Manter a serenidade em meio às turbulências da vida é como permanecer no centro silencioso de um furacão. O mundo pode girar em desordem ao redor, mas dentro de si é possível cultivar um espaço onde nada abala. Isso não significa ignorar a dor, a incerteza ou a dificuldade, mas aprender a olhá-las sem se deixar consumir por elas.
A serenidade é um exercício de presença: respirar fundo quando tudo convida ao desespero, esperar quando a pressa parece solução, silenciar quando a raiva pede resposta imediata. É compreender que as tempestades não duram para sempre e que, mesmo na noite mais escura, a aurora insiste em nascer.
Na prática, a serenidade não é passividade, mas sabedoria: escolher agir sem se perder no caos, decidir sem se deixar envenenar pelo medo. É a força suave que sustenta quem compreende que nada é definitivo — nem as dores, nem as vitórias, nem os próprios dias.
Assim, ser sereno é aceitar que a vida sempre será movimento, mas que o coração pode, apesar disso, encontrar repouso.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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