A aplicação do fruto do Espírito na vida cristã é o remédio eficaz contra a doença do consumismo de nosso tempo. A riqueza, a fama, o poder, os prazeres e o consumo desenfreado são ineficazes para satisfazer as necessidades da alma (Ec 6). Infelizmente, por essas coisas vãs, muitos têm empenhado tudo o que possuem, inclusive a própria vida (Mt 16.26). A Palavra de Deus nos adverte taxativamente sobre o gasto abusivo e desnecessário (Pv 11.20; Is 55.2).
Parte II. Comércio e consumo no ambiente cristão
1. O comércio no templo em Jerusalém (Jo 2.13-17; Mt 21.12,13). Era no átrio dos gentios que os comerciantes vendiam animais para serem sacrificados, e os cambistas trocavam as moedas estrangeiras pela moeda do Templo, a fim de que os judeus pagassem o imposto sagrado (Mt 21.12). Essas atividades eram controladas pelos sacerdotes e levitas, inclusive pela família de Anás, o sumo sacerdote. O problema é que eles majoravam o preço dos animais e cobravam excessivas taxas cambiais. Era a prática da corrupção e exploração do povo no recinto sagrado. O culto tornava-se apenas uma desculpa para o comércio fraudulento. Todavia, Jesus, na função de Filho de Davi, condenou os abusos e a corrupção (Mt 21.5-11).
2. Mercantilismo na Igreja. Não podemos ignorar esta infame realidade: muitos exercem atividades entre o povo de Deus alegando um “ministério” que não existe. Há cantores evangélicos, pregadores, ensinadores, “missionários” e vendedores itinerantes cuja vida particular desmente os padrões de santidade que eles fingem ser portadores no púlpito (Cl 2.23; 2Tm 3.4,5). São artistas, exploradores do povo e das igrejas, que só veem o promissor mercado evangélico à sua frente.
3. Comércio ou serviço cristão? Há quem questione a compra e venda de produtos necessários ao desenvolvimento do serviço cristão na igreja. A igreja, de fato, precisa de Bíblias, livros, folhetos e outros aparatos. Se tal atividade comercial é honesta e normal no mundo secular; por que seria condenável no âmbito cristão, se é feito com transparência e sem “torpe ganância”? (Tt 1.7).
Resumo
O comércio em Jerusalém era abusivo e fraudulento, razão pela qual foi severamente condenado por Jesus. Esta forma infame de comércio, infelizmente, é constatada em alguns ministérios e igrejas na atualidade.
Fonte: Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de 2008.
Leia a Parte I http://meutestemunhovivo.blogspot.com/2022/03/os-males-do-consumismo-parte-i.html
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