domingo, 29 de março de 2020

História do Cristianismo (Século I)


A História da Igreja contida no livro de Atos dos Apóstolos

“Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é nesse tempo que restauras o reino a Israel? Respondeu- lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra. Tendo ele dito estas coisas, foi levado para cima, enquanto eles olhavam, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.” Atos 1.6-9

Resumo Geral do livro de Atos

Atos 2.1 – 8.3: Pregação em Jerusalém;
Atos 8.4 – 9.43: Pregação em Samaria e na Judéia;
Atos 10.1 – 12.25: Pregação aos Gentios: Início do cumprimento do ordenança “Até os confins da Terra.” Cumprimento de Atos 1.8: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.”

Resumo dos Principais Fatos Relatados em Atos:
Ascensão de Cristo; Pentecostes; Conversão de 3 mil em Jerusalém; Curas em Jerusalém; Primeiras perseguições: Pedro e João são presos; Martírio de Estevão; Felipe em Samaria; A conversão de Paulo; Cornélio e a visão de Pedro: pregação aos gentios; 1ª Viajem missionária de Paulo; Outras diversas perseguições; 2ª Viajem missionária de Paulo; 3ª Viajem missionária de Paulo; Prisão de Paulo e viajem à Roma. História da Igreja após as narrativas do livro de Atos dos Apóstolos.

A IGREJA NO IMPÉRIO 

Segundo Curtis: “Talvez o cristianismo não se expandisse de maneira tão bem sucedida caso o Império Romano não tivesse existido. Podemos dizer que o Império Romano era um tambor de gasolina à espera da faísca da fé cristã.” Algumas das Características do Império Romano que contribuíram para a difusão da fé cristã: Certa abertura religiosa inicial, gerada pelo grande politeísmo; Busca da população romana pelas crenças orientais em alta naquele momento; Um gigantesco império reforçado pelo comércio e envio de tropas às colônias; Grande difusão do latim e do grego como que linguagens universais naquele período.


64 – O INCÊNDIO DE ROMA 

Os romanos demoraram três décadas para compreender que os cristianismo era diferente do judaísmo, que naqueles dias era uma religião legalizada; O Historiador tácito antes do incêndio já relata conversas em cortiços sobre um certo “Chrestos”, certamente Cristo; Em 19 de julho de 64 inicia-se o incêndio em Roma. Dentre os 14 quarteirões que tinham cortiços populares 10 foram queimados em um incêndio que perdurou por 7 dias; Cristãos foram o bode expiatório encontrado por Nero, que jurou persegui-los até a morte de todos. Segundo Kenneth: “Quando o cristianismo desafiou o politeísmo tão profundamente arraigado de Roma, o Império contra-atacou.” Ocorre então um primeira onda de perseguições de 64 até 68, quando Nero morre após assassinar a própria mãe. Tácito, um escritor daquela época diz em um de seus relatos: “Alguns foram vestidos com peles de animais ferozes e perseguidos pelos cães até serem mortos, outros foram crucificados; outros envolvidos em panos alcatroados, e depois incendiados ao por do sol, para que pudessem servir de luzes para iluminar a cidade durante a noite. Nero cedia os seus próprios jardins para essas execuções e apresentava, ao mesmo tempo, alguns jogos de circo, presenciando toda a cena vestido de carreiro, indo às vezes a pé no meio da multidão, outras vendo o espetáculo do seu carro.”


70 – TITO DESTRÓI JERUSALÉM 

Segundo Curtis: “Em um de seus primeiros atos imperiais, Vespasiano nomeou seu filho, Tito, para conduzir a guerra contra os judeus. A situação se voltou contra Jerusalém, agora cercada e isolada do restante do país. Facções internas da cidade se desentendiam com relação às estratégias de defesa. Conforme o cerco se prolongava, as pessoas morriam de fome e de doenças. A esposa do sumo sacerdote, outrora cercada de luxo, revirava as lixeiras da cidade em busca de alimento. Enquanto isso, os romanos empregavam novas maquinas de guerra para arremessar pedras contra os muros da cidade. Arietes forçavam as muralhas das fortificações. Os defensores judeus lutavam durante todo o dia e tentavam reconstruir as muralhas durante a noite. Por fim, os romanos irromperam pelo muro exterior, depois pelo segundo muro, chegando final mente ao terceiro muro. Os judeus, no entanto, continuaram lutando, pois correram para o Templo - sua ultima linha de defesa. Esse foi o fim para os bravos guerreiros judeus - e também para o Templo.
Josefo, historiador judeu, disse que Tito queria preservar Templo, mas os soldados estavam tão irados com a resistência dos oponentes que terminaram por queima-Io. A queda de Jerusalém, essencialmente, pôs fim a revolta. Os judeus foram dizimados ou capturados e vendidos como escravos. O grupo dos zelotes que havia tomado Massada permaneceu na fortaleza por três anos. Quando os romanos finalmente construíram a rampa para cercar e invadir local, encontraram todos os rebeldes mortos. Eles cometeram suicídio para que não fossem capturados pelos invasores. A revolta dos judeus marcou o fim do Estado judeu, pelo menos ate os tempos modernos. - A destruição do Templo de Herodes significou mudança no culto judaico. Quando os babilônios destruíram o Templo de Salomão, em 586 a.c., os judeus estabeleceram as sinagogas, onde podiam estudar a Lei de Deus. A destruição do Templo de Herodes pôs fim ao sistema sacrifical judeu e os forçou a contar apenas com as sinagogas, que cresceram muito em importância.”

MARTÍRIO DE TIAGO 

Segundo Anglin: “Hegésipo, um escritor do II século, faz algumas referências interessantes sobre o apóstolo Tiago, que acabou a sua carreira durante esse período, e fornece um detalhado relatório do seu martírio, que podemos inserir aqui. ‘Consta que o apóstolo tinha o nome de Oblias, que significava justiça e proteção, devido a sua grande piedade e dedicação pelo povo. Também se refere aos seus costumes austeros, que sem duvida contribuíram para aumentar a sua fama entre o povo. Ele não bebia bebidas alcoóli¬cas de qualidade alguma, nem tampouco comia carne.’”

97 – MARTÍRIO DE TIMÓTEO 

Pregação à Idólatras; Atacado à pedras e paus; Morte alguns dias depois.


A Igreja do Século I

Segundo de Durant: “REUNIAM- SE em recintos privados ou pequenas capelas e organizavam-se segundo o modelo da sinagoga. A congregação recebia o nome de ekklesia - palavra grega para significar as reuniões do governo municipal. Os escravos eram bem-vindos, como nos cultos de Ísis e de Mitras; nenhuma tentativa se fazia para libertá-los, mas reconfortavam-nos com a promessa de um Reino em que seriam livres. Entre os primeiros convertidos predominavam os proletários, com alguns elementos das classes medias e um ou outro da classe alta. Não obstante, longe estavam de ser a "escória da sociedade" como disse Celso; em sua maioria viviam industriosamente, financiavam as missões, levantavam fundos para as comunidades mais pobres. Pouco esforço se fazia para conquistar a gente dos campos; a população rural veio por ultimo, e dai o nome de pagani (aldeões, camponeses) que começou a ser aplicado aos habitantes dos Estados mediterrâneos anteriores aos cristãos. As congregações admitiam as mulheres, que eram encarregadas de pequenos papéis; mas a Igreja exigia que elas envergonhassem os pagãos com o exemplo de suas vidas de modesta submissão e recolhimento.”


quinta-feira, 26 de março de 2020

Sob cujas asas te vieste abrigar



Mesmo em meio às maiores lutas 
Que sobrevieram sobre sua vida 
Rute escolheu viver entre o povo de Deus 
E não abandonou Noemi, sua sogra querida. 

Deus, que sempre está atento 
As escolhas do nosso coração 
Quando o buscamos com sinceridade 
Não afastou dela a sua benção. 

A história de Rute revela a providência 
De um Deus que nunca vai nos abandonar 
Quando confiamos a Ele o nosso caminho 
Ele estará sempre pronto a nos ajudar. 

Por mais que as lutas sejam difíceis 
E a situação da sua vida parece naufragar 
Entregue teu caminho ao Senhor e confia nEle 
Sob cujas asas te vieste abrigar. 

Ele é o socorro bem presente na angústia 
E sua alma não vai deixar sofrer 
Pois, seu amor é eterno e grandioso 
Que na cruz, por nós, veio morrer. 

Escolha viver debaixo de suas asas 
Desfrutando da sua poderosa proteção 
O Senhor é o seu refúgio e fortaleza 
Socorro bem presente na aflição. 

Creia no milagre em sua vida nesta hora 
Se procuras abrigo sob a proteção do Senhor 
Pois, Ele jamais abandona um filho seu 
Porque é Deus zeloso e protetor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense 
Inspiração: Rute 2.12

sexta-feira, 20 de março de 2020

O que a Bíblia diz sobre doenças pandêmicas?


Vários surtos de doenças pandêmicas, como o Ebola ou o coronavírus, têm levado muitos a perguntar por que Deus permite - ou mesmo causa – essas doenças e se são um sinal do fim dos tempos. A Bíblia, particularmente o Antigo Testamento, descreve inúmeras ocasiões em que Deus trouxe pragas e doenças sobre o Seu povo e os Seus inimigos "para mostrar a você o meu poder" (Êxodo 9:14, 16). Ele usou pragas no Egito para forçar o Faraó a libertar os israelitas da escravidão, ao mesmo tempo poupando o Seu povo de ser afetado por elas (Êxodo 12:13; 15:26), indicando assim o Seu controle soberano sobre doenças e outras aflições.

Deus também alertou o Seu povo sobre as consequências da desobediência, as quais incluíram pragas (Levítico 26:21, 25). Em duas ocasiões, Deus destruiu 14.700 pessoas e 24.000 pessoas por vários atos de desobediência (Números 16:49 e 25:9). Depois de dar a Lei Mosaica, Deus ordenou que o povo a obedecesse ou sofresse muitos males, incluindo algo que se parecia com o Ebola: “O Senhor os ferirá com fraqueza, febre e inflamação… e isto os perseguirá até que vocês pereçam” (Deuteronômio 28:22). Estes são apenas alguns exemplos de muitas pragas e doenças que Deus causou.

Às vezes é difícil imaginar nosso Deus amoroso e misericordioso demonstrando tanta ira e raiva em relação ao Seu povo. Mas os castigos de Deus sempre têm o objetivo de arrependimento e restauração. Em 2 Crônicas 7:13–14, Deus disse a Salomão: “Se eu fechar o céu de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo, se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” Aqui vemos Deus usando o desastre para atrair o Seu povo para Si mesmo, a fim de causar o arrependimento e o desejo de vir a Ele como filhos de seu Pai celestial.

No Novo Testamento, Jesus curou “todo tipo de doenças e enfermidades”, bem como pragas, nas áreas que visitou (Mateus 9:35; 10:1; Marcos 3:10). Assim como Deus escolheu usar pragas e doenças para mostrar o Seu poder aos israelitas, Jesus curou como uma exibição do mesmo poder para comprovar que era verdadeiramente o Filho de Deus.

Ele deu o mesmo poder de cura aos discípulos para autenticar o ministério deles (Lucas 9:1). Deus ainda permite a doença para os Seus próprios propósitos, mas, às vezes, as doenças, até mesmo as pandemias mundiais, são simplesmente o resultado de vivermos em um mundo caído. Não há como determinar se uma pandemia tem ou não uma causa espiritual específica, mas sabemos que Deus tem controle soberano sobre todas as coisas (Romanos 11:36) e as usa para o bem daqueles que O conhecem e amam (Romanos 8:28).

A disseminação de doenças como o Ebola e o coronavírus é um antegosto de pandemias que farão parte do fim dos tempos. Jesus Se referiu a pragas futuras associadas aos últimos dias (Lucas 21:11). As duas testemunhas de Apocalipse 11 terão poder "para ferir a terra com todo tipo de flagelos, tantas vezes quantas quiserem" (Apocalipse 11:6). Sete anjos causarão sete pragas em uma série de julgamentos finais e severos, assim como descritos em Apocalipse 16.

O aparecimento de doenças pandêmicas pode ou não estar ligado a algum julgamento específico do pecado por parte de Deus. Também pode ser simplesmente o resultado de vivermos em um mundo caído. Como ninguém sabe a hora da volta de Jesus, devemos ter cuidado ao dizer que as pandemias globais são uma prova de que estamos vivendo no fim dos tempos. Para aqueles que não conhecem Jesus Cristo como Salvador, a doença deve ser um lembrete de que a vida nesta terra é tênue e pode ser perdida a qualquer momento. Por pior que sejam as pandemias, o inferno será pior. O cristão, no entanto, tem a certeza da salvação e a esperança da eternidade por causa do sangue de Cristo derramado na cruz por nós (Isaías 53:5; 2 Coríntios 5:21; Hebreus 9:28).

Como os cristãos devem responder a doenças pandêmicas? Primeiro, não entrem em pânico. Deus está no controle. A Bíblia diz o equivalente a "não tema" mais de 300 vezes. Segundo, sejam sábios. Tomem medidas sensatas para evitar a exposição à doença e para proteger e prover para a sua família. Terceiro, procurem oportunidades para o ministério. Muitas vezes, quando as pessoas têm medo de perder as suas vidas, elas estão mais dispostas a ter conversas sobre a eternidade. Sejam ousados e compassivos ao compartilhar o Evangelho, sempre falando a verdade em amor (Efésios 4:15).

Fonte: https://www.gotquestions.org/Portugues/

quarta-feira, 11 de março de 2020

Era uma igreja avivada


Por Odair José da Silva

Era uma igrejinha avivada. A coluna daquela pequena cidade. E os cultos ali realizados não podem ser da memória apagados. O segredo era a humildade e a observância à palavra de Deus. Era uma igreja que orava. Havia comunhão entre os irmãos e a sinceridade em cada coração. Deus operava livremente e realizava milagres na vida daquelas pessoas. O Espírito Santo tinha liberdade para operar maravilhas e ouviam-se línguas repartidas como que de fogo. Pentecostes? Aconteciam todos os dias. Os cultos de oração eram os mais lotados e em todos eles havia o verdadeiro ensino da palavra de Deus.

Os irmãos eram humildes. A maioria morava na roça. Viam de corroças, viam a cavalo, viam de bicicletas, viam a pé. Mais viam. Alguns andavam quilômetros e quilômetros. Saiam de casa com o sol ainda a pino e chegavam à igreja alegres louvando ao Senhor. Quando terminava o culto eles iam contente pelo caminho sob a luz das estrelas. Só Deus sabe a alegria e o conforto que esses irmãos sentiam na alma após os cultos naquela igrejinha.

Era uma igreja avivada. Um avivamento genuíno, puro e verdadeiro. Havia lágrimas, havia cânticos, havia pureza de coração e Deus era adorado por corações que eram contritos e comovidos. As mensagens tocavam a alma e as orações tremiam as bases infernais. O trono da graça parecia tão perto. Deus era tão real que não havia tristeza que pudesse resistir as orações daqueles irmãos. E como eram fervorosos.

Os cânticos, alguns até mesmo sem ritmos, eram ungidos e, quando cantados, faziam o fogo do céu descer naquele lugar. Crianças, jovens, irmãs e irmãos eram tocados pelo Espírito Santo e falavam em línguas. O batismo no Espírito Santo acontecia nas terças, no culto de oração e também nas casas dos irmãos nos cultos ali realizados. Andávamos longas distâncias a pé para cultuar a Deus em lugares que não tinha nem luz elétrica. Em alguns casos tinha um lampião, em outros tinha lamparina e até a luz de velas fazíamos os cultos e Deus operava maravilhas. Não precisava de culto de libertação porque a igreja era liberta.

Pela graça de Deus foi onde descobri o primeiro amor. O amor de Deus que preenche o coração. Oxalá vivêssemos avivamento como aquele nos dias atuais.

Texto: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 3 de março de 2020

Reflexões sobre o mundo


O mundo nunca é o mesmo um dia depois. 
Porque? 
Os dias nunca retornam, como nunca vão embora... 
O mundo não é o que conhecemos, 
O que podemos ver prossegue infinitamente, 
Nada acaba quando queremos... 
Nem mesmo todas as eternidades do mundo 
Poderão apagar o seu dia ruim... 
Mas, o homem pode voar algumas vezes, 
Escrevendo histórias na sua história... 
O mundo é um local de brincadeiras a ser conquistado 
E, nós somos muito mais do que pensamos ser 
E viver é diferente de todas as coisas... 

Texto: Odair José, Poeta Cacerense