sábado, 24 de setembro de 2016

A revanche de Deus


Por Odair José da Silva

A revanche de Deus é uma análise sociológica feita por Gilles Kepel sobre o crescimento das principais religiões no mundo a partir dos anos 70 com o declínio do comunismo e de outras ideologias socialistas. A partir de sua análise quero tecer algumas considerações. As três grandes religiões monoteístas – Islamismo, Cristianismo e Judaísmo – e mais o Hinduísmo e o Xintoísmo procuram, através de movimentos de renovação carismática, mostrar o mal-estar da civilização contemporânea após a morte das utopias terrenas que desmoronaram com o Marxismo. O que vem depois?

Duas coisas importantes podem ser pensadas neste contexto. Primeira é a “crise” do mundo. Por mais que existam pessoas vivendo em ricas mansões e luxuosos condomínios, a maioria da população do globo terrestre vive seus dias cercados de violência, miséria, insegurança e incertezas, frutos de uma economia falida e cruel que tira qualquer esperança de um futuro menos problemático. Com isso, a religião ganha espaço e mostra a necessidade, não física, mas espiritual do ser humano.

Em segundo lugar é preciso considerar que a igreja necessita de um novo estilo de liderança para atrair pessoas mais instruídas, menos acostumadas a obedecer sem perguntar e com maior liberdade de escolha. Na verdade, a nova liderança terá de saber persuadir, conquistar, não impor.

Ao longo da História surgiram muitas formas de manifestação religiosa. Algumas já desapareceram no tempo, outras modificaram e/ou inovaram seus rituais e outras surgiram com diferentes abordagens que conquistam fiéis pelo mundo. A crença em algum tipo de divindade e o sentimento religioso são fenômenos generalizados em todas as sociedades.

Então, a minha pergunta é a seguinte: onde fica o argumento destas pessoas que defendem a inexistência de Deus? Com qual argumento eles podem refutar a veracidade de que o ser humano busca em Deus a compreensão de seu propósito nesta vida. Por mais que o ser humano negue a existência de Deus, a realidade comprova que esse mesmo ser humano necessita de um contato com o seu Criador. O grande mal que atinge a humanidade é o afastamento dAquele que tudo pode e tudo fez para o bem estar dessa mesma humanidade.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

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