Vivemos em um tempo que nos empurra para a pressa. Tudo parece urgente. As mensagens chegam rápidas, as respostas são imediatas, os compromissos se acumulam antes mesmo de terminarmos os anteriores. Mas em meio a essa velocidade, há algo que se perde: o olhar para dentro.
Desacelerar não é apenas reduzir o ritmo das ações externas. É um convite ao silêncio interior. É o espaço onde conseguimos ouvir aquilo que o barulho de fora esconde. Quando paramos, mesmo que por poucos minutos, abrimos a possibilidade de nos escutarmos de verdade.
É nesse momento que surgem as perguntas certas. Não aquelas que nascem da ansiedade, mas as que brotam da profundidade:
O que realmente me faz feliz?
Por que estou seguindo este caminho?
O que estou carregando que já não faz mais sentido?
Quais medos estão me guiando, quando deveriam apenas me alertar?
Olhar para dentro é um ato de coragem. Nem sempre as respostas vêm rápidas. Às vezes, nem vêm completas. Mas as perguntas certas têm o poder de abrir portas internas, de iluminar cantos esquecidos.
O mundo continuará a girar lá fora. Mas quando desaceleramos, ganhamos o poder de escolher melhor nossos próximos passos. Agir com consciência, com verdade, com propósito.
Porque, no fim, não se trata de fazer mais. Mas de fazer com sentido.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense
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