terça-feira, 7 de outubro de 2025

Uma constatação amarga

    Enquanto o mundo arde, o homem continua a buscar refúgio nas mesmas ilusões que o destruíram. O dinheiro, símbolo do poder e da cobiça; o prazer carnal, disfarce para a solidão; e a embriaguez, anestesia para suportar o absurdo da existência. 
 
    Mesmo quando o céu for atravessado pela última bomba, ainda haverá quem conte moedas, quem venda o corpo, quem erga o copo. Porque o fim do mundo não começa nas explosões — começa na repetição dos mesmos desejos. E talvez a ironia mais cruel seja esta: o homem perece, mas seus vícios resistem. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário