quarta-feira, 23 de novembro de 2022

As cartas de Pedro: vivendo em esperança e firmados na verdade

    “Amados, escrevo-vos, agora, esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero” (2 Pedro 3.1). 

    As Cartas de Pedro foram escritas com o propósito de encorajar os cristãos em tempos de provação e a se manterem firmes na verdade diante dos falsos ensinamentos. As Cartas de Pedro, escritas em meados do primeiro século da Era Cristã, porque inspiradas pelo Espírito Santo, continuam a fornecer uma mensagem de esperança em tempos de desespero, e uma palavra de crescimento e firmeza na Verdade para uma era de ceticismo e de falsas religiões. Ambas contém riquezas doutrinárias e instruções precisas para vivermos em diferentes situações da vida. Por essa razão, temos à nossa disposição um conjunto de ensinos que nos ajudarão como cristãos em tempos modernos. 

    “Pedro trata seus leitores como se estivessem exilados e dispersos, numa clara referência à dispersão dos judeus por todas as nações do mundo. Mas em 1 Pedro 1.14; 2.10-12; 4.2-4, esta mesma expressão é aplicada às igrejas gentias. Embora isto não parecesse uma honra aos olhos do mundo, identificava-as como povo escolhido de Deus; ‘eleitos’ (separados para servir), ‘de acordo com a presciência de Deus Pai’. Essa separação não precisa ser interpretada como predestinação arbitrária. Israel tornara-se um povo escolhido não por um afago todo especial de Deus, ou para ser-lhe a possessão favorita (Atos 10.34), mas para servi-lo (Isaías 41.8). Os israelitas, pois, foram separados, ou eleitos, a fim de preparar o mundo à vinda de Cristo, e para ser uma bênção a ‘todas as famílias da terra’ (Gênesis 12.3). Vejo a escolha do filhos de Israel como a dos comandos aliados na Segunda Guerra Mundial. A missão destes era justamente estabelecer cabeças-de-praia em território inimigo para que os outros pudessem avançar. Mais uma vez a presciência de Deus tem de prevalecer, não tanto em seu conhecimento em relação a nós, mas em relação aos seus próprios planos e objetivos. Isto é sentido na esfera da santificação pelo Espírito, e é efetuado através do sangue de Cristo pela demonstração de nossa obediência. 
É muito importante, pois, que nós, como estrangeiros, exilados e residentes neste mundo, lembremo-nos de quem realmente somos”.

HORTON, Stanley M. 1 e 2 Pedro: A Razão da nossa Esperança. RJ: CPAD, 2012, pp.12,13.

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