terça-feira, 26 de julho de 2016

Três contribuições para uma festa profana


Por Odair José da Silva 

A poderosa Babilônia se via cercada pelo exército persa. Contudo, Belsazar tentava levantar o moral de seus súditos e para isso promoveu uma grande festa na qual convidou mil de seus grandes do reino. Como império, Babilônia havia conquistado boa parte do mundo da época, inclusive a nação de Israel, povo eleito de Deus, e se considerava invencível dentro de suas muralhas.

O livro do profeta Daniel relata, no capítulo 5, como foi promovida essa grande festa e podemos inferir do texto sagrado três contribuições para que essa festa acontecesse.

A primeira contribuição foi do próprio Belsazar.
Ele contribuiu com sensualidade sem limites. Numa orgia abominável esse rebelde rei junto com os seus grandes promoviam uma afronta à Deus. E o ponto máximo dessa afronta foi estabelecido quando Belsazar mandou trazerem os utensílios sagrados do Templo de Jerusalém. Esses utensílios pertenciam à casa de Deus em Jerusalém e foram levados para a Babilônia como troféus de batalha e prova de poder dos deuses de Nabucodonosor porque “Deus lhe entregou”. Mas, não podemos esquecer que Deus tem o controle de tudo e que não se deixa escarnecer. Lá no céu os olhos de Deus vê qual é a tua sorte, se é vida ou morte e suas mãos a escreve.

Notamos que essa festa foi realizada por descuido. Isso porque como se pode apurar pela história, o inimigo, no caso os persas, estava próximo e cercava a cidade. Belsazar, no entanto, promoveu uma festa com muita gente nobre, mulheres e muita, mas muita bebida mesmo. Contudo, creio que a medida dos pecados dos babilônios chegaram no limite ao fazerem sacrilégio e usarem os vasos sagrados e também profanarem os utensílios da casa de Deus numa atitude de desafio ao Todo Poderoso. Além disso, a idolatria era grande pois cultuavam os deuses pagãos numa atitude de verdadeira afronta ao Deus de Israel.

A segunda contribuição para a festa de Belsazar foi de Deus.
O Senhor dos Exércitos, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó contribuiu com uma escrita misteriosa na parede que deixou todos aterrorizados. Creio que os folguedos e cantorias cessaram para dar lugar a um silencioso espanto. Uma mão misteriosa apareceu escrevendo na parede do palácio. A Bíblia diz que “ao ver a mão, o rei não sabia o que pensar; ficou pálido de medo e começou a tremer da cabeça aos pés”. Daniel 5.6 (NTLH). Todos que estavam no palácio não souberam decifrar a escrita e o rei mandou que todos os adivinhos adentrasse o palácio para decifrar o enigma.

Mas, o que Deus escreve só os seus servos entende e nenhum daqueles adivinhos puderam dar resposta ao rei. A Bíblia diz que “todos os sábios entraram no salão, mas nenhum deles pôde ler o que estava escrito na parede nem explicar ao rei o que aquilo queria dizer. O rei se assustou ainda mais, e o seu rosto ficou mais pálido ainda. E nenhuma das altas autoridades sabia o que fazer”. Daniel 5.9-10 (NTLH).

A terceira contribuição para a festa profana foi de Daniel, o profeta de Deus. 
Considerado um dos sábios do palácio, quando convocado fez o anúncio da calamidade do rei Belsazar e da queda da Babilônia. A sentença foi grave ao monarca e a escrita dizia que os dias do rei e do reino são numerados. Afirmava ainda que, na balança da justiça de Deus, o rei foi pesado e encontrado em falta. O reino foi dividido e dado aos medos e persas.

A história nos conta, nos relatos de Heródoto e Xenofonte que “a cidade foi invadida mediante o desvio do rio Eufrates, e que os persas entraram na cidade e encontraram o povo entregue a uma enorme bebedeira festiva mais ou menos em 11 e 12 de outubro de 539 a.C”. E a Bíblia afirma que “naquela mesma noite Belsazar, o rei da Babilônia, foi morto, e Dario, o rei do país da Média, que tinha sessenta e dois anos de idade, começou a reinar no seu lugar”. Daniel 5.30,31. (NTLH).

Prezado amigo, a história nos ensina lições preciosas e devemos observar o agir de Deus ao longo dos tempos. Tua vida, meu prezado amigo, está escrita e Deus tem o registro dos teus atos. Pare e reflita sobre como está sua vida. Qual a contribuição que tens dado para as festas profanas do mundo?

Jesus te faz compreender neste instante que existe uma balança divina para pesar os nossos atos e que, ainda tens tempo para abraçar a misericórdia de Deus através de Jesus Cristo. Não faças como Belsazar, mas arrepende-te porque “todos somos fracos desde o nascimento; a nossa vida é curta e muito agitada. O ser humano é como a flor que se abre e logo murcha”. Jó 14.1,2. (NTLH). Mas a misericórdia de Deus é a causa de não sermos consumidos. Ele deu o seu Filho amado para nos salvar. Aceite a Jesus Cristo e serás salvo tu e tua casa. Creia no unigênito Filho de Deus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto aqui bem esclarecido. Não se barganha com Deus. Obrigada por partilhar. Abraço

    ResponderExcluir