segunda-feira, 31 de julho de 2023

Tipos de autoidolatria

    1. Idolatria da autoimagem. A idolatria é tudo o que se coloca no lugar da adoração a Deus (Êx 20.3-5). Nesse caso, podemos dizer que o culto à autoimagem é uma forma de idolatria. Enquanto Cristo reflete a imagem de Deus (Hb 1.2,3), o narcisismo humano reflete a natureza do pecado (Jo 8.34). O apóstolo Paulo retrata o homem caído como uma pessoa egoísta: amante de si mesmo; avarenta: amante do dinheiro; odiosa: sem amor para com o próximo; rebelde: sem amor para com Deus; e hedonista: amante dos deleites (2Tm 3.2-4). Desse modo, uma pessoa não regenerada tem a necessidade de autopromover-se, desenvolvendo uma opinião elevada de si mesmo (Lc 18.11). Ela também anseia por reconhecimento e, de modo ilícito, busca estar sempre em evidência (Lc 22.24-26). Contrária à autoidolatria, a Bíblia ensina que a primazia é de Cristo, não do homem (Jo 3.30). 
 
    2. Idolatria no coração. O coração se refere às emoções, à vontade e ao centro de toda personalidade (Rm 9.2; 10.6; 1Co 4.5). Ele também é descrito como enganoso e perverso (Jr 17.9), pois do seu interior saem os maus pensamentos, as imoralidades, a avareza, a soberba e a insensatez (Mc 7.21,22). Em vista disso, Deus condena a adoração de ídolos no coração (Ez 14.3). Infelizmente, algumas pessoas chegam aparentar que adoram a Deus, mas na verdade servem aos ídolos em seus corações (Mt 15.8). Assim, quem não teme a Deus, traz a idolatria no seu íntimo quando prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais. Ao contrário dessa postura, a fim de não pecar, somos advertidos a guardar a Palavra de Deus no coração (Sl 119.11). 
 
    3. Idolatria sexual. A falha no controle dos impulsos sexuais está associada a sensualidade (Rm 1.27), imoralidade (Rm 13.13 — NVI) e libertinagem (2Co 12.21 — NVI). A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual (Gl 5.19). Não se trata apenas da prática do ato imoral, mas da busca intencional e compulsiva pelo prazer sexual ilícito (Rm 1.26,27; 1Co 6.15). É o altar da idolatria sexual edificado no coração (Mc 7.21). Então, a adoração a Deus é trocada pelo culto ao corpo a fim de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia por meio de pecados (1Pe 4.3 — NAA). A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16 — NAA). 
 
    A corrupção da raça humana é o desfecho de sua rebelião à verdade divina. A impiedade e a ausência de retidão resultaram em teorias de autossuficiência em que a criatura se ergue acima de seu Criador. Ao se colocar como medida única de todas as coisas, o homem eleva seu interesse acima da vontade divina. As consequências são a autoidolatria, a depravação moral, a decadência social e espiritual. Não obstante, a Escritura alerta que a ira divina permanece sobre os que são desobedientes à verdade divina (Rm 2.8). 
 

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