quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Vamos morrer

    A brevidade da vida é como uma vela acesa em uma sala silenciosa — não importa o quanto cuidemos da chama, ela inevitavelmente se apagará. Saber disso não deveria nos paralisar, mas nos despertar. 
 
    Vamos morrer, sim, mas é justamente por isso que viver importa. Não falo de viver correndo atrás de tudo ao mesmo tempo, mas de escolher aquilo que ressoa profundamente com quem somos. O tempo é limitado; logo, gastar energia com o que é vazio é desperdiçar o que temos de mais precioso. 
 
    Fazer sentido não significa seguir um roteiro pré-definido pela sociedade. Significa encontrar um fio condutor que una nossos dias, mesmo que seja um simples compromisso com a beleza, a honestidade, a criação, o amor ou a coragem. 
 
    Talvez viver uma vida que faça sentido seja como escrever um poema: você não controla quando a última palavra virá, mas pode escolher que cada verso carregue algo que valha ser lido — e lembrado. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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