quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Uma mente que se recusa a ler

    Uma mente que se recusa a ler é uma mente que se fecha para o mundo — um jardim que, por medo da chuva, prefere secar ao sol da ignorância. 
 
    Ler não é apenas acumular palavras; é expandir o olhar, é permitir que o pensamento caminhe por territórios desconhecidos. Quem não lê, estagna. Vive prisioneiro do próprio ponto de vista, limitado ao eco das próprias ideias. 
 
    A recusa à leitura é também a recusa ao crescimento: é temer o espelho que o conhecimento oferece. Crescer dói, porque exige rever crenças, desmontar certezas e abrir espaço para o novo. Mas só cresce quem ousa duvidar, quem aceita que o mundo é maior do que o próprio entendimento. 
 
    Uma mente que se recusa a ler não se protege — se empobrece. E o silêncio do pensamento é o primeiro sinal de uma alma adormecida. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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