Por Odair José da Silva
Era uma tarde linda de um dia qualquer. O sol brilhava radiante no céu azul e límpido. Eu caminhava por um caminho desconhecido, mas não tinha medo porque o dia era claro. Procurava alguma coisa ou alguém para explicar-me o sentido da vida. Observava as planícies e as casinhas no meio das pradarias cercadas de vacas soltas pelo pasto. Andei alguns quilômetros até perceber que precisava andar mais rápido.
No horizonte o sol descia lentamente e quanto mais ele declinava o dia ia tomando uma forma laranjada que me mostrava que logo a noite chegaria. Apressei os passos e cheguei até uma casa. Foi quando uma criança ao me ver chamou sua mãe. Ela me disse que eu estava longe do lugar onde queria ir.
Até aquele momento eu estava muito seguro de mim mesmo. Mas, agora eu sentia medo. Estava sozinho em um lugar que não conhecia. Meus passos se apressaram. Eu precisava sair dali o mais rápido possível. A noite chegou. Uma leve brisa fria substituía o calor do dia. No céu algumas estrelas apareciam. No meio da planície eu caminhava. Às vezes desejava correr e sair logo dali. Meus olhos lacrimejavam e eu estava sozinho. Foi neste momento que Deus falou comigo. Ele queria que eu estivesse ali. No meio do deserto. Sozinho. Porque Ele queria falar comigo. Na agitação da cidade e na correria do dia a dia eu não o escutava. Ali naquela solidão Ele falou comigo. Sua voz foi tão suave que de repente afastou todo o medo do meu coração e eu sorri.
A partir daquele momento eu sabia o propósito de Deus na minha vida. As estrelas foram testemunhas desse encontro inexplicável.
Texto: Odair
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