O que eu posso fazer? O que eu quiser. Esse é um princípio básico da vida. No entanto, devo ter consciência de que todas as minhas escolhas me trará consequências. Sou livre para plantar o que quiser, mas devo saber que vou colher o que plantei. Há um grande questionamento na igreja sobre as doutrinas, os usos e costumes, as liturgias. Por que não posso fazer tal coisa? Por que isso ou aquilo é proibido? A verdade é que, como lemos na epígrafe acima, todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm. E por que não? Porque pode ser que algo que eu não entendo como sendo uma coisa má aos meus olhos pode contribuir para escândalo dos meus irmãos. Então não devo pensar só em mim, mas devo, também, observar se minhas atitudes não ferem os meus irmãos. "Ser-se livre não é fazermos aquilo que queremos, mas querer-se aquilo que se pode." Sartre.
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.
Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus."
1 Coríntios 10:31,32. A grande questão aqui é que devemos ter o máximo cuidado para não causarmos escândalo na obra de Deus. Se eu não concordo com alguma das regras, sou livre para sair daquela igreja e procurar outra que tenha menos restrições. O que não posso é ser queixo duro a ponto de questionar os dogmas e tradições da comunidade e levantar-me contra as lideranças. Na verdade, tudo não passa de uma questão de consciência, como já afirmava Gandhi. "A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência."
O que devemos mesmo fazer é nos perguntar se o que estamos fazendo ou o que vamos fazer estará glorificando o nome do Senhor. É uma questão de análise, de pensar em nossas ações. Quando fazemos isso, com certeza, teremos menos risco de fazermos coisas que desagradam o nosso Deus e, consequentemente, de escandalizar os nossos irmãos. Que Deus em Cristo nos dê sabedoria para tomarmos as decisões certas para as nossas vidas.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense
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