sábado, 2 de maio de 2020

Estou aflito e triste


Tornei-me um peso e uma afronta 
Aos olhos daqueles que passam por mim 
Meneiam a cabeça negativamente 
E dizem palavras ofensivas ao meu coração. 
Não percebem os meus olhos vermelhos 
Que choram pelas madrugadas frias 
Caçoam da minha miséria sem misericórdia 
E lançam pedras na minha cabeça. 
Sou a canção dos bebedores de vinho 
O escárnio dos que zombam pelas ruas 
Minha dor é terrivelmente cruel 
Onde sinto minhas feridas rasgadas. 
Eu clamo a Deus pela sua ajuda 
E entrego todo meu sofrimento em suas mãos 
Já não consigo andar sozinho pelo caminho 
Sem que haja medo e angústia no meu coração. 
As noites são intermináveis 
Onde o sono não aparece para me consolar 
Ouço o lamento da minha alma 
Chorando a dor dessa tristeza na solidão. 
Sou como um estranho para as pessoas 
E não vejo nenhuma sensibilidade 
Minha garganta está seca de lamentar 
E meus olhos cansados de tanto chorar. 
Tenha misericórdia de mim, oh Deus! 
É a minha oração nesta hora sombria 
Peço pela sua compaixão 
Para que me ouça em tempo aceitável. 
Elevo minha voz até os céus 
Na esperança de receber a libertação 
Minha alma há de louvar-te 
Pela gratidão do seu amor. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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