terça-feira, 18 de julho de 2023

Refutando o Ensino Progressista

    É muito provável que você já tenha ouvido algumas preleções em que há uma insistente ênfase em desconstruir postulados que sempre foram caros ao cristianismo bíblico. Em relação a isso, o apóstolo Paulo diz que estamos diante de pessoas orgulhosas, tomadas por desejo doentio por discussões a respeito de palavras, fazendo falsas acusações a respeito da piedade como uma mera fonte de lucro; trata-se, pois, de uma mente pervertida, privada da verdade (1Tm 6.3-5). 
 
    1. Reafirmando a autoridade bíblica. 
 
    Em refutação ao ensino progressista é indispensável reafirmar a doutrina da inspiração divina, verbal e plenária da inerrante Palavra de Deus (2Tm 3.16,17) e validar o princípio de Sola Scriptura instituído na Reforma, que estabelece a Bíblia como a única regra infalível e autoridade final de fé e prática. Nessa direção, Lutero advertia sobre a necessidade de distinguir entre o que foi entregue por Deus nos textos sagrados e o que foi inventado pelos homens no contexto da pesada tradição romana na Idade Média. Armínio, por sua vez, alertava que a perfeição das Escrituras é solapada quando sua verdade é negada ou reinterpretada. Desse modo, a autoridade bíblica é ratificada quando se oferece resistência à presunção das ideologias humanas em acrescentar ou retirar alguma coisa das Escrituras (Ap 22.18,19). 
 
    2. Ensinando as doutrinas bíblicas. 
 
    A Grande Comissão confiada à igreja consiste em fazer e ensinar discípulos (Mt 28.19,20). Compreende uma ordenança proclamadora e um mandato educacional. A incumbência é tanto de formação quanto de transformação de indivíduos. É responsabilidade da Igreja evangelizar o mundo e ensinar as doutrinas bíblicas (2Tm 4.2). Em vista disso, Paulo exorta a necessária dedicação ao ensino (Rm 12.7). A atividade é essencial para instruir, expor e corrigir o erro (2Tm 3.16). Essa atuação é primordial na transformação da velha natureza (Ef 4.22-24), formação do caráter cristão (Ef 4.13), resultando no genuíno crescimento de uma igreja espiritualmente saudável e doutrinariamente bíblica (Ef 4.16).
 
    3. Enfatizando a santificação. 
 
    O fortalecimento da autoridade bíblica e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a uma vida de santidade (1Pe 1.16). O verbo santificar vem do grego hagiazõ que significa “separar, purificar, consagrar”. O adjetivo “santo” é tradução do vocábulo “hagios”. Desse modo, a santificação é a operação do Espírito Santo em manter o crente separado do pecado e consagrado a Deus (Rm 12.1,2). É a continuação da obra iniciada na regeneração (Ef 1.13), quando o salvo recebe novidade de vida (2Co 5.17) e se estende até o dia da glorificação do crente (Rm 6.22). A ênfase está na obediência à Palavra de Deus (Tg 1.22), no abandono das concupiscências (1Pe 1.13,14) e numa vida de retidão moral em toda a maneira de viver (1Pe 1.15). 
 
    As Escrituras advertem que a conduta humana dos “últimos dias” é de repulsiva descaracterização da fé. A heresia progressista critica as Escrituras, promove o enfraquecimento da ortodoxia, instiga a frouxidão moral e afasta as pessoas do verdadeiro cristianismo. Contudo, a postura da Igreja não deve ser de inércia, mas de resistência a iniquidade. A defesa da fé ocorre quando os valores imutáveis e atemporais da Bíblia são exercitados pelo poder de Deus na vida diária do crente salvo (1Co 2.4,5). 
 
Fonte: Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre 2023

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