quinta-feira, 28 de julho de 2016

Ninguém está longe demais


Por Odair José da Silva 

A Bíblia, a Palavra de Deus, expressa categoricamente que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3.16). Não temos como expressar a magnitude deste amor revelado por Deus em prol da humanidade. Mas, como podemos entender isso? Após algum tempo refletindo sobre isso e fazendo perguntas de como poderia entender esse amor, deparei-me com uma passagem bastante conhecida que, como num passe de mágica, me abriu os olhos para compreender um pouco como é essa demonstração de amor de Deus pela humanidade. Partindo, então, da premissa do alcance do amor de Deus, compartilho com meus leitores a história de um resgate miraculoso registrado em Lucas 19. 1-10. Esse texto fala de Zaqueu, um publicano cobrador de impostos que teve um encontro com Jesus e sua vida transformada por causa desse encontro.

Diz o texto sagrado: "Jesus entrou em Jericó, e atravessava a cidade. Havia ali um homem rico chamado Zaqueu, chefe dos publicanos. Ele queria ver quem era Jesus, mas, sendo de pequena estatura, não o conseguia, por causa da multidão. Assim, correu adiante e subiu numa figueira brava para vê-lo, pois Jesus ia passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e lhe disse: "Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje". Então ele desceu rapidamente e o recebeu com alegria. Todo o povo viu isso e começou a se queixar: "Ele se hospedou na casa de um ‘pecador’”. Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: "Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais". Jesus lhe disse: "Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido". (Lucas 19.1-10).

A partir da leitura desse texto podemos considerar algumas lições que nos mostra o alcance do amor de Deus. Em primeiro lugar compreendemos que o amor de Deus em Cristo Jesus alcança qualquer pessoa, em qualquer lugar. Não importa o que a pessoa é ou fez na sua vida. Se essa pessoa reconhecer o amor de Deus através de Jesus Cristo e o aceitar como Senhor e Salvador essa pessoa é alcançada pelo amor de Deus.

Quando olhamos para a vida de Zaqueu podemos dividi-la em duas fases: a primeira quando ele estava lá no alto e não era salvo; a segunda quando ele estava por baixo e agora era alcançado pelo amor de Deus. E, a partir dessa perspectiva, podemos inferir algumas lições que são preciosíssimas para compreendermos o amor de Deus em nossas vidas.

A primeira lição é que fomos feitos a imagem e semelhança de Deus, mas nos tornamos pecadores. Foi assim com Zaqueu. Ele, como qualquer um de nós, foi feito a imagem e semelhança de Deus, mas se afastou de Deus por causa do pecado. “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”. (Isaías 59.1,2). O pecado é que afasta o homem de Deus. Mas, mesmo assim, Deus busca o pecador perdido. Ele estende suas mãos e os procuram. Ele anuncia o ano aceitável do Senhor. Ele disponibiliza o tempo da graça e misericórdia para salvar o pecador. Ah! Se não fosse o amor de Deus para conosco. O que seria de nós?

A segunda lição é que dentro de nós há um desejo de buscar a Deus, mas o pecado nos impede. Vemos isso em Zaqueu. Quando ele soube que Jesus ia passar por ali ele procurou ver quem era Jesus. Mas encontrou diferentes dificuldades para realizar esse desejo. Isso representa o desejo do ser humano em ser salvo. Há um vazio na alma que ainda não encontrou a salvação em Jesus Cristo. Por mais que algumas pessoas insistem em dizer o contrário, sabemos que há no interior do ser humano o desejo de encontrar o seu Deus.

A terceira lição que aprendemos é que não devemos esperar tornarmos perfeitos para buscar a Deus. Zaqueu correu rápido para subir na figueira e ver Jesus. Apesar das dificuldades e sabedor que era mal visto pela sociedade ele foi atrás de sua salvação. Ele procurava um alívio para o vazio que sentia na sua alma. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. (Isaías 55.6). A Bíblia salienta que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23), mas mostra-nos o caminho dizendo “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. (Efésios 2.8,9). Existem muitas pessoas enganadas querendo se aperfeiçoar e fazendo boas obras para serem salvas, mas estão iludidas porque a salvação é só através de Jesus Cristo. É dom de Deus. O que é preciso fazer é aceitar o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. Isso porque só existe um mediador entre Deus e os homens pelo qual podemos ser salvos, Jesus Cristo. (Atos 4.12).

A quarta lição que aprendemos aqui é que quando vamos até Jesus com uma atitude sincera ele nos acolhe. Foi o que aconteceu com Zaqueu. Ele foi sincero na sua busca. Ele queria ver Jesus. Quem sabe ele já tinha ouvido falar muito de Jesus e dos seus milagres, de suas palavras e ele buscava ver quem era Jesus. Mas, o mais importante de tudo isso é que ele buscava algo de diferente para sua vida. Ele era um homem rico, mas não era feliz. Tinha riqueza, mas não tinha felicidade. E buscou isso em Jesus. Mas ele foi com um coração sincero. E Jesus viu isso. Quando ele olha para Zaqueu ele viu a sinceridade do coração dele.

A quinta lição é não se preocupar com o que vão dizer de você. Jesus te recebeu e isso é o que importa. Aconteceu com Zaqueu e acontece nos nossos dias. O julgamento das pessoas. Ele é um pecador! Foi o que disseram. Como Jesus entra na casa de um pecador? Mas aquele homem não se importou com isso. Ele estava muito feliz para dar atenção para aquelas pessoas. Ele tinha encontrado o Mestre e a salvação de sua alma. Sua alma se rejubilava de alegria por ter encontrado Jesus. Nos dias atuais ainda vemos pessoas sendo discriminadas por causa do evangelho. Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido. Sim. Ele quer salvar e libertar os viciados, as prostitutas, os assassinos, enfim, não importa o pecado que a pessoa cometeu. O evangelho é para essas pessoas. Todos aqueles que se afastaram de Deus por causa do pecado, Jesus está buscando para salvar.

A sexta, mas não a última lição que percebemos aqui é que um coração aberto para Deus produz arrependimento e santidade. Vemos isso em Zaqueu quando ele aceita Jesus. Ele se arrepende de seus pecados e procura apresentar uma vida de santidade para o Mestre a partir de então. É isso que precisamos. Entregar nossas vidas a Jesus e segui-lo com fidelidade.

Para concluir esta mensagem quero dizer a você prezado leitor, que o amor de Deus é imenso. Ele está de braços abertos te esperando. Procure Jesus e aceite-O como seu Senhor e Salvador. O amor de Deus está derramado em nossos corações. Não importa o que você tenha feito e a sua situação atual. Se você crer em Jesus Cristo ele perdoará os seus pecados e transformará a sua vida. “Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã”. (Isaías 1.18). Entregue a sua vida para Jesus e deixe-o mudar o seu coração e então você encontrará alívio para a sua alma. Ninguém está longe demais do alcance do amor de Deus.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 26 de julho de 2016

Três contribuições para uma festa profana


Por Odair José da Silva 

A poderosa Babilônia se via cercada pelo exército persa. Contudo, Belsazar tentava levantar o moral de seus súditos e para isso promoveu uma grande festa na qual convidou mil de seus grandes do reino. Como império, Babilônia havia conquistado boa parte do mundo da época, inclusive a nação de Israel, povo eleito de Deus, e se considerava invencível dentro de suas muralhas.

O livro do profeta Daniel relata, no capítulo 5, como foi promovida essa grande festa e podemos inferir do texto sagrado três contribuições para que essa festa acontecesse.

A primeira contribuição foi do próprio Belsazar.
Ele contribuiu com sensualidade sem limites. Numa orgia abominável esse rebelde rei junto com os seus grandes promoviam uma afronta à Deus. E o ponto máximo dessa afronta foi estabelecido quando Belsazar mandou trazerem os utensílios sagrados do Templo de Jerusalém. Esses utensílios pertenciam à casa de Deus em Jerusalém e foram levados para a Babilônia como troféus de batalha e prova de poder dos deuses de Nabucodonosor porque “Deus lhe entregou”. Mas, não podemos esquecer que Deus tem o controle de tudo e que não se deixa escarnecer. Lá no céu os olhos de Deus vê qual é a tua sorte, se é vida ou morte e suas mãos a escreve.

Notamos que essa festa foi realizada por descuido. Isso porque como se pode apurar pela história, o inimigo, no caso os persas, estava próximo e cercava a cidade. Belsazar, no entanto, promoveu uma festa com muita gente nobre, mulheres e muita, mas muita bebida mesmo. Contudo, creio que a medida dos pecados dos babilônios chegaram no limite ao fazerem sacrilégio e usarem os vasos sagrados e também profanarem os utensílios da casa de Deus numa atitude de desafio ao Todo Poderoso. Além disso, a idolatria era grande pois cultuavam os deuses pagãos numa atitude de verdadeira afronta ao Deus de Israel.

A segunda contribuição para a festa de Belsazar foi de Deus.
O Senhor dos Exércitos, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó contribuiu com uma escrita misteriosa na parede que deixou todos aterrorizados. Creio que os folguedos e cantorias cessaram para dar lugar a um silencioso espanto. Uma mão misteriosa apareceu escrevendo na parede do palácio. A Bíblia diz que “ao ver a mão, o rei não sabia o que pensar; ficou pálido de medo e começou a tremer da cabeça aos pés”. Daniel 5.6 (NTLH). Todos que estavam no palácio não souberam decifrar a escrita e o rei mandou que todos os adivinhos adentrasse o palácio para decifrar o enigma.

Mas, o que Deus escreve só os seus servos entende e nenhum daqueles adivinhos puderam dar resposta ao rei. A Bíblia diz que “todos os sábios entraram no salão, mas nenhum deles pôde ler o que estava escrito na parede nem explicar ao rei o que aquilo queria dizer. O rei se assustou ainda mais, e o seu rosto ficou mais pálido ainda. E nenhuma das altas autoridades sabia o que fazer”. Daniel 5.9-10 (NTLH).

A terceira contribuição para a festa profana foi de Daniel, o profeta de Deus. 
Considerado um dos sábios do palácio, quando convocado fez o anúncio da calamidade do rei Belsazar e da queda da Babilônia. A sentença foi grave ao monarca e a escrita dizia que os dias do rei e do reino são numerados. Afirmava ainda que, na balança da justiça de Deus, o rei foi pesado e encontrado em falta. O reino foi dividido e dado aos medos e persas.

A história nos conta, nos relatos de Heródoto e Xenofonte que “a cidade foi invadida mediante o desvio do rio Eufrates, e que os persas entraram na cidade e encontraram o povo entregue a uma enorme bebedeira festiva mais ou menos em 11 e 12 de outubro de 539 a.C”. E a Bíblia afirma que “naquela mesma noite Belsazar, o rei da Babilônia, foi morto, e Dario, o rei do país da Média, que tinha sessenta e dois anos de idade, começou a reinar no seu lugar”. Daniel 5.30,31. (NTLH).

Prezado amigo, a história nos ensina lições preciosas e devemos observar o agir de Deus ao longo dos tempos. Tua vida, meu prezado amigo, está escrita e Deus tem o registro dos teus atos. Pare e reflita sobre como está sua vida. Qual a contribuição que tens dado para as festas profanas do mundo?

Jesus te faz compreender neste instante que existe uma balança divina para pesar os nossos atos e que, ainda tens tempo para abraçar a misericórdia de Deus através de Jesus Cristo. Não faças como Belsazar, mas arrepende-te porque “todos somos fracos desde o nascimento; a nossa vida é curta e muito agitada. O ser humano é como a flor que se abre e logo murcha”. Jó 14.1,2. (NTLH). Mas a misericórdia de Deus é a causa de não sermos consumidos. Ele deu o seu Filho amado para nos salvar. Aceite a Jesus Cristo e serás salvo tu e tua casa. Creia no unigênito Filho de Deus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

domingo, 24 de julho de 2016

Ganhar almas: motivos para fazê-lo


Por Odair José da Silva

“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” 1 Coríntios 9.16.

Se existe alguma coisa de suma importância que o seguidor de Cristo deve fazer é anunciar o evangelho do Reino de Deus que se manifestou através de Jesus Cristo. Para tanto, é necessário que o ganhador de almas eficiente tenha alguns requisitos: amor pelas almas; conhecimento da Palavra de Deus; espiritualidade plena; disponibilidade; fé; perseverança e chamado de Deus para essa missão. Nesse sentido, precisamos entender a necessidade de anunciar o evangelho de boas novas para um mundo que se encontra afastado de Deus e perdido em suas concepções errôneas.

Ganhar almas para o Reino de Deus é a mais importante tarefa que um fiel servo de Deus pode executar neste mundo. Nada e nem ninguém pode interferir neste propósito que deve pautar a vida de um verdadeiro cristão. O mundo precisa, mais do que nunca, de ouvir boas novas. E isso só será possível se cada cristão que aceitou a Jesus venha anunciar as maravilhas que é servir a Ele.

É uma obrigação primária de cada membro da igreja testemunhar para outras pessoas, a fim de que elas também se decidam por Cristo. Isso era o que fazia a igreja primitiva. Mesmo sendo perseguida ela anunciava as boas novas de salvação.

O evangelho contribui para transformar a sociedade, destruindo práticas abomináveis, incluindo embriaguez, prostituição e drogas e outros maus costumes que assolam as nossas cidades e levam milhares de pessoas para a morte cotidianamente. Vivemos uma época em que o ser humano está cada vez mais envolto na violência e degradação humana e só Jesus pode transformar as vidas dessas pessoas.

As almas sem Deus estão perdidas. São pessoas destituídas da glória de Deus. Por isso, cada um desvia-se pelo seu próprio caminho. O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos afirma que: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Romanos 3.23. E o profeta Isaías já havia vaticinado que: “Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos”. Isaías 53.6. E o apóstolo Paulo confirma aos Romanos dizendo: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”. Romanos 3.24.

A Bíblia define os homens e as mulheres deste mundo como pessoas perdidas. Mas existe uma esperança. “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Lucas 19.10. 

Nenhum pecador é capaz de salvar-se por si próprio. Por tal motivo, Deus enviou seu filho ao mundo, a fim de prover salvação para os perdidos. Quem nEle crer será completamente salvo. Foi o que Paulo e Silas disseram ao carcereiro quando este indagou o que poderia fazer para ser salvo. “E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e será salvo, tu e tua casa”. Atos 16.31. E o apóstolo Paulo ainda confirma esse enunciado dizendo: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”. Tito 2.11.

Somente Jesus pode salvar. Não existe outro nome, nem no céu e nem na terra, pelo qual os homens possam ser salvos. O apóstolo Pedro cheio do Espírito Santo afirma isso dizendo: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. Atos 4.12.

Por isso, nada e nem ninguém pode substituir a tarefa de ganhar almas para o Reino de Deus. Como Cristãos que somos devemos anunciar o evangelho que transforma e que dá esperança para o ser humano. Não existe nenhuma esperança para a humanidade a não ser em Jesus Cristo. E nos dias em que estamos vivendo cresce cada vez mais a necessidade de anunciarmos essas boas novas.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A igreja, a política e o voto consciente


Por Odair José da Silva

“Não gosto de política.” “Política e religião não se discutem.” É muito comum ouvirmos em nosso dia-a-dia frases como essas ditas por pessoas das mais diferentes origens. De modo geral, elas refletem uma imagem que muitos brasileiros têm da política: que se trata de algo desinteressante, fora do alcance e sempre aberto à corrupção.

Será que a política pode ser reduzida a isso? E quanto a nós, devemos nos manter distantes dela? Temos realmente de deixar essa atividade nas mãos de políticos profissionais? Como fica então nossa participação no processo de tomada de decisões, processo que está na essência mesma da política?

A sociedade em que vivemos está longe de ser homogênea. Nem sempre os anseios de um grupo social coincidem com os de outros. Muitas vezes eles são divergentes, contraditórios ou mesmo antagônicos. Como definir qual deve prevalecer? Foi pensando em questões como essas que o ser humano inventou a política. Por meio dela, as pessoas ou seus representantes discutem idéias, expõem argumentos e decidem que propostas devem ser postas em prática. Nesse processo, os grupos mais bem articulados e coesos, ou aqueles que dispõem de mais recursos, contam com maiores possibilidades de fazer aprovar suas propostas.

E a igreja? Como ela fica nessa situação? A política permeia todos os aspectos de nossa sociedade e a igreja não está isenta a isso. Nesse sentido, precisamos, enquanto corpo pensante, estabelecer metas para não sermos prejudicados com a atual política. Como fazer frente aos ataques que vemos cotidianamente aos princípios cristãos e familiares? Somente uma igreja atuante será capaz de realizar tal propósito. Não podemos nos omitir desse fator essencial no mundo contemporâneo e nem dar vazão a sentimentos nefastos que prejudicam a verdadeira política.

Está chegando à hora de, mais uma vez, escolhermos os nossos representantes municipais. Aqueles que vão ditar o nosso destino por quatro anos. Não podemos mais aceitar esse tipo de política que corrói os bons princípios da Palavra de Deus. Enquanto cidadãos de um país laico e democrático temos que mostrar a nossa força e não podemos nos omitir a esse detalhe e nem ser negligentes a nossa função social. Temos que ser participativo e votarmos conscientemente. Não podemos mais dar desculpas e sermos ignorantes com relação à política.

Um voto consciente faz toda diferença.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 19 de julho de 2016

Atributos de um Evangelista


Do obreiro chamado ao ministério evangelístico, requerem-se os seguintes atributos: amor às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade plena e disponibilidade.

1. Amor às almas. Paulo tinha um amor tão grande pelas almas que, por estas, chegava a sentir dores intensas, como se estivesse a dar filhos à luz (Gl 4.19). Por essa razão, afirmou que não poderia deixar de anunciar o Evangelho (1Co 9.16). Foi esse amor que constrangeu Filipe a evangelizar Samaria e a dirigir-se “ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza” para falar com um etíope (At 8.26). O evangelista nada é, e nada fará sem o amor às almas perdidas. Pense nisto. E, de imediato, entregue-se em favor dos que caminham para o inferno. Esta é a sua missão.

2. Conhecimento da Palavra de Deus. Conhecendo profundamente a Palavra de Deus, Filipe soube como conduzir a Cristo o mordomo-mor de Candace que, de volta à Etiópia, vinha lendo o profeta Isaías. Eis como ele foi eficiente: “Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus” (At 8.35). Lembre-se: o anúncio do Evangelho de Cristo exige do evangelista um perfeito manejo da Palavra da Verdade (2Tm 2.15). Além disso, esteja preparado, com mansidão e temor, para apresentar a razão da esperança que há em nós (1Pe 3.15).

3. Espiritualidade plena. O batismo com o Espírito Santo é imprescindível ao exercício eficaz do ministério evangelístico (At 1.8). Filipe era um homem cheio do Espírito (At 6.2-4). E, por essa razão, teve um ministério pontilhado de milagres e atos extraordinários (At 8.6,7). Quem evangeliza não se contenta com uma vida espiritual medíocre, mas busca o poder do alto para proclamar, a todos e em todo tempo e lugar, que Jesus é a única solução.

4. Disponibilidade. Embora fosse casado, o evangelista Filipe estava sempre disponível a cumprir com excelência o seu ministério. Em Atos 8, encontramo-lo em quatro lugares diferentes: Samaria, Gaza, Azoto e Cesareia. E, nem por isso, descuidou de sua família; suas quatro filhas eram profetisas (At 21.8,9). Filipe evangelizava tanto pessoal quanto coletivamente; era um obreiro completo.

Fonte: Lições Bíblicas 3º Trimestre 2016 - CPAD

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Igreja, uma agência evangelizadora


A Teologia Sistemática classifica a Igreja de Cristo com dois conceitos que se encontram nas Escrituras: igreja visível e igreja invisível. A igreja visível está identificada com aquele grupo de pessoas que se reúnem em nome de Jesus em várias partes do globo terrestre. É a igreja geográfica, étnica, forjada num tempo, numa história e numa cultura. É a igreja que celebra a Cristo em várias partes do planeta (cf. At 2.1; 13.1,2).

Em relação à igreja invisível, as Escrituras Sagradas se referem a ela como a Igreja, Corpo de Cristo, formada por milhares de pessoas de todos os tempos e lugares. Essa Igreja é atemporal e sem limites geográficos. Nela, estão presentes crentes do passado, do presente e do futuro. A Bíblia chama essa Igreja de o Corpo Místico de Cristo; nome dado à Igreja Universal que Jesus fundou, onde Ele se fez o “cabeça” da Igreja, a “pedra de esquina”.

Uma comunidade escatológica e pentecostal 

O Corpo de Cristo, a Igreja, nasceu historicamente no dia de Pentecostes, conforme narrado pelo evangelista Lucas, em Atos capítulo 2. Aquele evento foi posterior ao questionamento dos discípulos a Jesus Ressurreto acerca do futuro, principalmente a restauração do reino ao povo judeu (At 1.6-11): “Senhor, quando restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”. A resposta a essa pergunta desembocou na grande promessa feita a respeito da volta do Senhor: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir” (v.11). A Igreja é uma comunidade escatológica porque ela nasceu historicamente debaixo da promessa da vinda do nosso Senhor. Uma promessa confirmada também no Pentecostes, conforme a profecia de Joel pronunciada pelo apóstolo Pedro em sua pregação à multidão (Jl 2.31,32; At 2.20,21). Judeus de diversas partes do mundo ouviram aquela mensagem poderosa.

A Igreja de Cristo é pentecostal porque historicamente nasceu sob o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-13). Num pequeno cenáculo, pessoas foram cheias do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, a profetizar e a tomar uma consciência de coragem e ousadia para proclamar as maravilhas de Deus à humanidade (At 2.14-36). Por isso, a natureza da atividade evangelística da Igreja deriva dessa consciência escatológica e pentecostal que produziu quebrantamento e uma conversão nunca dantes vista por aquela comunidade (v.37). O Evangelho tomara a mente e os corações das pessoas!

Fonte: Ensinador Cristão. 3º Trimestre 2016. CPAD

terça-feira, 12 de julho de 2016

Crescer na graça e no conhecimento


Por Odair José da Silva 

Antes de iniciar o meu argumento sobre crescimento na graça gostaria de transcrever uma história que Plínio relata. De acordo com Plínio, Zeuxis pintou uma vez tão bem um menino segurando um prato de uvas, que as aves se enganaram e voaram para debicar as frutas. O artista, no entanto, estava desgostoso com o quadro, pois, disse ele: “houvesse eu pintado tão bem o menino como devia os pássaros não teriam ousado tocar nas uvas”.

Essa pequena história ilustra-nos uma grande lição de vida quando pensamos em crescimento espiritual. As pessoas estão cada dia mais presas ao mundo moderno cheio de suas tecnologias que esqueceram a principal razão pelo qual vivemos que é sermos frutos para a Glória de Deus. Crescer na graça requer amadurecimento. É necessário que tenhamos em mente que precisamos brilhar em meio à escuridão do mundo. Reluzirmos o brilho de Cristo em meio às densas trevas que sufocam a alma humana. Para que isso aconteça essencial é sermos cheios da Graça de Deus.

Na história citada acima conta-se a busca da perfeição com que o artista queria que sua obra estivesse. Isso acontece quando um escritor escreve um livro ou quando um pintor pinta sua obra máxima. Eles procuram se esforçar para que suas obras sejam as melhores possíveis. Isso nos orienta a sermos os melhores naquilo que fazemos na obra de Deus.

Para alcançarmos o conhecimento precisamos ser humildes o bastante para aprender com os outros. Precisamos escutar os demais e dar valor as lições que vemos diariamente acontecer a nossa volta para que possamos crescer. Quando a Bíblia nos orienta a crescer na graça e no conhecimento ela se refere a dois tipos de crescimento. Crescer na graça está relacionado a busca pela misericórdia de Deus através da oração e súplica. Afinal, é de Deus que alcançamos essa graça. Crescer no conhecimento está relacionado aos estudos e compreensão dos acontecimentos a nossa volta.

Outro passo necessário para esse crescimento espiritual na graça é não confiarmos em nós mesmo. Isso se faz necessário para não acharmos que somos alguma coisa. Na verdade, Paulo foi categórico em afirmar que, se não fosse à misericórdia de Deus nada seriamos. E, no momento de maior luta Deus assim falou para ele: a minha graça te basta. Esse procedimento nos leva a entender que tudo que somos é permissão de um Deus onisciente que conhece nossas limitações e, mesmo assim, nos permite fazermos grandes coisas. Que possamos cada dia mais buscar a presença de Deus para realizar a obra que Ele tem nos chamado a fazer.

Para finalizar esse texto quero aqui deixar um conselho de um dos homens mais sábios que já passou pela Terra e que foi usado por Deus para nos orientar. Um conselho maravilhoso. Salomão escreveu: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. (Prov. 4.18).

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Contexto Histórico e Político do Profeta Isaías



1. A divisão do reino. Após a morte do rei Salomão, filho de Davi, aconteceu uma disputa pela sucessão em Israel. As dez tribos do Norte, lideradas por Jeroboão, solicitaram a Roboão, filho de Salomão e herdeiro legítimo do trono, que aliviasse a carga tributária imposta por seu pai, Salomão; diante da negativa de Roboão, as tribos do Norte entronizaram como rei a Jeroboão. Com isso, Israel se dividiu em duas partes, chamadas de Reino do Norte, sob a liderança de Jeroboão, e Reino do Sul, sob a liderança de Roboão. Esse fato aconteceu em 922 a.C. A falta de amor e misericórdia entre as tribos irmãs foi a causa do cisma de toda uma nação. Quando a arrogância e a soberba prevalecem sobre o amor e respeito pelo outro, o fim sempre será trágico.

2. Os reis do profeta Isaías. Adiante segue a relação de reis que governaram Judá (Reino do Sul), cuja capital era Jerusalém. Veja que pessoas sem a presença e temor de Deus em posições de liderança trazem ruína para seus liderados. Deus deseja contar com jovens que desde muito cedo compreendam que seu sucesso em todas as áreas da vida está na base da fé e na comunhão que cada um desenvolve com Deus.

a) Uzias. Foi rei de Judá de 791 a 740 a.C. e é relatado no capítulo 6 de Isaías. Provavelmente o ministério profético se iniciou na data da morte deste rei.

b) Jotão. Era filho de Uzias e o sucedeu no trono de 740 até 732 a.C. Acredita-se que tenha sido corregente com seu pai, após este ter adquirido lepra (2Rs 15.5) por ter oferecido sacrifício indevido no altar; no entanto, foi um bom rei, embora tenha permitido alguns locais de idolatria em Judá.

c) Acaz. Foi filho de Jotão e tornou-se rei logo após o falecimento do seu pai. Reinou de 735 a 715 a.C.. Foi esse rei que, ao ter seu país invadido por tropas de Israel e da Síria, fez aliança com a Assíria (2Cr 28.16), o que denotou falta de confiança em Deus e trouxe sérias consequências para Judá. O profeta Isaías interferiu diretamente no reinado de Acaz lhe entregando uma profecia da parte de Deus (Is 7.1). A decisão de confiar na Assíria começou a enfraquecer o reino de Judá e trouxe consequências econômicas para o povo, devido ao pagamento de tributos para a Assíria. Foi um rei bastante idólatra (2Cr 28.19,24), principalmente a Baal, chegando a queimar um de seus filhos em oferta aos deuses (2Rs 16.3-4; 2Cr 28.2-4), quebrou utensílios do Templo e fechou locais de adoração a Deus (2Cr 28.23-25).

d) Ezequias. Era filho do rei Acaz e reinou de 715 a 686 a.C., porém, provavelmente foi corregente com seu pai a partir de 729 a.C.. Foi durante seu reinado, graças a sua confiança em Deus, que aconteceu o grande livramento de Judá da invasão Assíria, quando morreram 185 mil soldados (2Rs 19.35), no ano de 701 a.C.; embora muitas cidades de Judá (Reino do Sul) terem sido saqueadas nessa invasão, Jerusalém foi milagrosamente poupada. Isaías animou o rei Ezequias durante a invasão do exército assírio (Is 37.5-7) e lhe trouxe uma mensagem de morte e outra de cura diante de seu arrependimento (2Rs 20) quando esteve doente. Embora esse rei tenha procurado honrar e adorar a Deus (2Rs 18.5,6), permitiu também determinados cultos aos deuses dos invasores assírios. No início de seu reinado, ele fez uma reforma religiosa reinstituindo algumas celebrações que haviam sido abandonadas (2Cr 29.2) pelo povo de Deus, tornando-se assim um dos melhores reis de Judá após a divisão do reino (2Rs 18.5).

e) Manassés. Reinou de 686 a 642 a.C., mas deve ter sido corregente com seu pai desde 696 a.C. Não há registros de que Isaías tenha profetizado durante o reinado desse rei, mas provavelmente foi no início desse reinado que o profeta foi martirizado, sendo serrado ao meio, segundo a tradição, pois esse rei era perversamente idólatra.

3. A ascensão dos impérios mundiais. Com a subida ao poder de Tiglate-Pileser III ao trono da Assíria (745-727 a.C.) esta começou a subjugar algumas nações, dentre as quais o Reino do Sul. A Síria e Israel (Reino do Norte) haviam ameaçado invadir o Reino do Sul (735-732 a.C.). Com isso, Acaz, que nessa época era o rei, fez uma aliança com a Assíria, o que ocasionou ao Reino do Sul certa submissão ao Império Assírio, com pagamento de pesada carga de tributos. Em 722 a.C. o Reino do Norte foi destruído e levado cativo pela Assíria (2Rs 17.5) para nunca mais se restabelecer. Já o Reino do Sul teve uma duração mais longa, embora tenha sido invadido e ameaçado algumas vezes pela Assíria e outros países vizinhos. Entretanto, no ano de 586 a.C. foi invadido, após duas outras invasões babilônicas anteriores, e levado cativo por esta.

Fonte: Lições Bíblicas Jovens - CPAD

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Procure Deus onde Ele está


Por Odair José da Silva 

"É possível encontrar cidades sem muralhas, sem ginásios, sem leis, sem moedas, sem cultura literária; mas um povo sem Deus, sem orações, sem juramentos, sem ritos religiosos, sem sacrifícios, jamais foi encontrado". (Plutarco 45-125 d.C – Moralista e Historiador Grego).

O coração humano, desde o seu nascimento, almeja um encontro com o seu Criador. Por mais que existam pessoas que duvidam da existência de um Criador, a natureza humana prova o contrário. Deus existe de fato e é presente no coração humano. Não é possível negar essa verdade.

Um breve olhar na literatura mundial em busca de resposta para o ateísmo resulta em respostas claras e objetivas de que a existência de Deus é um fato explícito e patente aos olhos de quem quer que seja. O ateísmo, defendidos por alguns, de fato não existe. Os homens que negam a simples existência de um criador não conseguem defender essa idéia e ela acaba sendo refutada por quem deseja de fato saber a verdade sobre um Deus Criador. As palavras de Plutarco, escrita no inicio da era cristã pode ser usada hoje com certeza de que é possível encontrar muitas coisas sem uma estrutura qualquer, só não é possível encontrar uma mente humana que não tenha esperança em um Deus maior.

Ao analisar as palavras Plutarco podemos observar que ele não está dizendo sobre o Deus verdadeiro. Ele afirma que em todas as sociedades por onde ele havia passado era possível perceber uma forma de adoração. Quando olhamos isso, deduzimos que, se existe adoração, existe um ser adorado. E, por mais que boa parte adoram sem saber o que estão adorando, sabemos que o fazem porque sentem na alma o desejo de adorar a Deus.

Deus existe e é apresentado para nós pela sagrada escritura. O conhecemos porque Ele nos amou e a si mesmo se entregou para expiação do pecado da humanidade. Jesus Cristo, o Filho de Deus veio até nós e, sob sofrimento terrível, pagou o preço pela nossa salvação.

Quem sabe você tem se perguntado ao longo de toda sua vida qual o propósito de sua existência e ainda não encontrou a resposta que confortasse seu coração. Creia em Jesus Cristo e a Ele entregue sua vida e, então, terá uma vida abundante. Pare de procurar em lugares onde Deus não está e passe a olhar para a Cruz de onde emana a salvação eterna. "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará". (Sl 37:5)

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

domingo, 3 de julho de 2016

Os tesouros da terra não satisfazem o vazio da alma


Por Odair José da Silva

Os tesouros desta terra não nos satisfazem. Eles não preenchem o vazio da alma. Por isso estamos sempre insatisfeitos mesmo que tenhamos tudo. As coisas deste mundo não preenchem o coração que só pode ser preenchido pela graça de Deus. Por isso busquem primeiro o Reino de Deus e sua justiça.

Os tesouros que podem preencher o coração estão escondidos em Deus e é preciso ir buscá-los o tempo todo. De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma? Nossa maior riqueza está em Deus. Esqueça as coisas deste mundo. Tudo aqui é passageiro e não satisfazem a nossa alma. Deixe o Senhor preencher o vazio de sua alma e te dar a alegria da salvação. A verdadeira felicidade do céu está no Senhor Jesus Cristo.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense