terça-feira, 5 de agosto de 2025

Quantas oportunidades?

    Quantas vezes você esteve à beira de algo novo — um convite, uma ideia, uma chance — e recuou? Não por falta de capacidade, mas por medo. Medo de falhar, de ser julgado, de não estar à altura. Quantas portas você mesmo trancou, achando que não saberia abri-las? 
 
    O medo de errar é sorrateiro. Ele se disfarça de prudência, de cautela, de bom senso. Mas, muitas vezes, é só insegurança vestida de lógica. É o desejo de controle tentando sufocar o impulso de viver. 
 
    Errar faz parte do caminho. Os maiores aprendizados raramente nascem do acerto imediato, mas da queda, da tentativa torta, da coragem de tentar mesmo tremendo. 
 
    Talvez a pergunta não seja quantas oportunidades você perdeu, mas quantas ainda vai permitir que o medo leve embora. Porque enquanto você pensa demais, a vida passa. E o que hoje é dúvida, amanhã pode ser saudade do que não foi. 
 
    Você não precisa estar pronto. Precisa estar disposto. A viver, a tentar, a errar — e, quem sabe, a vencer. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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