quinta-feira, 28 de julho de 2022

O Materialismo e o Ateísmo

    "Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu." Romanos 1:19-21
 
    O materialismo
    O materialismo, como o termo deixa entrever, parte do falso princípio de que tudo no Universo se reduz à matéria, e que nada existe além desta. Não admite o sobrenatural, como os saduceus faziam no passado (At 23.8). Segundo os materialistas, o Universo com todos os seus infinitos componentes, as inimagináveis complexidades, a assombrosa precisão e detalhes, é incriado; sem nenhuma causa originadora. 
    A Palavra de Deus, repetidas vezes, expõe com clareza como Deus criou e sustentou todas as coisas, como em Gênesis 1.1; Colossenses 1.13-17; Hebreus 11.3; Apocalipse 4.11. Ora, de acordo com a Palavra de Deus, a Criação é um meio à disposição dos homens para que as coisas invisíveis de Deus, bem como o seu eterno poder e a sua divindade, sejam compreendidas e aceitas como testemunho da sua existência. Os materialistas e ateus, por estarem vivendo na cegueira espiritual, não conseguem enxergar nada além do mundo físico, apesar de todas as coisas criadas apontarem para sua causa primária, que é Deus (Jó 12.7-9; Salmos 19.1-6; João 1.3). Além disso, a mente humana quando sincera, sequiosa e partindo de princípios lógicos, requer uma razão da existência do Universo, uma vez que do nada sem Deus, nada surge, nada começa, nada existe (Romanos 4.17). 
    Em sua infinita graça, Deus quer salvar o materialista e o ateu para que ambos o glorifiquem; este é o dever de todo homem. Toda a natureza louva incessantemente ao seu Criador. Já o homem, que pensa ser alguma coisa, não enaltece a Deus. E, assim, vai descendo abaixo do nível dos irracionais. Só lhe resta uma esperança: que conheça a Deus, converta-se a Ele e alegremente o sirva. 
 
    O ateísmo
    O ateísmo é a outra fachada do materialismo. Diversas são as correntes ateístas, mas todas correm na mesma vala da descrença. Enquanto alguns afirmam radicalmente que Deus jamais existiu, outros o veem apenas como um mito que perdeu o seu significado graças ao progresso do conhecimento humano. 
    Os ateus vivem em constante conflito, pois a negação teórica de Deus não condiz com o que pensam ao se defrontarem com a necessidade racional de se crer na existência de Deus, apesar de a negarem verbalmente. Segundo a Palavra de Deus, as consequências dessa incredulidade virão. 
    Muitas pessoas aderem ao ateísmo, mas diante do perigo, e das crises e da própria morte, o seu ateísmo confesso desaparece como atesta a história e os depoimentos individuais. 
    Os ateus e agnósticos questionam: “Se Deus é o criador de todas as coisas; se Ele é perfeito, justo e bom, como explicar a existência do sofrimento e do mal?”. O sofrimento e o mal decorrem da queda do homem, que afetou toda a raça humana. Como escreve Mathew Henry, isto acontece sob a permissão de Deus em virtude da obstinada apostasia de suas criaturas. Mas ao fim acaba sendo um instrumento para a realização do seu santo propósito, embora não saibamos como, a exemplo do que aconteceu com Jó (Jó 1.1-22). 
 
    Declaramos embasados na Bíblia que o Universo não é auto-existente, mas veio à existência mediante a ação criadora de Deus. Isso lança por terra as teorias fantasiosas que sustentam o materialismo ateu. Mais do que nunca, fica evidente a veracidade das Escrituras acerca de Deus e do mundo, bem como do anseio manifesto da alma do homem pelo seu Criador, como bem expressou Davi: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Salmos 42.2). 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense 
Fonte: Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2005.

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