Cultivar uma vida de serenidade não é buscar uma existência sem dor, mas sim aprender a dançar com as tempestades sem deixar que elas nos levem embora. É perceber que o mundo seguirá ruidoso, contraditório, muitas vezes injusto — mas que ainda assim podemos escolher como nos posicionamos diante dele.
Serenidade não nasce do silêncio ao redor, mas do silêncio dentro. É uma conquista diária, feita de pequenas renúncias: a pressa que não levamos adiante, a resposta atravessada que decidimos não dar, a preocupação que soltamos ao perceber que não nos cabe controlar tudo.
É um caminho de desapego e de presença. De saber parar, ouvir, respirar fundo. De aceitar que há coisas que não voltam, pessoas que não ficam, e erros que não se consertam — e, mesmo assim, prosseguir.
Aprender a cultivar serenidade é perceber que a paz não é um prêmio que o mundo nos dá, mas um jardim que regamos com escolhas calmas, mesmo em dias de caos.
E, como todo jardim, a serenidade exige cuidado, constância e amor — especialmente nos dias em que tudo parece querer nos arrancar de nós mesmos.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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