terça-feira, 11 de abril de 2023

O secularismo atual é uma consequência do humanismo pós-moderno

    "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." 1 João 2:15-17. 
 
    O secularismo atual é uma consequência do humanismo pós-moderno. O termo secularismo procede do latim “saeculum” e significa “pertencente a uma época”. Em sentido religioso, o vocábulo é empregado para designar o comportamento e o pensamento do mundo de nosso tempo, que são inversos ao sagrado ou espiritual. Portanto, “secular” representa o modo de viver deste mundo, aquilo que se opõe ou que não comunga com os interesses espirituais do Reino de Deus. Na igreja, o secularismo transparece quando o sagrado começa a ceder ao profano. Nas igrejas secularizadas, o Calvário não é mais pregado, o sangue de Cristo é descartado, o sofrimento e a cruz de Cristo são rejeitados porque ofendem o gosto estético dos secularizados. A cruz é substituída pelo trono e a confissão de pecados, pela proclamação das bênçãos terrenas. 
 
    Atualmente podem ser detectados três fortes movimentos que convivem, disputam e dialogam entre si no contexto da religião brasileira: a explosão do fenômeno religioso, a desconfiança na instituição religiosa e a secularização da igreja. O primeiro é consequência da difusão do sagrado. O aumento das denominações evangélicas, das seitas, das religiões orientais e da ufologia mística comprova o fato. O sagrado está tão badalado que o cidadão comum não consegue diferençar a verdadeira religiosidade da falsa. O segundo movimento trata de uma resposta racionalista às contradições do fenômeno religioso. Os adeptos desse movimento argumentam que as pessoas acreditam mais nos cartomantes, nos duendes e nas benzedeiras do que nos cientistas. O terceiro consiste na vulgarização da fé, na dessacralização do sagrado e no uso da indústria cultural como veículo de propagação de um evangelho sem Cristo e um cristianismo sem a ética bíblica. 
 
    O grande desafio que a Igreja enfrenta, nestes dias que precedem a volta de Cristo, é a pressão e o engodo do secularismo sobre ela. A influência do mundanismo que se manifesta em forma de apelo, fascínio, mistura, prazer e imitação, resulta em perda dos valores e virtudes cristãs, no enfraquecimento e estagnação da Igreja. Nesse estado, a igreja torna-se uma mera organização eclesiástica, sem vida e sem o poder do Espírito Santo. Os fundamentos da fé se abalam e por fim desabam. Nos mais diferentes lugares, percebe-se a sutil e crescente infiltração do mundanismo na Igreja sob a forma de conceitos, comportamentos e práticas anticristãs. 
 
    Primazia total da Palavra, em tudo, na igreja. Todos os crentes devem pelejar por isso.
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

2 Timóteo 2:15
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

2 Timóteo 2:15
Paulo escrevendo a Timóteo diz: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." 2 Timóteo 2.15. O texto bíblico é incisivo: o obreiro precisa manejar bem a palavra da verdade. A expressão “manejar bem” é no original: cortar em linha reta; corretamente, no sentido de ensinar a verdade bíblica de forma direta e correta. A Palavra deve ser ministrada ao povo a tempo e fora de tempo. "No demais, irmãos, rogai por nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada." 2 Tessalonicenses 3:1. 
 
    Estejamos vigilantes contra as sutilezas malignas que tentam introduzir-se no meio dos fiéis e valorizemos os princípios bíblicos em nossa vida como uma forma de conter o mundanismo. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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