Jerry
Burnside exerce o ministério pastoral na AG há 50 anos e serve como
pastor naquela congregação desde 1984. Segundo ele, o espaço da
congregação estava cedido para votação eleitoral quando o fato
lamentável aconteceu. Ele chegou ao local por volta de 5h15 para abrir a
porta aos funcionários envolvidos no processo da eleição e recebeu a
notícia que havia chamas no interior do prédio e deveria se afastar por
medida de segurança. Não demorou para ver a fumaça saindo pelo telhado,
o fogo rompê-lo e o teto de madeira da catedral ser destruído
totalmente em apenas 30 minutos. Só depois os bombeiros chegaram. A
congregação estava em atividade há 44 anos.
Ainda,
Burnside afirmou que o Covid-19 havia desanimado os membros, contava
menos de 100 frequentadores como consequência da pandemia. O incêndio
provocou novo ânimo no roll da membresia, muitos membros retornam
oferecendo-se para ajudar. As lideranças eclesiásticas nacional e
distrital ofereceram oração e apoio à reconstrução, e também outras
igrejas regionais se prontificaram a colaborarem. Enquanto o novo templo
não é erguido, as próximas ministrações de cultos foram marcadas para
realização em um ginásio, que pertence a igreja, havendo a cogitação de
acontecer em uma tenda, a ser levantada dentro de 10 acres de terreno
que a igreja também é proprietária.
O incidente aconteceu no último 28 de junho, não causou vítimas. As autoridades municipais investigam a causa do sinistro.
O pastor relatou que perdeu todos os
paletós e sua biblioteca, que incluía bíblias presentadas por seu pai. E
demonstrou ser confortado ao saber que um membro da família, que é
morador em uma região elevada a poucos quilômetros da igreja, ao ver a
coluna de fumaça subindo registrou aquele momento em foto. A imagem
mostra um arco-íris sobre a coluna de fumaça. A cena capturada pela
câmera o fez lembrar das Escrituras, no livro de Isaías, 61.3, onde se
lê que Deus põe sobre os que choram em Sião uma coroa em vez de cinzas,
óleo de alegria em vez de lamento e manto de louvor em vez de espírito
angustiado.
É
sempre importante relembrar que a história da Assembleia de Deus
brasileira tem um elo com o movimento pentecostal americano. Os
fundadores da AD no Brasil, Gunnar Vingrem e Daniel Berg, frequentaram
as famosas reuniões na rua Azuza, em que houve o derramamento do
Espírito Santo, e o fogo pentecostal na América do Norte replicou aqui
em terras tupiniquins. Primeiro, em 1911, Gunnar Vingren optou por
chamar a denominação de Missão da Fé Apostólica, sete anos depois a
renomeou com o mesmo nome da igreja norte-americana.
Com informação de https://news.ag.org/
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