segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Um pecado muito real



"Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença." (Êxodo 20:17)

Enquanto os primeiros nove dos Dez Mandamentos lidam com ações externas, o último trata de uma ação do coração: a cobiça. Na verdade, trata-se de algo que podemos nem mesmo perceber. No entanto, Deus claramente especifica essa como um das dez coisas mais importantes que Ele quer que saibamos.

O que significa cobiçar? Não significa que seja errado ver algo que você goste e desejar tal objeto. Isso não é necessariamente cobiça. Deus disse: "Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença" (Êxodo 20:17, ênfase nossa). Observe que o contexto é algo que pertence a outra pessoa.

O Novo Testamento traduz a palavra hebraica para "cobiça" como a palavra "luxúria". Então como é que a cobiça funciona? Os olhos olham para um objeto. A mente o admira. A vontade vai até ele. E o corpo se move para possuí-lo.

Vamos dizer que seu amigo acaba de comprar um carro novo. Você diz: "Nossa! Que carro legal!" Depois, no dia seguinte, você compra o mesmo carro, na mesma cor. Isso não é cobiçar; isso é copiar. Mas digamos que você pegue o carro novo do seu amigo para dar uma volta em torno da quadra e nunca mais volte. Isso é a cobiça que deu lugar ao roubo. Cobiçar é querer algo que pertence a outra pessoa e determinar que você vai buscá-lo, custe o que custar.

A cobiça pode infiltrar-se em muitas áreas de nossas vidas, e pode destruí-las. Casamentos são destruídos. Carreiras são destruídas. Famílias são destruídas. Acontece o tempo todo. A cobiça é um pecado muito real - e pagaremos um preço também muito real por ela.

Link: https://www.harvest.org/devotions-and-blogs/daily-devotions/2010-08-30

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Lição Bíblica 9: Bênção e maldição na família de Noé


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Na lição de hoje estudaremos o triste episódio da embriaguez de Noé e a trágica consequências de seu ato para a sua família. Este é o primeiro relato bíblico com relação ao uso exagerado do vinho. Com ele aprendemos que o crente precisa estar sóbrio. Deus advertiu inúmeras vezes o seu povo quanto ao uso do vinho. Os sacerdotes não podiam beber vinho antes de se apresentarem ao Senhor: “Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações” (Lv 10.9). Eles deveriam ser santos, diante de Deus e das pessoas. Hoje, somos a geração santa, sacerdotes do Senhor em Jesus Cristo (1Pe 2.9), e como tal devemos nos manter sóbrios, evitado o uso de bebidas alcoólicas.

 SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Noé era um lavrador da terra, como fora Caim. Cuidar de plantas se tornou sua grande paixão e entre elas estava a videira. Esta é a primeira vez que a produção de vinho é aludida na Bíblia, e é significativo que esteja ligada a uma situação de desgraça. Noé pode ter sido inocente, não conhecendo o efeito que a fermentação causa no suco de uva nem o efeito que o vinho fermentado exerce no cérebro humano. Isto não impediu que a vergonha entrasse no círculo familiar. Perdendo os sentidos, Noé tirou a roupa e se deitou nu. A nudez era detestada pelos primitivos povos semíticos, sobretudo pelos hebreus que a associavam com a libertinagem sexual (cf. Lv 18.5-19; 20.17-21; 1Sm 20.30)” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Recuperando os sentidos, Noé ficou sabendo do que aconteceu e falou com seus filhos. Ele deixou Cam sem bênção e concentrou sua reprimenda em Canaã, cujos os descendentes historicamente se tornaram um povo marcado por moralidades sórdidas e principalmente fonte de corrupção para os israelitas. A adoração Cananéia de Baal desceu às mais baixas profundezas da degradação moral. Embora os cananeus obtivessem certo poder, como os fenícios, pelo tráfico marítimo no Mediterrâneo, eles nunca conseguiram se tornar grande nação. Quase sempre foram dominados por outros povos” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.52).

SUBSÍDIO DIDÁTICO

“Maldito seja Canaã Quando Noé ficou sabendo do ato desrespeitoso de Cam, pronunciou uma maldição sobre Canaã, filho de Cam (não sobre o próprio Cam). (1) Talvez Canaã tivesse de alguma maneira envolvido no pecado de Cam, ou tivesse os mesmos defeitos de caráter do seu pai. A maldição prescrevia que os descendentes de Canaã (os quais não eram negros) seriam oprimidos e controlados por outras nações. Por outro lado, os descendentes de Sem e Jafé teriam a bênção de Deus (vv.26,27). (2) Essa profecia de Noé era condicional a todas as pessoas a quem ela foi dirigida. Qualquer descendente de Canaã que se voltasse para Deus receberia, também, a bênção de Sem (Js 6.22-25; Hb 11.31), mas também quaisquer descendentes de Sem e de Jafé que desviassem de Deus teriam a maldição de Canaã (Jr 18.7-10)” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Bênção e maldição na família de Noé 

O capítulo 9 de Gênesis, infelizmente, e por muito tempo, foi usado para amaldiçoar outros povos e raças. A “maldição contra Cam”, mais especificamente em relação a Canaã, seu filho, muitas vezes tem sido relacionada às pessoas de raças não-brancas, especialmente às pessoas negras. Logo, essa interpretação tem sido empregada para apoiar a suposta superioridade da raça branca, bem como a justificativa para a escravidão, que era muito comum entre alguns protestantes do passado na região sul dos EUA, na África do Sul no regime do apartheid e em muitos tipos de discriminação.

É importante ressaltar esse fato, pois, no Brasil, recentemente, um conhecido pastor midiático trouxe à tona essa interpretação, trazendo grandes problemas e contundentes acusações de preconceito para os que pensam segundo essa corrente equivocada de interpretação bíblica.

Por que não se pode usar a “maldição de Canaã” para justificar, por exemplo, a miséria presente num continente como a África? Ora, em primeiro lugar, é difícil definir os “cananeus” como grupo racial específico, e ao que tudo indica, suas origens foram profundamente diversificadas. Segundo os estudiosos, possivelmente, os cananeus rumaram para a Arábia meridional e central, ao Egito, ao litoral do Mediterrâneo e à costa leste da África. Não se pode falar de um povo cananeu somente, mas de vários povos com cultura específica, língua própria etc: os jebuseus, os amorreus, os girgaseus, os heveus, os arqueus, os sineus, os arvadeus, os zemareus, os hamateus e a diversificação das famílias dos cananeus (Gn 10.15-18; cf. 15.18-21).

Nas Escrituras, o relato de Canaã foi exposto para explicar as implicações da conquista da terra de Israel no livro de Josué. De fato, a terra de Canaã, sua cultura e costumes, confrontavam diretamente a vontade e o plano de Deus. Entretanto, a maldição de Noé em relação a Cam, e especificamente ao seu neto Canaã, nada têm a ver com a África e, muito menos, com um recorte racial. Isso precisa ficar bem claro a seus alunos na classe!

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2015/2015-04-09.htm

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Quem sou eu? O homem ferido, o assaltante, o sacerdote, o levita ou o bom samaritano?


Sou um homem caído na beira de uma estrada. Eu fui ferido por um assaltante que quase tirou a minha vida. Espancou-me e levou tudo que eu havia adquirido neste dia. Fiquei quase sem vida caído à margem do caminho e as pessoas passam por mim e ficam olhando para a miséria da minha vida. Eu sou este que foi atingido pela violência do mundo atual.

Sou o assaltante que feriu o homem à margem do caminho. Sou este que não pensa nas consequências dos meus atos. Estava a espreita do primeiro que desse bobeira para extrair-lhe seus pertences. No calor da luta acabei por ferir este homem. Talvez esta não fosse a minha intenção, mas aconteceu. E eu feri. Deixei-o com suas feridas e fui-me embora daquele lugar em busca de outras vítimas.

Sou o sacerdote que passou de largo. Eu vi aquele homem caído na beira do caminho. É uma vítima da sociedade, mas são tantos que nem posso mais dar atenção a essas situações. Tenho tantos rituais para fazer na igreja, tantas coisas para ouvir e tanto para interceder perante Deus que nem vou me dar ao luxo de parar para atender esse pobre miserável. É apenas mais uma vítima desse mundo cruel. Eu sou um sacerdote e não devo me contaminar.

Sou o levita e também passo de largo deste pobre moribundo caído à margem desta estrada. Minha função é louvar a Deus na igreja e faço isso muito bem. Minha obrigação não é olhar pessoas caídas à margem da estrada. Então, vou para a igreja cantar. Essa é minha função. E é isso que vou fazer. Louvar a Deus. Não posso perder meu tempo em atender pessoas caídas na beira de estrada.

Sou um samaritano. Desprezado pela sociedade e excluído dos meios sociais. Quase não encontro lugar para viver. Olho para esse homem caído à beira da estrada. Está ferido. Olho para ele e me vejo. Tenho como obrigação ajudá-lo. Deixarei tudo que estou fazendo e vou ajudar este homem. Levá-lo-ei a uma estalagem e ali pedirei para que curem suas feridas. Afinal, poderia ser eu nesta situação.

Sim, sou o homem caído à beira do caminho, mas igualmente sou o assaltante que o feriu, e o sacerdote e o levita que o evitaram. Mas, pela graça de Deus, sou também o samaritano que o tomou nos braços e o amou.

Quem de nós pode afirmar que não somos todos esses personagens destacado pelo Filho de Deus? Quem melhor que Ele para conhecer o coração do homem e saber que somos todos eles em algum momento da nossa vida. Por isso não podemos julgar as pessoas, mas compreender que não somos nada se não for a misericórdia de Deus nas nossas vidas.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O campo de batalha



Por Odair José da Silva 

Eu quero falar de uma batalha. Uma batalha que é travada intensamente diariamente na minha mente. Uma batalha acirrada e renhida que não dá trégua. Às vezes eu choro pelas madrugadas e busco auxílio do alto para que eu não fique prostrado no campo de batalha. Eu quero alcançar o reino prometido pro Deus. Quero ser um vaso de honra em sua presença. Mas, dentro de mim tem uma natureza carnal que deseja as coisas desta vida. É fácil alguém dizer que precisamos ter atitude nisso ou naquilo, que precisamos ser vigilantes e outros conselhos práticos. Isso é verdade. Mas, a nossa luta é muito mais difícil. Temos três inimigos. O Diabo, o Mundo e a Carne. Inimigos cruéis que não dá trégua. Não dão descanso e querem ver o meu fim. Foi por isso que Jesus afirmou que o Reino de Deus é ganho a força.

Têm pessoas que afirmam que é fácil ser crente. Não é fácil. Fácil é viver uma vida dissoluta e coxeando entre dois pensamentos. Fácil é viver um cristianismo de fachada. Fácil é caminhar no meio do mundo sendo e agindo como um deles. Fácil é viver em meio uma sociedade corrompida e pecaminosa compartilhando de seus pecados. Mas, ser crente de verdade. Ser sal e luz é difícil. Muito difícil. Fazer a diferença. Ser santo em meio uma geração má e perversa não é nada fácil. Viver um cristianismo puro e simples seguindo os mandamentos de Jesus requer uma força de vontade tremenda e uma disposição para negar o mundo, tomar a cruz e seguir a Cristo. É ai que a coisa fica complicada. É ai que os nossos inimigos ficam furiosos e atacam sem dó.

O Diabo, com milhares de anos de experiência não está nem um pouco incomodado com esse cristianismo falso pregado nos dias de hoje. Um cristianismo que só sabe valorizar o ego humano. Um cristianismo que entronizou o homem e tirou a glória de Deus. A vaidade e o orgulho de muitos falsos líderes levam as pessoas a acreditarem que não precisa muita coisa para entrar no céu. Não precisa de santificação e não precisa de compromisso com a Palavra. Afinal, dizem eles, Deus é amor e os tempos mudaram. Sim. Esquecem eles que Deus, também é justiça e juízo. Esquecem eles que os tempos mudaram, mas Deus permanece o mesmo. Ele é imutável e sua Palavra também. O Diabo engana, seduz e destrói a fé de quem deseja seguir a Cristo porque esse é o seu objetivo. Ele é astuto e nunca aparece cara a cara. É traiçoeiro e nunca dorme.

O Mundo oferece coisas boas aos olhos. O coração humano deseja status, honra, glória e poder. O Mundo escancara tudo isso a todo momento. As filosofias de vida corrompem os bons costumes e a moral. Discursos e mais discursos tentam convencer-me de que não precisa viver uma vida de sofrimento para agradar a Deus. Tantas tecnologias, tantas coisas boas para se viver a vida, para que ficar presos as ideologias de religião? E isso seduz os nossos olhos. Se deixarmos, corrompe os nossos corações que estão ávidos por tudo isso.

A Carne. Ah! Esse é o nosso pior inimigo. Porque é o inimigo interior. O Diabo e o Mundo estão no exterior. Podemos nos afastar deles. Prever algumas de suas artimanhas e escolhermos ficar longe. Mas, a Carne está aqui dentro. Ela dorme e acorda junto comigo. Quer a todo instante que eu a agrade. Que eu a satisfaça. É difícil lidar com ela. Deseja as coisas que o Mundo oferece e o Diabo tenta convencer-me de que é bom. Ele faz isso desde a origem do ser humano.

Estou no campo de batalha. Dentro de mim está uma vontade servir a Deus, cumprir os seus estatutos e andar na sua presença. Quero ser um vaso de bênção nas mãos do Senhor. Quero seu usado para fazer a sua obra e divulgar a sua Palavra. Jesus garantiu que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Ele disse que no mundo teríamos aflições, mas que precisamos ter bom ânimo porque Ele venceu o Mundo. Sim. É preciso ter confiança. Preciso confiar mais em Deus e caminhar. Eu não estou sozinho neste campo de batalha. Foi com confiança em Deus que Davi caminhou em direção ao gigante Golias. Acima de Golias e bem maior que ele, Davi via um Deus Todo Poderoso.

Eu olho para mim. Dentro de mim há uma força que guerreia todos os dias. Uma força que quer me destruir. Quer ver a minha queda. Os meus passos tropeçar. Mas, eu devo caminhar. Devo prosseguir nesta jornada. Estou em meio uma guerra ferrenha. Meus inimigos se levantam contra mim. Às vezes eu choro, outras vezes eu canto. Miserável homem que sou. Um pobre pecador. Deus, tenha misericórdia de mim! Eu preciso de ti! Me ajude a conquistar o paraíso.

Mas, eu não quero viver uma vida medíocre. Eu não quero estar no muro. Eu não posso viver duas vidas. Que o Senhor me ajude a ser um vaso de honra. Que o Senhor me ajude a caminhar de cabeça erguida em meio as setas do inimigo e vencer os meus adversários. Eu quero fazer a diferença. Quero estar na brecha. Ser um intercessor. Caminhar nos caminhos de Jesus e vencer este mundo mal. Senhor, capacita-me na tua vontade. Estou no campo de batalha e quero ser vencedor.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Deus! Cuida de mim!


No profundo da minha dor eu clamei
Queria ouvir uma voz que me ouvisse
Que olhasse para mim
Alguém que estendesse suas mãos
E me ajudasse.
Eu me sentia sozinho
Parecia que tudo estava contra mim
Pessoas me olhavam com ódio
Olhares de rancor queriam ver o meu fim
E meus passos vacilaram.
Na minha angústia eu clamei:
- Deus, cuida de mim!
No mais profundo do abismo
Na escuridão tenebrosa da solidão
Onde eu não encontrava mais esperança
Eis que as mãos suaves do Senhor
Foram estendidas para mim.

Acusaram-me com mentiras
E disseram que eu não ia conseguir.
Os meus pecados lançavam em meu rosto
E uma dor terrível se apoderou de mim
Eu só queria ouvir uma voz de amor
De compaixão.
Na minha angústia eu clamei:
- Deus, cuida de mim!
Eu sei o quanto sou falho diante de ti
Mas, não permita que meus inimigos zombem de mim
Eles querem ver o meu fim
A minha queda
Não permita, oh Senhor!
Deveras sou teu servo e busco a tua face
Com lágrimas de arrependimento.
Se não fora a tua bondade
Certamente eles teriam prevalecido contra o teu servo.
Na minha angústia eu clamei:
- Deus, cuida de mim!
E o Senhor
Com suas mãos de puro amor estendida sobre mim
Ajuda-me a caminhar.

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 21 de novembro de 2015

Lição Bíblica 8: O início do Governo Humano


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

As águas do dilúvio foram baixando até que Noé e sua família puderam deixar a arca e iniciar uma nova vida em um mundo novo, purificado do pecado pelas águas do dilúvio. Noé e sua família deram início a nova vida com sacrifício e adoração a Deus, o grande Criador (8.1-22). O Senhor então decide introduzir o governo humano no novo mundo. O governo humano é uma forma de governo onde Deus delega ao homem a direção do planeta e a administração da justiça. Esta forma de governo foi confirmada pela filho de Deus ao declarar: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12). Deus também fez um pacto com a humanidade, prometendo que nunca mais destruiria a vida humana por intermédio de dilúvio. A Terra havia sido purificada, porém Noé e seus descendentes carregavam a semente do pecado em seus corações.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Professor para a introdução do primeiro tópico da lição faça a seguinte indagação: “Quanto tempo durou o dilúvio?”. Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Explique que “Gênesis 7 e 8 registra detalhes sobre isso. Os animais entraram na arca no dia 10 do mês dois (7.8,9). A chuva começou sete dias depois (v.11), e o volume de água foi aumentando até dia 27 do mês três (v.12). A arca não toca a terra até dia 17 do mês sete (8.4). O cume de montanhas é visto no dia 1º do décimo mês (v.4), e as portas da arca finalmente são abertas em 1º do mês um (v.13). A terra estava seca o suficiente para Noé e sua família saírem em 27 do mês dois (v.14), um ano e dez dias depois que o dilúvio começou” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.30).

“O relato do dilúvio fala-nos, tanto do julgamento do mal, como da salvação (Hb 11.7). (1) O dilúvio, trazendo a total destruição de toda a vida humana fora da arca, foi necessário para extirpar a extrema corrupção moral dos homens e mulheres e para dar à raça humana uma nova oportunidade de ter comunhão com Deus. (2) O apóstolo Pedro declara que a salvação de Noé em meio às águas do dilúvio, seu livramento da morte, figurava o batismo do cristão” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Peça que os alunos leiam Gênesis 9.9-17. Depois explique que estes versículos “falam do concerto que Deus fez com a humanidade e com a natureza, pelo qual Ele prometeu que nunca mais destruiria a terra e todos os seres viventes com um dilúvio (vv.11,15). O arco-íris foi o sinal de Deus e o memorial perpétuo da sua promessa, no sentido de nunca mais Ele destruir todos os habitantes da terra com um dilúvio. O arco-íris deve nos lembrar da misericórdia de Deus e da sua fidelidade à sua palavra” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.45).

 SUBSÍDIO DIDÁTICO

“A Instituição do Governo Humano No século antediluviano não havia nenhum governo humano. Todo homem tinha liberdade para seguir ou rejeitar qualquer caminho. Mesmo rejeitando o Caminho, não havia refreio contra o pecado. O primeiro homicida, Caim, foi protegido contra um vingador (Gn 4.15). Sucessivos homicidas (Lameque, por exemplo) exigiram semelhante proteção (Gn 4.23,24). Durante séculos os homens haviam abusado do amor e da graça de Deus, e gastaram seu tempo entregues a toda qualidade de pecado e vício. Após o dilúvio, o caminho, o único Caminho para a vida eterna, ainda permaneceria aberto diante deles, e cabia-lhes o direito de aceitar ou rejeitá-lo. Mas se o rejeitassem, continuando desobedientes às leis divinas, eram passíveis de punição imediata por parte dos seus contemporâneos, pois Deus instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos dos ímpios. A ordem divina foi esta: ‘Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu’ (Gn 9.6). A pena capital é a função de maior seriedade do governo humano, e uma vez que Deus concedeu ao homem essa responsabilidade judicial, automaticamente todas as demais funções de governo foram também conferidas. O governo humano, assim construído, exercendo a prerrogativa da pena capital, foi e é sancionada pelo próprio Deus como um meio de deter os desobedientes (Rm 13.1-7; 1Tm 1.8-10). A investidura dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade do novo pacto de Deus ao homem após o dilúvio. Em comparação com a aliança adâmica, notamos que há: 1) maior domínio sobre o reino animal; 2) uma dieta mais ampla; 3) a promessa de Deus que não mais destruirá toda a carne; 4) e maior repressão sobre os ímpios, incluindo a prerrogativa da pena capital, que seria ao mesmo tempo uma ilustração do governo divino” (OLSON, Lawrence N. O Plano Divino Através dos Séculos: As dispensações que Deus estabeleceu para Israel, a Igreja e para o mundo. 26ª Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.69-71).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O início do Governo Humano

“A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos” — frase atribuída a Winston Churchill. Dizem alguns filósofos que a história da humanidade pode se resumir na luta pelo poder. Ou como disse Karl Marx: “A história de toda a sociedade até aos nossos dias nada mais é do que a história da luta de classes”. Se Churchil e Marx estão certos, esta não é a discussão que desejamos levantar aqui — é bom lembrar que Churchil e Marx são cosmovisões completamente distintas uma da outra, conservadorismo x socialismo.

Entretanto, desde Noé e sua descendência, quando se começou a estabelecer um governo humano, até os dias contemporâneos, muita coisa aconteceu. Reinos se levantaram e reinos foram abatidos. Imperadores chegaram ao poder e imperadores foram retirados do poder. Os governos deixaram de ser uma pessoa para ser uma Carta Magna, com o advento das constituições federais. O Estado não é mais o indivíduo, como disse Luis XV da França (“O Estado sou eu”).

Tudo isso faz parte do plano de Deus para o governo humano. Nosso Senhor disse: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado” (Jo 19.11a). Nosso Senhor deixa claro que todo poder que existe no mundo foi estabelecido por Deus. O apóstolo Paulo escreveu: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).

A ideia bíblica de que a autoridade foi ordenada por Deus para garantir a ordem e o bom funcionamento para a sociedade é apresentada nas Escrituras desde a família de Noé, quando do novo começo da humanidade, passando pela história de toda civilização humana.

Essa é uma boa oportunidade para refletirmos sobre os governos atuais que flertam com a ditadura, com a falta de interesse de desenvolver a educação da nação e a prioridade de proteger o cidadão com estratégias de segurança pública. São questões atuais e necessárias para serem refletidas. Ainda em Romanos, o apóstolo Paulo diz: “Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela” (13.3). Neste texto, está implícito que o governo, segundo a perspectiva de Deus e das Escrituras, é para fazer o bem, proteger as pessoas de bem e fazer justiça a quem for vítima de um algoz que praticar o mal.

Todo poder estabelecido no mundo provém de Deus e prestará contas a Ele!

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2015/2015-04-08.htm

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Alguns pensamentos de Spurgeon


Uma fé pequena leva as almas até o céu, mas uma grande fé traz o céu até as almas. C. H. Spurgeon

Você pode ocultar sua fraqueza de seu melhor amigo, mas não a esconderá de seu pior inimigo. C. H. Spurgeon


Nenhuma flor veste tão adoravelmente um azul como aquelas que crescem ao pé das montanhas geladas; nenhuma estrela cintila tão brilhantemente quanto aquelas que reluzem no céu polar; não há água tão saborosa e doce como a que salta no meio da areia do deserto; nenhuma Fé é tão preciosa como a que vive e triunfa na adversidade!!! "A Fé provada traz Experiência!" C. H. Spurgeon

Não deixe aquilo que é urgente tomar o lugar daquilo que é importante em sua vida. C. H. Spurgeon

As estrelas podem ser vistas do fundo de um poço escuro, quando não podem ser discernidas do topo de um monte. Assim também, muitas coisas são aprendidas na adversidade, com as quais o homem próspero nem sonha. C. H. Spurgeon 

Tome para você a promessa de Deus, pois ela é suficiente, e mais do que suficiente, mesmo que todas as fontes da terra se sequem. C. H. Spurgeon

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

42


Eu nasci em circunstâncias bem atípicas. Nasci em um tempo distante onde não havia tecnologia como conhecemos. Minha mãe não pode ter um hospital para ter o seu bebê que agora vinha ao mundo. Não nasci em berço de ouro e, pelos relatos de meus pais, nem berço havia para que eu pudesse descansar. Em algumas ocasiões nem mesmo o leite havia para que eu pudesse saciar minha fome. Eram tempos difíceis. Passei muitos perigos quando pequeno, mas sobrevivi a tudo isso. Minha história tinha inicio nos primórdios dos anos 70 na região inóspita de um Mato Grosso ainda selvagem. Corri sério riscos de morrer por ataques de cobras, de picadas de insetos, de acidentes, de paralisia infantil, tuberculose e outras mazelas que atingiam crianças daquela época. Mas, tudo isso não foi capaz de atrapalhar a minha jornada.

Minha adolescência e juventude foi quase toda vivida na pequena cidade de Lambari D'Oeste, que naquela época era só Lambari mesmo. É um tempo do qual não consigo esquecer. Muito sofrimento por viver, na maioria do tempo, nas casas dos outros, uma vez que meus pais haviam se separados o que dificultou essa fase da minha vida. No entanto, não me tornei um bandido e nem um revoltado com a vida. Tirei lições preciosas desse tempo amargo e aprendi a crescer com objetivo de fazer as coisas certas.

Minha fase de jovem foi marcante na cidade de Cáceres nos anos 90. Lembro-me da Hollywood Dance, UBSSC e Praça Duque de Caxias. Algumas experiências amargas. Pular da Ponte Marechal Rondon e nadar no Rio Paraguai correndo o sério risco de morrer afogado. Praia do Julião. Escola Mário Motta. Boas lembranças.

O tempo passa. Hoje chego aos 42 anos. Uma vida cheia de desafios e obstáculos a ser vencido cada dia. Parece-me que chego ao topo de uma montanha e agora posso ver o horizonte distante. Olho por onde trilhei e vejo coisas que não via quando por lá passava. Olho para o caminho a minha frente e sei que coisas boas ainda estão por vir. Realização de sonhos. Objetivos a alcançar. Orgulho-me da família que Deus me concedeu. Meus pais, inesquecíveis. Meus irmãos, insubstituíveis. Meus filhos, o maior tesouro que alguém poderia ter.

Cometi muitos erros durante toda minha vida. Mas, nunca fiquei prostrado. Tive medo, mas sempre procurei superá-lo. Sonhei e ainda sonho. Chorei e sorri. Magoei e fui magoado. A vida me ensina lições toda manhã. E procuro aprender com todas as coisas a minha volta. Quero viver mais 42 anos se assim o Senhor me permitir. Aos amigos, quero muito receber todas as considerações em vida. Talvez não possa retribuir o carinho de todos, mas saibam que estão dentro do meu coração para sempre.

Agradeço imensamente ao meu Deus pela oportunidade que Ele me concede de viver neste tempo presente e de conhecer pessoas fantásticas como as que me cercam. Que meu legado seja de coisas boas para todos aqueles que saibam apreciar as vozes do coração. A coisa mais importante na vida é saber que existe um Deus que nos concede essa preciosidade. Por isso sou eternamente grato a Deus pelos 42 anos de vida que Ele me concede neste dia.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Lição Bíblica 7: A família que sobreviveu ao Dilúvio


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O Senhor levantou Noé, um homem justo e que buscava ter comunhão com Deus, mesmo vivendo em uma sociedade perversa, para anunciar o juízo divino em forma de dilúvio que viria sobre a terra. Noé trabalhou na construção da arca e pregou a verdade divina durante 120 anos. Todos tiveram oportunidade e tempo para se arrependerem dos seus pecados, mas ninguém deu crédito a pregação de Noé. Somente ele, sua família e os animais foram salvos das águas do dilúvio. A arca construída por Noé é um tipo de Cristo, aquele que é o nosso único meio de Salvação. Somente Jesus pode livrar essa geração do juízo e da morte (1Pe 3.20,21), por isso, não podemos perder mais tempo e anunciar a todos os povos e nações a mensagem da salvação e o Salvador — Jesus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Em meio à iniquidade e maldade generalizada daqueles dias, Deus chamou Noé um homem que ainda buscava comunhão com Ele e que era ‘varão justo’. (1) ‘Reto em suas gerações’, equivale dizer que ele se mantinha distanciado da iniquidade moral da sociedade ao seu redor. Por ser justo e temer a Deus e resistir à opinião e conduta condenáveis do público, Noé achou favor aos olhos de Deus. (2) Essa retidão de Noé era fruto da graça de Deus nele, por meio da sua fé e do seu andar com Deus. A salvação no Novo Testamento é obtida exatamente da mesma maneira, mediante a graça e a misericórdia de Deus, recebidas pela fé, cuja eficácia conduz o crente a um esforço para andar com Deus e permanecer separado da geração ímpia ao seu redor. Hebreus 11.7 declara que Noé ‘foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé’. (3) O Novo Testamento também declara que Noé não somente era justo, como também pregador da justiça (2Pe 2.5). Nisso, ele é exemplo do que os pregadores devem ser” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“A arca não continha todas as espécies de animais, mas o protótipo de cada uma delas. Uma simples junta de gado portava os genes que provêm da ampla variação dessas classes animal. O relato bíblico da criação refuta a noção de que toda a vida animal evoluiu dos antepassados unicelulares. Contudo, não questiona o relato de evolucionistas sobre a variação dentro das espécies. Maldade e violência. Essas palavras são usadas para caracterizar os pecados que causaram o dilúvio de Gênesis. Maldade é rasah, atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam prejudicar outras pessoas” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“O dilúvio Cristãos que mantêm uma ampla visão das Escrituras debatem se o dilúvio descrito em Gênesis foi uma inundação universal, que cobriu a total superfície do globo, ou uma inundação limitada, que afetou somente áreas habitadas pelo homem. Versos como ‘todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu foram cobertos’ (7.19,20) e ‘tudo que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu’ (vv.21-23) sugerem um cataclisma mundial. Mas como seria o fato de que não há água suficiente em nosso planeta e na atmosfera para cobrir montanhas tais como o Evereste? Aqueles que mantêm a visão universal acreditam que o dilúvio modificou a face da terra, levando o leito dos mares e formar reentrâncias e empurrando montanhas para um lugar mais alto. Seja qual for a nossa visão, está claro que o relato do dilúvio estabelece uma poderosa declaração. Ele afirmava que Deus é Regente moral deste universo, que tem o poder de julgar o pecado. 2 Pedro 3 lembra-nos daqueles que escarnecem da ideia do Juízo Final que o Senhor perpetuou nos tempos de Noé para julgar os homens ímpios e violentos. O Todo-Poderoso, cujo ódio ao pecado está revelado no dilúvio, não permitirá que os pecados continuem impunes” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.29).

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2015/2015-04-07.htm

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Instruídos nos caminhos do Senhor


Por Odair José da Silva

É muito bom quando somos instruídos nos caminhos do Senhor. Nesta vida temos que enfrentar muitos dissabores, tristezas e dores. Mas, quando estamos na orientação de Deus e andando em seus preceitos Ele nos ajuda na caminhada e nos dá a paz e proteção que tanto precisamos para um viver feliz nesta terra. Ser instruído nos caminhos do Senhor faz toda diferença.

Quantas pessoas andam de acordo com suas próprias vontades e na direção de seus olhos. Mas, logo percebem que estão caminhando na escuridão e sujeitos a toda espécie de calamidades. Os caminhos sem Deus podem até parecer caminhos bons, mas o seu final sempre são caminhos de morte. Não se deixe levar pelas suas próprias concupiscências e nem pelos desejos de seu coração. Somente na direção de Deus temos a certeza de chegarmos ao nosso destino final em segurança.

Ande na presença de Deus, obedeça os seus preceitos e desfrute da gloriosa presença do Senhor em sua vida. Que Cristo seja o nosso alvo e que possamos ser instruídos nos seus preceitos.

Mensagem: Odair José, o Poeta Cacerense.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Lição Bíblica 6: O impiedoso mundo de Lameque


INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Adão e Eva pecaram e a corrupção humana foi se alastrando e envolvendo toda a humanidade. Deus é santo e não poderia suportar o pecado, por isso, Ele resolveu dar fim a humanidade trazendo o seu juízo. Mas, Deus ama tanto o homem que deu um tempo para que as pessoas se arrependessem de seus pecados. O Senhor levantou Noé, um homem justo, e sua família para construir a arca e anunciar o juízo que viria caso não se arrependessem. Noé pregou durante anos, mas ninguém deu ouvidos a sua pregação. Hoje também pregamos e anunciamos o Dia do Juízo de Deus sobre essa Terra, porém, muitos não creem. Todavia, como nos dias de Noé, o juízo de Deus sobre o pecado virá. Noé e sua família foram salvos, e isso nos mostra que Deus tem um compromisso com aqueles que pela fé lhe obedecem. Que possamos permanecer na fé e como Noé, seguirmos anunciando o amor e o juízo de Deus sobre o pecado.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Lameque 1. Filho de Metusael, um descendente de Caim, que foi o primeiro polígamo, tendo se casado com Ada e Zilá (Gn 4.18-24). Seus filhos foram Jabal (pai dos que habitam em tendas e têm gado), e Jubal (pai de todos que tocam harpa e órgão), e Tubalcaim (mestre de toda a obra de cobre e de ferro). Lameque cantou para suas esposas, vangloriando-se de ter matado os homens que o feriram ou o golpearam. Essa vanglória é geralmente entendida como sendo a confiança nas armas de metal de seu filho, em oposição à confiança em Deus. Estes filhos parecem torná-lo o pai dos nômades, músicos e artífices em metal.

Lameque 2. O filho de Matusalém que, com a idade de 182 anos, se tornou o pai de Noé, e viveu até a idade de 777 anos (Gn 5.25-31). Por ocasião do nascimento de seu filho, ele expressou o desejo de que em Noé a maldição de Adão chegasse ao fim: ‘Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou’ (Gn 5.29). Ele está incluído na genealogia do Senhor Jesus (Lc 3.36)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1130).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Nos dias de Noé, o pecado abertamente se manifestava no ser humano, de duas principais maneiras: a concupsciência carnal (v.2) e a violência (vv.11,12). A degeneração humana não mudou; o mal continua irrompendo desenfreado através da depravação e da violência. Hoje em dia, a imoralidade, a incredulidade, a pornografia e a violência dominam a sociedade inteira. Deus se revela já nestes primeiros capítulos da Bíblia, como um Deus pessoal para com o ser humano, e que é passível de sentir emoção, desagrado e reação contra o pecado deliberado e a rebelião da humanidade. (1) A expressão ‘arrependeu-se’ (6.6) significa que, por causa do trágico pecado da raça humana, Deus mudou a sua disposição para com as pessoas; sua atitude de misericórdia e de longanimidade passou à atitude de juízo. (2) A existência de Deus, o seu caráter e seus eternos propósitos traçados, permanecem imutáveis, porém, Ele pode alterar seu tratamento para com o homem, dependendo da conduta deste. Deus altera, sim, seus sentimentos, atitudes, atos e intenções, conforme as pessoas agem diante da sua vontade (Êx 32.14; 2Sm 24.16). (3) Essa revelação de Deus como um Deus que pode sentir pesar e tristeza, deixa claro que Ele, em relação à sua criação, age pessoalmente, como no recesso de uma família. Ele tem um amor intenso pelos seres humanos e solicitude divina ante a penosa situação da raça humana (Sl 139.7-18)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.41).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O impiedoso mundo de Lameque 

O relato dos capítulos 5 e 6 se refere à linhagem familiar de Adão, mais particularmente à geração de Sete. Essa genealogia faz um contraste com a linhagem de Caim descrita no capítulo anterior (Gn 4.17-24). Neste contraste, há a presença de dois “Lameques”, um no capítulo 4 (vv.18,23) e outro no capítulo 5 (vv.28-31). Qual a diferença entre esses dois “Lameques”?

O Lameque do capítulo 4 é o da linhagem de Caim, trata-se, pois, de um homem violento e odioso, conforme o autor sagrado descreveu: “E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete” (vv.23,24). O Lameque do capítulo 4 cantava e entoava a impiedade e a violência. A intenção de fazer o mal pulsava em seu coração, pois Lameque matou um jovem só porque este o pisou.

O Lameque do capítulo 5 é o da geração de Sete. A geração que começou a buscar a face do Senhor Deus. Esse Lameque é o pai de Noé. Diferentemente das palavras do Lameque do capítulo 4, o pai de Noé se referiu ao seu amado filho, quando o nomeou, assim: “E chamou o seu nome Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou” (Gn 5.29). Este Lameque conhecia bem ao Senhor e sabia que a terra estava cheia de violência. Entretanto, ele depositou a sua esperança no seu filho, pois sabia que Noé agradaria o Senhor seu Deus.

Enquanto o Lameque do capítulo 4 simboliza a violência, o ódio, a desesperança, o mundo entregue ao mal, o plano de Caim que aprofundou o mal sobre a terra com a devassidão moral, a violência ilimitada e a terrível resistência à graça divina; o Lameque do capítulo 5 representa a esperança, o consolo de Deus a uma geração. Este Lameque é o Lameque que não prosperou em maldade, mas em bondade, misericórdia e consolação.

Por intermédio de Lameque, o pai de Noé, chegou o livramento de Deus para a humanidade. Lembremos de que Jesus de Nazaré é da linhagem de Noé. No Dilúvio, o plano de Deus apontava para o plano maior dEle para o mundo: a Cruz do Calvário.

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2015/2015-04-06.htm

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Conhece-te a ti mesmo - Uma abordagem sobre o filme Matrix


Por Odair José da Silva

No primeiro filme da série Matrix, Neo, o personagem principal do filme vai até o Oráculo para ouvir uma mensagem. A mulher pergunta a ele se ele leu a frase na entrada da porta e explica-lhe que aquela frase é de uma língua há muito desaparecida, o latim. A frase não é nada mais nada menos do que a celebre frase escrita sobre o portal de entrada do santuário do deus Apolo: “conhece-te a ti mesmo”. De acordo com a História, certa vez Sócrates foi até o Oráculo de Delfos e esta lhe perguntou: “O que você sabe?” Ao que ele respondeu: “Só sei que nada sei”. A partir dessa resposta o Oráculo concluiu que Sócrates era o mais sábio de todos os homens.

Essa pequena abordagem é importante para entendermos o contexto do filme e minha abordagem nesse artigo. No entanto, é necessário apresentarmos outros dois personagens do filme. Neo, o personagem principal, significa “novo” ou “renovado” e, quando dito de alguém, significa “jovem na força e no ardor da juventude”. Já Morfeu, o personagem que conduz Neo ao Oráculo, pertence à mitologia grega: era o nome de um espírito, filho do Sono e da Noite, que possuía asas e era capaz, num único instante, de voar em absoluto silêncio para as extremidades do mundo.

Matrix é uma palavra latina derivada de mater, que quer dizer “mãe”. Em latim, matrix é o órgão das fêmeas dos mamíferos onde o embrião e o feto se desenvolvem, o útero. Pois bem, no filme, Matrix representa um útero universal onde estão todos os seres humanos cuja vida real é “uterina”. Morfeu mostra para Neo a realidade, isto é, que ele passou a vida inteira sem saber se estava desperto ou se dormia e sonhava porque, realmente, esteve sempre dormindo e sonhando.

Destaco estas inferências sobre este filme para abordar algumas questões que, no meu entendimento, são cruciais para compreendermos a sociedade pós-moderna na qual estamos inseridos. Não se pode negar o controle das inteligências artificiais na sociedade. Há uma realidade virtual na qual todos acreditam. Um controle dos números e organizações sobre o indivíduo. Uma teia invisível que controla nossas ações. Quem pode dizer o contrário?

A Matrix é o computador gigantesco que escraviza os homens, usando a mente deles para controlar seus sentimentos e pensamentos, fazendo-os crer que é real o que é aparente. Ou seja, vivemos uma total ilusão da vida. Enquanto muitos acham que sabem tudo, que descobriu muita coisa, as palavras do Oráculo ecoam na nossa mente: Conhece-te a ti mesmo.

Salomão, considerado o homem mais sábio que já existiu, alegou desilusões com os acontecimentos da vida. De acordo com ele, tudo que se faz debaixo do sol é vaidade. Depois de muitas buscas o fim da vida é ilusão, isto é, tudo são enfado e canseira. No entanto, é interessante notarmos que Salomão afirma isso para as pessoas que procuram a felicidade ou conhecimento humano sem buscar e conhecer a Deus. Ele descobriu que a despeito de seus esforços, a vida sem Deus é uma longa e frustrada busca por prazer, significado e realização. Não é possível alcançarmos a felicidade sem Deus. Daí a necessidade de pensarmos nas palavras de Sócrates: Só sei que nada sei. A partir dessa premissa, sabemos que toda e qualquer sabedoria vem de Deus. Ele é quem nos dá a capacidade para entendermos que as conquistas deste mundo são efêmeras e que, o mais importante é seguirmos seus mandamentos.

A humanidade encontra-se presa em uma teia gigantesca. O avanço científico e tecnológico não é capaz de solucionar as principais mazelas da humanidade. Cresce em todo mundo a insegurança, a violência, as epidemias, as desigualdades, enfim, tudo que o homem, no seu esforço não consegue solucionar. Isso demonstra que, qualquer sucesso sem Deus é fracasso. O homem pós-moderno tira Deus do seu caminho e acha que pode solucionar suas necessidades. Por isso esse caos cotidiano.

Precisamos pensar. Indagar o porquê das coisas estarem caminhando nesse sentido. Estamos conformados de estarmos ligados na rede, na Matrix? Ou queremos libertar-nos dessa gigantesca rede abominável? Sócrates questionava seus opositores. Precisamos questionar esse modelo de vida ao qual estamos inseridos. Não podemos permitir que o Sono e a Noite seja donos da nossa vida. Sigamos o conselho de Salomão: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque este é o dever de todo homem”. Eclesiastes 12.13.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense