terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Deus não desampara seus filhos

    "Pois o Senhor, por causa do seu grande nome, não desamparará o seu povo; porque aprouve ao Senhor fazer-vos o seu povo." 1 Samuel 12:22 
 
    Não podemos negar que o medo pode se apoderar do nosso coração quando nos vemos diante de situações difíceis da nossa vida. As ilusões e fracassos do dia a dia nos levam a pensar que fomos abandonados por Deus e que Ele está distante dos nossos sofrimentos. No entanto, isso não é verdade. Deus nunca abandona os seus filhos. Ele sempre está de braços estendidos para ouvir as nossas orações e súplicas diante dEle. Deus faz isso não porque somos merecedores, na verdade não somos, mas, Ele faz isso pelo seu grande e poderoso Nome. O Senhor estende suas mãos para nos ajudar porque Ele prometeu estar ao lado dos necessitados e daqueles que buscassem o seu nome. A salvação é um dom precioso dado por Deus a humanidade e devemos nos apegar a ela. 
 
    A vida não é perfeita. Temos dias tribulosos e angustiantes que pensamos até em desistir de tudo. Nada acontece como prevíamos e até mesmo as pessoas a quem nos apegamos nos viram as costas e nos deixa só. Nessas horas não conseguimos conter as lágrimas e nada parece mudar esse quadro triste de nossas vidas. No entanto, para aqueles que creem em Deus há uma esperança. Jesus Cristo. Ele é o salvador enviado pelo Pai para nos resgatar da nossa vã maneira de viver e nos garantir um lugar ao lado de Deus. Após fazer o sacrifício de resgate da humanidade, Jesus prometeu enviar-nos o Consolador. O Espírito Santo de Deus é aquele que está dentro dos nossos corações nas horas de angústias e nos conclama a buscar a presença de Deus. 
 
    Por causa do Nome do Senhor, Ele não nos abandonará jamais. Creia que essa luta que você está passando é para glória de Deus. Saiba que Ele está ao seu lado por amor do seu nome e vai ajudar você a atravessar esse deserto. As lágrimas de hoje vão tornar-se sorrisos amanhã. Ouça a mensagem de Deus para o seu coração. "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza". Salmos 46:1-3. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

O cantar do galo

    Este ensaio tem por objetivo problematizar uma questão fundamental em nossa existência. As frustrações do dia-a-dia. Não pretende ser um manual que explica como e porque isso acontece e, muito menos uma receita de como se livrar delas. Muito pelo contrário. É uma reflexão sobre algo que acontece com todos independente de credo, raça e status social. 

    Muitas vezes sofremos a dor de uma derrota, choramos pelos sonhos destruídos por um momento de fraqueza e ficamos decepcionados com nossas atitudes. Isso é normal quando se sabe o porquê sofremos tal desilusão. Contudo, é válido lembrar que somos vasos de barro sujeitos a queda e não podemos nos desesperar quando isso acontece em nossas vidas. Afinal, quem nunca errou? Admira-me observar como Jesus agia diante de pessoas frustradas consigo mesma. Ele agia com amor eterno mostrando que a sua missão era restaurar o ferido. Diferentemente do que costumamos fazer com nossos semelhantes e, muitas vezes, conosco mesmos. 

    Uma mulher apanhada em ato de adultério em uma civilização judaica com certeza era condenada a morte por apedrejamento, mas Jesus, além de não a acusar, ainda não permitiu que ninguém a acusasse mostrando-lhes que cada acusador daquela mulher também tinha pecado. 

    Pedro era um discípulo de Jesus que mais se gabava de ir com ele até a morte se esquecendo que era um vaso de barro sujeito a queda. Quando viu que havia negado o mestre, chorou amargamente. Será que podemos imaginar o que se passou na mente de Pedro? Muita tristeza, angústia e dor. Ao ressuscitar, Jesus manda um recado todo especial a Pedro mostrando que o havia perdoado. 

    Em nossa sociedade não se vê muito essa compaixão. Que se dane o próximo. Lançamos mãos dos açoites psicológicos e físicos na esperança de apagar nossas frustrações. No entanto, isso não é o certo a fazer e nem resolve absolutamente nada. Quando ouvimos o cantar do galo notamos que falhamos outra vez. Mas, é preciso levar em consideração que temos um amigo ao nosso lado disposto a nos auxiliar em nossas fraquezas e capaz de se lembrar do nosso nome na primeira oportunidade. 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Meditações do Poeta Cacerense XLIV

    1. A leitura nos abre caminhos para um mundo fantástico, um universo maravilhoso de conhecimento e descoberta. 

    2. É preciso pontuar que os salvos não se abalam porque a sua confiança está em Deus que tudo pode e que zela pelos seus. Necessário, também, que sejamos firmes, constantes e abundantes na obra do Senhor. Isso trará alegria para a alma que anela pela presença do Todo Poderoso. 

    3. Tudo neste mundo é ilusão. Tudo é passageiro e tudo terá um fim. No entanto, todo aquele que confia no Senhor terá vitória sobre suas aflições e medos. Deus não dorme e nunca deixará um filho seu a mercê dos perigos. Ele pode não te livrar da cova, mas, com certeza, te livrará dos leões. 

    4. O verdadeiro cidadão dos céus é uma pessoa íntegra em sua vida espiritual, social, moral e pessoal. Precisamos tomar uma atitude sincera diante de Deus para que possamos caminhar nos seus preceitos. Só assim poderemos ser considerados cidadãos dos céus. É necessário que guardemos os mandamentos do Senhor. Que obedecemos as suas palavras e sejamos guiados pela sua orientação. 

    5. Estar vivo e poder desfrutar do amor de Deus em nossos corações é o melhor presente que poderíamos receber nesta vida! 

    6. Deus é o nosso refúgio e fortaleza. Gosto muito dessa afirmação e medito nela todos os dias. Sua sequência diz que Deus é nosso socorro bem presente na angústia. Por isso medito muito e gosto de pensar no grande amor de Deus e seu olhar misericordioso sobre mim. Vivemos uma época de muitas inseguranças e desafios e nada melhor do que depositar toda nossa confiança naquele que pode todas as coisas. 

    7. Se nos limitarmos às petições, nossa oração jamais nos enlevará ao coração do Pai. Mas se, em tudo lhe dermos graças, até mesmo pelas tribulações que nos abatem a alma, haveremos de ser, a cada novo amanhecer, surpreendidos pelos cuidados de Deus. 

    8. Quando paro e penso, como Deus me amou, eu fico emocionado e feliz em saber que este amor é eterno. 

    9. Todos pecaram e destituídos foram da Glória de Deus, é o que nos diz a Bíblia. Portanto, só há um caminho que pode levar o ser humano a Deus: Jesus Cristo! Ele é o caminho e a verdade e a vida. Ninguém vai ao céu a não ser por Jesus Cristo. Então, pessoas boas não vão para o Céu senão aceitarem a Jesus como salvador. Ele está de braços abertos para te receber, perdoar os seus pecados e garantir a sua salvação. Entrai pela porta estreita. 

    10. Sem oração, jamais haveremos de mover a mão de Deus para que haja sobrenaturalmente, no mundo, por intermédio de seu povo. Que possamos dedicar mais tempo à oração. É chegado o momento de buscarmos, ainda mais, a presença do Senhor. 

    11. Já observaste o amanhecer tão lindo, quando o sol sai na sua força dissipando a escuridão e dando-nos mais um dia para vivermos? Motivo de adoração ao Criador! 

    12. Os dias são tenebrosos, os momentos difíceis, pessoas estão prostradas, outras caídas pelas sarjetas e, ainda outras estão abandonando a jornada. Porém, me alegro em ver que existem ainda alguns que estão avançando, pela misericórdia de Deus, e estão progredindo. A seara é enorme, os campos estão brancos para a ceifa, e Deus conclama os ceifeiros do tempo final. A responsabilidade é muito grande. Por isso, urge-nos estarmos debaixo das potentes mãos do Senhor para essa tarefa. Levante-se e siga-me. 

    13. Assim como o oleiro molda o barro e faz dele um vaso de valor, assim quero ser usado nas mãos do Mestre. Um vaso cheio do Espírito Santo. Cheio da unção divina. Que minha vida seja moldada pela graça de Deus. Que seja um canal de bênção na vida das pessoas que estão a minha volta e mesmo as que estão distantes, mas que são alcançadas por estas palavras. Sei que Deus espera de nós uma disposição em servi-lo para que Ele possa nos usar da forma que Ele quer. E, eu sei que a vontade de Deus é sempre boa. 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

O que é a carne?

    John Knox (c. 1510-1572) era um clérigo escocês, um líder da Reforma Protestante e um homem considerado o fundador da denominação Presbiteriana na Escócia. Knox tem sido admirado por teólogos contemporâneos como alguém que personificava um zelo por Deus e um compromisso com a verdade das Escrituras e vida santa. No entanto, ao aproximar-se da morte, o santo de Deus admitiu a sua própria batalha pessoal com a natureza pecaminosa que herdou de Adão (Romanos 5:12). Knox disse: "Eu sei o quão difícil é a batalha entre a carne e o espírito sob a pesada cruz de aflição, quando não aparece nenhuma defesa desse mundo, mas a morte presente. Conheço as queixas relutantes e murmuração da carne... " 
 
    A declaração de Knox é extremamente parecida com a do apóstolo Paulo, o qual reconheceu abertamente uma luta pessoal com a natureza do pecado: "Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7:14-24). 
 
    Paulo afirma em sua carta aos Romanos que havia algo "nos membros" do seu corpo que ele chama de "minha carne", a qual produziu dificuldade em sua vida cristã e fez dele um prisioneiro do pecado. Martinho Lutero, em seu prefácio ao livro de Romanos, comentou sobre o uso de Paulo de "carne": "Tu não deves entender 'carne', portanto, como se 'carne' fosse apenas aquilo que está ligado com a falta de castidade, mas São Paulo usa 'carne' para se referir a todo o homem, corpo, alma, razão e todas as suas faculdades, porque tudo o que está nele anseia e luta segundo a carne." Os comentários de Lutero salientam que "carne" equivale a afetos e desejos que são contrários a Deus, não só na área da atividade sexual, mas em todas as áreas da vida. 
 
    Obter uma sólida compreensão do termo "carne" requer o exame de seu uso e definição na Escritura, como se manifesta na vida dos crentes e descrentes, as consequências que produz e como pode vir a ser superada. 
 

A Definição de "Carne" 
 
    A palavra grega para "carne" no Novo Testamento é sarx, um termo que pode muitas vezes nas Escrituras referir-se ao corpo físico. No entanto, A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature (léxico grego-inglês) descreve a palavra desta forma: "o corpo físico que funciona como uma entidade; no pensamento de Paulo especialmente, todas as partes do corpo constituem uma totalidade conhecida como carne, a qual é dominada pelo pecado a tal ponto que onde quer que a carne esteja, todas as formas de pecado estão igualmente presentes e nenhuma coisa boa pode viver." 
 
    A Bíblia deixa claro que a humanidade não começou assim. O livro de Gênesis diz que a humanidade foi criada originalmente boa e perfeita: "E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.... Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" (Gênesis 1:26-27). Porque Deus é perfeito, e porque um efeito sempre representa a sua causa em essência [isto é, um Deus totalmente bom só pode criar coisas boas, ou como Jesus disse: "Uma árvore boa não pode dar maus frutos" (Mateus 7:18)], Adão e Eva foram criados bons e sem pecado. Entretanto, quando Adão e Eva pecaram, sua natureza foi corrompida e repassada aos seus descendentes: "Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete" (Gênesis 5:3, ênfase adicionada). 
 
    O fato da natureza pecaminosa é ensinado em muitos lugares na Escritura, como a declaração de Davi: "Eis que eu nasci em iniquidade, e em pecado me concedeu minha mãe" (Salmo 51:5). Davi não quer dizer que foi o produto de um caso de adultério, mas que seus pais passaram uma natureza pecaminosa para ele. Na teologia, isso é às vezes chamado da visão "traduciana" (do termo latino que significa "de um ramo") da natureza humana. A visão traduciana é que a alma de uma pessoa é criada através de seus pais, com a criança herdando a sua natureza pecaminosa no processo. 
 
    A visão bíblica da natureza humana difere da filosofia grega em que a Escritura diz que a natureza física e espiritual da humanidade era originalmente boa. Por outro lado, filósofos como Platão viram um dualismo ou dicotomia na humanidade. Tal pensamento eventualmente produziu uma teoria de que o corpo (o físico) era ruim, mas o espírito de uma pessoa era bom. Este ensinamento influenciou grupos como os gnósticos, os quais acreditavam que o mundo físico foi erroneamente criado por um semi-deus chamado de "Demiurgo". Os gnósticos se opuseram à doutrina da encarnação de Cristo porque acreditavam que Deus nunca tomaria uma forma física, já que o corpo era mal. O apóstolo João encontrou uma forma de este ensino em seus dias e advertiu contra ele: "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo" (1 João 4:1-3). 
 
    Além disso, os gnósticos ensinavam que não importava o que uma pessoa fazia em seu corpo, uma vez que o espírito era tudo que importava. Este dualismo platônico teve o mesmo efeito no século primeiro como tem hoje - leva ao ascetismo ou à licenciosidade, ambos os quais a Bíblia condena (Colossenses 2:23; Judas 4). 
 
    Assim, ao contrário do pensamento grego, a Bíblia diz que a natureza da humanidade, tanto no plano físico quanto no espiritual, era boa, mas ambos foram prejudicados pelo pecado. O resultado final do pecado é uma natureza muitas vezes mencionada como a "carne" na Escritura - algo que se opõe a Deus e busca a satisfação pecaminosa. O pastor Mark Bubek define a carne desta forma: "A carne é uma lei embutida para o fracasso, o que torna impossível que o homem natural agrade ou sirva a Deus. É uma força interior compulsiva herdada da queda do homem, a qual se expressa em rebelião geral e específica contra Deus e Sua justiça. A carne nunca pode ser reformada ou melhorada. A única esperança para escapar da lei da carne é a sua execução total e substituição por uma nova vida no Senhor Jesus Cristo." 
 

A Manifestação e Luta contra a Carne 
 
    Como é que a carne se manifesta em seres humanos? A Bíblia responde a essa questão desta forma: "Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus" (Gálatas 5:19-21). 
 
    Os exemplos da influência da carne no mundo são evidentes. Considere alguns fatos tristes tomados de uma pesquisa recente sobre o efeito da pornografia nos Estados Unidos. Segundo o estudo, a cada segundo nos EUA: 
 
    • US $ 3,075.64 estão sendo gastos em pornografia 
    • 28.258 usuários de internet estão vendo pornografia 
    • 372 usuários de Internet estão digitando termos adultos em sites de busca 
 
    E a cada 39 minutos, um novo vídeo pornográfico está sendo criado nos Estados Unidos. Tais estatísticas confirmam a declaração feita pelo profeta Jeremias, o qual lamentou que "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?" (Jeremias 17:9). 
 

As Consequências da Carne 
 
    A Bíblia diz que viver na carne produz uma série de consequências infelizes. Primeiro, a Escritura afirma que aqueles que vivem segundo a carne e que nunca desejam mudar ou se arrepender de seu comportamento pecaminoso vão experimentar a separação de Deus, tanto nesta vida quanto na próxima: 
    "E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? pois o fim delas é a morte" (Romanos 6:21). 
    "porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis" (Romanos 8:13). 
    "Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna" (Gálatas 6:7-8). 
 
    Além disso, uma pessoa também se torna um/a escravo/a de sua natureza carnal: "Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?" (Romanos 6:16). A escravidão sempre leva a um estilo de vida destrutivo e de vida deteriorada. Como o profeta Oseias disse: "Porquanto semeiam o vento, hão de ceifar o turbilhão; não haverá seara, a erva não dará farinha; se a der, tragá-la-ão os estrangeiros" (Oseias 8:7). 
 
    No fim das contas, obedecer à carne sempre resulta em quebrar a lei moral de Deus. No entanto, em um sentido muito real, uma pessoa nunca pode quebrar a lei moral de Deus, embora certamente possa desobedecê-la. Por exemplo, uma pessoa pode subir em um telhado, amarrar uma capa ao redor de seu pescoço e pular do telhado na esperança de quebrar a lei da gravidade. No entanto, ele vai aprender rapidamente que não pode voar; ele não pode quebrar a lei da gravidade e a única coisa que acaba quebrando é ele mesmo, enquanto provando a lei da gravidade no processo. O mesmo é verdadeiro para as ações morais: uma pessoa pode desobedecer à lei moral de Deus através da vida carnal, mas só vai provar a lei moral de Deus ao quebrar-se de alguma forma através do seu próprio comportamento. 
 

Superando a Carne 
 
    A Bíblia fornece um processo de três passos para a superação da carne e restauração de um relacionamento correto com Deus. O primeiro passo é uma caminhada de honestidade quando uma pessoa reconhece o seu comportamento pecaminoso diante de Deus. Isso envolve concordar com o que a Bíblia diz sobre todos os nascidos de pais humanos: as pessoas são pecadoras e entram no mundo em um relacionamento quebrado com o Deus que os criou: 
 
    "Se tu, Senhor, observares as iniquidades, Senhor, quem subsistirá?" (Salmo 130:3) 
    "Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós" (1 João 1:8, 10). 
 
    O próximo passo é uma caminhada no Espírito, o que envolve clamar a Deus para a salvação e receber o Seu Espírito Santo que capacita a pessoa a viver corretamente diante de Deus e não obedecer aos desejos da carne. Essa transformação e nova caminhada de vida são descritos em vários lugares na Escritura: 
 
    “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim" (Gálatas 2:20). 
    "Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus." (Romanos 6:11) 
    "Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne." (Gálatas 5:16) 
    "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo.” (Gálatas 3:27) 
    "Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo; e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências." (Romanos 13:14) 
    "E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito." (Efésios 5:18) 
    "Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti." (Salmo 119:11) 
 
    O último passo é uma caminhada da morte, onde a carne é tão carente de seus desejos que eventualmente morre. Mesmo que uma pessoa nasça de novo através do Espírito de Deus, ela deve entender que ainda possui a natureza velha com os seus desejos que lutam com a nova natureza e os desejos que vêm do Espírito. Do ponto de vista prático, o cristão propositadamente evita alimentar a natureza velha e carnal e, ao invés, pratica novos comportamentos que são conduzidos pelo Espírito: 
 
    "Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão." (1 Timóteo 6:11) 
    “Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor." (2 Timóteo 2:22) 
    "Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado." (1 Coríntios 9:27) 
    "Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria." (Colossenses 3:5) 
    "E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências." (Gálatas 5:24) 
    "sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado." (Romanos 6:6) 
    "Mas vós não aprendestes assim a Cristo. se é que o ouvistes, e nele fostes instruídos, conforme é a verdade em Jesus, a despojar-vos, quanto ao procedimento anterior, do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; a vos renovar no espírito da vossa mente; e a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade." (Efésios 4:20-24) 
 
    Conclusão 
 
    Susana Wesley, mãe de John e Charles Wesley, dois grandes pregadores e escritores de hino, descreveu o pecado e a carne desta forma: "Tudo que enfraquece o seu raciocínio, prejudica a ternura de sua consciência, obscurece o seu sentido de Deus ou tira o seu prazer por coisas espirituais, em suma - se qualquer coisa aumenta a autoridade e o poder da carne sobre o Espírito, isso para você se torna pecado independentemente de quão bom seja em si." Um dos objetivos da vida cristã é a vitória do Espírito sobre a carne e uma mudança de vida que se manifesta na vida justa diante de Deus. Embora a luta seja muito real (o que a Bíblia deixa claro), os cristãos têm a garantia de Deus de que Ele vai eventualmente dar vitória sobre a carne. "Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo" (Filipenses 1:6). 
 

3 Conselhos primordiais para uma vida cristã equilibrada

    1. A fé é o olho pelo qual percebemos as coisas celestiais; é a mão pela qual as recebemos para nós mesmos. Não adianta nada irmos à Igreja, cantar no conjunto, pregar na tribuna se não tivermos fé genuína e não fingida no nosso Deus. Não podemos vacilar quanto a isso. Fomos chamados por Deus para fazermos uma grande obra neste mundo. Não estamos aqui por acaso ou pelo destino. Estamos aqui com um propósito definido por Deus antes da existência do mundo. Então, que a nossa fé seja fortalecida constantemente. A fé é acreditar que servimos um Deus onisciente, onipotente e onipresente que pode todas as coisas e está de braços abertos para nós. A fé é acreditar que o Senhor Jesus Cristo, que nos salvou, está conosco todos os dias até a consumação dos séculos. 

    2. Deus nos honra se preferirmos os seus interesses antes dos nossos. É muito fácil sermos tentados a desejar realizar os nossos interesses. Querermos as coisas do nosso jeito. Isso é tipicamente humano. No entanto, quando seguimos a risca o desejo do Senhor, tudo muda em nossas vidas. Os caminhos de Deus são maiores e melhores do que os nossos. Infelizmente, nem sempre estamos dispostos a andar por esses caminhos. E, por esta razão, sofremos mais do que deveríamos. O segredo para uma vida de paz e proteção é sempre seguirmos os conselhos sábios do Senhor. Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas virão depois. Que o Senhor possa nos ajudar a sempre desejarmos primeiro realizar os interesses do nosso Deus. 

    3. O controle próprio é indispensável a um caráter cristão bem desenvolvido. Não é fácil mantermos o controle em uma sociedade que preza pelo urgente e que não respeita o próximo. Somos, inúmeras vezes ao dia, injuriados, menosprezados, afrontados. No entanto, precisamos, com a graça de Deus, mantermos o controle próprio. Se assim não o fizermos, corremos o sério risco de falarmos ou fazermos algo que vamos nos arrepender depois. Mas, para que tenhamos uma vida de equilíbrio e mantermos o controle próprio necessitamos da graça de Deus em nossas vidas. Não podemos sozinhos. É uma questão de força de vontade, hábitos cotidianos e muita oração para que possamos ser vitoriosos nesse propósito. E, só o Senhor Jesus Cristo, exemplo máximo de autocontrole, pode nos ajudar nessa questão. 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Net crentes kkkk

    Permita-me externar uma opinião sobre o nosso tempo presente e as atitudes de alguns de nossos irmãos. As redes sociais é uma armadilha da qual boa parte de nós somos iludidos quase que o tempo todo. Em tempos de liberdade de expressão a maioria das pessoas querem dar suas opiniões sobre todos os assuntos como se soubessem de todas as coisas. E, sabemos que não sabemos quase nada. Portanto, eis ai a cilada que muitos estão caindo. Pense comigo. Quem dá maior ibope para as atrocidades cometidas pelas pessoas e, hoje, expostas nas redes sociais? Veja o exemplo das extravagâncias cometidas no Carnaval. Cresce as visualizações, os compartilhamentos e likes a partir do engajamento das pessoas. 

    Neste sentido, quando você vê alguma coisa que não compactua com o que você pensa e você, ao invés de ignorar e seguir em frente, você vai lá e comenta, você acaba contribuindo para que isso se espalhe. Comentários nesse tipo de postagens não ajuda em nada. Não é sua opinião idiota que vai mudar o mundo ou o que as pessoas pensam. E o que temos de crentes dando opiniões esdrúxulas na internet não está no gibi. Quer um conselho? Se todas as vezes que você vê algo que acredita não estar certo aos olhos de Deus, ao invés de criticar e dar opiniões sem sentido, por que não vai orar para que Deus possa mudar as coisas. 

    Não podemos esquecer duas coisas básicas: Primeira que Deus não leva em conta o tempo da ignorância do ser humano. Portanto, a pessoa que está fazendo coisas que você acredita ser ruim, pode se arrepender amanhã e ser salva. E você, vai se arrepender? Segunda, a salvação se estende a todas as pessoas deste mundo. Quem salva é Jesus Cristo. Quem perdoa é Jesus Cristo. E, o único que pode condenar, também é Jesus Cristo. Então, por que não deixamos que Jesus faça da forma que Ele achar melhor. Precisamos urgentemente deixarmos de sermos "net crentes kkk". O Senhor Jesus Cristo nos chamou para sermos sal e luz do mundo. Vamos agir de tal forma que sejamos isso. 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

3 Coisas que atrapalham a comunhão com Deus

    "Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" Amós 3:3 

    Tem muita gente enganada entre nós. Afirmam que estão com Deus. Que estão nos caminhos de Deus. Que são filhos de Deus. Vão aos cultos. Oram. Leem a Bíblia. Cantam no conjunto. E, mesmo assim, estão redondamente enganados. E sabe por que? Simplesmente porque existem pequenas coisas que atrapalham a nossa comunhão com Deus. São muitas, mas quero pontuar três delas aqui neste espaço. Prepare-se para ouvir uma verdade que não dizem a você. Apenas ouça a voz de Deus. A pergunta inicial é bastante pertinente e devemos ponderar. Podemos até achar que estamos com Deus, mas, será que Ele está conosco? Pense e reflita sobre isso. 

    1. Insatisfação. 

    A primeira coisa que nos impede de ter comunhão com Deus é a insatisfação. E como tem gente insatisfeita por ai. Reclamam de tudo. Da demora do culto. Reclamam da liturgia do culto. Estão insatisfeitos com o dirigente, com a regente, com o Pastor. Murmuram dos irmãos. Falam das roupas das irmãs. Só sabem reclamar. Só sabem murmurar. Encontram defeitos em tudo. Nada está bom. É tão chato que nem a gente mesmo consegue ficar muito tempo perto de pessoas assim, imagina Deus. Esse tipo de pessoas estão por ai. E, por causa desse tipo de gente, milhares ficaram sepultados no Deserto. Pergunto: Deus anda com gente assim? O Apóstolo Paulo nos dá a resposta. "Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes." 1 Timóteo 6:8. Se você realmente deseja ter comunhão com Deus e quer que Ele esteja com você, deixe de ser essa pessoa insatisfeita que tens sido até hoje. Tome uma atitude de adoração e sirva a Deus com contentamento. 

    2. Bloquear a mensagem transformadora. 

    Tem muita gente tentando bloquear a mensagem da salvação. Não querem que outros ouçam a mensagem de transformação. Impedem os que querem ouvir e atrapalham quem quer transmitir a verdade. Não se esforçam para ajudar, mas são bons em atrapalhar. Esses alcoviteiros são responsáveis por mentiras e falsas mensagens que distorcem a verdade de Deus. Bloqueiam o caminho daqueles que anseiam pela verdade. São roubadores de almas e estão impedindo muitos de encontrarem o Senhor Jesus Cristo. "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." Romanos 10:17. Como Deus pode andar com pessoas assim? Faça uma análise da sua vida e veja se não está tentando bloquear a mensagem transformadora. Se estiver nesse grupo de pessoas, arrependa-se e volte para os caminhos do senhor. Se não pode ajudar, não atrapalhe. 

    3. Querer as coisas do seu jeito. 

    Esse grupo é terrível. E tem muitos entre nós. Dizem que estão dispostos a fazerem a vontade de Deus, mas, se as coisas não saem do jeito que querem, fecham a carranca, fazem um estardalhaço, reclamam e maldizem de Deus. São os membros de grupos que "determinam", que pregam o "receba, receba" e se autodenominam enviados "especiais" de Deus. Querem que Deus faça as suas vontades e não o contrário. O maior exemplo desse grupo que, infelizmente tem muitos entre nós, é Judas Iscariotes. Ele queria que Jesus fizesse as vontades dele. O final, todos nós sabemos como foi. Se você faz parte desse grupo e acha que Deus está com você, tu estás redondamente enganado. A solução é o arrependimento. A volta sincera para Deus. É deixar que Deus faça a Sua vontade e não a nossa. 

    Faça uma análise sobre a sua vida. Se realmente você deseja ter comunhão com Deus, veja se não está enquadrado nestas coisas que impedem a comunhão com Ele. Peça perdão dos pecados, volte-se para o caminho certo da humildade e orientação do Senhor. Só dessa forma podemos ter convicção de que estamos em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

Uma biografia de John Huss

    “Se ele fosse profético, deve ter se referido a Martinho Lutero, que surgiu cerca de cem anos depois”. Assim escreveu John Foxe em seu Livro dos Mártires do século XVI, referindo-se a uma declaração atribuída ao reformador boêmio João Huss por ocasião de sua morte. Condenado por heresia em 1415 pelo Concílio de Constança, Huss — de acordo com uma história que se originou alguns anos após o fato — voltou-se para seus executores pouco antes da sua sentença ser realizada e afirmou: “Hoje vocês queimam um ganso, mas daqui a cem anos um cisne surgirá que vocês serão incapazes de cozer ou assar”. 

    Por que Huss se identificou como “um ganso”? E por que os comentaristas posteriores — nada menos que o próprio Lutero — acreditavam que a lendária profecia de Huss se referia ao monge alemão cujo protesto contra as indulgências iniciou a Reforma um século depois? 

    A primeira pergunta é mais fácil de responder do que a segunda. Huss, nascido por volta de 1372, era proveniente da cidade do sul da Boêmia, Husinec (literalmente, “Goosetown” [Cidade do ganso]), onde agora é a República Checa. Seu sobrenome, derivado do seu lugar de nascimento, significa “ganso” em tcheco. Compreender por que Lutero e os Protestantes mais tarde criam que Huss tinha antecipado, se não previsto, a Reforma é mais difícil e requer alguma consideração sobre a vida, doutrina e morte de Huss. 

    A vida de Huss 

    Em 1390, Huss, cujos primeiros anos permanecem desconhecidos, matriculou-se na Universidade de Praga com a intenção de treinar para o sacerdócio. Posteriormente, ele confessou que o ministério ordenado o atraiu por sua promessa de proporcionar uma vida confortável e estima mundana. Apesar de dedicar, por sua própria confissão, muito tempo para jogar xadrez, Huss se destacou em seus estudos e após receber o seu mestrado em 1396, vinculou-se à faculdade de filosofia da universidade. 

    Pouco depois de começar a ensinar, Huss experimentou, nas palavras de um biógrafo, uma “mudança radical e fundamental”, resultando em um compromisso mais profundo com Cristo. Essa “mudança” pode ter se originado da exposição ao pensamento de John Wycliffe, cujas ideias estavam começando a criar uma comoção em Praga. O programa de reforma de Wycliffe — que incluía críticas estridentes à imoralidade clerical, rejeição da doutrina medieval da transubstanciação e insistência sobre o acesso leigo à Escritura na língua vernácula — chegou à Boêmia graças, em grande parte, aos estudantes tchecos que estudaram na própria Universidade de Oxford de Wycliffe e voltaram para casa com as mentes repletas das ideias de Wycliffe e as mochilas cheias de livros de Wycliffe. 

    Em 1403, o conflito sobre as ideias de Wycliffe chegou ao ponto alto na Universidade de Praga. Embora Huss se opusesse à rejeição da transubstanciação de Wycliffe, concordou com muito do que o reformador inglês havia dito, e passou a defender o partido reformista pró-Wycliffe. Apenas um ano antes, Huss fora nomeado pregador da Capela de Belém, no centro de Praga. Seus sermões no púlpito de Belém refletiam cada vez mais a preocupação de Wycliffe com a corrupção no interior da igreja. 

    A pregação do “pequeno ganso de Deus”, como Huss veio a ser chamado, era imensamente popular, atraindo multidões de vários milhares. Huss estava desejoso de tornar as Escrituras e sua mensagem reformadora acessíveis ao povo. Ele não só pregou em tcheco, mas traduziu partes da liturgia, assim como vários hinos latinos para a língua vernácula. Ele mesmo aproveitou o espaço vazio na capela para promover a sua mensagem, colocando murais que contrastavam a humildade e simplicidade de Cristo com a vaidade e a ganância dos sacerdotes contemporâneos. 

    Em 1409, o papado, perturbado pela crescente fama de Huss, ordenou ao arcebispo de Praga que proibisse qualquer outra pregação na Capela de Belém. Huss se recusou a abandonar seu púlpito. No ano seguinte, o arcebispo excomungou Huss com base em heresia e logo depois fugiu da cidade por medo de represálias populares. Huss continuou pregando. Em 1411, o papado, que tinha então emitido uma segunda excomunhão de Huss (sem efeito), colocou toda a cidade de Praga sob interdito, proibindo, assim, o clero de Praga de oferecer sermões, casamentos, a eucaristia, ou outros serviços religiosos ao povo. 

    Inicialmente, o interdito do papa teve pouca força graças ao rei Wenceslaus IV, da Boêmia. Wenceslau (cujo nome desde o século décimo se tornaria depois o tema de um hino de Natal) apoiou Huss e ordenou ao clero de Praga que ignorasse o interdito. Em 1412, no entanto, as circunstâncias colocaram Huss e Wenceslau um contra o outro. O papado começou a vender indulgências na Boêmia para arrecadar dinheiro para uma campanha militar. Wenceslau não fez nenhuma objeção a isso, em grande medida porque recebeu uma parte dos ganhos. Mas Huss, que via a venda das indulgências como sinal da corrupção da igreja, protestou tanto do púlpito quanto da tribuna. O rei, ansioso para manter a sua renda recém-descoberta, proibiu a crítica das indulgências. Ele reforçou essa proibição ao decapitar vários homens que falaram contra as indulgências. A fim de enfraquecer ainda mais Huss, o rei agora mandou ao clero de Praga que cumprissem o interdito do papa. 

    Huss, relutante em ver as pessoas privadas da Palavra e do sacramento, saiu de Praga em 1412. Passou os dois anos seguintes em exílio auto-imposto no sul da Boêmia, escrevendo obras que aprofundaram seus ideais reformadores. Em 1414, foi citado para comparecer perante o Concílio de Constança, para responder às acusações de heresia, e lhe foi prometido um retorno seguro do concílio pelo imperador Sigismundo, irmão do rei Wenceslaus. Huss concordou em participar do concílio, consciente de que ele não retornaria, mas esperançoso de que poderia ter oportunidade de promover sua visão para a reforma da igreja. Ao chegar em Constança, em novembro de 1414, ele foi aprisionado e permaneceu preso até o seu julgamento e execução no verão seguinte. 

    A teologia de Huss 

    Huss não era mero imitador de Wycliffe, como alguns estudiosos têm sugerido. Nem, como outros têm indicado, ele antecipou o protestantismo em todos os aspectos. Contra ambos, Wycliffe e os reformadores, ele defendeu a doutrina da transubstanciação, embora negasse que os sacerdotes por si mesmos têm o poder de realizar a transformação do pão no corpo de Cristo. Contra a doutrina protestante de sola fide, ele cria que a caridade desempenha um papel instrumental na justificação dos pecadores. 

    Contudo, Huss antecipou uma série de convicções-chave do protestantismo. Ele criticou a veneração idólatra dos seus contemporâneos de Maria e dos santos. Ele também criticou a prática medieval de reter o cálice do povo comum (por temor, ostensivamente, para que não lidassem de modo indevido com o sangue de Cristo) e oferecer-lhes apenas o pão na eucaristia. A insistência de Huss de que os leigos recebessem pão e vinho veio a marcar os seus seguidores de modo que, quando forçados a se defenderem militarmente após a morte de Huss, incorporaram um cálice no brasão. 

    Ele também antecipou os reformadores — e revelou a extensão de sua dívida com Wycliffe — em sua doutrina da igreja. Huss identificou a verdadeira igreja com aquele corpo invisível de crentes no passado, presente e futuro que foram eternamente eleitos por Deus para a salvação e incorporados em Cristo como a sua cabeça. Nem todos os membros da igreja visível, argumentou ele, pertencem à igreja invisível, e quando o clero em particular prova ser reprovado por suas ações, sua autoridade é suspeita. Essa doutrina baseou as severas críticas de Huss a sacerdotes e papas como “anticristo” e sua disposição em desconsiderar as bulas papais quando claramente contradiziam as Escrituras. 

    Intimamente relacionada com sua doutrina da igreja, estava a doutrina de Huss sobre as Escrituras. Huss rejeitou qualquer alegação de que a igreja visível, que em qualquer momento poderia ser mais povoada pelos réprobos do que pelos eleitos, exercia a infalibilidade em suas decisões ou interpretações da Escritura. Ele mantinha as vozes tradicionais na igreja, especialmente os pais da igreja, em alta consideração; na verdade, ele privilegiava a interpretação das Escrituras por parte dos pais da igreja sobre a interpretação de qualquer indivíduo, incluindo a sua própria. Mas Huss admitiu que até os pais poderiam errar. Assim, ele reconheceu a Sagrada Escritura como a única regra infalível da fé e prática cristã, uma visão que os reformadores expressariam com o slogan sola Scriptura. 

    A morte de Huss 

    Huss teve oportunidade limitada de defender sua doutrina no Concílio de Constança, e ele acabou sendo condenado por uma mistura de afirmações legítimas e espúrias sobre suas crenças. Ele foi chamado a negar os ensinamentos falsamente atribuídos a ele. Huss recusou-se a fazê-lo, embora selasse seu destino, porque não queria perjurar-se admitindo crenças que não possuía. 

    Em 6 de julho de 1415, Huss foi despojado das suas vestes clericais, enfeitado com um chapéu de burro com desenhos de demônios, amarrado a uma estaca, e queimado até a morte. De acordo com um relato de testemunhas oculares, ele confiou a sua alma a Deus e cantou um hino a Cristo enquanto as chamas o envolviam. Uma vez morto, as autoridades trituraram seus restos mortais e os jogaram no rio Reno para impedir que fossem venerados por seus seguidores. Ironicamente, Huss provavelmente teria apreciado esse gesto final. 

    Huss nunca pronunciou realmente a famosa profecia atribuída a ele na ocasião de sua morte. Ele expressou, numa carta que escreveu durante a sua prisão, a esperança de que “pássaros” mais fortes do que ele surgiriam para continuar seu trabalho. De fato, foi Lutero, em escritos da década de 1530, que transformou as palavras de Huss em um oráculo que encontrou sua realização nele. Seja como for, acredita-se que Huss se alegraria ao ver o dia de Lutero e ficaria feliz em reconhecer a obra de Lutero e os subsequentes esforços para reformar a igreja de acordo com a Palavra de Deus como uma continuação digna dos seus próprios labores. 

Autor: Aaron Delinger

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

O Jovem que Mudou de Vida Bem No Meio do Carnaval

    Marcos era um jovem que amava carnaval. Todos os anos, ele esperava ansiosamente pela chegada do feriado para poder sair às ruas e se divertir com seus amigos. Ele nunca teve muito interesse em religião e sempre achou que a vida era para ser vivida de forma hedonista, sem preocupações. No entanto, um ano, algo mudou. Durante o desfile de uma escola de samba, ele se sentiu deslocado, como se estivesse perdido em meio à multidão. Ele se perguntou se havia algo mais na vida do que apenas diversão e prazer. Foi nesse momento que ele decidiu procurar por respostas. Então, Marcos começou a frequentar uma igreja próxima a sua casa. E, lentamente, começou a entender mais sobre Jesus e a Bíblia. Ele se surpreendeu ao descobrir que havia uma vida significativa e plena esperando por ele. Conforme ele estudava e orava, sentiu-se cada vez mais conectado com Deus. 

    Durante o carnaval seguinte, Marcos teve a oportunidade de aplicar o que havia aprendido... Quando seus amigos o convidaram para sair, ele educadamente recusou. Explicando que havia mudado de vida e que preferia dedicar seu tempo a outras coisas. No começo, seus amigos zombaram dele, mas Marcos permaneceu firme em sua decisão. Em vez de se envolver em atividades questionáveis durante o carnaval, Marcos se envolveu em uma Conferência em sua igreja local. Ele sentiu que estava fazendo a diferença na vida das pessoas e estava feliz por ter encontrado um propósito em sua vida. Marcos percebeu que sua decisão de seguir a Jesus havia mudado completamente sua perspectiva de vida. Ele se sentiu mais feliz...mais realizado e mais esperançoso do que nunca. Ele sabia que a vida ainda seria cheia de desafios, mas agora tinha uma base sólida para enfrentá-los. 

    Hoje, Marcos é um líder ativo na sua igreja. E trabalha para ajudar outras pessoas a encontrar o mesmo amor e paz que ele encontrou em Jesus. Hoje, ele acredita que a sabedoria e o discernimento que vem de Deus o ajudaram a tomar a melhor decisão de sua vida. E está grato por ter encontrado Jesus justamente na época de carnaval. Somos muito felizes pela conversão e mudança de vida do Marcos. Apesar disso, hoje muitas pessoas vão estar nas ruas e ainda precisam encontrar Jesus. Se você conhece alguém assim, ore por essa pessoa. Sua oração com certeza vai fazer a diferença na vida dessa pessoa. 

Religiosidade não significa espiritualidade

    O que será que está acontecendo? Cresce sobremaneira o interesse pela religião. Nunca se falou tanto em religião como nos dias atuais. Não são poucos os novos grupos religiosos, seitas e denominações em todo o mundo. O pior é observar que o mundo sobrevive às duras penas e o fenômeno religioso se contenta a oferecer pouquíssimas melhorias à nossa vida. Faz-se muito barulho; acontecem poucas mudanças. Além disso, verifica-se em alguns lugares o crescimento do ateísmo, com muitas expressões de negação da fé religiosa. Ambientes que anteriormente foram os berços originários da fé, tornaram-se frios, indiferentes e incrédulos. 

    Cresce a religiosidade; mas, também, cresce a "fé" nos artifícios e amuletos, na matéria e tecnologia, no dinheiro e no poder. Eis uma marca destacada deste tempo: superficialidade, alienação, ignorância. Isso porque, naturalmente, religiosidade não significa espiritualidade. Eis um problema bastante atual, que exige uma profunda reflexão de cada um de nós. Há uma grande carência de sintonia entre o que se fala e o que se vive. Falta, sobretudo, a busca por uma espiritualidade interior que nasce da intimidade do coração humano com o coração de Deus. Somente o trabalho da ação de Deus em nossa interioridade resultará em vidas comprometidas com os inúmeros desafios do Reino de Deus. 

    Precisamos analisar a nossa espiritualidade nestes tempos de tanta religiosidade e pouca fé. "Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!" Salmos 19:14. Meditar com profundidade na Palavra de Deus é uma forma eficaz de entendermos em que estágio dessa espiritualidade estamos. Somos nós apenas mero espectadores dos acontecimentos? Estamos nós de que lado da História? Ser religioso é uma coisa, ser cristão verdadeiro é outra bem diferente. Falar que Jesus salva é uma coisa, viver o que Ele nos ensinou é outra bem diferente. Não podemos viver uma vida cristã com máscaras ou com uma fé fingida. Diante dos outros agimos como santos, longe deles como profanos. Essa é a falsa espiritualidade. 

    Não podemos ser apenas mais um número em meio a grande multidão de seguidores de uma falsa religiosidade. Precisamos, sim, de um retorno aos princípios da Palavra e praticar uma vida cristã diária de piedade. Busquemos a Deus com um coração sincero e arrependido pelos nossos pecados. Afinal, é isso que fará a grande diferença no final. Muitos que gritam e professam o nome de Jesus hoje serão envergonhados naquele dia quando Ele mesmo disser: "não vos conheço". Esse é um chamado ao verdadeiro evangelho e a uma profunda espiritualidade onde Cristo é o nosso Senhor e Salvador. 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Intolerância religiosa

    "Eu amava duas coisas acima de tudo o resto: a liberdade e o repouso. Para ter liberdade, decidi não ter esposa, e para ter repouso, fugi do mundo e encontrei asilo na religião". 

    Estas são palavras de Savonarola. Bispo de Florença que dedicou sua vida a Igreja e acabou queimado na fogueira da Inquisição no dia 23 de maio de 1498 em praça pública. Com Giordano Bruno foi pior porque além de ser queimado na fogueira no dia 17 de fevereiro de 1600 pela Igreja Católica, o filósofo ainda tinha contra si a ira e a indignação dos calvinistas e luteranos, que também o excomungaram. É fato que em 2000 o Papa João Paulo II chegou a deplorar o episódio, mas recusou-se a reabilitar o filósofo. De que adiantaria também? Galileu Galilei não chegou a ser morto porque abjurou da sua teoria do heliocentrismo, doutrina de Copérnico que afirmava ser o sol o centro do universo em contraposição a doutrina da Igreja que afirmava ser a terra o centro do universo. No dia 22 de junho de 1633 ele abjurou do que acreditava para não ir contra o que a Igreja, na época, acreditava. 

    Esses três personagens ilustram bem o que é a intolerância religiosa. Conflitos que explodem no mundo todo e que vitima milhares de pessoas todos os anos. No entanto, o mais cruel em tudo isso é a intolerância nas diversas religiões espalhadas em todos os lugares. O que alguns líderes acham que é certo e impõem para que seja cumpridas. Se errar, você está condenado a fogueira da nova inquisição. 

    A intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade de reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões. Ela é causadora de mortes e dominação ideológica pelo mundo afora. O que a Bíblia diz é que devemos pregar o evangelho de Cristo a todo mundo. O evangelho é uma mensagem de boas novas. Não deve ser imposta e sim anunciada. Quem faz a obra no coração do pecador é o Espírito Santo de Deus. Jesus não incitou a violência. Ele anunciou o Reino de Deus que é justiça e paz. 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Meditações do Poeta Cacerense XLIII

    1. Seja paciente! Não é fácil exercer a autodisciplina para ser paciente, mas é uma coisa muito boa quando você consegue isso. Evita muitos transtornos desnecessários na sua vida. 

    2. Eu queria tanto a liberdade. Então pedi isso a Deus, com toda fé do meu coração e a razão da minha mente. Hoje tenho a liberdade em minha vida. 

    3. Entender o que é certo e o que é errado, num mundo em que estão invertidos os valores morais gravados por Deus na consciência do ser humano e ao mesmo tempo exarados no Livro do Senhor, não é tarefa fácil. Graças a Deus, temos o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu: a Palavra de Deus. Ela é lâmpada e luz divinas, tanto para nosso ser interior como para nosso viver exterior. 

    4. Desde o princípio, o Senhor tem permitido a seus servos serem provados para que, como vencedores, sejam aprovados diante dos homens, dos anjos, e do Diabo. É bem-aventurado quem, sendo tentado, permanece fiel a Deus, tornando-se, assim, digno de receber a coroa da vida. 

    5. Há sempre uma esperança para os que servem a Deus e confia no seu poder. Ele se compadece das nossas angústias e dá o alento necessário para superarmos as dificuldades que possam sobrevir sobre nós. Apenas creia no milagre. 

    6. Se você pode estender a mão e emprestar o seu ombro à pessoa que se esbarra em você todos os dias com um grito mudo de socorro, faça isso. Amar é o maior sentido da existência do ser humano. Sem amor não há sentido para viver. A pessoa que não ama, não edifica a si mesma. 

    7. Todos os que aceitam Cristo como Salvador devem deixar todos os vícios e a prática de pecados conhecidos e conscientes. A comunhão intensa com o Senhor mediante a submissão, a oração, a adoração e a santidade de vida é fundamental para vivermos aqui. 

    8. Deus aquieta as almas que sofrem. Ele é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Deus é bom o tempo todo. E quão maravilhoso é saber que os seus pensamentos são maiores do que os nossos pensamentos e melhores também. 

    9. É tempo de invocarmos o nome do Senhor. A oração deve ser prioridade em nossas vidas. A maior tragédia dos dias atuais é a falta de oração. Devemos nos preparar para os desafios do dia a dia, mas a vitória vem do Senhor. O segredo é estar com o altar em dias com o nosso Deus. 

    10. Ocupe-se da leitura da Bíblia. Gaste mais tempo do que qualquer outro cristão com o estudo da Palavra de Deus e galgarás os umbrais do conhecimento do Senhor. 

    11. Aprenda a viver com Deus. Aprenda sentir a presença dEle na sua vida. Só o Senhor é o melhor caminho a seguir. Se estivermos com Ele não precisamos temer nenhum mal. Entregue teu caminho ao Senhor, confia nEle e Ele tudo fará para nos dar a proteção e segurança para chegarmos ao destino certo. 

    12. Para administrarmos bem o nosso tempo devemos começar por evitar a falsa sabedoria, o hedonismo, a falsa prosperidade e o ativismo. Estes roubam-nos o tempo. Somente Deus é eterno e somente Ele deve ser o centro de nossa busca. 

    13. Ter uma alma que confia inteiramente em Deus é muito melhor do que ter boa sorte. Muitos vivem enganados e confiando no desconhecido. Por que fazer isso se podemos confiar em Deus? Ele é o Criador de todas as coisas e tem todo poder nos céus e na terra. 

    14. A salvação é o bem mais precioso que podemos desejar. No entanto, cada pessoa é responsável por aceitar ou rejeitar o convite de Jesus Cristo para ser salvo. A salvação é individual e cada um de nós temos a decisão em nossas mãos. 

    15. As boas novas do evangelho não apenas incluem o grande amor de Deus, como também exigem uma mudança de coração, que antes estava inclinado ao pecado e agora tem o desejo de caminhar com Deus. Essa mudança de coração ocorre quando damos o primeiro passo de fé, ao abandonar o pecado e ir a Cristo. 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

A mensagem da cruz

    Pode parecer loucura e para alguns é, mas a Bíblia está viva hoje. O Deus que falou para os antigos e fez maravilhas diante deles mostrando que era o Deus verdadeiro é o mesmo que continua falando conosco. Ele confronta os estudos modernos e os homens de nossa geração através da sua Palavra que continua viva e eficaz. Com o avanço desenfreado do conhecimento moderno temos acessos as culturas que até pouco tempo desconhecíamos e as descobertas arqueológicas provam que existe um Criador para o universo. Parece não haver limites para a expansão do conhecimento humano e quanto mais se descobre pela ciência mais deslumbramos o agir de Deus na criação e na natureza. Não há como duvidar desse maravilhoso Deus. 

    A mensagem da cruz nos dá a conotação do sacrifício de Jesus para resgatar o homem de sua natureza pecaminosa. O homem entregou-se ao pecado e este o afastou de seu Criador. O salário do pecado é a morte e esta passou a usufruir seu poder cruel. Nesse contexto sombrio o homem, por causa de sua natureza pecaminosa, ficou impossibilitado de alcançar a salvação pelos seus próprios esforços. Não é pelas obras para que ninguém se glorie. Não é possível sairmos do abismo sozinho. 

    Sabedor dessa impossibilidade do ser humano em alcançar a salvação, Deus olhou dos céus e sentiu a miséria humana. Com amor profundo Ele enviou seu único filho para pagar o preço da salvação. Um preço altíssimo. Sangue imaculado. Apenas isso seria suficiente para o resgate de vidas condenadas pelo pecado. Jesus veio dar a sua vida por nós. Deixou o céu de glória onde estava sentado a destra de Deus e entregou-se para salvação da humanidade. 

    A mensagem da cruz nos mostra que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mais tenha a vida eterna. Basta um simples gesto de aceitação e alcançará a salvação. Alguns não entendem esse mistério. Quando alguém que é tido como grande pecador e que já cometeu inúmeros delitos afirma ter encontrado perdão em Jesus Cristo alguns não acredita. Isso acontece porque, normalmente, queremos acreditar que as boas obras é que irão demonstrar a nossa salvação. No entanto, praticamos boas obras porque somos salvos, não o contrário. 

    Reconheça que Jesus Cristo fez o que nenhum de nós poderia ter feito e aceito-O como Senhor e Salvador de sua vida. Todos os teus pecados serão perdoados e você gozará a felicidade da salvação. 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Sábios conselhos para a vida cristã

    A fé é o fundamento da vida cristã. Devemos confiar em Deus mesmo quando aparentemente as peças não se encaixam, pois Ele está no controle de todas as coisas. Muitas vezes, em nossa limitação, não conseguimos compreender o agir de Deus. Contudo, precisamos confiar no seu operar, na sua misericórdia e justiça. O Senhor nos capacitou com entendimento para saber diferenciar as coisas. Não estamos no escuro. A luz de Cristo brilha em nós e nos dá a direção certa para seguir sem medo. Portanto, o que precisamos realmente é de um retorno aos princípios da Palavra de Deus. O mundo pode estar um caos, mas sabemos que Cristo está conosco e que vamos vencer. A fé é o firme fundamento. Não é qualquer vento que irá abalar a nossa estrutura se estivermos firmes no Senhor. 
 
    Os rituais religiosos tangíveis podem nos levar à acomodação. Com o tempo, isto se torna uma prática “mecânica” que desprovida da justiça e da caridade, não tem valor algum para Deus. O fato de irmos à Igreja gera em nós a aparente sensação de que estamos “certos”. Isto pode ser perigoso. Cultuar ao Senhor é bom. É bíblico. Entretanto, para Deus, o que realmente importa não é o que fazemos exclusivamente na Igreja, mas é como vivemos no mundo e como tratamos as pessoas. Os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em Espírito e em verdade. Vivemos uma época de rituais vazios e mediocridade espiritual. Mas, não podemos permitir que essa frieza e esse mecanicismo tome conta de nossas vidas. O Senhor nos chamou para fazermos a diferença neste mundo. 
 
    Infelizmente, algumas pessoas ainda hoje depois de prosperarem se esquecem do Senhor e das ordenanças da sua Palavra. Devemos lembrar de que os fundamentos da verdadeira religião são constituídos pela forma como tratamos o próximo. Adoração sem justiça é uma ofensa a Deus. Uma religião que diz honrar a Deus, mas despreza, explora ou oprime o semelhante é uma fraude. Amós nos ensina que a verdadeira adoração exige comunhão vertical, com Deus, e horizontal, com o próximo. Saber agradecer o que Deus fez e faz por nós é de suma importância para a nossa vida espiritual. E, sabermos ajudar os que precisam é essencial para exercermos a bondade de Deus. Não somos merecedores do amor de Deus e, mesmo assim, Ele nos amou com amor eterno. Portanto, que possamos agir dentro dos princípios divinos e ajudar quem precisa de nossa ajuda. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense