terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Quais são as veredas antigas?


Por Odair José da Silva 

Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele. Jeremias 6:16.

O SENHOR Jesus Cristo conclama sua igreja a andar no caminho por Ele indicado. Um caminho que Ele conquistou com muita dor e sofrimento para que alcançássemos a eternidade com Ele. Andar no caminho não é fácil porque é um caminho estreito o que conduz a salvação. Esse caminho é o caminho que os heróis da fé trilharam e nos deu o exemplo para que seguíssemos. Quais são as veredas antigas? Aquelas trilhadas pelos patriarcas, profetas e apóstolos.

Essas veredas é o caminho do altar da oração, da comunhão com Deus e da santificação, percorrido por Abel, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Elias e outros. Esses homens tiveram como objetivo na vida obedecer os mandamentos do SENHOR e trilhar as veredas da justiça. Mesmo em momentos de grandes dificuldades eles não desanimaram e continuaram a caminhada porque sabiam que Deus os tinham chamado para irem até o fim. Os desafios na vida deles foram enormes e, em alguns casos, até parecia impossível vencer esses desafios. Como não citar, por exemplo, a atitude de Daniel na Babilônia? Mesmo sabendo dos desafios e da ameaça de ser lançado aos leões ele manteve o seu objetivo de buscar a presença de Deus onde quer que fosse.

Oração, comunhão com Deus e a santificação são as veredas que temos que trilhar para vencermos esse mundo mal. A oração nos aproxima de Deus e Ele estreita com nós sua bondade e seu compromisso de nos ajudar. A comunhão nos desperta para sermos vitoriosos nessa jornada, as vezes, tão difícil de ser vencida. E a santificação nos diferencia do mundo corrupto e cheio de maldade. Segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá a Deus. Palavras do escritor aos Hebreus inspirado por Deus.

São os caminhos aspergidos com o sangue de Jesus. Muitos estão trocando a aspersão do sangue de Jesus pelos prazeres do mundo. As veredas antigas foi conquistada com muito sofrimento por Jesus Cristo. Ele veio a esse mundo dar a sua vida em nosso resgate. Através do seu sacrifício temos a oportunidade de alcançar a salvação eterna. É necessário que o ser humano creia nEle e O aceite como Senhor e Salvador. Não há outro meio de alcançarmos a salvação. Só Jesus é o caminho.

O mundo oferece muitos prazeres e oportunidades que aos olhos do homem parece bons, mas a bíblia diz que o fim deles são caminhos de morte. O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a salvação em Cristo Jesus.

Que Deus em Cristo nos conceda a graça de sempre andarmos pelo caminho bom, pelas veredas antigas, para caminharmos, com confiança, aos braços do Senhor Jesus Cristo. Quem sabe você tem procurado solução para sua vida de sofrimento e não tem encontrado. Eis que te apresento Jesus Cristo. Ele é a solução para seus problemas. Ele é o caminho da vitória. Aceite-o e seja feliz. Jesus está te esperando.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Não sabemos o que é Igreja


Por Ruy Marinho

Igreja não é templo, não é sinagoga, não é mesquita. Não é o santuário onde os fiéis se reúnem para cultuar a Deus. Igreja é gente, e não lugar. É a assembléia de pecadores perdoados; de incrédulos que se tornam crentes; de pessoas espiritualmente mortas que são espiritualmente ressuscitadas; de apáticos que passam a ter sede do Deus vivo; de soberbos que se fazem humildes; de desgarrados que voltam ao aprisco.

Igreja é mistura de raças diferentes, distâncias diferentes, línguas diferentes, cores diferentes, nacionalidades diferentes, culturas diferentes, níveis diferentes, temperamentos diferentes. A única coisa não diferente na Igreja é a fé em Jesus Cristo.

A Igreja não é igreja ocidental nem igreja oriental. Não é Igreja Católica Romana nem igreja protestante. Não é igreja tradicional nem igreja pentecostal. Não é igreja liberal nem igreja conservadora. Não é igreja fundamentalista nem igreja evangelical. A Igreja não é Igreja Adventista, Igreja Anglicana, Igreja Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Congregacional, Igreja Deus é Amor, Igreja Episcopal, Igreja Holiness, Igreja Luterana, Igreja Maranata, Igreja Menonita, Igreja Metodista, Igreja Morávia, Igreja Nazarena, Igreja Presbiteriana, Igreja Quadrangular, Igreja Reformada, Igreja Renascer em Cristo nem igrejas sem nome.

A Igreja é católica (universal), mas não é romana. É universal (católica) mas não é a Universal do Reino de Deus. É de Jesus Cristo, mas não dos Santos dos Últimos Dias. Porque é universal, não é igreja armênia, igreja búlgara, igreja copta, igreja etíope, igreja grega, igreja russa nem igreja sérvia. Porque é de Jesus Cristo, não é de Simão Pedro, não é de Martinho Lutero, não é de Sun Myung Moon, não é de Bento XVI.

Em todo o mundo e em toda a história, a única pessoa que pode chamar de minha a Igreja é o Senhor Jesus Cristo. Ele declarou a Cefas: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).

Não há nada mais inescrutável e fantástico do que a Igreja de Jesus Cristo. Ela é o mais antigo, o mais universal, o mais antidiscriminatório e o mais misterioso de todos os agrupamentos. Dela fazem parte os que ainda vivem (igreja militante) e os que já se foram (igreja triunfante). Seus membros estão entrelaçados, mesmo que, por enquanto, não se conheçam plenamente. Todos igualmente são “concidadãos dos santos” (Ef 2.19), “co-herdeiros com Cristo” (Ef 3.6; Rm 8.17) e “co-participantes das promessas” (Ef 3.6). Eles são nada menos e nada mais do que a Família de Deus (Ef 2.19; 3.15). Ali, ninguém é corpo estranho, ninguém é estrangeiro, ninguém é de fora. É por isso que, na consumação do século, “eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3).

A Igreja de Jesus, também chamada Igreja de Deus (1 Co 1.2; 10.22; 11.22; 15.9; 1 Tm 3.5 e 15), Rebanho de Deus (1 Pe 5.2), Corpo de Cristo (1 Co 12.27) e Noiva de Cristo (Ap 21.2), tem como Esposo (Ap 21.9), Cabeça (Cl 1.18) e Pastor (Hb 13.20) o próprio Jesus.

A tradicional diferença entre igreja visível e igreja invisível não significa a existência de duas igrejas. A Igreja é uma só (Ef 4.4). A igreja invisível é aquela que reúne o número total de redimidos, incluindo os mortos, os vivos e os que ainda hão de nascer e se converter. Eventualmente pode incluir pecadores arrependidos que nunca freqüentaram um templo cristão nem foram batizados. Somente Deus sabe quantos e quais são: “O Senhor conhece os que lhe pertencem” (2 Tm 2.19). A igreja visível é aquela que reúne não só os redimidos, mas também os não redimidos, muito embora passem pelo batismo cristão, se declarem cristãos e possam galgar posições de liderança. É a igreja composta de trigo e joio, de verdadeiros crentes e de pseudocrentes. Dentro da igreja visível está a igreja invisível, mas dentro da igreja invisível nunca está toda a igreja visível. A Igreja de Jesus é uma só, porém é conhecida imperfeitamente na terra e perfeitamente no céu.

Fonte: http://bereianos.blogspot.com.br/2007/11/no-sabemos-o-que-igreja.html

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O olho do furacão


"Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. Assim também, quando virem todas estas coisas, saibam que ele está próximo, às portas." (Mateus 24:32-33)

A figueira, nas Escrituras, é um símbolo da nação de Israel. Em mais de uma ocasião Deus compara Israel a uma figueira. Em Oséias 9:10, Deus diz: "Quando encontrei Israel, foi como encontrar uvas no deserto; quando vi os antepassados de vocês, foi como ver os primeiros frutos de uma figueira. [...]" Quando Jesus disse: "Aprendam a lição da figueira..." Ele estava nos dizendo que o renascimento de Israel, ou a brotação da figueira, será um grande sinal dos últimos dias.

O profeta Ezequiel nos disse a mesma coisa. Foi dito a Ezequiel para permanecer ao longo de um vale de ossos secos. Então, Deus fez a Ezequiel uma pergunta: "Filho do homem, esses ossos poderão tornar a viver" (Ezequiel 37:3). E enquanto Ezequiel estava lá, os ossos voltaram a se juntar, e a carne voltou para os ossos. Então Deus interpretou por ele e disse: "Filho do homem, esses ossos são toda a nação de Israel. Eles dizem: ‘Nossos ossos se secaram e nossa esperança se foi; fomos exterminados’. Por isso profetize e diga-lhes: ‘Assim diz o Soberano Senhor: Ó meu povo, vou abrir os seus túmulos e fazê-los sair; trarei vocês de volta à terra de Israel." (versos 11-12). Deus está dizendo efetivamente que esses são o Seu povo retornando para a sua terra.

Quando Israel se tornou uma nação em 14 de maio de 1948, o relógio profético começou a contar. Israel está no olho do furacão do fim dos tempos. Ocupa o centro do palco no drama do Deus de todos os tempos. Como meu amigo Joel Rosenberg diz: Jerusalém é o epicentro dos acontecimentos mundiais. Deus previu isso há muito tempo. E estamos vendo isto ocorrer diante de nossos olhos.

Fonte: https://www.harvest.org/devotions-and-blogs/daily-devotions/2011-10-24

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Essa tal liberdade de escolha


Por Odair José da Silva

A liberdade de fazer escolha, ou um julgamento de acordo com a vontade leva-nos a uma encruzilhada: temos que escolher entre o que é melhor para nós mesmos ou o que é ético e de boa moral para a sociedade.

Essa tal liberdade, portanto, é a causa de nossas “angústias” diárias. Sempre estaremos diante de um abismo no alto de um penhasco. De um lado nos atormenta o medo de cair no abismo e do outro a vontade de pular para descobrirmos o que tem no vazio a nossa frente.

Dessa forma, o que é melhor para tomarmos a decisão é a nossa atitude em saber que em qualquer situação teremos uma conseqüência.

Ousar e sonhar são lados opostos de uma mesma moeda jogada ao ar.

Diante de Ló estavam às belas planícies de Sodoma. As campinas verdejantes enchiam os olhos. E porque não escolhe-las? Diante de Davi estava aquela beldade de mulher. Porque não possuí-la? Conseqüências trágicas por escolhas erradas.

Diante de José estava à linda esposa de Potifar dando-lhe moral o tempo todo. O que custava envolver-se com ela? Diante de Daniel estavam as suculentas comidas do palácio da Babilônia. Porque não se alimentar? Escolhas sábias que conduziram eles para o rol dos heróis da fé.

Nossas escolhas decidem o nosso futuro. E não é fácil tomar decisões sábias. Mas, é o melhor a fazermos.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Ezequiel viu uma nave espacial?



"Enquanto eu olhava para eles, vi uma roda ao lado de cada um deles, diante dos seus quatro rostos. Esta era a aparência das rodas e a sua estrutura: Reluziam como o berilo; e as quatro tinham aparência semelhante. Cada roda parecia estar entrosada na outra. Quando se moviam, seguiam nas quatro direções dos quatro rostos, e não se viravam enquanto iam. Seus aros eram altos e impressionantes e estavam cheios de olhos ao redor. Quando os seres viventes se moviam, as rodas ao seu lado se moviam; e, quando se elevavam do chão, as rodas também se elevavam". Ezequiel 1:15-19

Pergunta: “J.F.Blumrich, um renomado engenheiro da NASA, escreveu um livro chamado The Spaceships of Ezekiel” [As Espaçonaves de Ezequiel]. Ele descreve uma nave com som de foguetes e fogo. É o que está escrito no primeiro capítulo de Ezequiel. A nave espacial aterrissa e decola, transportando Ezequiel de um lugar a outro. Podemos tirar nossas próprias conclusões. Ou vocês não concordam com essa explicação?”.

Resposta: Lemos no primeiro versículo de Ezequiel: “...se abriram os céus, e eu tive visões de Deus”. Essa declaração exclui a possibilidade de interpretar o que Ezequiel viu como sendo “naves espaciais”. Ele viu coisas indescritíveis, mas tentava descrevê-las com conceitos terrenos.

Jesus é nosso Senhor; Ele é Deus, e Deus é onipresente. Qualquer meio de transporte [dEle], concebido pela mente humana, é refutado pelas Escrituras Sagradas: “Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Co 2.9). Isso significa que todas as interpretações e concepções terrenas não se sustentam diante da realidade espiritual. Sabemos que a eternidade será indescritivelmente maravilhosa para aqueles que depositaram sua confiança na obra consumada de nosso Senhor Jesus Cristo.

(Arno Froese) 

Fonte: http://www.chamada.com.br/perguntas_respostas/nave_espacial.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Como andar com Deus



"Respondeu Jesus: 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento.'" (Mateus 22:37-38)

Quando os fariseus perguntaram a Jesus qual era o maior mandamento na Lei, Ele respondeu: "Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento." (Mateus 22:37-38)

Isso é conhecido como o Shema, algo que todo Judeu deve memorizar. Jesus estava efetivamente dizendo que, ao contrário de se preocupar sobre quais mandamentos eram maiores ou menores, eles simplesmente se voltassem a isto: ame a Deus com todo o seu ser, e todas essas coisas se dissolverão. Isso faz completo sentido, não é mesmo? Porque se eu amar a Deus com todo o meu coração, alma e mente, eu naturalmente vou querer fazer o que Ele quer que eu faça.

Jesus então continuou: "E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas'." (Mateus 22:39-40)

Os Dez Mandamentos são divididos em duas sessões: Os primeiros quatro falam a respeito de nosso relacionamento com Deus. Os seis seguintes lidam do nosso relacionamento com as outras pessoas. Se eu amo a Deus de todo o meu coração, alma e mente, não vou querer ter outro deus além Dele, ou adorar um ídolo, ou usar o nome de Deus em vão. E se eu amo o meu próximo da mesma forma que amo a mim mesmo, eu não vou querer roubar nada dele, nem matá-lo, nem desejar alguma coisa que lhe pertença. A ideia é que se eu puder realmente compreender e viver a verdade básica de amar a Deus, então todas as outras coisas ficam em seus devidos lugares.

Amar a Deus com todo o seu coração, a sua alma e o seu entendimento significa amá-Lo com cada uma das partes do seu ser.

Fonte: https://www.harvest.org/devotions-and-blogs/daily-devotions/2011-10-03

sábado, 15 de outubro de 2016

Deus não desampara os seus filhos


Por Odair José da Silva

"Pois o Senhor, por causa do seu grande nome, não desamparará o seu povo; porque aprouve ao Senhor fazer-vos o seu povo". 1 Samuel 12:22

Não podemos negar que o medo pode se apoderar do nosso coração quando nos vemos diante de situações difíceis da nossa vida. As ilusões e fracassos do dia a dia nos levam a pensar que fomos abandonados por Deus e que Ele está distante dos nossos sofrimentos. No entanto, isso não é verdade. Deus nunca abandona os seus filhos. Ele sempre está de braços estendidos para ouvir as nossas orações e súplicas diante dEle. Deus faz isso não porque somos merecedores, na verdade não somos, mas, Ele faz isso pelo seu grande e poderoso Nome. O Senhor estende suas mãos para nos ajudar porque Ele prometeu estar ao lado dos necessitados e daqueles que buscassem o seu nome. A salvação é um dom precioso dado por Deus a humanidade e devemos nos apegar a ela.

A vida não é perfeita. Temos dias tribulosos e angustiantes que pensamos até em desistir de tudo. Nada acontece como prevíamos e até mesmo as pessoas a quem nos apegamos nos viram as costas e nos deixa só. Nessas horas não conseguimos conter as lágrimas e nada parece mudar esse quadro triste de nossas vidas. No entanto, para aqueles que creem em Deus há uma esperança. Jesus Cristo. Ele é o salvador enviado pelo Pai para nos resgatar da nossa vã maneira de viver e nos garantir um lugar ao lado de Deus. Após fazer o sacrifício de resgate da humanidade, Jesus prometeu enviar-nos o Consolador. O Espírito Santo de Deus é aquele que está dentro dos nossos corações nas horas de angústias e nos conclama a buscar a presença de Deus.

Por causa do Nome do Senhor, Ele não nos abandonará jamais. Creia que essa luta que você está passando é para glória de Deus. Saiba que Ele está ao seu lado por amor do seu nome e vai ajudar você a atravessar esse deserto. As lágrimas de hoje vão tornar-se sorrisos amanhã. Ouça a mensagem de Deus para o seu coração. "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza". Salmos 46:1-3.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Quem foi o Pr. Benedito da Silva?


Por Izaque Barbosa

Dentre os nomes que mais se destacaram entre os líderes religiosos da cidade de Cáceres – MT está o nome Benedito da Silva. Mas quem foi esse homem, e o que ele fez para alcançar tamanho destaque e qual é a sua história? Há dez anos tenho destinado boa parte de meu tempo para pesquisar e interpretar a história desse grande homem. Isto porque estou convicto de que sua história é rica e uma fonte de exemplos para todos. Sendo assim, sua história fez dele um dos maiores homens matogrossenses que fizeram história no interior do estado deixando marcas indeléveis na espiritualidade do povo.

Benedito da Silva tem seu nome ligado à chegada em Cáceres da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - a propagadora do movimento pentecostal desde o ano de 1910. Em terras de Albuquerque (o fundador de Cáceres) a igreja da chama pentecostal foi fundada em 18 de Fevereiro de 1952, com sua sede localizada no salão alugado na Rua General Osório nº 13, no centro da cidade.

A igreja teve seus trabalhos iniciados no final do ano de 1951 com o irmão Joaquim Claro da Silva e sua família. O primeiro pastor pentecostal, genuinamente matogrossense a pregar em solo cacerense que Cristo salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará, foi o Pastor Benedito da Silva. Seu trabalho espiritual obteve reconhecimento nacional em 1953 no jornal "O Mensageiro da Paz". Desta forma, pelo seu esforço no trabalho espiritual Pastor Benedito levou o nome da cidade de Cáceres pela primeira vez para a história das Assembleias de Deus no Brasil e no mundo. Naquela época, a cidade de Cáceres foi pontuada como mais um marco do avanço do evangelho pentecostal no Brasil.

A paixão pelas almas, a evangelização, o aconselhamento, o cuidado com as pessoas e a construção de templos para abrigar os crentes em Cristo, fizeram dele um grande homem cacerense. Sua notoriedade e respeito estão em ser reconhecido como cidadão cacerense. As autoridades municipais cacerenses sempre citaram seu nome e o reconheceram como um homem de muita fé e de um conceito ilibado no meio social.

Sua liderança estendeu-se a nível nacional quando se tornou presidente do Conselho Regional da CGADB no Centro-Oeste. Por muitos anos foi membro da Mesa Diretora da Convenção Estadual - COMADEMAT. A grandiosidade do Pastor Benedito da Silva não consistia apenas nos títulos dos quais era detentor, mas também na espiritualidade que ele possuía.

Quanto à sua pessoa posso dizer que sua comunhão com o Senhor era tão grande que quando eu me aproximava dele sentia uma certa reverência e um certo temor em meu coração. Desde que o conheci na década de 70 assim foi. Minhas palavras eram calculadas antes de falar para não errar diante dele. Estar perto dele era como se estivesse perto dos grandes homens de Deus como Moisés, Paulo, entre outros. Recordo-me do dia em que o Pastor José Welington Bezerra da Costa disse a respeito de sua pessoa: “O saudoso Pastor Benedito da Silva vivia na terra com o coração no céu”.

Nascido em Cuiabá, no dia 29 de Maio de 1928, o menino Benedito da Silva estudou na Escola Mestre Gaetas e na sua juventude tornou-se ourives. Converteu-se ao evangelho aos dezenove anos de idade e aos 23 casou-se com a jovem Tereza Eduviges. Após sua conversão recebeu de Deus o dom da Palavra e tornou-se um ardoroso pregador dotado de grande sabedoria, eloquência e autoridade de Deus. A igreja logo reconheceu nele uma grande liderança espiritual, porém ele não faria o trabalho do Senhor ali naquela cidade, Deus o preparou para alcançar as almas na região da fronteira do Brasil com a Bolívia.

O dia 8 de Junho de 1952 é um marco muito importante na história da igreja cacerense, pois foi o dia em que ladeado de sua esposa Tereza Eduviges de Jesus Silva, Pastor Benedito deixou a capital do estado para dar início a uma grande obra – a expansão da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Cáceres e toda a região. Muitas frentes de trabalho foram abertas na região pelo denodado e incansável trabalho do pastor e sua esposa. Mirassol D'Oeste, Quatro Marcos, Araputanga, Indiavaí, Figueirópolis, Jauru, Reserva do Cabaçal, Pontes e Lacerda, Vila Bela, Comodoro, Rio Branco, Salto do Céu, Lambarí D´Oeste, entre outros, são municípios em que se estabeleceram templos das Assembleias de Deus. Posso dizer que o Pastor Benedito da Silva foi o grande apóstolo do evangelho de Cristo no sudoeste matogrossense. Assim, milhares de almas foram salvas e edificadas através de suas pregações inflamadas com o poder do Espírito Santo de Deus. Sua alma estava sempre imersa neste poder que seu desejo era sair pregando em busca das almas para Cristo mesmo quando seu corpo enfermo o impedia de andar.

9 de Outubro de 1999 é também uma data significativa para a Igreja Assembleia de Deus em Cáceres pois foi o dia em que a alma desse grande homem de Deus deixou o solo de Albuquerque para se unir ao Senhor Deus do qual testificou com grande fé e autoridade por todos os dias de sua vida.

Pastor Benedito da Silva foi um homem que exerceu ao longo de quase meio século um abundante e profícuo ministério espiritual ao povo de Deus. Povo que ele amou e se dedicou até o fim de sua vida deixando um grande legado espiritual. Ele soube com muita prudência e maestria defender dos mais variados ataques o rebanho do Senhor, tanto nesta cidade como em toda a região. Soube arquitetar o que seria o futuro desta igreja deixando uma liderança sólida composta de pastores e obreiros que, seguindo seus ensinos, mantém as igrejas em crescimento. Dentre os homens que aprenderam com ele está o Pastor Valentim Balbino de Souza que o sucedeu.

Fonte: http://izaquebarbosa.blogspot.com.br/2012/11/quem-foi-benedito-da-silva.html

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Deus, ateísmo e a ciência


Por Gabriel Reis 

Ateus afirmam que a ciência favorece a posição deles. Eles vão argumentar que a ciência tem refutado muitas das reivindicações centrais do cristianismo: por exemplo, que a teoria da evolução tem desacreditado o relato bíblico das origens. É importante que o cristão enfrente esses desafios. E o que eu pretendo fazer aqui é cavar abaixo da superfície destas objeções nos fundamentos da própria ciência. Vou argumentar que a ciência só é possível porque Deus existe. E o avanço científico cada vez mais tem favorecido a visão de mundo cristã.

Raramente é reconhecido que a ciência repousa sobre uma série de pressupostos filosóficos sobre o universo e os seres humanos que a própria ciência não pode justificar. Sem esses pressupostos, a ciência seria fútil.

A investigação científica baseia-se em duas suposições: primeiro, que o universo é um lugar ordenado e racional, e segundo, que a racionalidade do universo se alinha com a racionalidade de nossas mentes. A ideia de que as nossas mentes estão equipadas para descobrir e compreender as leis básicas do universo depende de ambos pressupostos.

Pense nas leis da natureza por exemplo. Quando formulamos a lei da gravidade, presumimos que essas leis se aplicam da mesma forma em todo espaço e tempo. Presumimos que essas leis vão ser o mesmo no futuro como eles foram no passado. Presumimos que essas leis operam em outras galáxias, da mesma forma que eles operam em nossa própria galáxia. Em suma, supomos que a natureza é basicamente ordenada e uniforme, visto que podemos descobrir leis gerais da natureza.

Porém, é impossível que a ciência prove que a natureza é ordenada e uniforme. É impossível o ser humano observar todo o universo em cada ponto do espaço e tempo. Só Deus pode criar o universo de maneira racional e uniforme. Pois se o universo é um gigantesco acidente metafísico, com nenhuma mente racional dirigindo – como os ateus creem – por que supomos que a terra funciona de maneira ordenada e racional? E por que nós devemos assumir que nossas mentes estão equipadas com precisão para entender a realidade?

A visão cristã de mundo, em oposição ao ateísmo naturalista, fornece uma base sólida para a ciência. Se o universo é a criação de um Deus pessoal, cuja mente é extremamente racional e ordenada, e se nossas mentes são projetadas e equipadas por Deus para descobrir verdades sobre o mundo natural, então faz todo sentido exercer a ciência – e temos uma explicação de por que a ciência tem sido tão bem sucedida.

Nenhuma outra espécie neste planeta tem a capacidade de compreender o mundo como nós. Nós somos capazes de raciocinar, somos capazes de reconhecer e refletir sobre nossa habilidade de raciocinar. Nós podemos raciocinar sobre a própria razão, como estamos fazendo agora. Mas de onde veio essa capacidade de compreender o mundo?

A cosmovisão ateísta enfrenta grandes dificuldades para explicar a existência da razão. O problema central pode ser facilmente percebido: o ateísmo está comprometido com a ideia de que a razão veio da não-razão. O universo físico não tem nenhuma mente. Não tem um intelecto ou quaisquer faculdades racionais. O naturalista tem que acreditar que a racionalidade dos seres surgiu de processos materiais inteiramente não-racionais.

A explicação que um evolucionista poderia oferecer é: “Nós humanos gradualmente desenvolvemos a capacidade de raciocinar durante milhões de anos por um processo de seleção natural. Nossa razão nos dá uma vantagem de sobrevivência.” Essa explicação enfrenta várias objeções notáveis.

Podemos facilmente notar que a maioria dos organismos neste planeta sobrevivem e se reproduzem perfeitamente sem a menor capacidade de razão. Sob uma perspectiva evolucionista, não importa se um organismo tem crenças verdadeiras ou crenças falsas.

Se a evolução não é dirigido para nossa mente atingir a verdade, então não temos base para supor que as nossas faculdades intelectuais podem ser confiáveis para guiar-nos para a verdade. Nesse caso, devemos duvidar da verdade de nossas próprias crenças – incluindo a crença no naturalismo. No final, a questão é: qual visão de mundo nos dá o relato mais razoável da própria razão. Uma em que a nossa razão tem sua origem em uma Razão Maior, ou uma em que nossa razão tem sua origem na não-razão? Se nossa capacidade de atingir a verdade depende de Deus, nada pode ser mais incoerente que negar Deus.

Além disso, a cosmovisão cristã fornece a estrutura moral, dentro do qual a ciência pode promover o bem comum. Acreditar que a moral veio da não-moral é tão desastroso quanto pensar que a razão veio da não-razão.

Então se a ciência depende de Deus, quanto mais aprendemos sobre o universo natural mais evidências encontramos para uma cosmovisão bíblica. Por exemplo, aprendemos com as leis da termodinâmica que o universo não existiu sempre. O universo passou a existir. Então, ele simplesmente veio a existência sem motivo ou explicação, ou foi trazido a existência por alguma causa transcendente.

Nós também aprendemos que o universo como um todo e o nosso próprio sistema solar em particular, parece ser afinado em inúmeras formas para possibilitar a existência de vida orgânica. Se as leis da natureza tivessem sido, mesmo que ligeiramente, diferentes do que são, planetas habitáveis ou sistemas solares nunca teriam se formado. A evidência indica que nosso sistema solar é afinado não apenas para oferecer suporte a vida orgânica, mas para acomodar organismos conscientes e para promover a investigação científica por esses organismos conscientes. E a probabilidade disso tudo acontecer por pura sorte é tão minúscula que a hipótese é descartada como uma explicação séria.

Outras descobertas como em química e biologia estão apontando na mesma direção que a física e a astronomia. A origem do DNA é desconcertante para os ateus, porque o DNA carrega informação codificada complexa análogo ao software de computador. Informações só podem ser geradas por fontes inteligentes, não por processos naturais irracionais. Como fazer um software sem um programador? Com o progresso do conhecimento científico, perdeu-se a credibilidade do ateísmo.

O ateu tem promovido um conflito entre ciência e a crença em Deus, mas o conflito é ilusório. O verdadeiro conflito situa-se entre a ciência e a descrença em Deus. A visão de mundo ateísta não pode fornecer qualquer justificação racional para os pressupostos fundamentais da ciência. Ironicamente os cientistas ateus precisam viver pela fé! Estão dependendo de uma visão de mundo centrada em Deus sempre quando se envolvem em seu trabalho científico.

Não é nenhuma surpresa que os pioneiros da ciência moderna como Johannes Kepler, Robert Boyle, Isaac Newton e Michael Faraday eram crentes em Deus, que olharam para o mundo natural através da lente de uma cosmovisão bíblica. A ideia de que o cristianismo é anti-ciência não podia estar mais errada. Quando buscamos ver mais profundamente qual visão de mundo sobre qual a ciência repousa, podemos ver que o oposto é verdadeiro. A própria ciência depende de Deus.

Fonte: http://bereianos.blogspot.com.br/2016/09/deus-ateismo-e-ciencia.html

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A sobrevivência em tempos de crise



“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).

INTRODUÇÃO 

Neste trimestre, estudaremos as crises que o mundo decaído vem enfrentando ao longo do tempo. Jesus nos alertou que no mundo teríamos aflições, mas prometeu estar conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Não estamos sozinhos em meio às crises. Sabemos que o Brasil enfrenta uma séria crise política, moral e econômica sem precedentes. Já se fala em 13 milhões de desempregados. Muitas empresas estão fechando suas portas; a indústria não consegue escoar a produção, pois o comércio não tem para quem vender os produtos. E o resultado é a tão temida recessão econômica. A crise também tem afetado a área da saúde. Os que buscam os hospitais públicos sofrem nas filas de espera. Faltam médicos, remédios e leitos, e muitas pessoas morrem sem conseguir atendimento. A Educação também tem enfrentado crises. Vivemos em uma sociedade caótica, porém temos um Deus que cuida de nós. É o que veremos nesta lição.

I. A CRISE COMO UMA REALIDADE 

1. Deus criou um mundo perfeito. Deus criou um mundo perfeito e nele colocou o homem, para cuidar da criação e com ela habitar. Adão recebeu do Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo. Por um período de tempo (não sabemos quanto tempo), Adão e Eva viveram sem crise e em harmonia, governando o mundo. Todavia, Adão e Eva caíram na tentação do Diabo, desobedecendo à ordem de Deus. Com o pecado veio o juízo divino sobre Adão, Eva e a serpente. A terra também sofreu as consequências do pecado (Gn 3.17). O pecado deformou a raça humana e fez com que o mundo viesse experimentar as diferentes crises que temos visto. A primeira crise que Adão enfrentou foi no seu relacionamento com sua esposa, Eva. Adão culpou a Deus e a mulher pelo seu erro (Gn 3.12). Em meio às crises, sejam elas de diferente ordem, temos a tendência de sempre culpar alguém.

2. Uma sociedade em crise. Com a Queda, vieram os males e as crises, que assolam a Terra até os dias atuais. A apostasia tornou-se universal. Hoje parece não haver mais limites ao adultério, a imoralidade e a corrupção. O homem está cada dia mais distante de Deus e cometendo toda sorte de torpeza. Nossa geração assemelha-se a dos dias de Noé. Contudo, Deus está no controle. O Dia do Senhor virá e a sua justiça será feita. Vivemos em uma sociedade corrupta e perversa, mas não pertencemos a este mundo, por isso, não podemos nos conformar com a sua maneira de pensar e agir (Rm 12.2).

II. A CRISE COMO UMA CONSEQUÊNCIA DO PECADO 

1. A crise na sociedade antediluviana. Depois da Queda, o pecado se alastrou pela raça humana como um vírus letal (Gn 6.5). Porém, o mundo antediluviano ainda não vivia o caos. Segundo as Escrituras Sagradas não havia fome e a saúde do homem era boa, pois a expectativa de vida era bem elevada, chegando quase a mil anos (Gn 5.27). Embora houvesse provisão, saúde e expectativa de vida, o homem continuava longe de Deus e entregue a toda a sorte de torpeza. A terra encontrava-se corrompida e cheia de violência (Gn 6.11). Muitos, erroneamente, acreditam que a violência é consequência da modernidade e do capitalismo. A violência é consequência do pecado e da dureza do coração do homem, que vive longe do Criador. Dizendo isso, não estamos negando que a pobreza, o desemprego e a falta de acesso à educação contribuem para o aumento da violência. Deus é santo e não pode tolerar o pecado, por isso, decidiu frear a maldade do homem trazendo o dilúvio (Gn 6.13). Mas Deus também é misericordioso. Em sua bondade e misericórdia, Ele determinou que Noé construísse uma arca. A arca serviria para abrigar Noé e sua família, os animais e todos aqueles que acreditassem na pregação do servo de Deus. A arca era um refúgio contra a ira de Deus. Mas aquelas pessoas não creram nas advertências de Noé e não quiseram buscar refúgio em Deus. Somente Noé e sua família foram salvos das águas do dilúvio formando uma nova civilização.

2. Crise na sociedade pós-dilúvio. Noé repovoou a terra, porém o homem continuou com a semente do pecado em seu coração. Não demorou muito para a crueldade adentrar na casa do próprio Noé. O servo do Senhor plantou uma vinha, fez vinho e se embriagou (Gn 9.20,21). Seu filho Cam, vendo o pai bêbado, expôs a sua nudez. Cam foi amaldiçoado por Noé (Gn 9.25), numa mostra clara de que o pecado traz maldição para a família e para a nação. Muitas vezes a crise é consequência do pecado. Os homens se estabeleceram na antiga planície da Suméria e não demorou muito para iniciarem a construção de uma torre. Esse era um monumento para engrandecimento do homem. Era a busca pelo poder. Muitos, na atualidade estão construindo monumentos para si mesmo (casas, carros importados, joias, roupas de grife), mas não ajudam aqueles que estão necessitados. Deus não se agradou desse projeto arrogante e fez com que cada um falasse uma língua diferente, dificultando o ajuntamento das pessoas em um só lugar. A sociedade pós-diluviana não se tornou melhor do que a antediluviana, pos a iniquidade humana continuou a crescer.

3. Crise nos tempos de Jesus e na Igreja Primitiva. Jesus nasceu na terra de Israel, em uma região conhecida como Palestina. O Filho de Deus veio ao mundo em um tempo em que o Império Romano dominava Israel. A tensão política e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise política, social, moral e espiritual. Mas, em meio às crises a luz raiou dissipando as trevas e trazendo esperança para a humanidade. Nos dias de Jesus, havia muitos pobres e necessitados. Por isso, o Mestre ensinava que era preciso cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías (Is 58.6,7). Não adiantava dizer que eram filhos de Abraão, caso não desfizessem o jugo do oprimido e repartissem o pão com o faminto. Isso nos faz lembrar que a fé sem as obras é morta (Tg 2.15-17). A Igreja Primitiva enfrentou uma terrível perseguição. Havia muitos necessitados, todavia os irmãos acudiam os pobres e necessitados. Em tempos de crise, os bens eram partilhados (At 4.34,35). É em meio à crise que podemos ver o quanto as pessoas são generosas. A generosidade aliada à comunhão fazia com que muitos fossem atraídos a Jesus Cristo, contribuindo para o crescimento da igreja.

III. A CRISE 

1. A crise política. Israel enfrentou uma terrível crise política depois da morte de Salomão. Roboão, o filho sucessor, pede conselhos aos anciãos, mas ignora as orientações deles. Ele prefere seguir os conselhos de seus amigos (1Rs 12.10). Roboão buscou fazer aquilo que era melhor para si e não para o seu povo. Os resultados foram os piores possíveis. A nação foi dividida, afastando o povo de Deus. Essa divisão perdurou por muito tempo trazendo dor e sofrimento para todos. Quando homens insensatos assumem o poder, toda a nação sofre as consequências. Atualmente, o Brasil está enfrentando uma crise política sem precedentes. Ela tem sido destaque nos principais jornais do mundo. A cada dia surge um novo escândalo. Estamos vivendo um momento muito delicado. A corrupção tem se alastrado como um câncer, atingindo todos os poderes. Como Igreja do Senhor, temos que orar em favor da nossa nação e lutar contra toda a forma de corrupção, pois temos um Deus que é santo e que abomina tal condição. Quando escolhemos, de forma errada, uma pessoa para nos representar tanto no Executivo quanto no Legislativo, a injustiça se alastra e muitos problemas surgem, como os que ocorreram em Israel (Dt 16.18-20; Is 1.23).

2. A crise econômica. Muitos países já enfrentaram terríveis crises econômicas ao longo dos anos. Nas Escrituras Sagradas, encontramos, no livro de Gênesis, a extraordinária crise de alimentos pela qual passou toda a terra (Gn 41.55,56). Porém, a crise foi revelada a Faraó por intermédio de um sonho (Gn 41.1-8). Deus deu a José a interpretação do sonho e ele foi levantado como governador do Egito. José recebeu de Deus sabedoria para administrar em tempos de crise. A crise foi tão intensa que pessoas de todas as terras se dirigiam ao Egito para comprar alimento (Gn 41.57). No Brasil, a crise econômica que estamos enfrentando está diretamente ligada à crise política. Segundo alguns economistas, o “Brasil não sairá da crise econômica se não resolver a crise política e ética”. Em meio à crise não podemos nos desesperar nem nos entristecer. Precisamos orar e confiar no Deus de toda provisão.

3. A crise espiritual. No texto bíblico dessa lição, o profeta Habacuque, que viveu e ministrou em Judá, questionou a Deus a respeito da crise que seu povo estava enfrentando. O profeta estava em meio a uma sociedade agonizante, e por isso, desejava algumas respostas de Deus. Muitas vezes, como Habacuque, diante do caos também nos perguntamos: “Por que Senhor?”. O profeta ficou perturbado ao ver que os ímpios prosperavam e os justos iam mal. Deus, entretanto, ouviu os questionamentos do profeta. Ele ouve e responde nossas indagações, embora nem sempre tenhamos as respostas no momento em que queremos. O Senhor não deixou Habacuque sem resposta (Hc 2.1,2). O Senhor falou que o seu julgamento viria sobre Judá. Deus não tolera o pecado. Para disciplinar seu povo, Ele usaria os babilônios (Hc 1.5-12). Habacuque questiona a Deus, porém ele era um homem de fé. Suas indagações não eram resultado de dúvida ou incredulidade. Ele confiava que Deus poderia suprir as necessidades do seu povo mesmo não florescendo a figueira e não havendo fruto na vide (Hc 3.17). Mesmo que não houvesse provisão, ele continuaria confiando na fidelidade do Senhor. Confiar em Deus em tempos de abundância é relativamente fácil; difícil é continuar confiando na provisão em meio à escassez.

CONCLUSÃO 

O mundo pode estar em crise, mas o Reino dos Céus não. O Senhor é soberano e não perdeu o controle da situação. O governo está em suas mãos. O Dia do Senhor virá e os justos e ímpios terão a sua recompensa. Não desanime. Confie, pois em breve o Senhor virá em nosso socorro.

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2016/2016-04-01.htm

sábado, 24 de setembro de 2016

A revanche de Deus


Por Odair José da Silva

A revanche de Deus é uma análise sociológica feita por Gilles Kepel sobre o crescimento das principais religiões no mundo a partir dos anos 70 com o declínio do comunismo e de outras ideologias socialistas. A partir de sua análise quero tecer algumas considerações. As três grandes religiões monoteístas – Islamismo, Cristianismo e Judaísmo – e mais o Hinduísmo e o Xintoísmo procuram, através de movimentos de renovação carismática, mostrar o mal-estar da civilização contemporânea após a morte das utopias terrenas que desmoronaram com o Marxismo. O que vem depois?

Duas coisas importantes podem ser pensadas neste contexto. Primeira é a “crise” do mundo. Por mais que existam pessoas vivendo em ricas mansões e luxuosos condomínios, a maioria da população do globo terrestre vive seus dias cercados de violência, miséria, insegurança e incertezas, frutos de uma economia falida e cruel que tira qualquer esperança de um futuro menos problemático. Com isso, a religião ganha espaço e mostra a necessidade, não física, mas espiritual do ser humano.

Em segundo lugar é preciso considerar que a igreja necessita de um novo estilo de liderança para atrair pessoas mais instruídas, menos acostumadas a obedecer sem perguntar e com maior liberdade de escolha. Na verdade, a nova liderança terá de saber persuadir, conquistar, não impor.

Ao longo da História surgiram muitas formas de manifestação religiosa. Algumas já desapareceram no tempo, outras modificaram e/ou inovaram seus rituais e outras surgiram com diferentes abordagens que conquistam fiéis pelo mundo. A crença em algum tipo de divindade e o sentimento religioso são fenômenos generalizados em todas as sociedades.

Então, a minha pergunta é a seguinte: onde fica o argumento destas pessoas que defendem a inexistência de Deus? Com qual argumento eles podem refutar a veracidade de que o ser humano busca em Deus a compreensão de seu propósito nesta vida. Por mais que o ser humano negue a existência de Deus, a realidade comprova que esse mesmo ser humano necessita de um contato com o seu Criador. O grande mal que atinge a humanidade é o afastamento dAquele que tudo pode e tudo fez para o bem estar dessa mesma humanidade.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

“O Homem que Queimou a Bíblia” o mais novo lançamento do Poeta e Escritor Cacerense Odair José da Silva.


Estará sendo realizado o lançamento Oficial do seu mais novo livro “O Homem que Queimou a Bíblia”.

O lançamento será no dia 01 de outubro de 2016 às 10h no Templo Sede da Assembleia de Deus de Cáceres. O livro de mensagens é a quarta obra de Odair José da Silva, o Poeta Cacerense.

Odair José é licenciado em História e Especialista em Gestão Ambiental. Nas horas vagas costuma escrever seus poemas e mensagens, como diz ele, às margens do Rio Paraguai. O autor destaca que gosta muito de escrever e que publicar um livro ainda é um grande desafio no Brasil. Afirma que, apesar das dificuldades, há uma série de projetos futuros.

Com relação ao livro que estará sendo lançado no próximo dia 01 de outubro, destaca que se trata de um livro de mensagens e testemunho vivo de acontecimentos de vida. É uma coletânea de mensagem que exalta as magnitudes de Deus e sua grande bondade.

“O Homem que Queimou a Bíblia” é uma história real e impactante que vai mudar o seu modo de pensar o mundo e a realidade. Afirma o autor.

“Contar histórias de uma forma cativante e inspiradora é o que Odair José realiza por meio desta obra. É impossível ler sem entrar em contato com sua mente repleta do gosto pela arte da escrita e pela liberdade de expor seus pensamentos e reflexões”. Afirma Izaque Alves Barbosa, Pastor e Escritor que fez o prefácio do livro.

O autor que é, também, servidor público estadual e exerce suas funções administrativas na Unemat de Cáceres destaca o apoio que tem recebido de colegas e profissionais que acreditam em seu trabalho.

Após o lançamento os livros podem ser adquiridos na Livraria Evangélica de Cáceres, na livraria Espaço Cristão e com o próprio autor.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Deus está morto!


Por Odair José da Silva

Deus está morto! Essa foi a frase que impactou a minha vida naquela noite. Eu era bem jovem e morava no fim do mundo como diziam alguns. Era uma vila encravada no interior de Mato Grosso no final dos anos 80. Um pregador que transmitia a mensagem naquela noite em um culto público numa casa simples no final de uma rua de chão. Naquela noite, apesar de outras preocupações, a mensagem sobre o homem que decretou a morte de Deus me chamou a atenção.

Durante toda minha vida eu sempre busquei o equilíbrio de nas minhas ações e respostas para as inúmeras indagações existenciais que sempre tomou conta dos meus pensamentos. Mas, eu estive errado por muito tempo. Deixei-me ser levado ao extremo das ideologias e isso não é bom. Os anos 80 marcaram a minha juventude. Músicas de Raul Seixas, RPM, Engenheiros do Hawaii me faziam, além de viajar, pensar sobre possibilidades. Por causa da religião meu pai proibia nos de assistir televisão, o que não nos impedia de burlar as ordenanças e assistir nos vizinhos. Os filmes daquela época me cativaram e fazia-me sonhar com altas aventuras. Foi nessa época que construí meus primeiros romances. Aventuras que imaginava com meus colegas logo após assistir algum filme de ação ou aventura. O “mundo” era um fascínio.

Mas, foi nessa época também em que, mais por força de acontecimentos na minha vida, que eu fui para a igreja e abracei a fé cristã. Dediquei-me na leitura da Bíblia e passava horas e horas em oração e meditação. Hoje eu entendo o que é ter zelo sem entendimento. Eu saia de um extremo para outro. Durante muito tempo minha vida foi de altos e baixos. Queria muito dedicar minha vida na igreja, mas os cuidados das coisas do mundo me atraia. Eu gostava de jogar bola, de assistir filmes e, gostava demais de ler gibis. E, tudo isso, naquele lugar, aos olhos dos irmãos, era pecado. Se eu fizesse isso estava condenado ao inferno. Então, o conflito psicológico era intenso.

Lembro-me de uma vez em que levantei-me de madrugada para orar. Duas, três horas da madrugada, mais ou menos. Orei e li a Bíblia até as seis ou sete horas daquele dia. Mas, na primeira “tentação” daquele dia sucumbi aos desejos da carne. Aquilo foi trágico na minha vida. Eu lamentava e me culpava por ser tão fraco. Pensamentos de impotência diante dos prazeres do mundo me torturavam e o conflito da alma aumentava cada dia. O que fazer em situações como essas? O conflito interno. A batalha contra os seus desejos é intenso. O seu inimigo é desconhecido. Durante muito tempo passei por esses conflitos. E o pior em tudo isso é que ninguém pode te ajudar nessas horas.

Então, com o passar dos tempos, eu oscilei entre um caminho e outro. Quando estava na igreja queria ser o mais puro e santo de todos. Quando me afastava me afundava no pecado e sujeira desse mundo. Onde estava o equilíbrio? Quem poderia me ajudar? Uma solidão profunda tomava conta de mim mesmo estando em meio a uma multidão. Um vazio na alma me torturava. Mas, eu não conseguia encontrar uma saída.

Anos mais tarde quando fazia a faculdade de História um dos meus professores começou a falar das ideias de Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo. Foi então que despertou-me aquela mensagem ouvida a muitos anos atrás. Sim. Eu estava diante do homem que decretou a morte de Deus. E isso era, para mim, uma grande descoberta. Como assim? Quis saber tudo que esse camarada tinha falado e porque tinha falado. Na minha busca pelo saber eu tinha que me debruçar nos aforismos desse pensador.

O que poderia me desvirtuar do caminho, como dizia meus amigos mais íntimos, fez-me aproximar dele. Na minha busca pelo conhecimento fui ler. Nietzsche tornou-se para mim um amigo que conversávamos horas e horas como faço com Davi e Paulo, meus escritores favoritos da Bíblia. Claro que outros como C. S. Lewis, John Stott e Keith Jenkins me fizeram ampliar meus conhecimentos e com isso meu entendimento. Para onde estou indo? Não posso dizer com certeza. E nem posso afirmar que hoje eu encontrei o equilíbrio. Mas, posso afirmar que a cada nova leitura eu encontro novas pérolas pelo caminho que deixa-me eufórico. Eu já acreditei no comunismo. Comum a todos, como a Igreja primitiva fazia. Repartia entre si os seus bens e todos tinham em comum as coisas entre si. Eu estava errado? Me equivoquei? Não sei. Se quiserem podem me julgar. Atire a primeira pedra aquele que nunca teve uma dúvida como essa.

Deus está morto mesmo? Como não pararmos diante de uma questão como essa para analisar os seus desdobramentos? Deus está morto ou nós matamos a noção de Deus de nossas vidas? Para muitos, isso pode soar como uma blasfêmia. Que seja. Mas, não me conformo em ver tantas atrocidades cometidas em nome de Deus nos dias atuais. Condenamos as atitudes dos colonizadores espanhóis e portugueses na América, ingleses, franceses, holandeses e outros na África e na Ásia. Condenamos os cruzados massacrando muçulmanos. Mas, e nós? Não fazemos o mesmo em nome de uma ideologia que nem mesmo sabemos de onde se originou? Ou será que você sabe de onde vem as ideias que você tanto defende. Com certeza as ideias que temos se origina em alguma outra ideia. Então, como podemos afirmar que A está certo enquanto B está errado? Como ter certeza das ideias que defendemos?

Deus existe? Essa foi uma das perguntas que elaborei na prova de Filosofia para meus alunos. Eles tinham estudado, neste bimestre, sobre as ideias de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. As respostas, assim como os filósofos medievais, divergem entre si. Para uns, Deus existe. Mas, como posso provar que Deus existe? Para outros, Deus não existe. Mas, como posso provar que Deus não existe?

Não meu amigo, eu não tenho as respostas. Me desculpe se você leu meu artigo até aqui na esperança de encontrá-las também. Mas, continuamos nessa caminhada. Enquanto tivermos fôlego de vida e disposição para buscar o conhecimento vamos fazê-lo. Só perde quem não lê. O salmista chama bem aventurado, feliz, a pessoa que busca o conhecimento. Que medita na Palavra de Deus. Que não perde tempo com outras bobagens na vida. Que possamos fazer isso.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 13 de setembro de 2016

O Significado da Verdadeira Prosperidade


Por Odair José da Silva (adaptado)

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

A verdadeira prosperidade consiste em ter a Deus como o nosso Supremo Bem, como nosso Criador, Salvador e Senhor. Prosperidade: Estado daquele que é próspero, bem sucedido, feliz ou afortunado.

O que se apregoa hoje em muitos púlpitos sobre as riquezas materiais nada tem a ver com os ensinamentos bíblicos acerca do tema. Não obstante haver riquezas legítimas e honestas (Pv 13.11b; Sl 112.1-3; Ec 5.19), há também as fraudulentas e desonestas (Pv 16.8b; Jr 17.11; Tg 5.1-3). Afinal, o que é a verdadeira prosperidade?

1. Deus é o nosso Supremo Bem. O salmista Asafe afirma que reversamente aos ímpios, ele está de contínuo com Deus por quem é permanentemente guiado, para, ao fim, ser por Ele recebido em glória (Sl 73.23,24). Haverá maior riqueza do que esta? Afirma ele: “tu me seguraste pela mão direita”, e não pela mão esquerda, afirmando com esta figura de linguagem que Deus sempre nos conduz de maneira certa e pelos lugares certos (Sl 23.1-3). O versículo 25 expressa a verdadeira prosperidade do homem: Deus como o seu Supremo Bem, assim como o seu mais sublime desejo. É o mesmo anseio de Davi (Sl 42.1,2) e de outros fiéis da história que se sentiram inquietos pela necessidade da presença do Deus vivo! Que outro bem maior pode o homem ter além de Deus?

2. Deus é a fonte da verdadeira prosperidade. Tudo começa e termina em Deus, pois fomos criados para a sua glória! Tudo pode faltar, a vida esvair-se, mas Deus é a nossa herança para sempre (Sl 73.26-28). Ele é a fonte da verdadeira prosperidade! Assim, tudo o que temos precisa constituir-se em motivo para que o nome de Deus seja exaltado (1 Co 10.31). Este é o verdadeiro foco. Deus acima de todas as coisas. Podemos até desfrutar das riquezas materiais como fruto da capacidade que Deus dá a todos para administração da sua vida, mas tudo se restringirá às coisas terrenas (Dt 8.18).

O significado da verdadeira prosperidade é o próprio Senhor. Deus é o Supremo Bem que o crente deve anelar acima de todas as coisas. Alcançamos, portanto, a verdadeira felicidade quando Deus é o nosso Supremo Bem, “pois nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17.28).

A verdadeira prosperidade é uma conseqüência da obediência do homem a Deus. O crente próspero, segundo o salmista, é alguém que não se compraz com a companhia dos ímpios, mas tem satisfação em obedecer a Escritura. Portanto, abandone o pecado e afaste-se do ímpio. Ame incondicionalmente as Sagradas Escrituras. Obedeça os ditames da Palavra do Senhor, e terás cumprido os primeiros passos à verdadeira prosperidade.

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2007/2007-04-07.htm

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Os males do consumismo


"Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada" (Pv 30.8).

Consumismo: Sistema que favorece o consumo exagerado.

A riqueza, a fama, o poder, os prazeres e o consumo desenfreado são ineficazes para satisfazer as necessidades da alma (Ec 6). Infelizmente, por essas coisas vãs, muitos têm empenhado tudo o que possuem, inclusive a própria vida (Mt 16.26). A Palavra de Deus nos adverte taxativamente sobre o gasto abusivo e desnecessário (Pv 121.20; Is 55.2). Na oração Dominical Jesus ensinou o mesmo princípio ensinado por Agur: Devemos buscar primeiro o Reino de Deus, mas é da vontade do Pai que oremos por nossas necessidades.

Como fugir do consumismo

1. Evite o desperdício e o supérfluo. Em João 6.12 Jesus ordenou que seus discípulos recolhessem os alimentos que sobrara para que nada se perdesse. Algumas vezes o orçamento acaba porque gastamos com insensatez, onde não se deve ou não se pode (Is 55.2; Lc 15.13,14).

2. Economize, poupe e fuja das dívidas! Economize comprando no estabelecimento que é mais em conta. Racionalize os gastos com água, luz, telefone, etc. (Gn 41.35,36; Pv 21.20). Abra uma conta-poupança e guarde um pouco de dinheiro, por menor que seja a quantia. Fuja das dívidas!

3. Invista no Reino de Deus. O dinheiro não é um mal em si mesmo (1 Tm 6.10), pelo contrário, pode e deve ser uma bênção para a obra do Senhor. Seja fiel nos dízimos e você verá a bênção de Deus sobre sua vida financeira (Ml 3.10,11). Para fugir do consumismo é necessário: evitar o desperdício e o supérfluo, economizar, poupar e fugir das dívidas e, acima de tudo, investir no Reino de Deus.

Pobreza não é maldição (Dt 15.11; Mc 14.7), mas pode resultar de fatores diversos: guerra, catástrofes, vícios, alcoolismo, jogos de azar, má administração dos bens e dos recursos econômicos. Neste particular, a Palavra de Deus adverte que o beberrão e o comilão cairão em pobreza (Pv 23.20,21). Não compre fiado! Não peça emprestado! Liberte-se do consumo irresponsável! Jesus quer libertá-lo das garras do consumismo. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8.32,36).

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2008/2008_03_05.htm

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Idolatria Contemporânea


Por Odair José da Silva

Aproxima-se o grande dia. Vai acontecer em nossa cidade um mega evento denominado ExpoGospel. Grandes nomes da música evangélica estará se apresentando em um palco e milhares de pessoas estarão “louvando a Deus”. Certo? Eis ai uma pergunta que incomoda. Estarão mesmo adorando a Deus ou exaltando o homem? Será que essa grande multidão que pagaram caro por um ingresso para ver essas figuras estariam dispostas a cultuar a Deus em um templo religioso ou passar duas horas de joelhos rogando pela salvação de almas perdidas?

É nesse contexto que indago-me se isso não é uma forma de idolatria. Digo isso porque, nas minhas aulas de História tenho ministrado sobre os antigos egípcios e sua adoração aos deuses antropozoomorfistas. E, ao pensar sobre isso me veio a indagação: O que é idolatria? E o que fazemos hoje não é uma forma de idolatria? Os pensadores do renascimento apresentaram ao mundo uma nova linha de pensamento quando mudaram o conceito de teocentrismo para o antropocentrismo. Tiraram Deus de cena e colocaram o homem no lugar. Com isso, passaram a enaltecer as qualidades humanas em detrimento da Criação de Deus. Por isso, em meu questionamento eu elabora apenas perguntas para que sejam respondidas por vocês mesmos. Mas, vale aqui um esclarecimento do meu ponto de vista sobre o assunto.

A idolatria ofende a Deus. 

Tudo que toma o lugar de Deus em nossa vida é idolatria. Só Deus merece adoração. O segundo mandamento proíbe a idolatria (Deuteronômio 5:8-10). Dentro dessa perspectiva como não adorar os ídolos? Na verdade, o que são os ídolos? Somos sabedores que ídolos não são somente imagens de esculturas ou objetos de adoração cultuados nas diferentes religiões. Ídolo é tudo aquilo que exerce uma grande influência em minha vida. O dicionário define idolatria nos seguintes termos:

Idolatria 
substantivo feminino
1. culto que se presta a ídolos. 
2. fig. amor excessivo, admiração exagerada.

Quando se fala em amor excessivo, admiração exagerada nos perguntamos se, por um acaso formos até o hotel onde esses cantores estarão hospedados não encontraremos lá uma grande massa de pessoas, na maioria mulheres, ovacionando-os? E ao lado do palco como estarão essas mesmas pessoas?

Hoje faz-se muita propaganda de cantores e pregadores. Parece-me que os cultos só serão avivados se neles estiverem esses ícones da música gospel e/ou os grandes pregadores. Não me julguem pelo meu texto. Eu só estou procurando entender onde foi que perdemos a verdadeira essência do Evangelho. O Evangelho que prega a Cruz de Cristo como única forma de salvação para o ser humano.

Alguém pode dizer: idolatria é o que acontece na Igreja Católica. E eu apresento-lhes o próprio catecismo para que extraiam suas conclusões. O Catecismo da Igreja Católica afirma: "Idolatria não se refere apenas aos falsos cultos do paganismo. Idolatria também é quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou demônios (por exemplo, o satanismo), do poder, raça, prazer, antepassados, do Estado, dinheiro, etc. E a pergunta que insiste em permanecer é como entender essa idolatria que permeia os nossos templos e cultos?

Como já afirmei logo acima, os povos da Antiguidade possuíam objetos representativos de suas divindades, como um ponto focal de adoração. Em geral, o deus maior nessas crenças idolátricas era o sol. Egípcios, babilônios, assirios, incas, entre outros povos adoravam o Sol como divindade suprema. E o que vemos nos dias atuais? Nas Escolas Dominicais e nos cultos de ensino um grupo bem pequeno e seleto que os chamo de “remanescentes”, os 7 mil que não dobraram os joelhos a Baal. Por outro lado, quando se fala que vem um “famoso pregador e/ou cantor” o local enche. Sem falar que é necessário desembolsar uma quantia significativa de dinheiro para “curtir” esses eventos.

Como não quero me alongar nessa discussão termino o meu texto afirmando que a idolatria não é apenas adorar outros deuses ou imagens sem vida. Idolatria é colocar qualquer coisa acima de Deus em nossa vida. Podemos idolatrar uma pessoa, um emprego, um partido político, dinheiro. Para evitarmos a idolatria, devemos sempre pôr Deus em primeiro lugar, em tudo que fazemos.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A cruz de Cristo manifesta o amor de Deus


Por Iain Campbell 

A crucificação de Jesus foi um evento histórico em que o mundo expressou seu ódio a Deus e sua hostilidade contra ele. Foi o símbolo definitivo não só da maldade do pecado, como também da ganância do coração humano. Tirar a vida do Senhor da Glória foi o grito supremo de “eu quero” do mundo.

No entanto, a cruz se encontra no cerne do evangelho, não por causa do que ela nos diz sobre o pecado, mas por causa do que ela nos diz sobre a graça de Deus: a misericórdia que fornece um remédio para o pecado e o amor que garante a eficácia desse remédio. A cruz é uma boa notícia não por causa do que nós tiramos de Deus, mas por causa do que Deus nos deu.

A natureza do presente 

A cruz foi o Deus Pai doando o Deus Filho para a salvação do mundo. Essa é a distinção introduzida em João 3.16: o Deus que amou o mundo é o Deus que deu, e aquele que foi dado foi “seu Filho unigênito”.

No entanto, João introduz seu relato do evangelho para nós com a afirmação de que o Filho, ainda que seja distinto do Pai, não é distinto de Deus. Antes, ele é identificado com Deus. Dizer que o Pai deu o seu Filho por nós é falar sobre uma pessoa de dar outra, mas também é afirmar que, em um sentido último, Deus deu seu Filho. É com “seu próprio sangue” que Deus resgatou a igreja (Atos 20.28).

Apenas esse fato já deve colocar a cruz no mais alto relevo. No Calvário, o mundo se pôs diante de Deus e disse: “Eis o quanto te odiamos!” E no Calvário, Deus se pôs diante do mundo e disse: “Eis o quanto eu te amo!”.

O planejamento do presente 

A cruz não foi um acidente. Ela foi planejada por Deus antes da fundação do mundo. Quando Deus apresentou seu herói, “o descendente da mulher” (Gênesis 3.15), como aquele que seria vitorioso sobre o pecado e sobre Satanás, esse não era o plano B. Esta foi a primeira indicação na história de que, por trás da história, havia um propósito de salvação já decretado em que o Filho de Deus seria dado como o Salvador dos pecadores.

O primeiro anúncio da promessa em Gênesis 3.15 define a cruz em um tríplice contexto: em primeiro lugar, o presente de um Salvador foi necessário devido à violação do pacto de obras entre Deus e o homem; segundo, o presente foi preparado num pacto intra-trinitário de redenção; e terceiro, o presente seria dado através de um pacto de graça administrado na história.

Por essa razão, ao longo de todo o Antigo Testamento, o já formulado, mas ainda não realizado presente de um Salvador é indicado de várias maneiras e em momentos diferentes. “Deus proverá um cordeiro”, diz Abraão em Gênesis 22.8. “A virgem conceberá e dará à luz um filho”, diz o profeta em Isaías 7.14. “Suscitarei para elas um só pastor, meu servo Davi”, Deus diz em Ezequiel 34.23, prometendo a vinda do pastor real que daria sua vida pelas ovelhas.

A entrega do presente 

E no devido tempo, Jesus veio. Mas o Novo Testamento é muito cuidadoso em destacar o caráter de sua vinda como uma dádiva. “Vindo, porém, a plenitude do tempo”, Paulo escreve em Gálatas 4.4, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. Nós tínhamos sido expulsos do Paraíso; por isso, Deus enviou o seu Filho para fora do Paraíso, para a terra distante. Quando Isaías declarou que “um menino nos nasceu, um filho se nos deu” (Isaias 9.6), o cumprimento final de suas palavras chegou quando o Filho de Deus se encarnou como um de nós.

Desta forma, em última análise, esse Filho foi dado para a morte; o Pai não o poupou, mas entregou-o por todos nós (Romanos 8.32). Foi o mais caro de todos os presentes: Deus “se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2Coríntios 8.9). Deus, na fraqueza da carne humana, conquistou por nós o que não podíamos conseguir em nossa própria força (1Coríntios 1.25). A cruz era o presente de amor definitivo.

O propósito do presente 

Se João tivesse nos dito que Deus amou seu Filho de tal maneira que lhe deu o mundo, não nos causaria nenhuma surpresa. A surpresa vem na direção oposta: Deus deu seu Filho, de tanto que amou o mundo. E a razão pela qual ele deu foi para que o mundo seja salvo ao receber o presente. Quão excepcionalmente sábio, quão excepcionalmente simples. Ainda assim, quão excepcionalmente difícil para o duro coração do homem agradecer a Deus pelo que Paulo chama de “seu dom inefável” (2Coríntios 9.15).

Este artigo faz parte da edição de maio de 2016 da revista Tabletalk.
Tradução: João Paulo Aragão da Guia Oliveira. Revisão: Yago Martins. © 2016 Ministério Fiel.
Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.br Original: A cruz de Cristo manifesta o amor de Deus

Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/09/cruz-de-cristo-manifesta-o-amor-de-deus

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Deus não desampara os seus filhos


Por Odair José da Silva

"Pois o Senhor, por causa do seu grande nome, não desamparará o seu povo; porque aprouve ao Senhor fazer-vos o seu povo". 1 Samuel 12:22

Não podemos negar que o medo pode se apoderar do nosso coração quando nos vemos diante de situações difíceis da nossa vida. As ilusões e fracassos do dia a dia nos levam a pensar que fomos abandonados por Deus e que Ele está distante dos nossos sofrimentos. No entanto, isso não é verdade. Deus nunca abandona os seus filhos. Ele sempre está de braços estendidos para ouvir as nossas orações e súplicas diante dEle. Deus faz isso não porque somos merecedores, na verdade não somos, mas, Ele faz isso pelo seu grande e poderoso Nome. O Senhor estende suas mãos para nos ajudar porque Ele prometeu estar ao lado dos necessitados e daqueles que buscassem o seu nome. A salvação é um dom precioso dado por Deus a humanidade e devemos nos apegar a ela.

A vida não é perfeita. Temos dias tribulosos e angustiantes que pensamos até em desistir de tudo. Nada acontece como prevíamos e até mesmo as pessoas a quem nos apegamos nos viram as costas e nos deixa só. Nessas horas não conseguimos conter as lágrimas e nada parece mudar esse quadro triste de nossas vidas. No entanto, para aqueles que creem em Deus há uma esperança. Jesus Cristo. Ele é o salvador enviado pelo Pai para nos resgatar da nossa vã maneira de viver e nos garantir um lugar ao lado de Deus. Após fazer o sacrifício de resgate da humanidade, Jesus prometeu enviar-nos o Consolador. O Espírito Santo de Deus é aquele que está dentro dos nossos corações nas horas de angústias e nos conclama a buscar a presença de Deus.

Por causa do Nome do Senhor, Ele não nos abandonará jamais. Creia que essa luta que você está passando é para glória de Deus. Saiba que Ele está ao seu lado por amor do seu nome e vai ajudar você a atravessar esse deserto. As lágrimas de hoje vão tornar-se sorrisos amanhã. Ouça a mensagem de Deus para o seu coração. "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza". Salmos 46:1-3.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Só uma vida, que logo vai passar


Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar. 
(Poema por C. T. Studd

Um dia escutei duas linhas, nada mais, 
Enquanto viajava ocupado numa vida falaz; 
Aquilo, ao coração, trouxe certeza presente, 
E nunca mais sairia do pensar de minha mente; 
Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar. 

Uma vida só, isto mesmo, apenas só uma. 
Cujas horas, fugazes, são como a bruma; 
Então estarei com o Senhor no dia previsto, 
Ali, em pé, diante do Tribunal de Cristo; 
Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar. 

Só uma vida, ecoa uma voz no pensamento, 
Rogando: "Escolha o melhor de cada momento"; 
Insistindo que eu deixe minhas metas egoístas, 
E me apegue a Deus, em meus atos e m'ia vista. 
Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar. 

Só uma vida de anos breves na balança, 
Cada um com fardos, temores e esperanças; 
Todos com vasos que preciso encher, 
Do que é de Cristo, ou com o meu querer; 
Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar. 

Quando o mundo e miragens vierem me tentar, 
E Satanás quiser de minha meta desviar; 
Quando um ego inflado quiser tomar o meu ser, 
Ajuda-me Senhor, a sempre alegre dizer: 
Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar. 

Dá-me, ó Pai, um só propósito eu ter, 
Na alegria ou tristeza, a Tua Palavra viver; 
Fiel e constante em qualquer tentação, 
A Ti somente eu dedicar meu serão; 
Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar. 

Que Teu amor atice a chama de fervor, 
E me leve a fugir deste mundo vil de dor; 
Vivendo para Ti, e para Ti somente, 
O teu prazer seja minha meta frequente; 
Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar. 

Só uma vida eu tenho, sim, só uma, é verdade, 
Pra poder dizer, 'Seja feita a Tua vontade'; 
E quando ouvir Teu chamado, finalmente, 
Eu possa dizer que a vivi intensamente; 
Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar.

Só uma vida, que logo vai passar 
Só o que for pra Cristo irá ficar. 
E se eu morrer, quão grande gozo terei ali, 
Se minha chama de vida foi consumida só pra Ti. 

"Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus... remindo o tempo, porque os dias são maus." 1 Co 10:31; Ef 5:16 

(Charles Studd foi um milionário britânico e famoso jogador de críquete no século 19, que gastou seus bens e sua vida servindo a Cristo na China, Índia e outros lugares. Traduzido e adaptado por Mario Persona) 

Fonte: http://belverede.blogspot.com.br/2016/08/So-uma-vida-que-logo-vai-passar-Charles-Studd-poesia-paradigma.html

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Os medos do ser humano


Por Odair José da Silva 

Muito se tem produzido ao longo do tempo sobre os medos do ser humano. Existe até uma lista dos 10 maiores medos que assombra o ser humano desde a sua origem até os dias atuais, como por exemplo, medo de altura, medo de sangue, medo de cobras, etc. Alguns dizem que o ser humano só sobreviveu na sua luta pela existência por causa do medo. Quando observamos atentamente esse detalhe não podemos deixar de perceber que realmente o medo pode ter ajudado o ser humano a desenvolver o seu senso de cuidados e proteção. Mas, percebemos também que o medo é causador de muitos males que desafiam o ser humano. Existem diversos tipos de medo que perturbam o ser humano ao longo do tempo. Quero tecer uma análise sobre alguns desses medos e a solução que só pode ser encontrada em Deus.

Medo do insucesso. Uma das características do ser humano é lutar pelo seu sucesso. O mundo capitalista que o diga. O mercado exige pessoas que almejam o sucesso e que luta por ele o tempo todo. Mas, nem todo mundo pode chegar ao topo. E, pelo fato de aumentar a concorrência o medo do insucesso é um dos males do mundo moderno. Isso é uma característica do mundo. Não pode ser uma característica do crente que serve a Deus. A falta de fé em Deus faz com que o crente seja dominado pelo medo de fracassar. Precisamos confiar no Senhor. Precisamos depositar em seus braços a nossa confiança de que Ele é Deus e sabe o que é melhor para cada um de nós. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e Ele tudo fará. Eis o mandamento bíblico de que devemos tomar posse. O sucesso que buscamos, seja ele na vida profissional, acadêmica, ministerial ou pessoal só vai ser sucesso se estiver de acordo com a vontade de Deus. O sucesso sem Deus é fracasso!

Medo da morte. Com o aumento assustador da violência e insegurança do mundo moderno o medo da morte tem sido uma constante na vida das pessoas. Quase ninguém mais tem a confiança de sair de casa de manhã e saber que nada de mal irá acontecer. Acidentes, na maioria das vezes por imprudência, assaltos, crimes e outros males assolam as pessoas por onde anda. Uma bala perdida, uma briga de trânsito e mais uma vida que se foi para a eternidade. Há um pavor crescente na sociedade. Mas, o crente não pode temer a morte. E a razão de não temê-la está no fato de Jesus a ter vencido na cruz do Calvário. Ele venceu a morte e nos garante a vitória também. Apenas creiamos no seu poder. Corremos perigo nesta vida, mas temos o consolo de que, se acontecer algo com algum de nós, seremos recebido pelo Senhor no descanso eterno. Não devemos temer a morte. O verdadeiro crente não fica assombrado. Mas confia inteiramente nos propósitos de Deus.

Medo do futuro. Por mais que a ciência se multiplica e o ser humano consegue evoluir em muitos aspectos ainda não se pode saber o que acontecerá amanhã. E o futuro é um sonho para o ser humano. Crise política, econômica e moral perturbam e tiram o sono de muitas pessoas. Quais as previsões para o futuro do planeta? Algumas especulações são debatidas pelas grandes nações, mas não se pode saber com precisão o que acontecerá no futuro. E isso causa medo. No entanto, o cristão não deve temer o futuro e sim confiar em Deus. Pois Ele conhece o fim desde o início. O Senhor Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e será eternamente. Ele nos garante um futuro glorioso. Por isso, o crente não deve temer o futuro. Jesus recomenda que não fiquemos ansiosos com o amanhã, mas que confiemos nEle. A Bíblia afirma que os projetos humanos são falíveis e, por esse motivo, devemos confiar mais em Deus e deixar que Ele nos ajude a caminhar. Devemos planejar o nosso futuro dentro da orientação de Deus e evitar a ansiedade. O medo deve curvar-se ante a fé genuína no Senhor. Eis o segredo para uma vida vitoriosa.

A Bíblia nos revela no Salmo 37.25 que o crente fiel jamais será desamparado pelo Senhor. Por isso devemos confiar na sua providência e caminhar nos seus propósitos, pois fazendo isso seremos vitoriosos em nossa jornada. Seguindo a orientação de Deus não temeremos o insucesso, nem a morte e muito menos o futuro porque sabemos que o melhor de Deus para as nossas vidas ainda está por vir. O Senhor cuida de nós como a menina de seus olhos. Ele está com suas mãos estendidas para nos proteger de todo mal. Louvado seja o nome do Senhor!

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Como vencer o medo


"Na caridade, não há temor; antes, a perfeita caridade lança fora o temor" (1 Jo 4.18a).

Medo: Sentimento de inquietação, pavor ou assombro ante a noção de um perigo real ou imaginário. 

"Medo" é o sentimento que melhor caracteriza o presente século. Os homens vivem inquietos, sem paz e desesperados por causa da insegurança do mundo (Sl 27.1-3;121;124). As fobias cada vez mais se multiplicam em razão do estresse e da angústia provocados pela desorganização da vida moderna (Mt 10.28;30,31; Lc 21.26; Jo 16.33). O que fazer? Como lidar com essa situação? Só Cristo pode livrar-nos do medo e de seus maléficos efeitos.

1. Faça a vontade de Deus. O crente que vive segundo a vontade de Deus, dorme em paz mesmo diante de grande tensão (Sl 3.1-5; Pv 3.24). Sua tranqüilidade se baseia na certeza de que o Senhor agirá em seu favor: "O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra" (Sl 34.7). Ler Sl 3.6; 23.4; Lc 21.18.

2. Busque a presença do Senhor. Em toda parte há crentes que moram em cidades violentas ou ameaçadas por catástrofes. "As famílias constroem suas casas e as sentinelas guardam as cidades, mas ambas as atividades são inúteis se o Senhor não estiver presente" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal). "Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela..." (Sl 127.1; 27.1-3).

3. Busque o refúgio do Senhor. A humanidade está mergulhada no medo porque o mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19). Todavia, não há razão para o crente temer. Deus preserva os que são seus (Gn 7; Sl 3). Os que se refugiam em Deus, descansam em segurança (Sl 91).

A vitória sobre o medo está no amor. Por amar a Deus, grandes cristãos do passado não temeram pela própria vida. A Bíblia diz que no amor não existe medo, ao contrário, o perfeito amor lança fora o medo (1 Jo 4.18). Amemos a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, e Ele nos guardará de todo mal e temor. Ler Lc 8.50; 12.7,32.

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2008/2008_03_03.htm

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de Deus



“E, quando este foi retirado, lhes levantou como rei a Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade” (At 13.22).

O que tornou Davi um homem segundo o coração de Deus? O que o distinguiu dos demais monarcas a ponto de sua vida servir de referencial para avaliar todos quantos vieram depois dele? Constantemente, encontramos expressões que classificam os reis como os que governaram bem porque andaram no “caminho de Davi” (2 Rs 22.2); e os que governaram mal, pois não fizeram o que era reto aos olhos do Senhor, “como Davi” (2 Cr 28.1). Acreditamos que há indicações nas Escrituras que nos permitem identificar alguns traços do caráter de Davi, que levaram-no a ser considerado pelo próprio Deus um homem segundo o coração dEle. Podemos aprender algumas lições na vida desse servo de Deus.

1. Davi serviu voluntariamente a sua geração. O texto de Atos 13.36 na versão atualizada traz a seguinte redação: “Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção”. Paulo faz uma importante afirmação sobre Davi quando diz que ele viveu para servir. Nessa declaração observamos o segundo monarca de Israel sendo um ajudador do povo, e não o contrário. O povo era o ator principal e Davi, o coadjuvante. Talvez isso nos surpreenda pelo fato de estarmos tão acostumados a contemplar, muitas vezes, os líderes sendo servidos e nunca servindo. Entretanto, a mensagem que resume bem o coração da Bíblia pode ser sintetizada na palavra “servir”. Servir foi a missão do filho de Deus (Mt 20.28) e também a de seu ancestral humano, Davi.

2. Davi serviu a Deus com propósito. Há outro fato sobre Davi registrado no texto de Atos 13.22 que merece a nossa reflexão: “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade”. Essa Escritura é digna de uma atenção especial porque é o próprio Deus que dá testemunho de Davi. É Ele quem declara que encontrou Davi e que este fará toda a sua vontade. Este rei serviu a sua geração, no entanto, o seu servir foi segundo a vontade de Deus. Davi viveu para o Eterno e, consequentemente, viveu também para os outros. A vontade de Deus aparece aqui como “o que se tem determinado e que será feito”. Este homem, com seu coração de servo, realizou aquilo que o Senhor esperava. Ele serviu à sua geração e, assim, pagou a dívida moral e política que tinha com esta. Todos nós, de alguma forma, somos devedores à geração que pertencemos. Por isso, é importante discernirmos o que o Senhor está pedindo de nós.

3. O menor na casa de Jessé se tornou o maior em Israel. Segundo os melhores intérpretes, Davi deveria ter entre 15 a 20 anos na época em que foi ungido por Samuel como o futuro sucessor de Saul. Nessa ocasião, ele por certo não sabia da grandeza de que agora desfrutava como rei. Sem dúvida isso mostra a grande fé que Davi demonstrou no Senhor e nas suas promessas. Do ponto de vista humano, o futuro era distante e incerto, já que Deus não lhe antecipara os detalhes da sua unção (1 Sm 16.11; 17.14,28).

4. O pequeno pastor que realizou proezas com o poder da fé. A fé de Davi o transformou em um grande homem. De fato, é a fé que está por trás de cada uma das suas ações. Uma das primeiras demonstrações públicas dessa confiança é quando ele enfrenta o gigante filisteu. A cena mais impressionante do combate é quando a Bíblia afirma que, “levantando-se o filisteu e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu” (1 Sm 17.48). Apesar de já termos visto em detalhes esse duelo, vale a pena relembrar que aos olhos naturais isso parecia uma corrida rumo ao suicídio, porém, na perspectiva de fé do jovem pastor, era a corrida da vitória.

5. Quando buscou reconciliação com o Senhor. Davi era um homem de diálogo e pronto tanto para perdoar como para se humilhar. Sem dúvida essa era uma de suas maiores virtudes (Sl 34.18). Davi era um homem de temperamento forte, mas também de coração quebrantado. Podemos demonstrar isso com apenas dois fatos. O caso ocorrido com Bate-Seba, esposa de Urias (2 Sm 11-12), e o incidente do censo (1 Cr 21). No primeiro e mais dramático caso, observamos Davi reconhecendo o seu erro e obtendo como resposta do profeta a garantia do perdão de Deus. No Salmo 51, toda a sua interioridade é derramada diante de Deus. Somente um homem realmente arrependido e com um coração quebrantado faz uma oração tão pura e sincera como a descrita naquele texto. O caso do censo é relatado na Bíblia como algo que “pareceu mal aos olhos de Deus” (1 Cr 21.7). Sendo cabeça do povo, o ato de Davi trouxe consequências terríveis para a nação, provocando a morte de milhares de pessoas por meio de uma praga enviada por Deus. Tão logo se deu conta do mal causado, Davi quebranta-se mais uma vez diante do Senhor: “E disse Davi a Deus: Não sou eu o que disse que se contasse o povo? E eu mesmo sou o que pequei e fiz muito mal; mas estas ovelhas que fizeram? Ah! SENHOR, meu Deus, seja a tua mão contra mim e contra a casa de meu pai e não para castigo de teu povo” (1 Cr 21.17).

6. Quando buscou reconciliação com o próximo. Pelo menos em duas situações específicas, Davi demonstra ser um homem disposto a construir relacionamentos. Primeiramente perdoando a Saul quando este o perseguia para matá-lo, e depois quando foi procurado no deserto por Abigail, esposa de Nabal, o carmelita (1 Sm 25). Quanto a Saul, como já vimos, seu ódio e fúria em relação a Davi não tinha apenas uma origem humana, mas também diabólica (1 Sm 18.10-12). No caso de Nabal, sua falta de cordialidade, diplomacia e bom senso, indignaram a Davi, que estava disposto a cometer uma chacina (1 Sm 25.13-17). Mesmo estando preparado para cumprir seu intento, Davi recebe Abigail, mulher de Nabal, que, por meio do diálogo, o convence de não executá-lo (1 Sm 25.18-35).

Davi foi o homem segundo o coração de Deus, no entanto, como aprendemos, isso não significa que fosse isento de falhas ou imune ao pecado. Ele teve seus acertos, mas também seus erros. Os aspectos do caráter de Davi revelados nas Escrituras tornaram-no muito mais que um rei. Eles o transformaram em um líder-servo, um homem segundo o coração de Deus, que até hoje ilustra as histórias bíblicas para as crianças, inspira vocações e serve de referencial para nós, adultos.

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2009/2009_04_13.htm