Mostrar-se vulnerável é mais do que um gesto de fraqueza: é um ato profundo de coragem. Quando abrimos espaço para expor nossas dores, dúvidas ou fragilidades, revelamos aquilo que nos torna humanos — a imperfeição compartilhada. Nesse gesto, desfaz-se a ilusão da autossuficiência e nasce a possibilidade do encontro genuíno.
É no instante em que ousamos dizer “eu sinto”, “eu preciso”, ou “eu não sei” que surgem as pontes invisíveis que ligam corações. A vulnerabilidade humaniza, aproxima e cria cumplicidade. Longe de nos isolar, ela nos lembra que, mesmo em meio às nossas quedas, nunca caminhamos sós — há sempre alguém que também se reconhece naquilo que deixamos transparecer.
A verdade é que a vulnerabilidade não diminui, mas engrandece: quem se permite ser visto por inteiro encontra no outro não um juiz, mas um espelho.
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

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