quarta-feira, 28 de junho de 2023

O temor a Deus é o caminho da santificação

    “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem.” Eclesiastes 12.13. 
 
    O temor do Senhor conduz os passos de quem quer seguir pelo caminho da santificação. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e o caminho para a santificação (Pv 9.10). Ele não pode ser confundido com ter medo de Deus ou de ir para o inferno. Temer ao Senhor é reverência e gratidão por tudo que Ele é e faz por nós. O temor a Deus produz uma vida de santidade e nos livra do medo e do julgamento divino. 
 
    1. Temer ao Senhor não é ter medo. 
 
    Quando se fala em temor, a primeira coisa que vem à nossa mente é medo e assombro. Apesar disso, o temor do Senhor é algo diferente, ele não causa opressão, insegurança e perturbação. Ele traz segurança e paz. Afinal, como ter intimidade com alguém de quem você tem medo e pavor? Isso é impossível, pois seria uma relação doentia e prejudicial. O cristão não deve servir a Deus por ter medo dEle ou por ter medo de ir para o inferno, mas por amor e gratidão, por Ele ter enviado seu próprio Filho para resgate da humanidade. Temer a Deus inclui respeitá-lo, dar-lhe o lugar de glória, honra, reverência, ações de graças, louvor, e proeminência que Ele merece. Quem teme ao Senhor é diferente de quem tem medo de Deus, que se “esconde” e “esconde” o pecado dEle. Adão e Eva, depois de pecarem, se esconderam de Deus por medo. Já o temor do Senhor é o caminho da comunhão e intimidade com o Todo-Poderoso. 
 
    2. O temor define a quem a pessoa serve. 
 
    Servimos a quem tememos. Quem teme a Deus não tem nada a esconder dEle e por isso não quer ficar longe do Senhor, busca sempre a sua presença e proximidade. Além disso, faz um constante autoexame para evitar fazer algo que venha desagradar a Deus, quer seja em pensamento, ato ou mesmo omissão (Sl 139.24). Aquele(a) que teme a Deus não anda preocupado(a) em agradar os outros ou receber aprovação deles. Paulo repreendeu Pedro por sua atitude à mesa com os irmãos em Antioquia, pois estava comendo em harmonia com judeus e gentios, mais deixou a mesa com a chegada de alguns irmãos da circuncisão (Gl 2.11-14). Pedro temia os obreiros conservadores de Jerusalém e isso o levou a um comportamento hipócrita. 
 
    3. O temor do Senhor exige intimidade com Ele. 
 
    O salmista afirma que “o segredo do SENHOR é para os que o temem; e ele lhes fará saber o seu concerto” (Sl 25.14). Muitas pessoas estão enganadas quanto à verdade do Evangelho, influenciadas por mensagens que apresentam um Deus que faz barganha com seus fiéis, que não se apresenta como Senhor e Juiz. Deus é Pai, mas também deve ser conhecido como o justo Juiz (Hb 10.30,31; 12.23). A falta de conhecimento real a respeito do Pai tem levado algumas pessoas a viverem sem nenhum tipo de temor ao Senhor. Muitos já não buscam mais a Deus e estão, devagarzinho, afastando-se da intimidade com Ele. Em geral, só recebemos conselhos de pessoas mais achegadas a nós. Quem tem intimidade com Deus ouve e atende aos constantes ensinos do Espírito Santo para a manutenção da comunhão com Ele. Esse é o propósito da correção, “sermos participantes da santidade de Deus” (Hb 12.9,10). Não troque sua intimidade com Deus por prazeres momentâneos e efêmeros. “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós […]” (Tg 4.8). 
 
    CONCLUSÃO   
 
    Fazendo uma paráfrase de Eclesiastes 12 fica o seguinte conselho: Jovem, aproveite enquanto tem bastante tempo de vida para andar pelos caminhos da santidade. Para servir ao Senhor e glorificar o seu santo nome. Viva no temor do Senhor, para que, quando envelhecer, não se arrependa da forma como viveu. Saiba que um dia todos terão de se apresentar diante de Deus, que é amor, mas também é justo e prestarão contas de todas as ações e palavras. 
 
Fonte: Lições Bíblicas Jovens CPAD 1º Trimestre de 2023

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