terça-feira, 14 de abril de 2015

Thekla Cordes - a missionária suiça de Vila Bela

Missionária Thekla Cordes
Foto: Pr. Iluizo de OLiveira


Talvez poucas pessoas saibam, mas a nossa primeira capital do estado, Vila Bela da Santíssima Trindade, recebeu o carinho de uma grandiosa serva de Deus - a missionária suíça Thekla Cordes. Ela nasceu em Urdorf, Suiça em 18 de agosto de 1909. Formou-se em enfermagem, porém não se dedicou à sua profissão em seu país. Seu desejo e decisão foi dedicar-se ao povo brasileiro, especialmente os mato-grossenses. Thekla chegou a Cáceres em 1953 e rumou-se para Vila Bela, lugar onde dedicou mais de três décadas de sua vida.

Seu trabalho como missionária era cuidar da saúde das crianças e da evangelização da cidade. Percorria a cidade e o campo levando uma radiola (toca-discos) com a qual passava hinos e pregações para as pessoas ouvirem. Muitas pessoas aceitaram o Salvador por seu dedicado trabalho. Seu trabalho não estendeu apenas a Vila Bela, mas também a todo o oeste do estado.

Lembro-me muito bem quando era ainda criança, quando ela enviava fardos e mais fardos de roupas vindas da Suiça para a distribuição aos carentes em Quatro Marcos. A missionária Thekla foi um verdadeiro instrumento de Deus para a igreja durante boa parte do ministério do Pastor Benedito da Silva. Alguns pastores como João de Deus Fernandes Leite (o saudoso Pastor Joãozinho), Iluizo de Oliveira foram alcançados pelo trabalho missionário da irmã Thekla Cordes.

Depois de intensos trabalhos no Brasil e com a saúde muito debilitada, a missionária voltou à sua terra natal, onde passou os últimos dias de sua vida. Com muita saudade dos vilabelenses e da terra onde dedicou quase metade de sua vida, escreveu uma carta ao Pastor Benedito e sua esposa irmã Tereza, dizendo:

"Meus irmãos, eu não posso explicar como eu tenho saudade do meu amado Brasil. Foi a minha pátria e a minha igreja mais do que aqui. Mas lá no céu, iremos nos encontrar diante de Jesus e lá não tem mais dor de despedida".

Thekla Cordes Zug, 17 de Julho de 1984

Texto: Pr. Izaque Barbosa

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