terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Após a Volta de Jesus

 
    Alfredo entrou silenciosamente no templo e parou próximo a mesinha que ficava na frente do altar. Era uma manhã de sol e podia sentir-se o frescor das flores que o vento trazia e até o regurgitar de alguns pássaros. Olhou para o púlpito e lembrou-se de quantas vezes pregara ali. Quantas vezes ouvira sermões que falavam desse acontecimento. Jesus voltará! Essas palavras ecoavam em seus ouvidos. Agora sabia que era muito tarde. Sim! Jesus havia voltado e ele não estava preparado. Deixou que uma lágrima escorresse de seus olhos. Uma dor profunda no coração. Lembrou que ao acordar olhou para o lado e não viu a esposa. Sua fiel companheira de longas datas. Assustou-se e correu até o quarto das crianças. Não podia ser isso que tinha acontecido, pensava enquanto corria até o quarto. Nenhuma das suas duas crianças estavam em suas camas. Aconteceu! Deixou-se cair ajoelhado no chão do quarto. Oh! Senhor! Tenha misericórdia de mim! Exclamou, mesmo sabendo que já era muito tarde para arrependimento. 
    Ainda olhava para o púlpito vazio e lembrava da confiança em que o Pastor Samuel depositara em suas mãos. Era o vice pastor daquela congregação que prezava pela palavra de Deus. Mas, sabia que não tinha sido fiel e agora pagava caro por sua falha. Jesus havia voltado, levado a sua igreja e ele ficara. 
    - Pastor Alfredo!?! 
    Olhou para a entrada lateral do templo e viu a jovem que entrava desesperada. 
    - O senhor ficou também? 
    Ele olhou para a jovem. Era, com certeza a jovem mais bonita daquela congregação. Quantas vezes tinha pensado nisso. Era destacada no conjunto onde cantava, pregava e cooperava no atendimento, cantina e outras atividades que precisasse. Admirava que ela tivesse ficado também. 
    - Camila! 
    Foi o que conseguiu dizer. 
    Ficaram em silêncio por alguns minutos. Olhavam para o púlpito e para a nave do templo agora só com os bancos vazios. 
    - Sua esposa foi arrebatada? – Camila quebrou o silêncio. 
    Acenou positivamente com a cabeça. 
    - Seus filhos? 
    Confirmou com outro aceno de cabeça. 
    - Por que o senhor ficou? 
    Olhou para ela com um olhar diferente do convencional e, antes de responder viu que chegava outro irmão da igreja. 
    - Vocês ficaram também? 
    Alfredo e Camila olharam para ele. Irmão Paulo era diácono e porteiro na congregação. De corpo atlético, era militar e servia como porteiro, segurança e tinha outras atividades. Era muito popular. 
    - Você ficou porquê? – Indagou o vice pastor já imaginando a razão. Algumas vezes tinha ouvido reclamações do homem ali diante dele de agressão física contra a esposa e os filhos. Era um bruto em casa, como ouvira algumas vezes no auxílio ao Pastor da congregação. 
    - E vocês? – Paulo se esquivou – ficaram porquê? 
    Houve um breve silêncio entre eles enquanto um olhava para o outro. Na imaginação queriam saber o motivo de não terem subido no arrebatamento. Foram interrompidos pelos gritos escandalosos de outra irmã que chegou correndo na igreja. 
    - Ai meu Deus! Ai meu Deus! – Exclamava em lágrimas. 
    - Calma irmã Sandra – Disse o vice pastor – agora não adianta mais lamentar. Agora é tarde para isso. 
    - Mas, Pastor! – Exclamou – Por que ficamos? Por que eu fiquei? Sempre fui fiel na igreja, cooperava em todos os cultos, orava mais do que quase todas as irmãs do Círculo de Oração. 
    - E fofocava mais do que tudo! – Camila deixou escapar e a mulher ficou rubra de raiva na hora. 
    - Ah é, engraçadinha! – Retrucou – e você, santinha, porque não subiu? Deve que porque tinha rolos com homens por ai, ou porque já não é mais virgem né? 
    Os três olharam para a jovem. Camila ficou em silêncio. Sentou-se no banco e se preparava para responder quando os olhares de todos pairou sobre a mulher que acabara de chegar. O semblante de todos mudaram. 
    Michele era um mulher jovem, dedicada na obra. Era esposa de um dos obreiros e era regente dos jovens daquela congregação. Tinha uma voz que se destacava dentre os demais e quando cantava fazia o coração de todos os presentes serem impactados. 
    - Eu brinquei – disse ao se aproximar – eu não acreditava que isso pudesse acontecer. Não cria nessa coisa de volta de Jesus. 
    Olhou para Camila, Paulo, Sandra e depois parou o olhar em Alfredo. O coração dele quase parou.     - Você sabe porque ficamos, né? 
    Paulo, Sandra e Camila olharam estarrecidos para os dois! Alfredo deixou escapar uma lágrima. 
    - O que acontecia entre vocês? – Indagou Sandra. 
    - Foi por isso que você ficou – disse Alfredo virando-se para Sandra – por causa de um pecado da carne que você nunca abandonou. Por causa de suas fofocas você provocava inimizades, porfias e emulações entre os irmãos. Essa mania de fofocar, de levar e trazer intrigas e disseminar fake news. Você era a campeã aqui na igreja. Por isso você ficou. 
    - Tá bom, engraçadinho – respondeu Sandra esbravejando – e você? Se fosse tão santo não estaria aqui. O que você fazia de errado? Você era o vice pastor, então deve ter feito alguma coisa bem grave.
     - Sim – confessou o vice pastor – todos nós que aqui estamos fizemos algo de errado, senão não estaríamos aqui. 
    - Eu sei porque fiquei – disse Camila com os olhos cheios de lágrimas – eu era invejosa! 
    - Invejosa? – Exclamou Paulo – como você poderia ser invejosa? Você é a jovem mais bonita e destacada aqui da igreja. Eu achava que as outras meninas é que tinham inveja de você. 
    - Pois, é – disse ela – mas não é assim. – fez uma pausa e continuou – eu sentia inveja de quase tudo. Deus sabe o quanto sofria com isso. Dentro do meu coração eu guardava coisas e imaginava coisas terríveis. Eu alimentava isso. Me arrumava e me enfeitava porque queria chamar a atenção. Queria provocar os olhares sobre mim. Mas, ao mesmo tempo eu invejava as outras pessoas. Por que fulana conheceu sicrano e ele não olhou para mim? Era o que me perguntava sempre. Foi por isso que fiquei. 
    - Tá bom – Disse Paulo – vou confessar também. Fiquei por que sempre fui um babaca violento. O meu pecado sempre foi a ira. Eu descontava todas as minhas raivas na minha esposa e nos meus filhos. Bati nela várias vezes. Algumas até deixei marcas que ela escondia e, se alguém visse, dizia que tinha caído ou sofrido um acidente. Graças a Deus ela foi salva e meus filhos também. 
    - E você pastor? – Sandra olhou furiosamente para ele – não vai nos contar o que o fez ficar de fora do arrebatamento? O senhor que pregava quase todos os cultos, que parecia ter uma vida exemplar. O que aconteceu? 
    Alfredo respirou fundo, mas, antes de falar foi interrompido por Michele. 
    - Ele ficou por causa de mim! 
    Todos olharam para ela com muita curiosidade. Michele continuou. 
    - Na verdade, ficou por causa dele, quero dizer. Por causa de sua impureza sexual. Sua infidelidade. E eu também fiquei por causa disso. Ele me seduziu e tínhamos um caso escondido. 
   - Minha nossa! – Exclamou Sandra – eu sabia! 
   - Sabia coisa nenhuma – ralhou Paulo olhando para Sandra – se soubesse toda igreja saberia porque você não perdia tempo em fofocar. Cale-se! 
    Houve um breve silêncio. Os cinco olharam para o púlpito e depois para a nave do templo. Os bancos vazios. Lembraram dos cultos avivados naquela congregação. Não iriam mais ouvir as crianças cantando, os adolescentes, os jovens que cantavam com tanta emoção, o Círculo de Oração com seus hinos espirituais. Não ouviriam mais os sermões e mensagens de poder que tocavam os corações de todos que ali frequentavam. Tudo isso era passado. Nenhum deles se atentaram para a volta iminente de Jesus e ficaram. 
    - Agora não adianta lamentar – Disse Alfredo – apenas nos prepararmos para enfrentarmos o Anticristo e a aniquilação deste mundo. Perdemos o tempo da graça oferecido por Jesus e agora resta-nos darmos o nosso sangue se quisermos alcançar uma salvação. Agora é só choro e lamentação. Nossos irmãos e irmãs que foram fiéis a Cristo estão agora no Tribunal de Cristo e nas Bodas do Cordeiro. Nós, estamos na Grande Tribulação! 
    Todos curvaram a cabeça e deixaram as lágrimas rolarem de seus rostos. 
 
Conto: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O Preparo Intelectual do Cristão

  "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus!" Rm 11.31. 
     
    A Bíblia enfatiza a aquisição, pelo homem, do conhecimento, do saber, mas saiba-se que o simples conhecimento não é o mesmo que sabedoria. Pessoas há por toda parte que detêm um imenso somatório de conhecimento, e apenas pequenos lampejos de sabedoria. 
 
    O temor ao Senhor é o princípio da sabedoria, afirma as escrituras sagradas. Dessa forma, Deus é fiel àqueles que vivem para Ele, a fim de amá-lo, servi-lo e adorá-lo. É dever de cada ser humano buscar e adquirir seu preparo intelectual. Além de suas múltiplas e benéficas finalidades pessoais e sociais, ele é de inestimável importância na obtenção do preparo bíblico e teológico. 
 
    Na Bíblia encontramos exemplos de homens com preparo intelectual para fazer a diferença para o Reino de Deus. Daniel, Moisés e Paulo são grandes fontes de inspiração para que possamos buscar o conhecimento e a sabedoria. 
 
    Por fim, lembre-se de que o preparo intelectual é fundamental nos empreendimentos desta vida, e de grande utilidade na vida espiritual, quando o dedicamos ao Senhor. 
 
    Odair José, Poeta e Escritor Cacerense.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Conselhos de um jovem poeta

 
Cultive a esperança. Por mais que possa parecer o fim. Acredite sempre que haverá um dia melhor para viver. Olhe para as coisas boas da vida, o nascer do sol, a brisa da manhã e as estrelas que brilham junto a lua. 
 
Acredite na mudança. Nem tudo vai acontecer da forma que queremos. Mudanças, às vezes, são momentos de incertezas. Mas, creia no amanhecer renovador. Acredite nas oportunidades de uma vida diferente. 
 
Seja otimista em relação a você. Nunca pense que você não é capaz. Agradeça ao Criador pela sua vida e aproveite cada minuto para espalhar coisas boas por onde passar. Creia que você pode transformar alguém com o seu sorriso. 
 
Caminhe sempre olhando para as flores. Sua vida será mais colorida e perfumada. Haverá espinhos e, em alguns momentos até poderá ser machucado por eles, mas, dê valor as flores e as borboletas que pairam sobre a sua vida. 
 
Nunca deixe de acreditar. As lutas podem ser cruéis, batalhas podem parecer intermináveis. Mas, você será vencedor se acreditar na vitória e lutar por ela. Nunca pare no caminho porque não é aqui o nosso descanso. 
 
Tenha fé. A fé é o firme fundamento, a base para uma vida vitoriosa. Creia no Criador, creia em Deus. Acredite que Ele cuida de cada um de nós com amor eterno e uma misericórdia infinita. Não temas! 
 
Dê valor as amizades. Valorize aqueles que prezam pela sua vida. Seja otimista e voluntarioso com quem precisa de você. Cultive as amizades e compartilhe sua vida com quem você ama. Ninguém é uma ilha. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

O impostor que vive em mim

Eu sou humano e fraco e fui vendido ao pecado para ser seu escravo. 
Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. 
Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio. 
Se faço o que não quero, isso prova que reconheço que a lei diz o que é certo. 
E isso mostra que, de fato, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. 
Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. 
Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo. 
Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. 
Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. 
Assim eu sei que o que acontece comigo é isto: quando quero fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau. 
Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus. 
Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. 
Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo. 
Como sou infeliz! 
Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte? 
Que Deus seja louvado, pois ele fará isso por meio do nosso Senhor Jesus Cristo! 
Portanto, esta é a minha situação: no meu pensamento eu sirvo à lei de Deus, mas, na prática, sirvo à lei do pecado. 
 
Tradução livre de Romanos 7.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Eu, os livros e a leitura (I)

     
    Por onde posso começar a falar de livros e leitura? Tarefa bastante hercúlea para se fazer. Todas as minhas escolhas será injusta. De cada dez livros escolhidos, outros dez ficarão de fora dessa lista. Portanto, minha missão é pontuar minhas leituras, livros que impactaram minha vida e que pode servir de sugestão para outros. 
    A leitura nos abre caminhos para um mundo fantástico, um universo maravilhoso de conhecimento e descoberta. 
    Estarei selecionando dez obras (não necessariamente em ordem de importância) que me chamaram a atenção e um bônus. 
 
    01) “O Altar Supremo: a história do sacrifício humano”. Livro que constitui um extraordinário e fascinante estudo sobre sacrifícios. É uma instigante história de aventura e, também, uma significativa contribuição ao estudo antropológico da religião em seu aspecto mais trevoso e violento. Foi um livro que comprei em um sebo por preço irrisório, mas que tem, para mim um valor imensurável. 
 
    02) “História Secreta do Mundo”. Fui atraído pela sinopse do livro. E SE AQUILO QUE NOS CONTARAM FOR APENAS UMA PARTE DA HISTÓRIA? Diz-se que a História é escrita pelos vencedores, mas… e se a História - ou o que conhecemos dela - tiver sido escrita pelas mãos erradas? E se aquilo que nos contaram for apenas uma parte? A partir dessa premissa, mergulhei nesta leitura que é fascinante. 
 
    03) “Lolita”. Polêmico, irônico e tocante, este romance narra o amor obsessivo de Humbert Humbert, um cínico intelectual de meia-idade, por Dolores Haze, Lolita, 12 anos, uma ninfeta que inflama suas loucuras e seus desejos mais agudos. Através da voz de Humbert Humbert, o leitor nunca sabe ao certo quem é a caça, quem é o caçador. A obra-prima de Nabokov é um livro para poucos! 
 
    04) “1984”. Poucos livros tem a capacidade de tocar tão profundamente como esse. Publicada originalmente em 1949, a distopia futurista 1984 é um dos romances mais influentes do século XX, um inquestionável clássico moderno. Lançada poucos meses antes da morte do autor, é uma obra magistral que ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre a essência nefasta de qualquer forma de poder totalitário. 
 
    05) “A Divina Comédia”. Essa obra-prima da literatura universal dispensa comentários. Texto fundador da língua italiana, súmula da cosmovisão de toda uma época, monumento poético de rigor e beleza, obra magna da literatura universal. É fato que a "Comédia" merece esses e muitos outros adjetivos de louvor, incluindo o "divina" que Boccaccio lhe deu já no século XIV. Mas também é certo que, como bom clássico, este livro reserva a cada novo leitor a prazerosa surpresa de renascer revigorado, como vem fazendo de geração em geração há quase setecentos anos. Uma longa jornada dantesca através do Inferno, Purgatório e Paraíso. 
 
    06) “O Conde de Monte Cristo”. Essa história foi impactante na minha vida de leitor. Um dos maiores clássicos da literatura francesa há mais de 150 anos, “O conde de Monte Cristo” gira em torno de Edmond Dantè, que é preso por um crime que não cometeu. Ao sair da prisão, Edmond vai à busca de vingança contra seus inimigos. Uma trama repleta de reviravoltas dignas de um jogo de xadrez. 
 
    07) “Frankenstein”. Um clássico nunca morre. Considerada a primeira obra de ficção científica da história, fazendo sucesso arrebatador desde 1818 até os dias de hoje, Frankenstein deu vida ao gênero do terror e influenciou diversas gerações desde então. Ao mesmo tempo, suscitou entre seus leitores a questão que reside no imaginário da humanidade desde suas origens: quão humano pode ser um monstro e quão monstro pode ser um humano? o livro narra a história de victor frankenstein, um estudante de ciências naturais empenhado em descobrir o mistério da criação e que acaba por construir um ser humano – ou monstro? – em seu laboratório. 
 
    08) “As Catacumbas de Roma”. Um livro com uma mensagem impactante. Uma obra que mostra a pureza e o vigor dos primeiros seguidores de Cristo, os quais mesmo coagidos, foram fiéis até a morte. Para mim, uma lição muito importante do que é fé. 
 
    09) “Bíblia Sagrada”. Não poderia deixar de falar da maior obra, para mim, da literatura universal. Um conjunto de livros que mudou a minha vida para sempre. Leio-a todos os dias e tenho diversas dela em diferentes estudos. Dispensa comentários! 
 
    10) “As Crônicas de Nárnia”. Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal - o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro de C. S. Lewis é uma fantástica viagem ao mundo da imaginação. Para mim, um dos maiores escritores de todos os tempos. 
 
    Bônus) “O Homem Que Queimou a Bíblia”. Não poderia deixar de falar de um dos meus livros. Escrito a partir de muita leitura e com o coração. O Homem Que Queimou a Bíblia é um conjunto de relatos e mensagens que precisa ser lido. Sou grato a Deus por ter me dado capacidade de escrevê-lo. 
 
    Obs. Em breve a Segunda Lista! 
 
    Texto: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Ladrão de almas


Agora vamos voltar a realidade 
Será que tenho tido pesadelos? 
Essa pode ser a única explicação 
Eu sonho com ratos, lagartos e besouros 
Mas nunca desejei isso para mim 
Apenas uma noite tranquila 
Um sono suave 
Será que é pedir muito? 
Mas, como dormir tranquilo em meio ao caos? 
O sistema corrói a alma 
E não dá sossego hora nenhuma. 
Ouço os gritos das crianças 
O rastejar dos vermes 
E o sussurro dos morcegos e sanguessugas. 
Na vala escura mais um corpo é escondido 
Pelo ladrão de almas 
Triste época a nossa 
Em que roubam até nossa esperança. 
No silêncio ouço o vento 
Na madrugada vejo correr 
E morrer 
O sonho da humanidade! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

47

Eu tenho tanto para agradecer 
Que com palavras não sei dizer 
A felicidade que é viver. 
 
Quero apenas erguer meu olhar 
E com alegria poder expressar 
O quanto aprendi a amar. 
 
Uma vida de paz o Senhor me deu 
Com muito amor me protegeu 
Em seus braços de amor e amizade 
Me fez sentir e viver a felicidade 
Que preenche o meu coração 
Por isso externo aqui minha gratidão! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense 
 
Obs. 47 Primaveras, 17.166 dias! 

 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Víboras peçonhentas

 

Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno? 
Mateus 23:33 
 
Não há verdade em tudo que dizem. E as palavras que saem de suas bocas são como venenos de víboras peçonhentas. Eu tento evitá-los o máximo que posso e fico indignado com sua capacidade de ludibriar as mentes incautas que encontram pelo caminho. Eles vociferam palavras de bençãos e maldições como se fossem deuses capazes de realizarem o que dizem. Não sei por quento tempo consigo observar sem dizer nada. No entanto, o que mais me perturba é que as pessoas, muito provavelmente, darão mais ouvidos aos tolos que gritam essas balburdias do que as minhas comedidas palavras. É assim que funciona a engrenagem da vida. Por isso, muitos crápulas tiveram sucesso ao longo da História. 
 
As pessoas tem uma tendência a ouvir os charlatões. Os que prometem o paraíso. Talvez seja um mal necessário no mundo. Sei lá, talvez seja. Eu fico em silêncio e vejo o tempo passar lentamente. Observo os acontecimentos e percebo que estou de mãos atadas. Não há muito o que fazer. Eles seguem os lobos como ovelhas indo para o matadouro. São cegos sendo conduzidos por falsos pastores cruéis que só pensam em tirar proveito da situação. São vítimas de um sistema inescrupuloso que destroem as vidas e as almas perdidas. Eu tento falar. Você pode me ouvir? 
 
Mensagem: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

O lamento de Jó

 
“Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água” (Jó 3.24). 
 
INTRODUÇÃO 
 
Na lição anterior vimos de perto o drama vivido por Jó. Uma série de calamidades se abateu sobre ele de forma catastrófica. Do estado de riqueza e prosperidade, Jó passou a viver na adversidade; seus amigos foram para consolá-lo, mas ficaram sem palavras ao contemplarem seu debilitado estado de saúde. Entretanto, depois de sete dias, ele rompeu o silêncio com um lamento que veio do fundo da alma. Nesse lamento Jó mirou o dia de seu nascimento e, através de três perguntas, desabafou tudo o que sentia naquele momento: Por que nasci? Por que não nasci morto? Por que ainda continuo vivendo? Nesta lição veremos a reação humana diante do sofrimento. Perceberemos que não há qualquer indício de que Satanás tivesse alcançado êxito diante de Jó. Na perspectiva do patriarca, se Deus era a causa de sua vida, deveria também ser a causa de sua morte, pois se dEle vinha o bem, também deveria vir o mal. 
 

I. PRIMEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NASCI? (3.1-10) 
 
1. “Por que nasci?”. A dor de Jó era profunda e somente a poesia podia expressar toda a carga emocional vivida por ele. Nesse poema, os dez primeiros versículos do capítulo três são a respeito do primeiro questionamento de Jó: Por que nasci? Esse questionamento sai do íntimo de Jó, assim como ocorre com a alma do salmista (130.1). Da mesma forma, o profeta Jeremias expôs os sentimentos diante de seus conflitos (Jr 20.14-18). Nesse sentido, o patriarca não está sozinho em lamentar diante da dor. 
 
2. Que em lugar da memória viesse o esquecimento. Neste momento de dor, Jó não amaldiçoou a Deus, como Satanás previra; em vez disso, amaldiçoou o dia de seu nascimento. No lugar de ser ocasião de grande celebração pelo dia do nascimento de criança, Jó amaldiçoou esse dia por ocasião do grande sofrimento e decepção. Para o homem de Uz, esse dia teria de ser apagado da memória. Não é assim que muitas vezes nos sentimos? Um dia em que tudo foi mal e temos desejo de nunca mais lembrá-lo. 
 
3. Que em vez da ordem viesse o caos. Mencionamos o desejo de Jó para que o dia de seu nascimento não tivesse entrado no calendário e, que dessa forma, tanto esse dia como essa noite jamais tivessem existido. No lugar da luz que raiou por ocasião do nascimento dele, e que revelou todo seu sofrimento, o patriarca desejou que as trevas dominassem (vv.4-7). E por quê? Porque em vez da paz veio a dor; em vez da ordem, o caos. Desse raciocínio, Jó menciona a imagem do Leviatã. Este famoso e assombroso animal marinho simbolizava o caos. O homem de Uz recorre a essa imagem para ilustrar o momento tenebroso que estava vivendo. A lógica é simples: Se Deus não tivesse feito aquele dia, ele não teria sido concebido e, portanto, não passaria por tudo isso. Nesse sentido, o Novo Testamento revela como nosso Senhor é misericordioso e nos trata com amor e ternura nos momentos de tribulação e angústia, pois aos pés da cruz é o melhor lugar para derramar a nossa alma (cf. Jo 11.32,33). 
 

II. SEGUNDO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NÃO NASCI MORTO? (3.11-19) 
 
1. Descansando em paz. Os intérpretes observam que o discurso de Jó a partir do versículo onze muda de amaldiçoar para reclamar. A partir desse versículo, Jó passa reclamar por não ter nascido morto. Para ele nascer morto teria sido melhor do que existir naquelas condições (vv.11-13). Era a melhor maneira de não passar por toda aquela tribulação. Essas palavras de Jó revelam uma coisa: Ele queria descanso de todo o seu sofrimento. O que Jó pedia era uma possibilidade real, pois muitos fetos nascem mortos (v.16). Para ele a morte era uma forma de descansar em paz (vv.13-15). 
 
2. Livre de tributações. O dilema de Jó aumenta à medida que o seu sofrimento ganha intensidade. Ele continua com seu argumento da “não-existência” (vv.16-19). Ele está convencido de que se não tivesse se tornado um “ser”, nada disso estaria acontecendo. Ele desejava ter sido como um “natimorto”, um feto que nunca viu a luz (v.16). A palavra hebraica nephel , usada no versículo 16 como “natimorto”, possui o sentido de “um aborto espontâneo” e é traduzido dessa forma em Eclesiastes 6.3 e Salmo 58.8. Aqui em nenhum momento Jó faz uma apologia ao aborto, mas usa-o no sentido metafórico de “descanso do sofrimento”. No lugar de ter sido abortado, ele nasceu e foi lançado no mundo da tribulação. O raciocino é claro: Para os que morreram cessaram as angústias e tribulações da vida presente. 
 
3. Uma realidade para o cristão. O Novo Testamento nos ensina que enquanto estivermos neste mundo estaremos sujeitos à dor, ao luto, ao sofrimento (Fp 4.11,12). Mas, ao mesmo tempo, temos uma promessa consoladora de Jesus (Jo 16.33, cf. Fp 4.13). 
 

III. TERCEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE CONTINUO VIVO? (3.20-26) 
 
1. Vale a pena viver? Nessa terceira seção do capítulo três Jó faz uma quarta pergunta (3.20): “Por que se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo?”. As outras perguntas estão em 3.11; 3.12; 3.13. A palavra hebraica amel , traduzida aqui como “miserável”, é usada no sentido de alguém cuja vida é atribulada pela miséria e que, por isso, torna-se incapaz de exercer suas funções. Em outras palavras, para Jó a vida havia se tornado intolerável. 
 
2. Sem o favor de Deus? Jó novamente volta a indagar: “Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?” (Jó 3.23). A pergunta busca o significado do sentido de todo aquele processo. Ela busca compreender o porquê de Deus permitir o sofrimento. Aqui há um paralelo com Provérbios 4.18, onde é dito que “o caminho do justo é como a luz da aurora que brilha mais e mais até ser dia perfeito”. Na literatura sapiencial, a palavra hebraica traduzida como “caminho” é dereke se refere ao caminho da sabedoria de Deus, que conduz a vida. Para o patriarca esse fato havia se tornado um paradoxo, pois ele não sabia por que Deus escolheu para ele o caminho do sofrimento. 
 
3. Um caminho de sabedoria e maturidade. Muitas vezes sentimo-nos iguais a Jó, desorientados, passando por uma via dolorosa do sofrimento. E, como ele, não imaginamos nem compreendemos que Deus está agindo. É preciso, porém, olhar para o alto onde Cristo vive (Cl 3.1-4). Nele, podemos manter o equilíbrio e a confiança durante a tormenta e, assim, trilhar um caminho de sabedoria e maturidade no sofrimento. 
 
CONCLUSÃO 
 
Nesta lição vimos o dilema de Jó. Desconhecendo a razão das adversidades que se abateram sobre ele, o patriarca não negou a Deus nem o amaldiçoou. Todavia, ele expôs toda a sua humanidade, de forma que o leitor que apenas o contempla sem, contudo, participar de seu drama, tem dificuldade de entender seu lamento, principalmente, quando ele se dirige a Deus. É o lamento de um corpo ferido e de uma alma, que mesmo amando a Deus, se derrama angustiada. 
 
Fonte: Lições Bíblicas 4º Trimestre 2020 CPAD

terça-feira, 13 de outubro de 2020

O triste fim de Sodoma e a advertência para os nossos dias!

 
"Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar". Lucas 17:28-30 
 
Esta passagem bíblica é uma advertência seríssima para os nossos dias. Vivemos uma época de depravação moral e espiritual que deixaria Sodoma e Gomorra distante. Vemos uma sociedade totalmente entregue ao materialismo e pecados de toda natureza. Não há uma preocupação com os avisos da Palavra de Deus de que em breve Jesus voltará para levar um povo seu, especial, zeloso e de boas obras. Mas, as palavras de Jesus ecoa nos quatro ventos afirmando categoricamente: Lembrai-vos dos dias de Ló! 
 
Quem era Ló e porque Jesus nos advertiu para que não o esqueçamos? Para responder estas perguntas faz-se necessário voltarmos ao início da Bíblia. No primeiro livro da Bíblia, o Gênesis, encontramos a história de Ló. Ele era sobrinho do patriarca Abraão e sempre viveu perto dele. No entanto, um dia os pastores dos dois estavam brigando e Abraão disse a Ló que escolhesse um lugar para ele e, dependendo de sua escolha, Abraão iria para o outro lado para que não houvesse brigas entre os pastores. Ló escolheu as campinas de Sodoma. Com certeza porque aparentava ser mais verdejantes e vistosas à vista. Isso nos mostra a natureza humana que sempre escolhe o que é bonito aos olhos. 
 
Logo em seguida a Bíblia nos informa que Ló estendeu suas tendas até as portas de Sodoma e mais adiante ele está assentado nas portas de Sodoma. Isso significa que ele já fazia parte das pessoas da cidade. E esse foi seu maior erro. A cidade era totalmente entregue a depravação, prostituição e homossexualidade. Homens inflamavam entre si nas ruas a céu aberto. A Bíblia relata que a maldade daquela cidade chegou no seu limite diante dos olhos de Deus. Na sua justiça, Deus iria destruir a cidade. 
Abraão, que a Bíblia nos informa ser chamado amigo de Deus, intercedeu pela cidade. Deus afirmou a ele que se em Sodoma e Gomorra existissem dez justos Ele não destruiria a cidade por causa deles. Abraão entendeu que não havia dez justos naquelas cidades e elas estavam condenadas à destruição. No entanto, sua súplica foi suficiente para Deus enviar dois anjos até Sodoma para tirar Ló e sua família de lá. 
 
Não foi tarefa fácil para os anjos cumprirem sua missão. Primeiro porque os homens daquela cidade queriam de toda forma ter relações homo afetivas com eles e os anjos os cegaram por isso. Segundo porque o próprio Ló não queria fugir para o monte indicado pelos anjos e preferiu ir para uma pequena cidade. Por último, os anjos tiveram que, praticamente, arrastá-los para fora da cidade. Mal saíram de lá e choveu do céu fogo e enxofre destruindo aquelas cidades. O coração deles estava tão arraigados nas coisas materiais que a mulher de Ló foi transformada em uma estátua de sal por desobedecer a ordem de não olhar para trás. Precisamos avaliar nossas atitudes e desejos dos nossos corações. Estamos olhando para qual lado? As campinas de Sodoma ou para o Alvo que é Jesus Cristo? Nosso futuro depende do nosso olhar. 
 
Jesus adverte-nos para atentarmos para este detalhe. Lembrar da destruição de Sodoma nos leva a refletir que devemos estar preparados para a volta de Jesus Cristo. Ele virá buscar a sua Igreja. Os salvos. Aqueles que O aceitaram como Senhor e Salvador de suas vidas. Só Jesus pode salvar e perdoar os pecados. Em nenhum outro há salvação. 
 
Meu amigo. Atente para esse detalhe e aceite Jesus Cristo como Salvador de sua vida. Assim você estará preparado para encontrar com o Senhor nos ares e ficar livre da destruição desse mundo. Que o Espírito Santo possa falar melhor em seu coração. 
 
Texto: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Quem era Jó

“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal” (Jó 1.1).
 
INTRODUÇÃO 
 
O autor sagrado não elabora uma biografia de Jó, mas traça um perfil que diz muito sobre esse gigante da fé. Jó foi um homem diferente, não em natureza, pois ele era igual aos demais de sua época. Todavia, foi, sem dúvida, distinto na espiritualidade. Ele foi um homem que não apenas possuía bens materiais e uma família sólida, mas mantinha profunda comunhão com Deus. Assim, nesta lição destacaremos alguns traços da vida e espiritualidade de Jó. 
 
I. UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL 
 
1. Íntegro (sincero) (v.1). O caráter define o que uma pessoa é de verdade. Ela é vista a partir dos valores que governam a sua vida interior. O “mau-caráter” define uma pessoa que não merece confiança, que é desonesta e que, portanto, não possui valores nobres. Jó não era um homem sem pecado, mas tinha um caráter irretocável. Nesse sentido, os primeiros versículos do livro possuem vários adjetivos que descrevem o seu caráter. No primeiro, o autor o apresenta como um homem íntegro. A palavra “íntegro”, que traduz o hebraico tam , possui o sentido de inocente, sem culpa. No grego, segundo a Septuaginta, a palavra alethinós remete ao que é verdadeiro. Assim, podemos afirmar que Jó era sincero nas intenções, afeições e diligente nos esforços para cumprir seus deveres para com Deus e os homens. 
 
2. Reto (v.1). Ele também era um homem reto que, no hebraico yasar , tem um sentido de alguém justo, direito. Na Septuaginta, de acordo com o grego amemptos , possui o sentido de irrepreensível. Portanto, o homem de Uz era justo, reto, direito e se comportava de maneira irrepreensível. 
 
3. Temente a Deus e desviava-se do mal (v.1). Jó é descrito como alguém temente a Deus, que desviava-se do mal. Estas palavras, de acordo com os termos relativos ao hebraico, sur e yare , traduzem a ideia de alguém que prestava reverência a Deus e evitava o mal. Já na Septuaginta, os termos relativos ao grego, theosebés e apecho , trazem o sentido de alguém devotado ao culto e à adoração a Deus e que, por isso, mantinha o mal sempre à distância. As Escrituras mostram que, muito antes de Salomão, Jó praticava o que o homem mais sábio do mundo, posteriormente, ensinaria: “Teme ao SENHOR e aparta-te do mal” (Pv 3.7). 
 
II. UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO 
 
1. Um conselheiro sábio. Há pessoas ricas que não são sábias nem tampouco prósperas. Possuem conhecimento, mas não entendimento; riquezas, mas não prosperidade. Jó distingue-se nesse aspecto. Ele foi um homem sábio, rico e próspero. A Bíblia afirma que Jó era “maior do que todos os do Oriente” (Jó 1.3). “Maior” aqui não pode ser entendido apenas como uma referência a bens materiais, mas também à sua sabedoria. Estudiosos destacam que Jó era mais importante em sabedoria, riqueza e piedade do que qualquer outra pessoa daquela região e ressaltam o reconhecimento da sabedoria de Jó conforme se destacava a sabedoria dos orientais expressa em provérbios, canções e histórias. Isso fazia dele um homem proeminente, a quem as pessoas recorriam com frequência em busca de conselho e orientação (Jó 29.21,22). 
 
2. Um homem próspero. O homem de Uz não era apenas rico, mas, sobretudo, próspero. O texto sagrado destaca que, além de sua esposa, ele tinha sete filhos e três filhas (v.2). Para os padrões da época, possuía uma família com o formato ideal. Ele também era um fazendeiro bem sucedido. Em sua fazenda havia sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; e tinha também muitíssima gente a seu serviço (v.3). 
 
3. Uma prosperidade baseada no “ser”. Jó, portanto, possuía um grande patrimônio e uma bela família. Sua prosperidade se refletia na relação harmoniosa entre ele, sua família, seus negócios e, sobretudo, Deus. Não era uma prosperidade estabelecida somente no “ter”, mas, principalmente, no “ser”. 
 
III. UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL 
 
1. Um homem dedicado à família. O primeiro capítulo de Jó diz: “Iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles” (1.4). O ambiente descrito aqui é de uma família em harmonia que, de forma feliz, festejava a vida. De forma alguma o texto sugere dissolução, bebedice ou licenciosidade nessas comemorações. Eram confraternizações feitas no ambiente familiar. 
 
2. Um homem de moral e piedade. Jó foi um homem que possuía uma forte moralidade e uma sólida espiritualidade. Além de seu caráter irretocável, o texto deixa claro que ele tinha uma vida piedosa (Jó 1.5). Essa piedade está presente não apenas nos primeiros capítulos, mas em todo o livro. Mesmo nos momentos de desespero, como consequência de sua provação, ele sempre mantinha seus olhos em Deus. Essa piedade era a causa da dedicação de Jó à família. 
 
3. Um homem de vida consagrada. A piedade de Jó está evidente no cuidado espiritual que ele tinha com os filhos. Jó sempre orava por eles: “Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.” (Jó 1.5). Como sacerdote de seu lar, Jó cumpria o ritual do culto em favor de sua família. O levantar cedo ou de madrugada, como expressão idiomática do hebraico bíblico, é uma forma de enfatizar a piedade de Jó. Essa devoção é demonstrada pela consagração vivida por ele. O texto diz que ele se “santificava”. O vocábulo português “santificava” traduz o termo hebraico, qadash , que possui o sentido de ser separado ou consagrado. Uma pessoa que é consagrada é uma pessoa que ora, uma pessoa que ora é uma pessoa consagrada. Portanto, à luz da vida de Jó, somos instados a viver uma vida consagrada diante de Deus e dos homens. 
 
CONCLUSÃO 
 
Destacamos três aspectos importantes acerca da vida de Jó: caráter, prosperidade e piedade. Só compreenderemos devidamente a vida desse gigante da fé do Antigo Testamento a partir dessa matriz. É possível que alguém seja rico, mas não possua caráter algum; da mesma forma é possível que alguém possua valores morais sem, contudo, esboçar piedade alguma. Todavia, ninguém terá um caráter irretocável, não apenas fragmentos ético-morais, prosperidade, não apenas posses, piedade, não apenas religiosidade se não conhecer a Deus na intimidade. Jó era assim: íntegro, reto, temente a Deus e se desviava do mal. 
 
Fonte: Lições Bíblicas CPAD, 2020.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Natureza e Mensagem do Livro de Jó

 

Por que os justos sofrem? 
 
Algumas das questões mais importantes levantadas no Livro de Jó são eminentemente de natureza teológica e, também, filosófica. A questão do sofrimento do inocente é a principal delas. Por que sofre o justo? Ou ainda, por que os ímpios prosperam enquanto o justo sofre? Ao longo dos anos, tanto teólogos quanto filósofos têm procurado dar explicações para esse dilema humano. No contexto de Jó, a ideia que prevalece é a de que somente os maus sofriam em consequências de seus pecados. Se havia sofrimento era porque havia culpa do sofredor. Nesse aspecto, ao longo de seus 42 capítulos, o autor procura demonstrar um novo olhar sobre essa questão.
 
Existe bondade desinteressada? 
 
Para muitas pessoas qualquer prática religiosa não passa de barganha. Essa era também a tese do Diabo. Para ele, Jó só permanecia fiel a Deus porque recebia benefício em troca: Jó era um homem agraciado com muitos bens; com uma família formidável; cercado de muitos amigos; e gozava de boa saúde. Nessas condições, como disse Satanás, todos são devotos. Todavia, vindo o infortúnio, a tragédia e a calamidade, será que esse fervor religioso permaneceria? Satanás estava disposto a apostar que a espiritualidade de Jó não subsistiria a uma prova de fogo. O livro mostra como Jó se comportou nessa prova. 
 
Pode o homem compreender Deus? 
 
Os últimos capítulos de Jó mostram os impactos que a revelação divina tem sobre os homens. Como Paulo, que foi verdadeiramente mudado quando contemplou o Senhor numa visão (At 9.1-17), assim também Jó é totalmente transformado quando contempla a majestade do Senhor (Jó 38 — 42). A questão para Jó não foi tanto o entender Deus, mas experimentá-Lo. Viver e experienciar Deus mudou completamente a vida de Jó! Eis uma grande lição deixada por esse precioso livro. 
 
Fonte: Lições Bíblicas CPAD - 4º Trimestre 2020.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Cristo entende você

 

Cristo é o nosso Sumo Sacerdote no céu, e, por ter vivido como um ser humano, Ele conhece as nossas fraquezas e simpatiza com aqueles que se esforçam para não errar, ainda que nem sempre sejam bem-sucedidos.

Cristo foi perfeito em todos os seus caminhos, sendo também sacrifício perfeito pelos nossos pecados.

De nós Ele exige que não abandonemos a fé e que perseveremos em conhecê-lo. Agindo assim, poderemos chegar "com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno". Hb 4.16.


Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Religião, escândalos e enganações

 
A pastora que matou o marido dará uma explicação e os seus seguidores continuarão dando dinheiro a ela.
O padre que desviou milhões da construção da Basílica vai explicar e dizer que são acusações falsas e os fiéis continuarão colaborando.
Se soltar o famigerado João de Deus, com certeza teremos filas enormes de pessoas na porta de sua casa em busca de curas e milagres.
Foi assim no discurso do Papa Urbano II que levou milhares de fiéis para a morte nas Cruzadas.
Curandeiros, charlatões, vigaristas...Por que eles existem e conseguem dar seus golpes sempre da mesma forma?
No fundo, parece que as pessoas gostam de ser enganadas.
Faz parte da natureza humana?
Deuses, demônios, fantasmas, monstros e outras criaturas são criadas para controle das pessoas. Eles têm o poder de exercer a dominação sobre o ser humano que os criaram. Basta alguém ter um excelente discurso e persuasão para conseguir ludibriar as mentes incautas.
O medo, a superstição, o orgulho, a ignorância...
Tudo isso contribui para o que vemos ao longo do tempo.
A religião, sem dúvidas, é uma canoa furada em alto mar que levará as pessoas para o fundo do abismo.
A pergunta que formulo é até quando isso vai ser assim?
 
Texto: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Caminhar

 
"Não tenho medo de ter minhas mãos e pés sujos por caminhar e ajudar pessoas a saírem do pântano...Desde que tenha o meu coração limpo e a consciência tranquila".

Pensamento: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

O que penso eu do mundo

 
Elevo meus olhos para o céu e vejo as estrelas
Em minha mente passa inúmeros pensamentos
Uma inquietude sobre a existência humana
Perguntas que muitas vezes não tem as respostas
Capazes de satisfazer o coração.
 
Quem sou eu nesta vastidão do universo?
Será que acima das estrelas existe alguém que olha para mim?
Essa pergunta que perpassa a longa trajetória da humanidade
Permanece em minhas indagações.
O que mais importa nesta vida?
O amor que sentimos pelas pessoas que amamos
Ou a esperança de deixarmos um legado para as gerações futuras?
Como alcançar a felicidade?
O sonho humano de viver dias felizes
Em meio ao caos que a própria humanidade criou
Não parece fácil de ser superada no pouco tempo
Que temos para caminhar pelo planeta.
E a solidão que insiste em nos acompanhar
Por mais que queiramos compartilhar nossos medos
Nascemos sozinhos e terminamos nossos dias da mesma forma.
Apenas um pequeno traço marca a nossa ínfima existência
Causando-nos o medo do infinito.
 
Pensar no que nos espera do outro lado
Causa um certo temor por não sabermos ao certo.
Tudo pode não passar de uma aposta
E não existir nada além do túmulo frio que nos protege no final.
Mas, pode ser que a eternidade nos espera de braços abertos
E a vida aqui seja só um ensaio da vida futura.
Por isso o amor é tão importante
O sentimento mais profundo que podemos sentir
E espalhar enquanto vivemos neste mundo.
Pensar essas coisas me dá uma confiança
De que Deus, o Criador deste imensurável universo,
Tem um zelo especial por cada um de seus filhos
Que peregrina aqui neste mundo.
 
A esperança que vejo no sorriso de uma criança
Ou na beleza das flores
Faz-me acreditar no poderoso criador de todas as coisas.
A fé nos possibilita dar um salto na eternidade
E vislumbrar a vida como uma dádiva de Deus para nós.
Viver é a coisa mais fabulosa que podemos desfrutar
E desejar ver os sonhos ser realizados todas as manhãs
Deve ser a motivação que nos ajuda a vencer os desafios
Desta jornada tão lindamente incrível.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Aguardando a vinda de Jesus

 
"Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto" (2 Tessalonicenses 2.1,2).

Os sinais preditos na Bíblia indicam a iminente vinda de Jesus para buscar sua igreja. Como servos de Deus, devemos vigiar e orar.
 
A Bíblia descerra parcialmente o véu da eternidade para mostrar-nos o que nos aguarda o futuro revelado por Deus na sua palavra.
 
O crente fiel deve esperar a vinda de Jesus com vigilância, irrepreensibilidade e santidade. Não deve impressionar-se e deixar-se influenciar por profecias ou "revelações" que marcam a data da volta do Senhor. Estejamos, pois, devidamente apercebidos para o aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo em glória.
 
Fonte: Lições Bíblicas, CPAD, 2005.
 
Adaptação: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

O peso e a urgência da mensagem divina

 
 "Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho". (1 Coríntios 9.16).

Estes últimos dias exigem pregadores que sintam o peso e a urgência da mensagem divina. Somente assim poderemos abalar este século com o evangelho de Cristo. É essencial que falemos do amor de Deus revelado na cruz e em Jesus Cristo. O mundo caminha de mal a pior. A maldade humana é explícita e necessita arrependimento. A pergunta que ecoa durante muito tempo "Para onde caminha a humanidade?" precisa ser respondida a luz do evangelho de Cristo. Só há uma forma de sermos salvos, de alcançarmos o favor e a misericórdia de Deus e é aceitando a salvação oferecida por Jesus Cristo.
 
Precisamos espalhar a verdadeira mensagem. A mensagem de libertação, a mensagem da decisão, a mensagem do arrependimento, a mensagem do avivamento, a mensagem do reino e a mensagem do evangelho completo. Nossa mensagem, além de bíblica deve ser genuinamente evangélica e profética. Mas, para isso é preciso estarmos diante de Deus com o coração contrito e na dependência do Todo Poderoso. Ele quer nos usar para abalarmos as estruturas deste mundo. Que possamos nos colocar na brecha para sermos usados por Deus nestes últimos dias.
 
Neste momento de emergência espiritual, urge que nos ergamos como atalaias de Deus, e proclamemos todo o peso de sua palavra. Quer ouçam, quer deixem de ouvir, todos saberão que um autêntico profeta do Senhor levantou-se nesta geração.
 
Que o Espírito Santo nos capacite para fazer a obra de Deus!

Texto: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

O que alcançamos quando buscamos a Deus?


"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto".
Isaías 55.6

Em primeiro lugar devemos entender que duas coisas são essenciais para que haja essa busca. Saber que há o "dever de buscar". Senão vejamos: Davi no Salmos 27.8 diz: "Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei". Em seguida devemos saber que há a "necessidade de buscar". Podemos inferir do salmista nos Salmos 42.1,2 que diz: "Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?"

Temos, na Bíblia, exemplos de homens que buscaram a face de Deus e foram atendidos. Davi (Salmos 17.1,2); Daniel (Daniel 9.3,4) e Josias (2 Crônicas 34.3).

Quando buscamos a Deus encontramos:

Proteção. (Esdras 8.21-23). Proteção significa apoio, amparo, abrigo, etc. Esdras demonstrou completa confiança no Senhor ao abrir mão de uma escolta militar. Dessa forma, devemos confiar inteiramente no Senhor.

Prosperidade. (Jó 8.5-7). A verdadeira prosperidade leva-nos a felicidade e isso só é possível quando temos a alegria de Deus em nossas vidas.

Resposta. (Salmos 34.4). O ser humano anseia por respostas desde a sua origem. Mas, só encontramos respostas confiáveis em Deus.

Sabedoria. (Provérbios 28.5); (Tiago 1.5). Precisamos andar na luz da sabedoria. Não podemos ser tolos. A verdadeira sabedoria só é possível quando deixamo-nos ser guiados pela orientação do Senhor.

Multiplicação. (Mateus 6.33). Quando buscamos o reino de Deus em primeiro lugar sempre recebemos muito mais do que pedimos. O Senhor conhece as nossas reais necessidades e supre todas elas.

Comunhão. (Provérbios 8.17). Quando buscamos a Deus com sinceridade encontramos nEle a verdadeira comunhão. E nada melhor do que ter comunhão com o nosso Deus.

Favor. (Lamentações 3.25). O Senhor é aquele que conhece todas as nossas necessidades. Quando buscamos a sua face Ele atende as nossas súplicas. Desfrutar do seu favor é a melhor coisa que podemos ter.

Acredite que Deus pode e quer atender a sua oração. Não desanime e aguarde a resposta de Deus para a sua vida. Ele nos dá bênçãos, sabedoria e proteção. Louvado seja o nome do Senhor!

Texto: Odair José
Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?

Salmos 42:1,2
Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.

Salmos 27:8"
Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.

Salmos 27:8
Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.

Salmos 27:8
Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.

Salmos 27:8
Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.

Salmos 27:8

terça-feira, 21 de julho de 2020

A mulher que fugiu de Sodoma



A única coisa que conseguiu ver foi uma silhueta 
Que esgueirava pelas colinas 
E tentava furtivamente se esconder da luz do sol 
Escaldante e impiedoso que ofuscava sua visão. 
Um pesadelo terrível perpassava sua mente 
Causando pavor e angústia como nunca havia sentido 
E nem imaginado sentir na sua longa vida 
De luxo naquela cidade extravagante. 
Agora podia avistar ao longe apenas uma bola de fumaça 
Que erguia-se ao céu como um cogumelo gigante 
E que não podia obstruir o pavor que causava aos olhos 
Que outrora havia contemplado as belezas da campina verdejantes. 
Lágrimas de desespero corriam em sua face 
Agora tão ruborizada como um coração rasgado 
E os pesadelos de noites intermináveis teimavam em corroer-lhe 
A alma já fatigada pelo desespero de uma vida sem sentido. 
A ordem explícita de não olhar para trás 
Ainda ecoavam em seus ouvidos 
E era combatida pelo desejo de ver seus bens adquiridos 
Ao longo dos anos em que ali estivera a batalhar. 
Nada parece fazer mais sentido nesta vida miserável 
Porque uma fúria silenciosa tomava conta de seu coração 
Tudo que lutou para juntar agora viraria poeira e cinza 
E que coisa tão injusta isso poderia ser. 
Na sua angústia durante a fuga vertiginosa 
Não pode conter o desejo que a envolvia 
O que de pior poderia lhe acontecer ainda? 
E, ao olhar para a cidade em chamas, 
Tornou-se uma estátua de sal castigada pelo vento. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 17 de julho de 2020

A Verdade nua e sem agasalhos


Verdade, nua e sem agasalhos, tinha sido lançada fora de todas as casas da aldeia. 
Sua nudez espantava e repelia as pessoas. 
Quando Parábola a encontrou, Verdade estava jogada numa esquina, com frio e faminta. 
Sentindo piedade dela, Parábola a tomou pela mão e a levou para casa. Ali, Verdade foi agasalhada com roupas tecidas em história, aquecida e enviada de volta à aldeia. 
Agora, vestida de tecido história, Verdade bateu novamente na porta dos moradores da aldeia e foi prontamente recebida e bem-vinda em todas as casas. 
As pessoas a convidaram para jantar à mesa e se aquecer ao pé da lareira. 

(História didática judaica).

Fonte: https://bibliotecadopregador.com.br/pregacao-narrativa-e-o-uso-de-historias/

terça-feira, 14 de julho de 2020

O melhor lugar para se estar



"Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido" (Tiago 1:14) 

Onde é o melhor lugar para estar quando somos tentados? Não é na igreja, embora seja um bom lugar para se estar. O melhor lugar para se estar é sob a vontade de Deus. 

A Bíblia nos diz que "Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto" (Mateus 4:1), onde foi tentado pelo diabo. Jesus sempre esteve na vontade de Deus. Ele estava sempre indo aonde Deus o levava. Nesse caso, foi para o deserto, mas Ele estava sob a vontade de Deus. 

Com demasiada frequência, estamos fora da vontade de Deus e provocamos tentações desnecessariamente. Vamos a lugares errados e saímos com pessoas erradas, na hora errada. Depois ficamos chocados quando fazemos a coisa errada. 

Quando Pedro negou o Senhor, onde ele estava? Ele foi isolado de outros crentes quando se aqueceu diante de uma fogueira, do lado de fora da casa do sumo sacerdote. Ele estava andando com zombadores e incrédulos. E ali, no brilho daquele fogo, ele negou três vezes que conhecia Jesus. Pedro estava no lugar errado, na hora errada, com as pessoas erradas... e acabou fazendo a coisa errada. 

Não fique chocado por ser tentado quando for a uma festa onde as pessoas estejam bebendo e usando drogas. Não fique chocado ao sentir-se tentado ao sair com a sua namorada ou namorado e alugar um quarto de motel. Não fique chocado por ser tentado quando olhar para um site pornô na internet. Não estou dizendo que, se você ficar longe dessas coisas, a tentação desaparecerá. Estou dizendo que você não viverá sob a pressão desnecessária que se impõe nessas circunstâncias. 

Esteja sempre sob a vontade de Deus. 

Fonte: https://harvest.org/resources/devotion/Wrong-Place-Wrong-Time-Wrong-People/