sexta-feira, 3 de junho de 2022

Características dos tempos pós-modernos

 

    Sabemos que a humanidade experimentou diferentes momentos ao longo de sua história, com características bastante específicas que contribuíram para distinguir de forma clara uma época da outra.

    A Era Moderna, por exemplo, teve como marca o avanço do conhecimento humano, o advento da industrialização, a predominância da luta ideológica, a expansão da fé cristã ao redor do mundo, a proliferação das seitas e a aceitação das religiões orientais pelo ocidente.

    Já os tempos pós-modernos, nos quais estamos vivendo, são assinalados pelo progresso, mas sobretudo pelos conflitos e contradições oriundas da Era Moderna, e possuem, por isso mesmo, características bastante peculiares. Pelo Espírito, Paulo, o homem de Deus, viu esses males da presente era dos “últimos dias” (v.1), que precedem a volta do Senhor, e previne os fiéis. Em todas essas épocas, e muito mais na atual, o homem vive a se gabar do seu grande conhecimento e de seus feitos tecnológicos. Todavia, ele continua a regredir na verdadeira sabedoria, na retidão e moralidade, em virtude de uma vida sem Deus e de progressiva prática do pecado. Ver Rm 3.9-18; Ef 4.17-31.

    1. Uma sociedade centrada no homem. Em primeiro lugar, a sociedade pós-moderna tem como base a célebre declaração de que “o homem é a medida de todas as coisas”. Isto pressupõe a predominância da filosofia humanista que o coloca como o centro do Universo em flagrante contraste com o ensino bíblico de que todas as coisas foram criadas para a glória de Deus (Sl 73.25; 1Co 10.31; 1Pe 4.11).

    A expressão que melhor se adapta a esse perfil, na leitura bíblica em classe, é “amantes de si mesmos” (v.2). Tais homens consideram-se pequenos deuses capazes de impor a própria vontade como se esta fosse completa e suficiente para as realizações humanas. À semelhança de Satanás (Is 14.12-15), usurpam para si o direito de soberania que pertence exclusivamente ao Todo-poderoso.

    2. Uma sociedade centrada no relativismo. Em segundo lugar, prevalece na sociedade pós-moderna o relativismo. Sob essa ótica, não há lugar para os valores absolutos, isto é, os princípios e ensinos imutáveis da Palavra de Deus, válidos para “todas as pessoas, em qualquer época e em todos os lugares”. Estes são qualificados como impróprios por aqueles que vivem ao sabor de suas concupiscências e são prisioneiros do contexto e das convenções sociais do momento, pois “tolhem” a liberdade de tais pessoas (Rm 1.18-32).

    Não havendo, segundo a visão humanista pós-moderna, um padrão normativo universal, abre-se um precedente para a desordem moral e social tão em voga no mundo contemporâneo. Cada um faz o que melhor lhe parece, ao fixar suas próprias normas de conduta.

    Afinal, como apregoam os que vivem na zona cinzenta, onde o certo e o errado se confundem, onde tudo é relativo (Gn 19.1-11; Jz 2.11; 3.7; 4.1; 10.6), não há nenhuma lei superior que lhes diga o que fazer. O que lhes importa é priorizar o hedonismo. O prazer e a alegria dos tais são ilusórios e pecaminosos, porquanto não provêm de Deus.

Fonte: Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2005

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