A história da humanidade é um ciclo quase ininterrupto de disputas, guerras e intolerâncias. Desde os tempos mais antigos, o ser humano tem demonstrado uma capacidade assustadora de erguer muros, traçar fronteiras e criar inimigos a partir das diferenças. Raça, religião, território, ideologias... os motivos mudam, mas a essência permanece a mesma: a incapacidade de reconhecer o outro como parte do mesmo todo.
A intolerância nasce do medo e da ignorância. Do medo do desconhecido, daquilo que não compreendemos, daquilo que desafia nossas crenças. Cresce na ausência de diálogo, floresce na cultura do ódio e se torna combustível para guerras que destroem gerações inteiras.
Os conflitos bélicos são a face mais brutal da intolerância. São o momento em que palavras falham, em que a humanidade se perde, trocando o potencial de convivência pelo desejo de dominação. E no meio de tudo isso, os que mais sofrem são quase sempre os inocentes: crianças que perdem a infância, famílias que perdem seus lares, nações que perdem sua história.
Enquanto o ser humano não aprender a ouvir antes de atacar, a dialogar antes de empunhar armas, continuaremos escrevendo nossa história com sangue. A verdadeira coragem não está em vencer uma guerra, mas em impedir que ela aconteça.
A paz não é a ausência de conflito, mas a presença de compreensão. Ela começa quando reconhecemos que, apesar de nossas diferenças, compartilhamos o mesmo chão, respiramos o mesmo ar e temos os mesmos sonhos de um futuro melhor.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense
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