sexta-feira, 3 de junho de 2022

O Desafio das cosmovisões da humanidade

    1 — Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;

    2 — porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,

    3 — sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

    4 — traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,

    5 — tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

    2 Timóteo 3.1-5.

    O quadro caótico tão bem descrito pelo apóstolo Paulo na leitura bíblica em classe retrata o comportamento da sociedade nos últimos dias. É o resultado da forma como as pessoas veem o mundo. A isso chamamos cosmovisão. Em linhas gerais, a cosmovisão de cada indivíduo se constrói a partir de sua herança cultural, religiosa e social. Se tal pessoa conhece a Deus, teme a Ele e vive para Ele, é tudo muito diferente. O legado recebido pelo homem desde a sua infância influencia o modo como ele se relacionará com o mundo (Pv 22.6). Há duas grandes cosmovisões em conflito.

    1. A cosmovisão naturalista. Esta primeira forma de o ser humano considerar o universo é humanista, antibíblica e anticristã. Ela exclui Deus como o Criador de todas as coisas e acredita que o Universo e o homem são produto do acaso. Seus seguidores são avessos ao conceito da soberania divina e tratam a existência da humanidade como decorrente da evolução das espécies, o que significa igualar a espécie humana a qualquer outra. Assim, a criação do homem para os tais não provém de Deus, mas de fenômenos aleatórios. Isso é fruto da ignorância e do embrutecimento do homem como resultado do seu afastamento e abandono de Deus. É a lei da sementeira e colheita (Gl 6.7-9).

    2. A cosmovisão judaico-cristã. Os pontos principais da cosmovisão judaico-cristã procedem das Sagradas Escrituras: Deus é o Criador de todas as coisas (Gn 1.1), há um propósito soberano em toda a obra criada (Cl 1.13-17; Pv 16.14; Is 43.7; Rm 11.36) e leis morais como padrão de conduta para todo o ser humano (Êx 13.9; Mt 5; 6; 7).

    Por ser fruto da revelação bíblica, esta cosmovisão é questionada por aqueles que excluem Deus da história. “Se o mundo existe independente de um Criador — afirmam — nenhuma reivindicação de planejamento e propósito para o Universo e o homem faz sentido”. Contudo, a cosmovisão judaico-cristã é a única que explica com lógica perfeita a criação de todas as coisas e retrata na exata perspectiva a existência humana (Jó 12.9,10; At 17.24-26).

    Por que, então, os homens preferem o tortuoso caminho da cosmovisão naturalista, ímpia, incrédula e herética para explicar o mundo? Porque o “deus deste século” cegou-lhes a mente a fim de que não compreendam a verdade da revelação divina (2Co 4.4). Não é de estranhar, portanto, que a humanidade esteja como está, na podridão moral, pois são pessoas com essa visão do mundo (a cosmovisão naturalista) que ocupam lugares estratégicos na formulação do pensamento norteador da vida em sociedade (1Jo 5.19).

Fonte: Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2004.

  

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