quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Os dois campos de batalha do crente

    “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes” (Efésios 6.13). 
 
    Por que somos atacados pelo inimigo? Qual é a causa dos constantes ataques? Por que todo o crente espiritual é visado pelo inimigo de nossas almas? Sem dúvida a principal razão é a nossa posição em Cristo. O conhecimento de nosso estado “em Cristo” é uma proclamação de guerra contra o inimigo vencido na cruz. Pois, se essas palavras “estar em Cristo” são uma realidade na vida daquele que as pratica, atrairão também as tempestades, porque o inimigo concentra os ataques para derrubar o combatente. O inimigo vencido pela morte e ressurreição do Senhor, não pode suportar que nenhum remido viva a vida que está em Cristo. Se ele puder, tentará impedir, ou pelo menos, retardar a obra que Deus quer realizar em nós. Portanto, devemos firmar nossa posição em Cristo para que tenhamos o direito de participar do seu pleno triunfo e do despojo de sua vitória. 
 
    1. Queiramos ou não, a partir da queda do homem por seu pecado no Éden, iniciou-se uma batalha. Gn 3.15 indica a causa e a razão dessa batalha que começou na inimizade declarada entre a “antiga serpente”, o Diabo, e “a semente da mulher”, Jesus. O cumprimento desse conflito cósmico teve seu clímax no Calvário, quando Jesus declarou a derrota de Satanás. Só podemos enfrentar e vencer esta batalha usando as armas espirituais providas por Deus, relatadas aqui no texto bíblico. 
 
    2. O local não se limita a alguma área geográfica e terrena, mas abrange todo e qualquer lugar onde reino de Deus esteja. Onde estiver um crente fiel, ali se toma um campo de batalha. Paulo diz que “não temos de lutar contra a carne e o sangue”. É uma expressão que denota o tipo de batalha — não é humana, de homens contra homens — mas é luta espiritual contra inimigos espirituais. Adiante, Paulo especifica que essa batalha ocorre “nos lugares celestiais” ou “regiões celestiais”. Esta expressão refere-se a uma posição espiritual elevada, uma conquista de todo o crente verdadeiro. 
 
    3. As armas espirituais para a batalha (Efésios 6.13-17). Paulo serviu-se da figura das armas do soldado romano da sua época. (1) “O cinto da verdade” (v.14) servia para prender a couraça do soldado. “A verdade” é a representação de tudo o que somos. Nossos vestidos de guerra são seguros com a verdade; (2) “A couraça da justiça”. Uma arma defensiva de proteção para o peito. A justiça une-se a verdade, e elas podem ser notadas pelos inimigos (Is 59.17; 1Ts 5.8); (3) “calçados na preparação do Evangelho” (v.l5), os quais são importantes no campo de batalha; (4) “Escudo da fé” (v.16), uma arma defensiva que fica presa ao braço e impede que os dardos do inimigo alcance o corpo do soldado; (5) “O capacete da salvação” (v.17), servia para proteger a cabeça. A nossa salvação é o nosso capacete que protege a nossa cabeça: e (6) “A espada do Espírito” (v.17), uma arma ofensiva que deve estar sempre na mão e na mente do crente. 
 
    Como podemos nos preparar? Os soldados se preparam para guerra ao aprenderem a usar armas em tempos de paz. O guerreiro cristão se prepara para o dia mau pelo exercício constante dos meios da graça. A resistência à tentação repentina é mais vigorosa quando a bondade se torna um hábito arraigado. 
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense 
Extraído: Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre 1999.

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