quarta-feira, 2 de abril de 2014

O filho pródigo (2ª parte)




Parte II 

Olho esses dois garotos e meu coração se alegra. Tenho em mim um misto de felicidade e contentamento por tudo quanto Deus me deu. De todas as minhas posses e riquezas a maior é a felicidade em ter meus dois filhos junto de mim. Os vi nascer e não me esqueço de os ver brincar quando criança pelo quintal de casa. As vezes eu sentia medo de os perder. Não sei o que faria se acontecesse alguma coisa com um deles ou, Deus me livre, com os dois. Mas, graças a Deus os posso ver caminhar juntos todos os dias. Deus tem sido generoso comigo. Quero vê-los casados um dia e meus netos correndo pelo jardim. Isso é o que mais enche meu coração de alegria e esperança.

Hoje percebi um olhar meio distante no meu filho mais novo. Um mal presságio perpassou meu coração e, por um momento, senti um calafrio na alma como que se ele estivesse pensando alguma coisa. Nem posso imaginar. Mas deve ter sido só um pensamento ruim. Ele não me parece triste ou desapontado com alguma coisa. E no mais, o que ele poderia desejar indo para longe de casa? Afinal, esse mundo não oferece nada de bom. Cansei de mostrar isso aos dois. Tenho certeza que os ensinei no caminho em que devem andar e eles vão seguir nesse caminho.

Levanto meus olhos para as campinas e os vejo trabalhar na labuta diária. São os melhores filhos que um pai poderia desejar. Os empregados todos gostam deles e os tratam com muito respeito. Uma nuvem começa a crescer no céu e promete chuva mais tarde. Tenho que apressar o passo. Vou terminar meu eito e vou ajudá-lo a terminar o dele. Meu filho mais novo está um pouco atrasado em relação ao irmão dele. Irei ajudá-lo!

Texto: Odair

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