"Dois policiais, om jovem e impetuoso David Mills (Brad Pitt) e o outro maduro e prestes a se aposentar, William Somerset (Morgan Freeman), são encarregados de uma periogosa investigação: encontrar um serial killer que mata as pessoas seguindo a ordem dos sete pecados capitais."
"Seven: Os Sete Pecados Capitais" é um thriller de 1995 dirigido por David Fincher e estrelado por Brad Pitt, Morgan Freeman e Kevin Spacey. O filme retrata a busca de dois detetives por um serial killer que usa os sete pecados capitais como motivação para seus crimes. Este conceito, juntamente com a forma como o filme é apresentado, levanta uma série de questões filosóficas e morais. Destaco algumas dessas questões aqui:
1. A Natureza do Mal:
No centro do filme está a questão do que constitui o mal e como ele se manifesta na humanidade. O assassino, John Doe, vê-se como um missionário, punindo aqueles que ele acredita terem sucumbido aos sete pecados capitais. Sua visão distorcida da justiça revela uma complexa interação entre o bem e o mal, levando-nos a questionar se seus atos são, de alguma forma, justificáveis ou se são meramente a manifestação de uma mente perturbada.
2. Moralidade Absoluta vs. Relativismo:
Os crimes de John Doe são baseados na ideia de que existe uma moralidade absoluta, uma norma fixa do que é certo e errado. Ele acredita que os pecados capitais são inaceitáveis sob qualquer circunstância e pune de acordo com essa crença. O filme, assim, levanta questões sobre se a moralidade é absoluta ou relativa.
3. Desespero e Redenção:
O detetive Somerset (Morgan Freeman) representa uma voz de sabedoria e experiência, enquanto o detetive Mills (Brad Pitt) representa a impetuosidade e a esperança. A interação deles apresenta o contraste entre a resignação ao mal do mundo e a esperança de combater esse mal. O final trágico sugere que, às vezes, mesmo nossas melhores intenções e esperanças podem ser destruídas por forças além de nosso controle.
4. A Sociedade e sua Decadência:
O cenário sombrio e chuvoso da cidade e a depravação dos crimes refletem a visão do filme sobre a sociedade moderna. Há uma sugestão de que a sociedade como um todo está em declínio, caindo presa aos sete pecados capitais, e que este declínio é inescapável.
5. A Escolha e a Livre Vontade:
O final chocante do filme apresenta um dilema moral para o detetive Mills. Ele é forçado a fazer uma escolha que determinará o resultado de toda a investigação. Isto levanta questões sobre até que ponto temos livre arbítrio e como nossas decisões são influenciadas por emoções, circunstâncias e moralidade.
6. A Ideia de Punição:
John Doe acredita firmemente na ideia de punição para aqueles que pecam. No entanto, sua versão de justiça é distorcida e cruel. Isso levanta a questão de qual é o propósito da punição - é para retribuir, reformar ou algo mais?
7. O Papel do Conhecimento:
Somerset é frequentemente visto lendo e adquirindo conhecimento. Ele acredita que entender a mente do assassino pode levá-los a ele. No entanto, no final, esse conhecimento é insuficiente para impedir a tragédia. Isso levanta a questão de quão eficaz é realmente o conhecimento quando confrontado com o mal imprevisível.
Portanto, podemos destacar que "Seven" é um filme que provoca profunda reflexão, explorando os conceitos de bem e mal, moralidade, justiça e a natureza da humanidade. Ele nos desafia a examinar nossas próprias crenças e considerar até que ponto iríamos em nome da justiça ou da vingança.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense
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