o Senhor : Como o pastor livra da boca do leão as duas pernas ou um pedacinho da orelha de um animal, assim serão salvos os filhos de Israel que vivem em Samaria com apenas o canto da cama e parte do leito" - Amós 3.12. 
 
O relato exposto em Gênesis 29 mostra Isaque removendo uma pedra pesada de cima de um poço, para que o rebanho pastoreado por Rebeca bebesse água. Colocava-se a pedra ali como proteção contra o pó e a areia e todo o tipo de sujeira. Mais tarde Moisés prestou ajuda semelhante às filhas do sacerdote Reuel, conhecido também como Jetro, ele abriu o poço e retirou a água dos bebedouros reservados às ovelhas (Êxodo 2.16-18). 
 
A pessoa que possui vocação pastoral é consciente da sua responsabilidade e incansavelmente proclama em alto e bom som que Jesus virá como Rei dos reis; ecoa a verdade de que "toda a humanidade é erva, e toda a sua glória é como a flor do campo" e que só a Palavra do Senhor dura eternamente (Isaías 40.6,8). 
 
O ministério do pastor sábio está sempre submetido ao Espírito Santo. Ele pensa, age, comunica-se com disposição de servir a Deus, e com este perfil produz edificação espiritual aos que o ouvem. É respeitado entre as ovelhas de Cristo. Expõe a verdade bíblica da melhor maneira possível, suas palavras surtem efeito estimulante que leva o cristão ao crescimento na fé e a estar consciente que "Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más" (Eclesiastes 12.14). 
 
O pastor e teólogo Antonio Gilberto escreveu sobre a função do pastor, como ministério recebido de Deus. Compreende-se assim: 
a. Dirigir, presidir e administrar o rebanho do Senhor. Sem isso as ovelhas se desviarão. 
b. Doutrinar. Para isso, o pastor precisa ser um estudante dedicado da Palavra de Deus, especialmente no que concerne à Teologia Sistemática. 
c. Proteger. Se o pastor não fizer esta parte, muitas ovelhas cairão vítimas de todo tipo de males. 
d. Tratar das ovelhas. Muitas caem doentes espiritualmente. 
e. Alimentar as ovelhas. A ovelha faminta segue qualquer outra liderança, além de outros males que lhe atingem. 
f. Visitar. Exercício direto ou através de comissões. 
g. Disciplinar. O termo disciplina envolve o sentido de instrução, admoestação, correção, e não o castigo e punição. 
 
O PASTOR NEGLIGENTE COM O REBANHO 
 
"Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho! A espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho direito; o braço ficará completamente seco, e o olho direito totalmente cego" - Zacarias 11.17. 
 
Os governantes do período do Antigo Testamento são representados como pastores e repreendidos pelos profetas quando agiam com egoísmo e falta de cuidado com seus súditos. Deus é contra os maus pastores. Além disso, os profetas advertiam que o israelita que agisse como opressor de outro, aquele que havia enriquecido desonestamente à custa dos mais pobres e fracos, teria que ajustar contas com o Senhor. 
 
O pastor mercenário preocupava-se mais com seu bem-estar. A segurança do rebanho não era sua prioridade. Interesseiro, trabalhava somente por dinheiro e pelas vantagens que lhe eram dadas pelo dono do rebanho (Jeremias 46.21; João 10.12,13). 
 
Durante a Lei de Moisés, a responsabilidade do pastor era cobrada com grande rigor. Em Êxodo 22.9-12, temos acesso às regras legais sobre propriedade privada. O texto explica que os animais roubados deveriam ter o seu valor restituído ao seu dono, quando os animais eram mortos por uma fera, a exigência de restituição só era feita se o animal morto não pudesse ser apresentado; animais perdidos de outras maneiras não precisavam ser pagos se o pastor afirmasse com juramento não ter violado a propriedade alheia. Caso a ovelha se desgarrasse, o dever do pastor era ir ao campo procurá-la em todos os lugares (Ezequiel 34.12; Lucas 15.4). 
 
CRISTO, O PASTOR DAS OVELHAS 
 
 "Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos o nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança" - Hebreus 13.20. 
 
Como Cordeiro de Deus e também o Sumo Pastor das ovelhas, Jesus Cristo verteu o sangue da eterna aliança. "Porque, havendo Moisés proclamado a todo o povo todos os mandamentos conforme a lei, pegou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã tingida de escarlate e hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também todo o povo, dizendo: 'Este é o sangue da aliança que Deus ordenou para vocês. Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado. De fato, segundo a lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que estão nos céus fossem purificadas com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais requerem sacrifícios superiores àqueles. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro Santuário, porém no próprio céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus" - Hebreus 9.19-24. 
 
O texto de Êxodo 12.1 ao 13.22 apresenta prescrições ao culto da antiga aliança. Estes capítulos, descrevem a Festa da Páscoa, mostram as normas relativas à celebração da Festa dos Pães Asmos, que prolonga a Páscoa (12.15-20; 13.3-10); e as normas que prescrevem a consagração dos filhos mais velhos ou primogênitos a Deus (13.1-2,11-16). Também relatam a décima praga sobre o Egito e depois a saída apressada dos israelitas (12.37- 42) em direção às margens do deserto (13.17-22). 
 
O escritor de Hebreus, em 9.19-24 alude aos dois capítulos de Êxodo, nos faz lembrar da água, da lã em vermelho escarlate, do hissopo, materiais usados na aspersão realizada por Moisés. Assim, o escritor de Hebreus mostrou o paralelo existente entre a libertação do povo hebreu das garras de faraó e o opróbrio de Cristo na cruz, quando dEle jorrou água e sangue, para que todo pecador que nEle crer não pereça, tenha a vida eterna (João 3.16; Hebreus 11.26). Através do ritual religioso, Moisés se mostrou solidário com os israelitas, e Cristo, através do sacrifício vicário no calvário, se mostrou solidário com todos os pecadores arrependidos de seus pecados (Êxodo 2.10-15; Salmo 69.9; Isaías 63.9; e Romanos 15.3). 
 
CONCLUSÃO 
 
Os cristãos são exortados a seguirem o Bom Pastor, deixando para trás a vida e as práticas religiosas da antiga Lei, a vida pregressa da prática de pecados, a viverem em consagração, reunirem-se com seus irmãos para juntos celebrarem a Ceia do Senhor, com o objetivo de não se esquecerem que, assim como os judeus foram libertos da escravidão egípcia, estão livres da condenação eterna por intermédio do sacrifício realizado por Jesus Cristo (1 Coríntios 11.23-26). 
 
Autor: Eliseu Antonio Gomes. 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Sete Coisas Que o Dinheiro Não Pode Comprar

Texto base: Números 22:1-7 
 
Introdução: Balaque, rei dos moabitas, queria contratar os serviços de Balaão para orar e lançar uma maldição sobre a nação de Israel. Ele ofereceu-lhe "recompensas de adivinhação". O dinheiro nunca deve ser o principal fator nas decisões que tomamos. Deus não pode ser comprado. (Nem o voto do povo de Deus)! 
 
1. Intimidade com Deus. 
 
· Quando Balaão foi chamado para lançar uma maldição sobre o povo de Israel, entrou em seu quarto de oração. · Mesmo antes de ele começar a falar com Deus, Deus estava falando com ele! Isso é intimidade. O dinheiro não pode comprar intimidade com Deus. · O pecado destrói a sua intimidade com Deus. 
 
2. Um bom nome. 
 
· Balaão tinha estabelecido uma reputação de ser um "homem de Deus." · Dinheiro não pode comprar-lhe um bom nome. · O pecado destrói o seu bom nome. 
 
3. Credibilidade. 
 
· Balaque disse pelo que quer que fosse que Balaão tinha orado "aconteceu". Ou seja, o que Balaão dissesse poderia ser acreditado como credível. · O pecado faz você perder a sua credibilidade com os outros. 
 
4. Poder de Deus. 
 
· O poder do cristão é a intimidade que tem com Deus na sua vida de oração. · O pecado lhe rouba o poder de Deus. 
 
5. A lealdade de seus amigos. 
 
· Quem era o melhor amigo de Balaão? Digo a vocês que era a jumenta. · Após o pecado de a ganância estar tão agarrado ao coração de Balaão e ele ameaçou matar sua jumenta com uma faca no encontro com o anjo, eu sinceramente duvido que a jumenta falou com Balaão novamente! 
 
6. Uma boa noite de sono. 
 
· A primeira vez que Balaão recebeu a proposta de "dinheiro" dos servos de Balaque, ele disse "não". Ele dormiu "bem" naquela noite. · No dia seguinte, os servos voltaram e ofereceram mais dinheiro a Balaão. Ele não dormiu bem naquela noite. Ele levantou-se cedo na manhã cheio de cobiça. · Garanto a vocês que Balaão não dormiu bem para o resto de sua vida. Ele havia falhado miseravelmente com o Senhor! · O pecado lhe rouba o sono. 
 
7. Uma casa no céu. 
 
· Tudo o que o dinheiro pode comprar é trapos imundos. Mais tarde na vida, Balaão seria listado como sendo morto com o inimigo. · No livro de Judas, somos advertidos a fugir do erro ganancioso de Balaão. · O dinheiro não pode comprar uma casa no céu. 
 
Conclusão: Que roupa você está vestindo, o vestuário trapo imundo comprado com o dinheiro, ou o manto da justiça comprado para nós pelo sangue de Cristo? O que você achou desse esboço de sermão? Você acha que o dinheiro pode comprar tudo?
 
Autor: Pr Aldenir Araújo 
 

terça-feira, 25 de maio de 2021

Quando pequeno eu sonhava

Por Odair José da Silva 
 
    Sonhava com o dia em que eu descobriria a verdade sobre o mundo e sobre mim mesmo. Eu imaginava como seria e desejava que ele logo chegasse. Imaginava eu que iria correr pelos vales floridos e deixar-me ser tocado pelos ventos. Ouviria eu os cantos dos pássaros e deixar-me-ia descansar na mais frondosa das árvores. Os pensamentos, então, seriam os meus companheiros nessas horas solitárias de reflexão. 
 
    Mas, o mundo é diferente dos sonhos. O tempo é severo demais com os espíritos e não sabemos como é o dia de ontem. A saudade é enorme daquele tempo em que os sonhos eram tão reais que mais pareciam acontecer. O caminho é diferente do que meus pensamentos me apresentaram. As flores são diferentes e existem espinhos. O aprendizado é doloroso. As mazelas do mundo existem. Ontem eu vi uma criança e os seus olhos me diziam que estava com fome. 
 
    Há uma esperança em cada olhar. Uma busca por algo que está além de nossos olhos. Como alcançar? Através da fé. A fé é o firme fundamento das coisas que se não veem. É preciso acreditar que nossos caminhos são projetados pelo Criador. É preciso aceitar os desígnios de Deus para a nossa vida. Andar em seus preceitos. Fora isso a vida não tem sentido nenhum. 
 
    Quando pequeno eu sonhava. Hoje tenho convicção da minha fé. Meus passos são guiados pelas mãos poderosas de Jesus Cristo. Ele é o autor e consumador da minha fé. Através dEle encontrei a salvação. Ele estendeu seus braços de amor e encontrei a verdadeira paz. O sonho tornou-se realidade e a alegria irradia meu coração. Mesmo encontrando aflições e espinhos na caminhada eu confio nAquele que venceu o mundo e que me sustenta em seus caminhos. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 21 de maio de 2021

É um pecado xingar/falar palavrão?

    É definitivamente um pecado falar palavrão (amaldiçoar, xingar, etc.). A Bíblia deixa isso bem claro. Efésios 4:29 nos diz: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem." 1 Pedro 3:10 declara: "Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente." Tiago 3:9-12 resume a questão: "Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce." 
 
    Tiago deixa claro que a vida dos cristãos - os "irmãos" - não deve ser caracterizada pelo discurso maligno. Ao fazer a analogia tanto da água salgada quanto da água doce jorrando da mesma nascente (o que não é característico das nascentes), ele argumenta que não é característico que um crente tenha tanto louvor quanto xingamento vindo de sua boca. Não podemos louvar a Deus e ao mesmo tempo amaldiçoar nossos irmãos. 
 
    Jesus explicou que o que sai de nossas bocas é o que enche nossos corações. Mais cedo ou mais tarde, o mal no coração sai pela boca em palavrões e xingamentos. Entretanto, quando nossos corações estão cheios da bondade de Deus, o louvor a Ele e o amor pelos outros serão derramados. Nosso discurso sempre indicará o que está em nossos corações. "O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração" (Lucas 6:45). 
 
    Por que é pecado xingar/falar palavrão? O pecado é uma condição do coração, da mente e do "homem interior" (Romanos 7:22), o qual se manifesta em nossos pensamentos, ações e palavras. Quando falamos palavrões e xingamos, estamos dando evidência do pecado poluente em nossos corações que deve ser confessado e arrependido. Quando colocamos nossa fé em Cristo, recebemos uma nova natureza de Deus (2 Coríntios 5:17), nossos corações se transformam e nossa fala reflete a nova natureza que Deus criou dentro de nós (Romanos 12:1–2). Felizmente, quando falhamos, o nosso grande Deus é "fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9). 
 
Fonte: 

quinta-feira, 20 de maio de 2021

O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA

    Houve um tempo no Brasil, como nos Estados Unidos, que a Igreja Evangélica, principalmente a pentecostal, priorizava o ato de evangelizar. Não queremos generalizar; sabemos que há muitas igrejas intensas na evangelização ainda hoje. Mas, antes, parecia ser algo mais geral. A igreja evangelizava com a graça de Deus e o amor visível. Os agentes da evangelização sentiam dor na própria alma em ver pessoas gastando sua juventude naquilo que não traz plena felicidade. Era possível vê-los chorando em favor de uma vida, angustiando-se pelas pessoas perdidas em pecados. Neste contexto, era possível observar ministros destacando-se por levar essa real experiência até as últimas consequências. 
 
    Quem nunca ouviu falar de m dos grandes evangelistas do século recente, David Wilkerson? Além de verdadeiro profeta, ele ficou conhecido pela evangelização realizada na cidade de Nova Iorque, na Time Square, numa época onde as gangues de rua dominavam a cidade novaiorquina. O livro “Entre a Cruz e o Punhal”, logo depois transformado em filme, conta a história desse grande evangelista que, pela graça do Pai, ganhou aquelas gangues para Cristo e plantou a maior igreja evangélica da localidade. Eis um exemplo real de um evangelista separado por Deus. 
 
    O dom ministerial de evangelista foi repartido pelo Pai para que o arauto de Deus, através da mensagem centralizada na cruz de Cristo, ganhasse pessoas para o reino divino. Uma das maiores características de um evangelista é a sua paixão por pregar às pessoas. Não importa o número, se dezenas, centenas ou milhares. O que importa é pregar Jesus, o crucificado. Esta é a mensagem do bom evangelista. 
 
    Sabemos que hoje, pelo advento midiático, muitos evangelistas são tentados a mudar a mensagem da cruz para uma pregação centralizada no homem. Temos de deixar bem claro a missão de um evangelista: pregar o Evangelho. Anunciar o ministério da reconciliação de Deus com o mundo, porque foi para isso que o Senhor enviou o Filho: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5.19). Esta é a boa nova que o autêntico evangelista tem de proclamar. 
 
    Embora o Senhor nosso Deus separe uns para evangelistas e os dê à Sua Igreja, o privilégio de anunciar o Evangelho para o ser humano é de todo aquele que se chama por discípulo de Jesus de Nazaré. Portanto, a distribuição desse dom ministerial deve despertar em nós a consciência do quanto Deus leva a sério esta tão nobre tarefa. 
 

quarta-feira, 19 de maio de 2021

O desejo do meu coração

Por Odair José da Silva 
 
    Eu quero ser um vaso nas mãos do Senhor. 
 
    Assim como o oleiro molda o barro e faz dele um vaso de valor, assim quero ser usado nas mãos do Mestre. Um vaso cheio do Espírito Santo. Cheio da unção divina. Que minha vida seja moldada pela graça de Deus. Que seja um canal de bênção na vida das pessoas que estão a minha volta e mesmo as que estão distantes, mas que são alcançadas por estas palavras. Sei que Deus espera de nós uma disposição em servi-lo para que Ele possa nos usar da forma que Ele quer. E, eu sei que a vontade de Deus é sempre boa. 
 
    Quero que Deus molde as minhas mãos e as torne forte para que eu possa lutar e, com a graça de Deus, vencer as lutas do dia a dia. Os desafios são enormes. Os gigantes se levantam e rugem nas campinas querendo nos amedrontar. No entanto, assim como fez aquele pastor que confiava em Deus, fazemos menção do nome do Senhor e vencemos a batalha mostrando que só o Senhor é Deus. 
 
    Me expresso na mesma expressão do salmista quando disse: “adestra as minhas mãos para a peleja”. Com isso, me coloco na dispensação das misericórdias divinas e me engajo no front para combater, ao lado do Mestre, o bom combate contra as forças do mal. 
 
    Os dias são tenebrosos, os momentos difíceis, pessoas estão prostradas, outras caídas pelas sarjetas e, ainda outras estão abandonando a jornada. Porém, me alegro em ver que existem ainda alguns que estão avançando, pela misericórdia de Deus, e estão progredindo. A seara é enorme, os campos estão brancos para a ceifa, e Deus conclama os ceifeiros do tempo final. A responsabilidade é muito grande. Por isso, urge-nos estarmos debaixo das potentes mãos do Senhor para essa tarefa. Levante-se e siga-me. Que Deus nos ajude a vencer. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Cinco minutos após a volta de Jesus! (Parte III)

    Sim. Aconteceu o arrebatamento descrito na Bíblia. De fato Jesus veio como ladrão de noite e levou os fiéis, os que o aguardavam com esperança e praticavam a piedade de uma vida cristã sincera, os que aceitaram Jesus como Salvador e arrependeram dos pecados. Diante dos olhos arregalados dos interlocutores, o membro da igreja continua - não fomos porque, na verdade, não levamos a coisa muito a sério. Achávamos que ainda tinha tempo. Mas, Jesus veio e levou os fiéis. Eles estão seguros agora. Nós estamos perdidos. Este mundo será entregue nas mãos do Anticristo e ele governará pelos próximos sete anos. Tudo está perdido para nós. O tempo da graça acabou. 
 
    Há um pronunciamento em todos os canais de notícias do mundo todo. Um grande personagem irá falar. Não tenham medo. Vamos resolver essa questão em breve. O mundo precisa de paz e segurança. Eu garantirei isso a todos. A partir de hoje estarei no comando das nações e minha prioridade é a instituição de uma única religião e economia. Com isso resolverei a questão da paz e segurança. 
 
    “Porque, naqueles dias, haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá”. Marcos 13. 19. 
 
Texto: Odair José, Escritor Cacerense 
 
Leia a parte I 
 
Leia a parte II 
 
Leia o texto na íntegra

segunda-feira, 10 de maio de 2021

O Ministério de Profeta

    O ministério de profeta ainda é válido para os nossos dias? Esta pergunta é polêmica em alguns lugares. Há pessoas que dão por encerrado esse ministério. Se fosse verdade, algumas perguntas seriam inevitáveis: Quando encerrou? Quem o encerrou? E como ficam as experiências do exercício do ministério de profeta relatadas pelo Novo Testamento e ao longo da História da Igreja? 
 
    Os exemplos são diversos. Em o Novo Testamento Ágabo e outros profetas exerciam o ministério em Antioquia (At 11.27-30; 21.10-12). As filhas de Filipe eram profetisas (At 21.8,9). Apesar de usar o ministério para o mal, a mulher em Apocalipse, de codinome de Jezabel, dizia-se profetisa (Ap 2.20) — por isso achava-se respeitada na comunidade cristã de Tiatira induzindo a muitos para a prostituição. 
 
    Outros exemplos são profusos na história da Igreja. Podemos começar por um documento cristão antigo datado do segundo século: “Didaqué: A Instrução dos Doze Apóstolos”. Apesar de se chamar “A instrução dos Doze”, o documento não foi escrito pelos doze apóstolos de Cristo, mas formulado pelas lideranças da igreja do segundo século objetivando orientar os fiéis sobre vários assuntos da vida cristã. No capítulo 11, sobre “A Vida em Comunidade”, os versículos 7-12 do documento falam do pleno exercício do ministério de profeta conforme registrado em Efésios 4.11. 
 
    Empurrado para o ralo da heresia pela igreja romana e pelos cessacionistas, e devido à autonomia profética e carismática, Montano é um grande exemplo do exercício profético entre os séculos II e III na Ásia Menor, tendo inclusive atraído um dos mais importantes pais latinos da Igreja: Tertuliano. 
 
    O que dizer sobre Catarina de Siena, Tereza Dávila — mulheres que denunciaram profeticamente a corrupção de Roma —, John Huss, John Wycliffe e tanto outros gigantes da história que aprouve ao Senhor nosso Deus levantá-los como verdadeiros profetas e profetisas? 
 
    À semelhança do Antigo Testamento, o ministério dos profetas neotestamentários, e na história da Igreja, sempre foi exercido nas raias da marginalização. Indo no caminho contrário ao que foi institucionalizado como certo, quando na verdade estava corrompido e longe dos desígnios de Deus. Foi assim no Antigo Testamento; assim ocorreu em o Novo Testamento; e vem acontecendo ao longo da rica história eclesiástica. Por que teria de ser diferente na contemporaneidade? 
 
Fonte: Estudantes da Bíblia.

domingo, 9 de maio de 2021

Cinco minutos após a volta de Jesus! (Parte II)

Por Odair José da Silva
 
    E a teoria dos crentes? Lembram-se? Tinha uns fanáticos religiosos que afirmavam que seriam arrebatados, eles sumiriam. Será que de fato isso aconteceu mesmo? As perguntas são muitas e não há nenhuma resposta que satisfaça os desejos da população. Em todos os lugares desapareceram pessoas. Nos aviões, nos ônibus, nos trens, nos navios, nas grandes indústrias, nas escolas, nos hospitais, em todos os lugares. O que aconteceu? 
 
    Começa haver pânico entre a multidão. Pessoas desconsoladas correm de um lado para outro na busca frenética por informação. Algumas autoridades também estão entre os desaparecidos. E não há ninguém capaz de dar uma resposta satisfatória sobre a situação. Começa haver choros e gritos de algumas pessoas. Alguém se lembra dos crentes? Ah! Eles devem saber o que aconteceu. Mas, se tem haver com eles não haverá nenhum deles para dar a noticia. Não importa, vamos até uma igreja. 
 
Continua... 
 
Reflexão: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense 
 
Leia a Parte I 
Leia o Texto integral

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Cinco minutos após a volta de Jesus! (Parte I)

    Por Odair José da Silva 
 
    “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”. 1 Tessalonicenses 4. 16-17. 
 
    Não se sabe ao certo a sensação que essas pessoas sentem agora. Houve um enorme silêncio. Um silêncio aterrador. As informações são desencontradas. Houve uma pane geral nos meios de comunicação. As redes sociais congestionaram. Não há sinal de celular. Algumas pessoas ainda estão atônitas sem saber o que aconteceu. São milhões de desaparecidos. E o fenômeno é mundial. Não há um único lugar no globo terrestre que não haja desaparecidos. Alienígenas? Catástrofes? Vírus? Terceira Guerra Mundial? O que está acontecendo? 
 
    Algumas pessoas começam a correr de um lado para outro em busca de informação. Os noticiários, aos poucos, vão voltando à normalidade. Mas, as notícias são desencontradas. O que se pode afirmar é que o número de desaparecidos é enorme. Praticamente em todas as casas há alguém que não mais está presente entre os sobreviventes desta calamidade. Lembram da teoria dos Alienígenas do Passado? Será possível que naves espaciais “sequestraram” tantas pessoas assim ao mesmo tempo em todo o planeta Terra? 
 
Continua... 
 
Reflexão: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense 
 
Link do texto completo: 

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Quando as terras caírem sobre mim

Quando as terras caírem sobre mim 
Não quero que chorem 
E nem lamentem pela minha partida. 
O despedir-se é como o amanhecer 
E as lembranças 
Que aqui hei de deixar 
Serão as minhas manhãs a florir. 
Não haverá tristeza 
Nem mesmo agonia 
Pois a beleza da poesia 
Estará estampada na minha face. 
 
Declame um poema 
Um dos que mais admirei 
E sorria. 
Um sorriso será a demonstração 
De que sempre acreditei no amor 
E na alegria 
E que, apesar do mundo cruel, 
Sempre acreditei na bondade humana. 
Cantei em trovas e versos 
O amor que existe no ser humano 
A bondade, 
A compaixão, 
E a esperança. 
 
Que saibam que se não fiz o melhor 
Pelo menos tentei. 
E que sempre acreditei na beleza do amor. 
 
Declame um dos meus poemas 
Coloque-o na lápide 
E escreva-o em letras de mármore 
No seu coração. 
E viva a vida com ideais 
Pois a minha sempre foi assim. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense