Jesus advertiu: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores” (Mateus 7:15). Aqui, Ele mostra que a manipulação espiritual nem sempre é evidente; muitas vezes, ela se disfarça de piedade, mas esconde interesses escusos.
O apóstolo Paulo reforça esse alerta em Gálatas 1:6-8, dizendo: “Estou admirado de que tão depressa estejais passando daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro; mas há alguns que vos inquietam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.”
A manipulação dos falsos evangelhos surge quando a mensagem central — o amor, a cruz e a graça de Cristo — é substituída por interesses humanos: poder, dinheiro, controle ou vanglória. Em vez de libertar, ela aprisiona; em vez de consolar, oprime; em vez de unir, divide.
Por isso, a verdadeira fé não pode ser medida apenas por palavras bem articuladas, mas pela coerência entre mensagem e prática. Jesus disse: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:16). O verdadeiro evangelho gera frutos de humildade, compaixão, justiça e amor; já o falso evangelho gera divisão, orgulho e exploração.
O maior antídoto contra a manipulação é o discernimento espiritual, que nasce da intimidade com a Palavra e com o Espírito Santo. Quem permanece no Evangelho de Cristo não se deixa seduzir pelas aparências, porque reconhece a voz do Bom Pastor. Assim, em meio a tantos discursos, somos chamados a vigiar, discernir e manter nossos olhos fixos naquele que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14:6).
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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