O universo se estende em todas as direções — silencioso, imenso, inalcançável. Olhamos para o céu noturno como quem procura respostas em um livro escrito em outra língua. Cada estrela que cintila é um eco antigo, um sussurro de algo que existiu antes de sabermos o que era tempo.
E, ainda assim, é dentro de nós que o infinito mais cresce. A imaginação humana não respeita fronteiras: ela atravessa nebulosas, recria mundos, inventa o que jamais foi visto. O que o telescópio alcança, o pensamento já visitou. Onde a luz demora bilhões de anos para chegar, a mente chega num instante — leve, livre, audaciosa.
Há quem diga que somos pequenos diante da imensidão do cosmos. Talvez sejamos. Mas carregamos algo que desafia a própria vastidão: o poder de imaginar. E isso nos torna maiores do que parecemos, porque enquanto o universo se expande lá fora, nós expandimos o universo dentro de nós.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense
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