sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Lição Bíblica 4: A Queda da Raça Humana



“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12).

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

No livro de Gênesis, encontramos no capítulo três, um dos relatos mais tristes da história da humanidade, a Queda. Mas Deus não foi pego de surpresa com o pecado de Adão e Eva, pois as Escrituras Sagradas afirmam que desde a fundação do mundo a morte redentora de Jesus, pela salvação da humanidade, já havia sido determinada (Ap 13.8). O homem pecou de modo deliberado contra Deus, mas o Criador não o deixou entregue à própria sorte. O Senhor providenciou a sua redenção. Com o pecado veio o sentimento de culpa. O homem não sabe lidar com esse sentimento, pois não fomos criados para o pecado, por isso, Adão culpou a Eva e o próprio Deus pelo seu pecado de desobediência. É difícil aceitar a responsabilidade por nossos erros. Sempre queremos encontrar um culpado. O pecado além de afastar Adão da comunhão com Deus, também introduziu as hostilidades e dificuldades no relacionamento de Adão e Eva. O pecado continua a nos afastar de Deus e a prejudicar os nossos relacionamentos.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“O jardim do Éden estava localizado perto da planície aluvial do rio Tigre e do rio Eufrastes. Alguns acreditam que estava localizado na região correspondente ao atual sul do Iraque; outros sustentam que não há dados suficientes no relato bíblico. Duas árvores do jardim do Éden tinham importância especial. (1) A ‘árvore da vida’ provavelmente tinha por fim impedir a morte física. É relacionada com a vida perpétua, em 3.22. O povo de Deus terá acesso à árvore da vida no novo céu e na nova terra (Ap 2.7; 22.2). (2) A ‘árvore da ciência do bem e do mal’ tinha a finalidade de testar a fé de Adão e sua obediência e à sua palavra. Deus criou o ser humano como ente moral capaz de optar livremente por amar e obedecer ao seu Criador, ou desobedecer-lhe e rebelar-se contra a sua vontade” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1991, pp.34,35).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“A raça humana está ligada a Deus mediante a fé na sua palavra como a verdade absoluta. Satanás, porque sabia disso, procurou destruir a fé que Eva tinha no que Deus dissera, causando dúvidas contra a palavra divina. Satanás insinuou que Deus não estava falando sério no que dissera ao casal. Noutras palavras, a primeira mentira proposta por Satanás foi uma forma de antinominianismo, negando o castigo da morte pelo pecado e apostasia. Um dos pecados capitais da humanidade é a falta de fé na Palavra de Deus. É admitir que, de certo modo, Deus não fala sério sobre o que Ele diz da salvação, da justiça, do pecado, do julgamento e da morte. A mentira mais persistente de Satanás é que o pecado proposital e a rebelião contra Deus, sem arrependimento, não causarão, em absoluto, a separação de Deus e a condenação eterna. Satanás, desde o princípio da raça humana, tenta os seres humanos a crer que podem ser semelhantes a Deus, inclusive decidindo por conta própria o que é bom e o que é mau. Os seres humanos, na sua tentativa de serem ‘como Deus’, abandonam o Deus onipotente e daí surgem os falsos deuses. O ser humano procura, hoje, obter conhecimento moral e discernimento ético partindo de sua própria mente e desejos, e não da Palavra de Deus. Porém, só Deus tem o direito de determinar aquilo que é bom ou mau” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.36).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Os pecados estão refletidos nas punições, as quais foram aplicadas em partes. A serpente foi amaldiçoada. A serpente posou como supremamente sábia, mas sua maneira de se locomover sempre seria símbolo de tal humilhação. A frase ‘sobre o teu ventre’ não significa que a serpente tinha originalmente pernas e a perdeu no momento em que a maldição foi imposta, mas que seu modo habitual de locomoção tipificava seu castigo. A frase ‘pó comerás’ é idiomaticamente equivalente a ‘tu serás humilhado’ (cf. Sl 72.9; Is 49.23), onde a frase ‘lamberão o pó’ tem claramente este significado. O castigo envolveria inimizade, hostilidade entre as pessoas. A semente da serpente, que Jesus relaciona aos ímpios (Mt 13.38,39; Jo 8.44), e a semente da mulher, têm ambas sentido fortemente pessoal. O castigo da mulher seria o oposto do ‘prazer’ que ela procurou no versículo 6. Ela conheceria a dor no parto, que é bem diferente do novo tipo de vida que ela tentou alcançar pela desobediência. Igualmente, a futura ligação do seu desejo ao seu marido era repreensão à sua decisão de buscar independência. Deus pôs uma maldição diretamente na terra em vez de colocá-la no homem. Adão foi comissionado a trabalhar com a terra, mas não seria por puro prazer” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.40).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Em sua clássica obra “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, o teólogo pentecostal Myer Pearlman destaca quatro pontos fundamentais que marcam a história espiritual do homem.

Segundo Myer Pearlman, a Tentação, desde o início, destaca ao ser humano que o caminho de obediência a Deus não é fácil. Isso quer dizer que o ser humano terá escolhas a fazer nos termos de Deuteronômio 30.15: “Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a morte e o mal”. A Tentação está prevista na perspectiva da impossibilidade de conter a ansiedade de entrar em contato com o que foi proibido. Por isso, ela é sutil, pois, pela sua sutileza, a natureza humana será envolvida em seus desejos e vontades: nisto consiste a tentação.

Ao dizer “sim!” para a tentação e colocá-la em prática, se estabelece no ser humano o estado de Pecado. Em seguida, a culpa toma conta da sua consciência, ao ponto de o ser humano viver num estado de cauterização em sua consciência, de modo que ele não mais atende aos apelos do Espírito Santo: nisto consiste o estado da culpa.

Uma vez praticado o pecado, por intermédio da tentação, e estabelecido o sentimento de culpa, instala-se, na realidade humana, o Juízo.

No Éden, o Juízo se deu sobre a serpente (de formosa e honrada, a um animal degradado e maldito), sobre a mulher (multiplicação das dores de parto) e sobre o homem (comer com o suor do rosto), constituindo, porém, o maior de todos os juízos: a morte física e a morte eterna.

Entretanto, a história da humanidade não seria para sempre condenada à terrível realidade de viver para sempre longe de Deus. O Pai, por intermédio do Seu Filho, proveria um escape para redimir a vida do ser humano: “Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos” (Rm 5.17-19).

Fonte: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2015/2015-04-04.htm

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