Não somos salvos por boas obras

    "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." Efésios 2:8 

 

    É triste quando nos deparamos com algumas situações que acontecem a nossa volta. Vejo alguém fazendo uma boa obra e, no instante seguinte, após tirar uma boa selfie da situação, postar em suas redes sociais o ato "solidário" que acabou de fazer. Para piorar a situação, bate no peito como se fosse melhor do que o resto do mundo e diz que "fez a sua parte como cristão". É triste porque essa pessoa e todas as outras que, infelizmente, fazem a mesma coisa, acabam achando que isso lhes garantirá um lugar no céu. Não é assim que diz as Escrituras Sagradas. Muito pelo contrário. O texto em epígrafe diz que somos salvos pela graça de Deus e isso não vem de nós. Na sequência ele afirma que não vem das obras para que ninguém se glorie nisso. 

 

    Precisamos nos atentarmos para esse detalhe. Devemos praticar boas obras porque somos salvos e não para ser salvos. Há uma grande diferença. O verdadeiro cristão tem uma preocupação com o próximo e procura ajudar sempre que pode. Se não for assim é melhor nem fazermos nada. Jesus, durante o seu ministério na terra, condenou os hipócritas e fariseus de sua época porque eles achavam que fazendo as coisas para todo mundo ver eles seriam vistos como cumpridores da lei. Isso é um engano terrível. 

 

    Não somos salvos por boas obras, mas pela obra de Deus. Fazemos boas obras porque o amor de Deus está derramado em nossos corações. E, quando fazemos, não ficamos tocando trombeta para anunciar o bem que fizemos. Que Deus em Cristo nos ajude a sermos mais precavidos sobre isso. Que o Senhor nos dê graça para ajudarmos os necessitados e os oprimidos, mas que nos impeça de nos vangloriar com isso. Toda honra e toda glória pertence a Deus que nos amou com amor infinito. "Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." Efésios 2:9,10 

 

Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense