sexta-feira, 22 de julho de 2016

A igreja, a política e o voto consciente


Por Odair José da Silva

“Não gosto de política.” “Política e religião não se discutem.” É muito comum ouvirmos em nosso dia-a-dia frases como essas ditas por pessoas das mais diferentes origens. De modo geral, elas refletem uma imagem que muitos brasileiros têm da política: que se trata de algo desinteressante, fora do alcance e sempre aberto à corrupção.

Será que a política pode ser reduzida a isso? E quanto a nós, devemos nos manter distantes dela? Temos realmente de deixar essa atividade nas mãos de políticos profissionais? Como fica então nossa participação no processo de tomada de decisões, processo que está na essência mesma da política?

A sociedade em que vivemos está longe de ser homogênea. Nem sempre os anseios de um grupo social coincidem com os de outros. Muitas vezes eles são divergentes, contraditórios ou mesmo antagônicos. Como definir qual deve prevalecer? Foi pensando em questões como essas que o ser humano inventou a política. Por meio dela, as pessoas ou seus representantes discutem idéias, expõem argumentos e decidem que propostas devem ser postas em prática. Nesse processo, os grupos mais bem articulados e coesos, ou aqueles que dispõem de mais recursos, contam com maiores possibilidades de fazer aprovar suas propostas.

E a igreja? Como ela fica nessa situação? A política permeia todos os aspectos de nossa sociedade e a igreja não está isenta a isso. Nesse sentido, precisamos, enquanto corpo pensante, estabelecer metas para não sermos prejudicados com a atual política. Como fazer frente aos ataques que vemos cotidianamente aos princípios cristãos e familiares? Somente uma igreja atuante será capaz de realizar tal propósito. Não podemos nos omitir desse fator essencial no mundo contemporâneo e nem dar vazão a sentimentos nefastos que prejudicam a verdadeira política.

Está chegando à hora de, mais uma vez, escolhermos os nossos representantes municipais. Aqueles que vão ditar o nosso destino por quatro anos. Não podemos mais aceitar esse tipo de política que corrói os bons princípios da Palavra de Deus. Enquanto cidadãos de um país laico e democrático temos que mostrar a nossa força e não podemos nos omitir a esse detalhe e nem ser negligentes a nossa função social. Temos que ser participativo e votarmos conscientemente. Não podemos mais dar desculpas e sermos ignorantes com relação à política.

Um voto consciente faz toda diferença.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

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