Tornei-me um peso e uma afronta
Aos olhos daqueles que passam por mim
Meneiam a cabeça negativamente
E dizem palavras ofensivas ao meu coração.
Não percebem os meus olhos vermelhos
Que choram pelas madrugadas frias
Caçoam da minha miséria sem misericórdia
E lançam pedras na minha cabeça.
Sou a canção dos bebedores de vinho
O escárnio dos que zombam pelas ruas
Minha dor é terrivelmente cruel
Onde sinto minhas feridas rasgadas.
Eu clamo a Deus pela sua ajuda
E entrego todo meu sofrimento em suas mãos
Já não consigo andar sozinho pelo caminho
Sem que haja medo e angústia no meu coração.
As noites são intermináveis
Onde o sono não aparece para me consolar
Ouço o lamento da minha alma
Chorando a dor dessa tristeza na solidão.
Sou como um estranho para as pessoas
E não vejo nenhuma sensibilidade
Minha garganta está seca de lamentar
E meus olhos cansados de tanto chorar.
Tenha misericórdia de mim, oh Deus!
É a minha oração nesta hora sombria
Peço pela sua compaixão
Para que me ouça em tempo aceitável.
Elevo minha voz até os céus
Na esperança de receber a libertação
Minha alma há de louvar-te
Pela gratidão do seu amor.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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