"Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?"
Mateus 23:33
Não
há verdade em tudo que dizem. E as palavras que saem de suas bocas são
como venenos de víboras peçonhentas. Eu tento evitá-los o máximo que
posso e fico indignado com sua capacidade de ludibriar as mentes
incautas que encontram pelo caminho. Eles vociferam palavras de bençãos e
maldições como se fossem deuses capazes de realizarem o que dizem. Não
sei por quento tempo consigo observar sem dizer nada. No entanto, o que
mais me perturba é que as pessoas, muito provavelmente, darão mais
ouvidos aos tolos que gritam essas balburdias do que as minhas comedidas
palavras. É assim que funciona a engrenagem da vida. Por isso, muitos
crápulas tiveram sucesso ao longo da História.
As
pessoas tem uma tendência a ouvir os charlatões. Os que prometem o
paraíso. Talvez seja um mal necessário no mundo. Sei lá, talvez seja. Eu
fico em silêncio e vejo o tempo passar lentamente. Observo os
acontecimentos e percebo que estou de mãos atadas. Não há muito o que
fazer. Eles seguem os lobos como ovelhas indo para o matadouro. São
cegos sendo conduzidos por falsos pastores cruéis que só pensam em tirar
proveito da situação. São vítimas de um sistema inescrupuloso que
destroem as vidas e as almas perdidas. Eu tento falar. Você pode me
ouvir?
Mensagem: Odair José, Poeta Cacerense
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