sábado, 25 de novembro de 2017

Arrependimento e Fé para a Salvação


Introdução

O arrependimento e a fé operam conjuntamente para a salvação. É o pecador arrependido que crê no sacrifício vicário de Cristo na cruz do Calvário. Essa fé leva o pecador arrependido a abandonar de vez a situação de pecado, para então ser perdoado e, experimentar assim, a paz de Deus em seu coração.

1. Arrependimento — condição para a salvação.

Jesus afirmou que para fazer parte do Reino de Deus é necessário o arrependimento (Mt 4.17). Zaqueu, o publicano, teve um arrependimento tão genuíno que prometeu dar aos pobres metade de seus bens e devolver quatro vezes mais caso houvesse roubado alguém (Lc 19.8). De modo que ele pôde ouvir do Senhor: “Hoje, veio salvação a esta casa” (19.9). Assim, o arrependimento é diferente do remorso; este é momentâneo e passageiro, aquele atinge o lugar mais recôndito do coração humano.

2. Salvação por meio da fé. 

A salvação é pela graça mediante a fé (Ef 2.8), uma condição necessária para se obtê-la, pois sem a fé não se pode crer no sacrifício vicário de Cristo. Assim, o arrependimento produzido pelo convencimento do Espírito Santo e a fé, como dom divino, exercida pela pessoa, operam conjuntamente para a glória de Deus.

3. Arrependimento e conversão.

O arrependimento faz parte do processo de conversão e abrange o ser humano por inteiro: o intelecto (Mt 21.29), as emoções (Lc 18.13) e a vontade (Lc 15.18,19). Portanto, a conversão é uma ruptura com antigas tradições e modos de vida abomináveis e pecaminosos. Agora, tudo se torna novo, surge outra pessoa nascida de novo (Jo 3.3). Isso significa que todas as esferas da vida humana assumem a virtude e a ética do Reino de Deus ensinadas por Cristo Jesus (Mt 5-7).

Conclusão

Como nova criatura, “as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). Ao crente que experimentou essa conversão cabe esforçar-se para manter-se afastado do que outrora causou-lhe tanta dor, sendo o motivo de sua perdição. Agora, tudo é novo! Tudo faz sentido!

Fonte: Lição Bíblica 4º Trimestre 2017. CPAD.

sábado, 18 de novembro de 2017

As lições do filho pródigo


By Odair José 

Sentado triste a olhar 
Os porcos que se alimentavam 
Sentiu a tristeza no coração. 
Sentia fome também 
E desejou alimentar-se com a comida dos porcos. 
E chorou dentro de si. 
Sentiu saudades de casa 
Da bonança que sempre tivera 
E sabia que até os jornaleiros de seu pai 
Alimentava-se melhor que ele agora. 
Sentiu vergonha de ter saído de casa 
Arrependia-se de tudo que fizera 
E as lágrimas corriam de seus olhos. 
Os porcos continuavam a comer 
Brigavam entre si 
E enlameavam-se. 

Que situação humilhante 
Alimentar-se da comida dos porcos 
Enquanto na casa do pai havia conforto. 
Mas, ele sabia que havia perdido tudo 
A herança que pedira ao pai 
Ele havia torrado nas bebedeiras e nas noitadas sem fim 
E, enquanto tinha dinheiro tivera amigos 
E os mesmos evaporaram assim que o dinheiro acabou. 
Lembrava da forma tristonha em que o pai havia ficado 
Na noite em que partiu 
Sem ter pena do olhar amoroso e triste do pai. 
O que fizera de sua vida? 

Lembrou-se de seu pai e do quanto o amava 
Queria voltar para casa 
Mas, sabia que não merecia amor depois de tudo que fizera. 
Vou pedir perdão ao meu pai 
E pedir-lhe que me faça como um de seus jornaleiros 
Ainda será melhor do que essa comida de porcos. 
Levantou-se. 
Uma atitude que ainda precisava ter em sua vida. 
Caminhou com passos trêmulos rumo à casa do pai. 
Sabia que tinha perdido tudo 
Mas, queria o perdão. 

O pai ao vê-lo moveu-se de íntima compaixão. 
Deu-lhe um abraço carinhoso e chorou em seus ombros. 
Não sou digno de ser chamado seu filho 
Pois pequei contra os céus e perante ti 
Faça-me como um de seus jornaleiros. 
Não diga isso, meu filho, 
Eis que lhe visto com o melhor vestido, 
Coloco-lhe o anel no dedo 
E sandálias nos pés. 

O vestido simboliza a remissão dos pecados 
Que Deus lança no mar do esquecimento. 
Enquanto os homens olham para o nosso passado, 
Deus vê o nosso futuro. 
Quando o primeiro homem pecou e sentiu-se nu diante de Deus 
Envergonhado, 
O Senhor o cobriu com peles de animais. 
Remissão de pecados 
E libertação da vergonha que este causa ao ser humano. 
O anel no dedo simboliza autoridade. 
O filho perdoado recebe a autoridade do pai 
E todos reconhecerão que ele é o filho honrado. 
As sandálias representam a dignidade de filhos. 
Nessa época apenas os escravos andavam descalços. 
Eis as lições do filho pródigo. 

Quantos filhos estão distantes da casa do pai. 
Receberam sua herança e as perderam nas noitadas da vida 
Em bebedeiras, jogatinas e prostituição 
E hoje estão se alimentando das bolotas que os porcos comem. 
Mas, sente no coração a tristeza dessa vida 
E saudade do tempo em que tinham a comunhão na casa do pai. 
Tome uma atitude. 
Levante-se do lugar onde está e volte-se ao seu Criador. 
Ele te espera para restituir a alegria que tinha 
Quando cantava de alegria e tinha uma vida digna de filho. 
Volte e terá vestidos novos para cobrir tua nudez 
Anel de autoridade no dedo 
E sandálias nos pés mostrando que não és escravo e sim filho. 
Basta que tenha atitude. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 4 de novembro de 2017

A Sabedoria da Cruz e o Repúdio ao Mundo


Como ser irrepreensível e sincero, 
Filhos de Deus inculpáveis 
No meio de uma geração 
Corrompida e depravada? 

A sabedoria da cruz 
É o repúdio a norma do mundo. 
Para o cristão, Cristo e não o mundo 
Deve ser o padrão a ser seguido. 

O crente deve se adaptar 
Não as normas da sociedade 
Nem aos prazeres do mundo 
Mas, à vontade de Deus. 

O mundo é um barco que está afundando 
E o caos está nele instalado 
Mas, o crente dele escapa 
Não se integrando a ele 
E, sim, abandonando-o. 

A mensagem do evangelho 
Não é para nos ajustarmos ao mundo 
Nem nos conformarmos com ele. 

A mensagem do evangelho 
É o repúdio social 
E o carregar a cruz. 
Seguir a Cristo significa tomar sua cruz 
E fazer a sua vontade. 

Não funciona ser igual ao mundo 
Na intenção de transformá-lo. 
O poder do cristão 
Origina-se na diferença 
E não na integração. 

Não nos conformemos com este mundo 
Pois, o mundo passa. 
O conselho a ser seguido é: 
Negue-se a si mesmo 
Tome a sua cruz 
E siga a Jesus Cristo. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

O Alcance da Obra Expiatória de Cristo


Introdução

A salvação em Cristo alcança a todos (Jo 3.16). É tão eficaz que foi completada de uma vez por todas pelo “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Somente por intermédio de um Cordeiro tão perfeito, de um sacrifício tão completo e de um Deus tão amoroso se poderia realizar essa obra de maneira a raiar a luz para os que estavam em trevas (Mt 4.16).

1. A impossibilidade humana.

Toda tentativa do homem de manter-se puro, sem pecado, e por esforço próprio, fracassou. Nesse sentido o sistema de sacrifícios foi apenas um vislumbre do que viria por intermédio da morte vicária de Cristo. As Escrituras mostram que a Lei é incapaz de justificar o homem diante de Deus (Rm 3.20; Cl 2.16,17), já que o ser humano não consegue resolver o problema grave do pecado, pois ele não pode mantê-lo oculto diante de Deus. Somente o Senhor Jesus pode resolver tal problema.

2. Cristo ocupou o lugar do pecador. 

A expiação aponta para o grande amor de Cristo para com o pecador. Nosso Senhor supriu a necessidade de reconciliação do ser humano com o Pai de amor (Rm 5.8), que deu o seu Filho como oferta expiatória. Nesse sentido, a morte de Cristo é substitutiva, pois quem deveria morrer era o próprio homem (Rm 4.25), mas Cristo ocupou esse lugar (1Jo 2.2) e perdoou o pecador, destruindo o poder do pecado (1Pe 2.24). A morte vicária de Cristo na cruz representa a nossa morte (2Co 5.14), pois foi esse sacrifício que nos resgatou da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3.13).

3. Alcance universal da obra expiatória.

O alcance da obra expiatória operada por Cristo é universal, pois ela envolve todos os homens e o homem todo — espírito, alma e corpo — (1Ts 5.23), alcançando todo o mundo (Jo 3.16). Além disso, por meio da expiação de Cristo é garantida a redenção, a reconciliação, a justificação, a adoção e o perdão dos pecadores. Entretanto, convém destacar: essa tão grande salvação precisa ser aceita pela fé para se tornar efetiva (Ef 2.8).

Conclusão

A salvação que Cristo oferece é tão abrangente que, além de uma experiência espiritual primordial e libertadora da pessoa, traz consigo implicações de ordem cultural e social que vão muito além do indivíduo e se estendem por toda ordem de coisas criadas. Em Cristo, Deus ofereceu salvação a todo o mundo.

Fonte: Lições Bíblicas 4º Trimestre 2017. CPAD.