sábado, 13 de julho de 2024

Palavras escritas para os perdidos

Palavras escritas fluem pelas veias 
São essências da vida e o vazio é eliminado 
Quando se sabe ter as palavras certas 
Que podem despertar os ignorantes 
E levá-los as alturas da imaginação 
Além do escuro das cavernas que viviam 
Porque alguns fantasmas ficaram pelos becos vazios. 

Existe um entorpecimento em diversas pessoas 
Mentes enfumaçadas de ópio e crendices 
Crenças capazes de ruir os sonhos dos cidadãos 
Paranoia de ilusões que paira nestes dias 
No ar que todos somos obrigados a respirar 
Sem saber que nada é uma mera ficção 
Mas apenas uma sombra gigantesca da realidade. 

Pode ser que a imortalidade esteja a caminho 
Mas quem pode acreditar piamente nessa história 
Quando não se enxerga o caminho 
Os passos são sempre de grandes indecisões 
Em algum lugar escondido sempre tem 
Uma grande serpente que segue engolindo verdades 
Bem diante de nossos olhos cegos pela ignorância. 

Conta-se de uma lenda antiga incrível 
De que os deuses morrem se não souberem dançar 
E tem aqueles que acreditam nas histórias 
Escritas nos livros para os perdidos 
Porque dizem que são palavras impressionantes 
Oráculos que predizem o futuro com precisão 
E não escondem as verdades que devem ser proferidas. 

Afirmam os profetas das desilusões 
Os que percorrem as cidades opulentas e sujas 
Que o buraco dá sempre no fundo do abismo 
Mas quase ninguém dá ouvidos a eles 
Então o tolo desce da montanha com algumas previsões 
E destilam as suas reflexões milenares 
Convencendo os sábios de que estão errados. 

Nunca haverá tantas perguntas perturbadoras 
Quanto as que indagam sobre a existência 
Como pode ser assim as nossas inquietações? 
Quem pode esconder a sua dor e o seu sofrimento? 
Até quando você pode suportar essa afronta? 
Alguns tem os seus olhos desfocalizado 
Enquanto existem palavras na boca de um solitário. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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