segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Víboras peçonhentas

 

Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno? 
Mateus 23:33 
 
Não há verdade em tudo que dizem. E as palavras que saem de suas bocas são como venenos de víboras peçonhentas. Eu tento evitá-los o máximo que posso e fico indignado com sua capacidade de ludibriar as mentes incautas que encontram pelo caminho. Eles vociferam palavras de bençãos e maldições como se fossem deuses capazes de realizarem o que dizem. Não sei por quento tempo consigo observar sem dizer nada. No entanto, o que mais me perturba é que as pessoas, muito provavelmente, darão mais ouvidos aos tolos que gritam essas balburdias do que as minhas comedidas palavras. É assim que funciona a engrenagem da vida. Por isso, muitos crápulas tiveram sucesso ao longo da História. 
 
As pessoas tem uma tendência a ouvir os charlatões. Os que prometem o paraíso. Talvez seja um mal necessário no mundo. Sei lá, talvez seja. Eu fico em silêncio e vejo o tempo passar lentamente. Observo os acontecimentos e percebo que estou de mãos atadas. Não há muito o que fazer. Eles seguem os lobos como ovelhas indo para o matadouro. São cegos sendo conduzidos por falsos pastores cruéis que só pensam em tirar proveito da situação. São vítimas de um sistema inescrupuloso que destroem as vidas e as almas perdidas. Eu tento falar. Você pode me ouvir? 
 
Mensagem: Odair José, Poeta e Escritor Cacerense

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