quinta-feira, 22 de maio de 2014

Intolerância religiosa



"Eu amava duas coisas acima de tudo o resto: a liberdade e o repouso. Para ter liberdade, decidi não ter esposa, e para ter repouso, fugi do mundo e encontrei asilo na religião". 

Estas são palavras de Savonarola. Bispo de Florença que dedicou sua vida a Igreja e acabou queimado na fogueira da Inquisição no dia 23 de maio de 1498 em praça pública. Com Giordano Bruno foi pior porque além de ser queimado na fogueira no dia 17 de fevereiro de 1600 pela Igreja Católica, o filósofo ainda tinha contra si a ira e a indignação dos calvinistas e luteranos, que também o excomungaram. É fato que em 2000 o Papa João Paulo II chegou a deplorar o episódio, mas recusou-se a reabilitar o filósofo. De que adiantaria também? Galileu Galilei não chegou a ser morto porque abjurou da sua teoria do heliocentrismo, doutrina de Copérnico que afirmava ser o sol o centro do universo em contraposição a doutrina da Igreja que afirmava ser a terra o centro do universo. No dia 22 de junho de 1633 ele abjurou do que acreditava para não ir contra o que a Igreja, na época, acreditava.

Esses três personagens ilustram bem o que é a intolerância religiosa. Conflitos que explodem no mundo todo e que vitima milhares de pessoas todos os anos. No entanto, o mais cruel em tudo isso é a intolerância nas diversas religiões espalhadas em todos os lugares. O que alguns líderes acham que é certo e impõem para que seja cumpridas. Se errar, você está condenado a fogueira da nova inquisição.

A intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade de reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões. Ela é causadora de mortes e dominação ideológica pelo mundo afora. O que a Bíblia diz é que devemos pregar o evangelho de Cristo a todo mundo. O evangelho é uma mensagem de boas novas. Não deve ser imposta e sim anunciada. Quem faz a obra no coração do pecador é o Espírito Santo de Deus. Jesus não incitou a violência. Ele anunciou o Reino de Deus que é justiça e paz.

Texto: Odair José.

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