segunda-feira, 6 de abril de 2020

História do Cristianismo (Século II)


MARTÍRIO DE INÁCIO

Inácio foi bispo de Antioquia da Síria entre 68 e 100 ou 107, discípulo do apóstolo João, também conheceu o Apóstolo Paulo e foi sucessor de Pedro na igreja em Antioquia. Segundo Eusébio de Cesareia, Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia da Síria e segundo Orígenes teria sido o segundo bispo da cidade. Santo Inácio foi detido pelas autoridades e transportado para Roma, onde foi condenado à morte no Coliseu martirizado por leões. Defendendo a autoridade da igreja, ele foi o primeiro a escrever a frase "igreja católica", em uso até o presente.


150 – JUSTINO MÁRTIR ESCREVE ‘APOLOGIA’

Era filósofo (Pitágoras, Aristóteles). Ao encontrar-se com um velho cristão em uma praia, converte-se; “Toda a verdade é verdade de Deus”, dizia em um de seus discursos no qual apresentava relações entre a filosofia e a fé. Teve sua vida como que um paralelo coma vida de Paulo: Conversão, Grego, gentios, martírio em Roma. Segundo Curtis: “A vida de Justino apresenta muitos paralelos com a vida de Paulo. O apóstolo era um judeu nascido em área gentia (Tarso); Justino era um gentio nascido em Flávia Anápolis judaica (a antiga Siquém). Eles tinham boa formação e usavam o dom da argumentação para convencer judeus e gentios da verdade de Cristo. Os dois foram martirizados em Roma em razão de sua fé. A maior obra de Justino, a Apologia foi endereçada ao imperador Antonino Pio (a palavra grega apologia refere-se à lógica na qual as crenças de uma pessoa são baseadas). Enquanto Justino explicava e defendia sua fé, ele discutia com as autoridades romanas por que considerava errado perseguir os cristãos. De acordo com seu pensamento, as autoridades deveriam unir forças com os cristãos na exposição da falsidade dos sistemas pagãos”. Foi decapitado em Roma em 165. “Vocês podem nos matar, mas não podem nos causar dano verdadeiro.”


156 – POLICARPO É MARTIRIZADO

Foi discípulo de João, o último elo com o primeiro apostolado. Negava-se a prestar CULTO AO GÊNIO DE CESAR. Segundo Curtis: “Então, Policarpo entrou em uma arena cheia de pessoas enfurecidas, o procônsul romano parecia respeitar a idade do bispo. Como Pilatos, queria evitar uma cena horrível, se fosse possível. Se Policarpo apenas oferecesse um sacrifício, todos poderiam ir para casa. - Respeito sua idade, velho homem - implorou o procônsul - Jure pela felicidade de César. Mude de ideia. Diga "Fora com os ateus!". O procônsul obviamente queria que Policarpo salvasse a vida ao separar-se daqueles "ateus", os cristãos. Ele, porém, simplesmente olhou para a multidão zombadora, levantou a mão na direção deles e disse: - Fora com os ateus! O procônsul tentou outra vez: - Faça o juramento e eu o libertarei. Amaldiçoe Cristo! O bispo se manteve firme. - Por 86 anos servi a Cristo, e ele nunca me fez qualquer mal. Como poderia blasfemar contra meu Rei, que me salvou?” Antes de ser levado para ser queimado disse: “Seu fogo poderá queimar por uma hora, mas depois se extinguirá, mas o fogo do julgamento por vir é eterno.” Algumas testemunhas afirmaram que o fogo não o queimava, que estava como um pão no forno ou como ouro sendo refinado.


A LUTA CONTRA O GNOSTICISMO NA IGREJA

Segundo Anglin: “O gnosticismo era um desses males, e foi talvez a primeira heresia que depois dos tempos dos apóstolos se desenvolveu mais. Era um amontoado de erros que tinham a sua origem na cabala dos judeus, uma ciência misteriosa dos rabinos, baseada na filosofia de Platão, e no misticismo dos orientais. Um judeu chamado Cerinto, mestre de filosofia em Alexandria, introduziu parte do Evangelho nesta nessa heterogênea da ciência (falsamente assim chamada) e sob esta nova forma foram enganados muitos crentes verdadeiros, e se originou muita amargura e dissensão,” Gnosticismo é a crença de que existem uma série de conhecimentos secretos, que podem permitir que o homem salve a si mesmo. Os Gnósticos daqueles dias usavam roupagem (aparência, terminologias) cristã. Apóstolo João já combatia estas idéias na sua primeira epístola; “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus.” I João 4.1-2

177 – IRINEU TORNA-SE BISPO DE LIÃO E COMBATE O GNOSTICISMO

Estudou por anos todas as formas de gnosticismos existentes. Segundo Curtis: “Quando o bispo de Lião finalmente tomou conhecimento dessa heresia, escreveu a obra denominada Contra as heresias, um enorme trabalho no qual buscava revelar a tolice do "falso conhecimento". Valendo-se tanto do Antigo Testamento quanto do Novo, Irineu mostrou que o Deus amoroso criou o mundo, que se corrompeu por causa do pecado humano. (...) Irineu compreendia que o gnosticismo se valia do desejo humano de conhecer algo que os outros não conheciam. Com relação aos gnósticos, escreveu: "Tao logo um homem é convencido a aceitar a forma da salvação deles [dos gnósticos], se torna tao orgulhoso com o conceito e a importância de si mesmo, que passa a andar como se fosse um pavão". Porém, os cristãos deveriam humildemente aceitar a graça de Deus, e não se envolver em exercícios intelectuais que levavam a vaidade.” Foi degolado no alto de um monte por recusar-se a oferecer sacrifícios aos deuses romanos (202 d.C.).

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