terça-feira, 1 de julho de 2025

O olhar de Deus

    Deus, em sua infinitude, não observa apenas o que fazemos — Ele contempla o que somos. Seu olho que tudo vê não é apenas vigilante, mas compassivo. Ele enxerga o que os outros não veem: as lutas silenciosas, os pensamentos não ditos, os arrependimentos ocultos atrás de um sorriso forçado. 
 
    Mas mais profundo que Seu olhar é o Seu coração. Um coração que tudo perdoa, não por ignorar nossas falhas, mas por compreendê-las. Ele sabe de onde viemos, o que nos feriu, o que ainda estamos tentando curar. Seu perdão não é premiação por perfeição, mas um gesto constante de amor por quem ainda está aprendendo a ser. 
 
    O olho de Deus vê até a semente do bem em meio ao caos. Seu coração, então, acolhe essa semente — rega com graça, aquece com paciência, e espera, com fé, que um dia floresça. 
 
    Assim, lembrar que Deus tudo vê não deve gerar medo, mas alívio. Pois se Ele vê tudo, também vê o esforço, a intenção e a esperança que o mundo não enxerga. E se Ele tudo perdoa, então sempre haverá um caminho de volta, mesmo quando tudo em nós acha que já é tarde demais. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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