segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Ladrão de almas


Agora vamos voltar a realidade 
Será que tenho tido pesadelos? 
Essa pode ser a única explicação 
Eu sonho com ratos, lagartos e besouros 
Mas nunca desejei isso para mim 
Apenas uma noite tranquila 
Um sono suave 
Será que é pedir muito? 
Mas, como dormir tranquilo em meio ao caos? 
O sistema corrói a alma 
E não dá sossego hora nenhuma. 
Ouço os gritos das crianças 
O rastejar dos vermes 
E o sussurro dos morcegos e sanguessugas. 
Na vala escura mais um corpo é escondido 
Pelo ladrão de almas 
Triste época a nossa 
Em que roubam até nossa esperança. 
No silêncio ouço o vento 
Na madrugada vejo correr 
E morrer 
O sonho da humanidade! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

47

Eu tenho tanto para agradecer 
Que com palavras não sei dizer 
A felicidade que é viver. 
 
Quero apenas erguer meu olhar 
E com alegria poder expressar 
O quanto aprendi a amar. 
 
Uma vida de paz o Senhor me deu 
Com muito amor me protegeu 
Em seus braços de amor e amizade 
Me fez sentir e viver a felicidade 
Que preenche o meu coração 
Por isso externo aqui minha gratidão! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense 
 
Obs. 47 Primaveras, 17.166 dias! 

 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Víboras peçonhentas

 

Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno? 
Mateus 23:33 
 
Não há verdade em tudo que dizem. E as palavras que saem de suas bocas são como venenos de víboras peçonhentas. Eu tento evitá-los o máximo que posso e fico indignado com sua capacidade de ludibriar as mentes incautas que encontram pelo caminho. Eles vociferam palavras de bençãos e maldições como se fossem deuses capazes de realizarem o que dizem. Não sei por quento tempo consigo observar sem dizer nada. No entanto, o que mais me perturba é que as pessoas, muito provavelmente, darão mais ouvidos aos tolos que gritam essas balburdias do que as minhas comedidas palavras. É assim que funciona a engrenagem da vida. Por isso, muitos crápulas tiveram sucesso ao longo da História. 
 
As pessoas tem uma tendência a ouvir os charlatões. Os que prometem o paraíso. Talvez seja um mal necessário no mundo. Sei lá, talvez seja. Eu fico em silêncio e vejo o tempo passar lentamente. Observo os acontecimentos e percebo que estou de mãos atadas. Não há muito o que fazer. Eles seguem os lobos como ovelhas indo para o matadouro. São cegos sendo conduzidos por falsos pastores cruéis que só pensam em tirar proveito da situação. São vítimas de um sistema inescrupuloso que destroem as vidas e as almas perdidas. Eu tento falar. Você pode me ouvir? 
 
Mensagem: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense