Quantas vezes você esteve à beira de algo novo — um convite, uma ideia, uma chance — e recuou?
Não por falta de capacidade, mas por medo.
Medo de falhar, de ser julgado, de não estar à altura.
Quantas portas você mesmo trancou, achando que não saberia abri-las?
O medo de errar é sorrateiro.
Ele se disfarça de prudência, de cautela, de bom senso.
Mas, muitas vezes, é só insegurança vestida de lógica.
É o desejo de controle tentando sufocar o impulso de viver.
Errar faz parte do caminho.
Os maiores aprendizados raramente nascem do acerto imediato,
mas da queda, da tentativa torta, da coragem de tentar mesmo tremendo.
Talvez a pergunta não seja quantas oportunidades você perdeu,
mas quantas ainda vai permitir que o medo leve embora.
Porque enquanto você pensa demais, a vida passa.
E o que hoje é dúvida, amanhã pode ser saudade do que não foi.
Você não precisa estar pronto. Precisa estar disposto.
A viver, a tentar, a errar — e, quem sabe, a vencer.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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