Vivemos correndo atrás do que grita mais alto.
O e-mail que apita, o prazo que vence, a mensagem que não pode esperar.
Mas, no meio dessa pressa, quantas vezes deixamos o essencial escorrer pelos dedos?
O urgente nos seduz com sua aparência de necessidade.
Ele bate à porta com força, exige resposta imediata, nos faz sentir úteis.
Mas o importante… o importante fala baixo.
É o silêncio de uma conversa que precisa acontecer,
O tempo de qualidade com quem amamos,
O cuidado com o corpo, com a mente, com o que somos quando ninguém está vendo.
O urgente é como fogo: se não contido, consome tudo.
O importante é como uma planta: se não regado, morre em silêncio.
Talvez a sabedoria esteja em aprender a escutar o que não berra.
A dar atenção ao que não corre, mas sustenta.
A reconhecer que, se o urgente nos move,
É o importante que nos mantém inteiros.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense
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